O Realista



O Realista








"A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é; ou, mais corretamente, de ser amado apesar daquilo que você é." (Victor Hugo)




Ela não conhecia o pior dele. Não estava lá nos momentos de humilhação, de traição e terror. Podia sorrir agora e prometer que nunca iria embora, mas Draco viva em constante medo de que um dia ela percebesse quem ele realmente era: covarde, fraco e ambicioso. Palavras doces, momentos felizes e promessas de eternidade pouco faziam frente à realidade de quem eles eram.


Não havia escapatória, o fato era inegável: ela era Weasley e ele, Malfoy. Que chances tinham?


Alguém mais romântico revelaria todos seus segredos para ela, contando os detalhes mais embaraçosos ou cruéis, com a total confiança e otimismo que conseguiriam superar todos os obstáculos. Mas Draco não era romântico nem otimista. Ele era um Malfoy com uma herança confiscada, tópico de colunas sociais e escândalos. O máximo que conseguia forjar era um sorriso de falsa tranqüilidade.


E durante noites em claro se pegava imaginando se ela também tinha suas dúvidas e medos. O quanto conhecia Gina Weasley? Sabia seus desejos mais secretos, seus momentos mais particulares, hábitos duvidosos ou preconceitos bem escondidos?


Não, porque no fundo ela também estava apavorada.


Queria afirmar com convicção que um dia amaria e seria amado por completo, todas os segredos esquecidos, mas sempre foi um realista.

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