ùnico



Black.


 


Sim, eu era uma deles, nunca foi algo de que eu me orgulhasse. Diferente das minhas irmãs, a fria Narcisa e a cruel Bellatrix. Crescemos juntas, eu nunca me encaixei na estranha família de monstros que nós éramos. Enquanto Narcisa era a preferida da mamãe, ela era a beleza em pessoa, provavelmente a Black mais bonita que já pisara na “muito nobre casa dos Black”,já que beleza era uma característica muito forte em nossa família, onde todos nós tínhamos, olhos e cabelo pretos e traços fortes mas Narcisa não, a pequena Cissa, era uma criança, frágil, pálida assim como eu e Bella, mais tinha longas madeixas num loiro platinada, vai entender, vai ver minha mãe cometera um deslize, nunca vamos saber , já que a loucura e o incesto, faziam parte da nossa família. Mas Cissa era fraca, tão fraca a ponto de aceitar um casamento arranjado , onde ela se casaria com um homem horrível e que me enojava. Malfoy, ela carregaria o sobrenome Malfoy, e em breve não seria mais uma Black.


Bella, assim como eu a chamava na época em que éramos crianças, sempre fora o orgulho da titia Walburga, enquanto minha mãe Druella paparicava Cissa, titia Walburga adorava Bella, ela era forte, determinada, cruel e fria. Era uma Black completa, sempre fora, desde pequena.


Meu primo Sirius, era meu preferido, era rebelde, um perfeito príncipe grifinório. Era o primogênito da titia Walburga, e em teoria seria o noivo de Bella, minha irmã mais velha. Mas depois de ir pra Hogwarts  e envergonhar a família, fora descartado como pretendente para Bella. Só anos mais tarde fui saber que do dois, se encontravam as escondidas em nossa casa, nunca entendi o que o Sirius via em Bella, eu o amava, mais do que a qualquer outro. Mas Sirius jamais me olhara diferente, era de Bella que ele gostava, era ela que ele procurava quando anoitecia, era pro quarto dela que ele ia. Mas, mais que tudo isso eu fui suficiente inteligente para perceber, que ele jamais seria meu, mais ele também jamais seria dela, ela nunca abriria mão do futuro de uma Black, enquanto ele jamais, largaria os amiguinhos da grifinória e viraria um comensal por ela. Desde o inicio suas lealdades e lados já estavam definidas.


 Enquanto Sirius fazia de tudo pra mostrar que não era um Black, seu irmão mais novo Régulus,  fazia de tudo para ser perfeito, era da sonserina, monitor, o exemplo homem da família.


 


Quando éramos pequenas, eu me lembro de como eu tentava ser como Bella, eu sempre me espelhava nela, mesmo achando que ela era cruel demais mesmo para uma irmã mais velha. Lembro de dias chuvosos naquela casa, onde castiçais refletiam sombra nas paredes e minha mãe tocava piano, músicas fúnebres, cheias de magia negra. Afinal, aquela casa era impregnada até o fundo de seu ser com magia negra, lembro me de andar pelos corredores escuros, enquanto Bella, espiava pelas frestas das portas os cômodos daquela casa, abarrotados de objetos estranho e malignos, enquanto eu apenas cobria os olhos da pequena Cissa. Qual era o problema daquela família? Nós éramos apenas crianças.


Alguns anos se passaram e logo Bella recebeu, sua carta de Hogwarts. Lembro como se fosse ontem da pequena Cissa agarrada a  mim, dizendo que não queria que a Bella fosse, enquanto eu a consolava, dizendo que logo logo, ela estaria de volta.


Mais alguns anos se passaram, e quando eu me dei conta, todos nós estávamos formados em Hogwarts, os cinco nobres Black.


E lembro me das festas, onde tudo era muito superficial e falso, até os sorrisos eram assim, e foi assim que Bella foi apresentada ao seu noivo, Rodolphos Lestrange. Eu soube no momento que pus os olhos nele que era um aspirante a comensal da morte assim como Régulus e meu futuro cunhado Malfoy. Mais para o final da festa o noivado de Bella com o Lestrange foi anunciado, poderia viver cem anos e jamais esqueceria da cara de Sirius. Lembro me da cara de Bella decidia, ela jamais voltaria atrás e renegaria seu destino, afinal ela era uma Black, e os Blacks não amavam, não sentiam dor, e jamais voltavam atrás.


Depois dos convidados terem ido embora, Sirius desceu com sua mala, e disse que iria embora, ele não queria ser um Black, jamais quis, enquanto eu apenas queria que ele ficasse, ou me levasse com ele, ilusão minha, uma grande tolice. Ela passou por tudo isso, até aquela hora, por Bellatrix Black, que logo seria Bellatrix Lestrange.


Fiquei na família apenas em tempo de ver o casamento de Bella, ela estava vestida inteira de preto. Uma atitude tão Black. Uma atitude tão Bella.


Fui embora logo depois disso, fugi com um trouxa que havia conhecido, e que me amava e talvez eu até pudesse esquecer meu querido Sirius e ama – lo. Reneguei minha própria família, meu sangue e o nome Black, eu já não era mais uma Black, nunca fiquei tão agradecida por perder um sobrenome. Anos depois soube do casamento de Cissa, assim como Bella aceitou seu destino e fez o que nossa família queria, mas Narcisa  era fraca e nunca seria uma comensal da morte. Mas ela também já não era mais uma Black, agora ela era Malfoy.


Mas um tempo se passou e Régulus meu querido primo comensal da morte, tinha sido morto por comensais da morte. Então o único Black vivo até ontem, era o que menos queria ser um Black, um sobrenome que anos atrás, trazia a elite e a alta sociedade. Hoje já não existia mais.


Bellatrix era uma Lestrange. Eu era uma simples Tonks. Narcisa era uma Malfoy. Régulus morreu e Sirius, o meu preferido, o único que eu realmente amei, tinha sido morto, por ela, por Bella, ela o matou. Sendo ela a única que ele realmente sentiu alguma coisa, talvez ela até tenha o amado, mas Bella, não foi criada para isso. Bella era uma legítima Black e renegaria Sirius até o fim, mesmo o amando.


Enquanto ele passara sua vida a amando a odiar, ela passou sua vida odiando o amar e eu passaria o resto da minha vida, com inveja da Bella, pois se eu tivesse tido a oportunidade de ele me amar eu jamais teria me casado com o Lestrange eu teria fugido mostrado que eu também sentia o mesmo. Mas ai talvez se ela tivesse feito isso, ela não seria Bellatrix Black e ele deixaria de ama – la ou odia – la nunca vou entender afinal.

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