CAPÍTULO 1
Gina acordou. Estava deitada no chão frio, ao que parecia em um corredor escuro do Castelo. Não entendeu o que estava fazendo ali caída. Não se lembrava de nada. Levantou-se e começou a andar pelos corredores do Castelo se perguntando onde estaria. O Castelo estava diferente. Havia objetos diferentes daqueles com a que estava acostumada. Até mesmo ela estava diferente, trajava um longo vestido de festa, muito bonito por sinal. De repente se viu frente a um espelho, e qual foi sua surpresa ao se ver maquiada e seu cabelo preso num belo coque, apesar de ter uns fios meios soltos, talvez por estar deitada no chão, o penteado não agüentou. Uma tontura tomou conta dela nessa hora, mas logo passou deixando uma dor de cabeça.
Continuou a andar. E ao virar em um dos corredores, percebeu que havia um garoto encostado na parede. Pulou de susto. Não esperava qualquer encontro, não naqueles corredores, que pareciam vazios.
O garoto sorriu, caminhou em sua direção, segurou suas mãos e beijou-as delicadamente. Após esse belo gesto, no qual a garota não estava nem um pouco acostumada, ela percebeu que se tratava de um sonserino e muito bonito por sinal. Ele olhou nos olhos delas de uma forma carinhosa, o a que a fez quase derreter diante do garoto. Nunca recebera um olhar tão meigo, tão carinhoso.
Percebeu que o garoto não havia soltado suas mãos. E de repente ele começou a puxá-la. A garota parou subitamente, fazendo com que ele também parasse e olhasse para trás com dúvida.
-O que houve?
- Onde você está me levando?
- Amor, pare de brincadeira. Estão todos nos esperando e já estamos atrasados.
E qual foi o susto de Gina, ao ser tratada como amor por um garoto que nunca havia visto antes.
-Atrasados? Nos esperando? Me esperando? O que está acontecendo? Quem é você?
O rapaz, dessa vez fez uma cara mais séria, mas respondeu de forma carinhosa:
- Querida você tem um senso de humor maravilhoso, amo isso em você, mas realmente estamos atrasados, e já estamos sendo deselegantes.
Após dizer isso, foi até a ruiva, beijou-a suavemente, sorriu para ela e voltou a caminhar puxando a garota pela mão, que agora se deixou levar, não sabia se por estar perplexa por aquele gesto, por aquele beijo, por curiosidade de saber o que estava ocorrendo, ou talvez por tudo isso ao mesmo tempo.
Caminharam em direção as escadas e começaram a descer. A ruiva começou a reconhecer o lugar a sua volta. Foram em direção ao salão principal.
E para somar aos sustos daquela noite, viu espantosa várias pessoas trajando roupas de festas e ao vê-los começaram a abrir caminho para o casal que se aproximava. Estava tentando lembrar se alguma vez na vida estivera tão confusa como naquele momento. Não reconheceu nenhum rosto em meio à multidão, mas todos pareciam conhecê-la. Nesse momento o sonserino ofereceu o braço a ela, para que ela se segurasse nele e os dois entrassem.
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