Cap.14 A Novata



Cap.14 A Novata


 


- AAHH! ELA CHEGA HOJE! HOJE! – Berrava Rachel animada no café da manhã.


- Quem? – Perguntou James descontraído. Rachel lançou um olhar maquiavélico para James.


- Eu já disse! Minha prima! Letícia White.


- Ah... A tal de Leeh.


- Ela mesma *-* Não é lindo?


- Pois é... – James continuou a comer e Rachel apenas bufou.


- Ninguém merece você, Potter.


- O que eu fiz?


- Você poderia ficar contente porque eu estou contente.


- Ah... Mas eu estou contente por você – falou James sorrindo de maneira encantadora.


- Mesmo? – Perguntou Rachel com os olhos brilhando.


- Super. Além do mais, sendo sua prima, ela deve ser legal.


- É. Super.


- Então pronto. Será bem vinda.


- Obrigada James, mesmo – Rachel deu um selinho em James, e Débora que estava na sua frente sorriu para a cena.


 


- Vai ser assim – começou David dentro do vestiário da Sonserina falando sobre as táticas do time de quadribol -, o primeiro jogo vai ser contra a Lufa-Lufa, ou seja, será fácil.


- Quando será o primeiro jogo? – Perguntou Paaty ansiosa.


- Vai ser no final de Outubro, ou seja, teremos que mandar ver nesse jogo para conseguirmos um placar bom na dianteira, assim no jogo contra a Grifinória, será mais fácil, pois não teremos que vencer por uma margem de pontos tão grande.


- Ok, isso vai ser muito fácil – comentou Scorpius polindo a vassoura em suas mãos.


- Não ache isso tão fácil, o time da Lufa-Lufa não é tão ruim assim – falou Rose seriamente.


- A Rose tem razão sabe, sempre temos que tomar cuidado. – Disse David.


- Nós tomaremos cuidado – prometeu Anna.


- Ótimo, é assim que eu quero, bem gente, eu estou morrendo de fome, por isso sugiro que almocemos, por hoje é só, já treinamos bastante.


O time da Sonserina saiu de dentro do vestiário e se encaminharam para o castelo.


- GENTEEEEE! – Todos se assustaram com o berro que veio dos jardins. Rachel apareceu correndo para os Sonserinos.


- Você está bem? – Perguntou Paaty quando a Grifinória chegou arfando.


- Estou – disse Rachel sorrindo -, eu só quero que vocês conheçam minha prima.


- Sua prima? – Perguntaram todos os sonserinos sem entender.


- É! Aí vem ela – Rachel apontou para trás, aonde vinha James acompanhado de uma linda garota de cabelos pretos lisos, com a pele morena. A menina vinha sorrindo timidamente.


- Gente, essa é Letícia – apresentou James apontando para a garota ao chegarem perto do grupo.


- Oi – murmurou Letícia e todos acenaram um oi, menos Paaty que por alguma razão bufou indignada e apenas saiu de perto do grupo voltando ao castelo.


Rose olhou para Anna que indicou Daniel com a cabeça. Ao olhar para Daniel viu que o garoto falava com a novata. Rose olhou atônita para Anna que falou só com os lábios:


- Ciúme.


- Ah... – Murmurou Rose, mas continuou sem entender.


- Prazer em conhecê-la Letícia – falou Scorpius apertando a mão da menina – Esses são David e Daniel, e essas são Rose e Anna. E aquela que foi embora era a Patrícia... Hum... Acho que ela tinha algum compromisso.


- Acho que ela não gostou muito de mim – comentou Letícia olhando para aonde Paaty havia desaparecido.


- Que nada! Ela só deve ter precisado entrar, vou ver se ela quer ajuda em alguma coisa – falou Daniel se despedindo dos amigos e correndo de volta para o castelo.


- O que você tem? – Perguntou Daniel ao entrar nas Masmorras da Sonserina.


- Nada. – Paaty que estivera sentada no sofá, levantou e fez menção de subir. Daniel segurou-a pelo braço.


- Então você do nada surtou e resolveu sair sem nem falar com a novata?


- É. Que bom que você entendeu. Tchau – Paaty tentou se desvencilhar de Daniel.


- Patrícia Melo...


- EU SÓ ODEIO QUANDO MEU FICANTE DÁ UMA SECADA BÁSICA EM OUTRA GAROTA! – Explodiu Paaty, e Daniel deu graças a Deus pela Masmorra estar vazia.


- Patrícia com ciúme? De mim? – Perguntou Daniel divertido.


- Não! Da coruja do Alvo! Vai se ferrar Zabine! – Paaty puxou o braço, mas Daniel foi mais rápido e puxou-a pela cintura até colarem seus corpos.


- Eu não dei olhada em ninguém.


- Deu sim! Eu vi! Você deu maior secada naquela morena... A tal de Louise.


- Letícia – corrigiu Daniel.


- Tá vendo? Até lembrar o nome já lembra! Daqui a pouco é Lelê! Lê! Leeh! Tanto faz! Sai Zabine.


Daniel riu de Paaty e deu um selinho rápido na garota.


- Paaty, pelo amor de Merlin, eu não olhei ninguém.


- VAI SE FU...


- OPA! Baixaria não Patrícia! Para agora com essa bobagem – falou Daniel friamente -, eu já disse que eu não a olhei. Eu apenas falei com ela, eu precisava ser educado caramba! É prima da Rachel! Para com ciúmes bobos, que infantilidade.


- Ah é! Falou o adulto! E a sua cena de ciúmes um dia desses?


- VOCÊ ESTAVA ABRAÇADA COM ELE!


- Eu estava apenas abraçando ele!


- Então estava abraçando.


- É! Uma secada com certeza é pior que um abraço.


- Aquilo era um abraço amigo.


- Super! Oh! Fiquei até emocionado de ver – ironizou Daniel e Paaty se soltou novamente do garoto.


- Você é tão infantil! Por que não admite que a achou atraente?


- Achei – falou Daniel, e a boca de Paaty se escancarou. – Admito que ela é muito bonita...


- Babaca – comentou Paaty.


- Você não me deixa terminar.


Paaty ficou quieta olhando para Daniel.


- Admito que ela é bonita, mas não mais que você.


- Há! Conta outra.


- Não! É sério – falou Daniel -, você é a garota mais bonita dessa escola.


Paaty, que estava com os braços cruzados, descruzou-os amenizando a expressão de raiva.


- Jura?


- Juro. Mais do que a Rose e a Anna.


- Credo! Ela é sua irmã. – Falou Paaty exasperada.


- E você é minha namorada! – Daniel defendeu-se erguendo as mãos.


- Eu sei, mas... – Paaty que estivera falando, calou-se ao perceber o que Daniel havia dito. O garoto a olhava de forma marota – O que?


- O que o que?


- O que você disse?


- Que você é a mais bonita da escola.


- Não! Depois.


- Eu jurei quando você perguntou: “Jura?” – Daniel brincou.


- Você me entendeu Zabine! A última frase.


- Ah! Você se refere à parte que eu digo que você é minha namorada?!


Paaty olhou assustada para Daniel.


- Você está falando sério? – Perguntou a garota em apenas um fiapo de voz.


- Você acha que eu brincaria com isso? – Perguntou Daniel e depois sorriu – Qual foi? Achei que você já se considerasse minha namorada.


Paaty não falou nada, apenas correu até Daniel jogando-se em cima do garoto.


- Eu te amo Zabine.


- Eu sei.


Paaty não pode deixar de rir do garoto.


- Se não disser que me ama... – ameaçou a garota.


- Eu estaria mentindo – completou Daniel piscando.


Paaty sorriu e beijou o garoto. Nem se importava se estava na Sala Comunal ou onde quer que fosse. Daniel simplesmente sempre fora o garoto com quem deveria ter ficado.


Daniel sempre sentia uma descarga elétrica (N/A: Meu Deeeus! Que tooooosco! Descarga elétrica? Qual é a minha? Tô carente hoje só pode ser! Ele não é nenhuma lâmpada! Voltando...) quando beijava Paaty. Sentia que poderia ficar ali a vida inteira que não ia cansar. Colou mais ainda o corpo com o da garota que passou os braços pelo pescoço de Daniel.


Só quando os dois já sentiam falta de ar que se separaram, mas continuaram com os corpos colados.


- Eu te amo, Melo. – Sussurrou Daniel com dificuldade para respirar. O garoto estava vermelho e seu cabelo bagunçado devido a uma garota que não se encontrava em melhor estado.


- Eu sei – brincou Paaty separando a distância entre os dois.


Daniel sorriu ao beijar Paaty e suspendeu a garota colocando-a em cima de uma mesa. Paaty entrelaçou Daniel entre as pernas e puxou o garoto pela gola da camisa trazendo-o para mais perto da mesa.


Para Daniel aquilo era novidade, nunca havia visto aquele lado de Paaty e tinha que admitir... Estava gostando.


Quando a garota passou suas mãos pelas costas de Daniel arranhando-as de leve e mordendo seu lábio inferior, o sonserino não pode conter um leve gemido.


Paaty não pode deixar de rir enquanto se separava lentamente de Daniel para recuperar mais um pouco de ar, mas não soltou o garoto, que aproveitou e começou a beijar-lhe de leve no pescoço. Paaty começou a brincar com os botões da camisa de Daniel desabotoando-os lentamente.


- Meu Merlin – sussurrou o garoto ofegante -, o que eu estava perdendo?!


- Não sei – murmurou Paaty no ouvido de Daniel -, por que você não me mostra?


Daniel se afastou um pouco chocado de Paaty, não que ele não quisesse mostrar, mas aquilo o pegou desprevenido. Paaty olhou inocentemente para Daniel como se não tivesse dito nada demais. Depois de alguns segundos, Daniel sorriu malicioso.


- Você quem manda chefinha – falou pegando Paaty no colo e levando-a até o sofá.


Paaty riu com gosto ao sentir as costas irem de encontro ao sofá e Daniel começou a beijar-lhe nos ombros.


- Sabe, estamos em um Salão Comunal – lembrou Paaty, mas não tirou Daniel de cima de si.


- Dane-se – falou Daniel beijando a boca de Paaty.


- Será que a Paaty está legal e...? – Daniel e Paaty olharam chocados para a porta da Masmorra que acabara de se aberta. Os dois coraram violentamente.


Rose, Scorpius, Alvo e Anna pararam chocados ao ver Paaty no sofá e Daniel por cima da garota, os dois intensamente corados.


- Ops – murmurou Alvo com um sorriso malicioso.


- Cacete, vocês são um saco, atrapalham até nessas horas – reclamou Daniel saindo de cima de Paaty.


- DANIEL ZABINE! – Repreendeu Paaty ao ouvir Daniel reclamar.


- O que? – Perguntou Daniel indignado – Só falo a verdade.


Paaty estava pronta para responder quando os dois ouviram sons de risos vindos da entrada da Masmorra.


O resto do grupo havia caído na gargalhada ao ver a situação em que Paaty e Daniel se encontravam, agora brigando.


- Isso não tem graça – murmurou Paaty envergonhada.


- Que isso Paaty, mostrando as asinhas – falou Alvo -, mais que cena caliente!


Scorpius riu de Alvo.


- Tsc tsc, em um Salão Comunal? Não poderia ter sido em um quarto? – Perguntou Anna rindo.


- AH! Vão à merda vocês todos! – Falou Daniel exultado.


- Ih... Parece que alguém não gosta de ser interrompido quando vai partir pro lado bom de um relacionamento. – Disse Alvo piscando – Eu também teria ficado chateado se tivessem me interrompido com a...


- NÃO TERMINA ESSA FRASE ALVO POTTER – ameaçou Daniel -, ela é minha irmã cacete!


- Desculpa! – Pediu Alvo – Esqueci.


- Agora, que vocês já atrapalharam, com licença eu vou tomar um banho – falou Daniel dando um selinho em Paaty.


- Vai! Um pouco de água fria vai acalmar esse seu volume aí embaixo – brincou Alvo.


- Besta – xingou Daniel antes de subir para o dormitório.


- Eu também vou subir – falou Paaty tentando ajeitar o cabelo. – Com licença.


Rose olhou para os outros e os quatro caíram novamente na gargalhada.


 


Na noite daquele dia, quando todos estavam jantando, Minerva levantou e todos os estudantes de calaram.


- Hoje receberemos uma nova aluna que cursará o sexto ano, dêem boas vindas a Letícia White – a menina se levantou e todos começaram a bater palma. – Ela é nova, e veio de Durmstrang e vai ser selecionada agora para sua casa.


Letícia se encaminhou até o banquinho que a diretora havia colocado no meio do Salão com o chapéu seletor.


Na hora que a garota sentou, todos se calaram e ficaram a espera da escola do chapéu.


O chapéu seletor demorou um pouco antes da escola:


- SONSERINA!


O queixo de Rachel caiu ao ver a prima sorrir e ir se juntar aos sonserinos.


- Kell? Você está bem? – Perguntou James preocupado com Rachel.


Rachel prendeu o choro.


- Ei! Rachel!


- Eu só queria que ela fosse da Grifinória – falou Rachel chorosa.


- Ei amor! Calma, ela vai te ver todo dia – James abraçou a namorada e beijou-lhe no rosto.


- Eu sei...


 


- U-a-u, sonserina hein? – Brincou Paaty quando viu a novata sentar-se a sua frente. Queria tentar se redimir – Desculpe por hoje tá?


- Está tudo bem – Letícia piscou para a garota.


- Bem vinda a Sonserina – falou uma voz ao lado de Letícia fazendo-a se assustar. A garota virou-se e viu um garoto lindo a encarando. O ar ficou preso dentro de Letícia.


- Obrigada – falou Letícia finalmente soltando a respiração.


- Sou David – se apresentou David estendendo a mão.


- Letícia.


- Eu sei – falou David piscando. – Todos sabem.


Paaty olhava de David para Letícia e de novo para David. De repente um sorriso iluminou o rosto de Paaty.


- Você está pensando no mesmo que eu? – Perguntou Anna quase pulando na cadeira.


- NÃO! – Berrou Rose assustando a todos e depois tapou a boca.


- Credo, que foi? – Perguntou Paaty.


- Nem pensem nisso – murmurou Rose para somente Paaty e Anna ouvirem.


- O que? – Perguntaram as duas inocentemente.


- Eu sei o que vocês querem fazer, mas não se metam! – Falou Rose seriamente.


Paaty fez uma careta.


- Sua chata, mas já que você manda! A gente não se mete.


Anna afundou no banco, derrotada.


- Que ouve amor? – Perguntou Alvo ao ver o estado da namorada – Você parece uma banana murcha.


- Eu sou uma banana murcha – disse Anna comendo devagar.


- Credo, sobe esse astral biba! – Brincou Alvo fazendo Anna rir.


 


Já haviam se passado três dias...


As situações começaram a melhorar, menos para algumas pessoas. Lílian e Hugo ainda não se falavam e algumas coisas no castelo não pareciam ainda certas.


Era já de noite, a maioria do castelo estava em silêncio, só as quatro salas comunais é que tinham barulho. Na sala comunal de cores vermelhas e douradas, a casa dos leões, estava um ruivo de 13 anos sentando numa poltrona, encarava o fogo que crepitava da lareira, seu semblante era desanimado, como se algo o estivesse incomodando e ele nada pudesse fazer para resolver isso. Hugo Weasley estava desanimado, tristonho, isso era um fato. Todos podiam ver isso, ou pelo menos alguém que tentasse o observar veria isso.


Uma ruiva que estava descendo as escadas passou meio que correndo pela poltrona de Hugo Weasley, como se quisesse passar despercebida, porém Hugo percebeu o vulto ruivo passando ao seu lado, seu semblante de desanimado foi para sério e ele logo se levantou e foi atrás do vulto ruivo, queria resolver isso de uma vez, já não estava agüentando mais. Apertou o passo assim que passou pelo velho quadro da Mulher Gorda, a ruiva não percebeu que estava sendo seguida e assim andava calmamente pelo corredor, porém freou quando sentiu uma mão envolver um de seus braços.


- Lily! – Hugo exclamou virando a garota para que ela o encarasse.


Lily se assustou quando a pegaram pelo braço. E agora que sabia que era Hugo, não sabia se sentia aliviada ou temerosa. Fitou o primo calada, mas não o olhava nos olhos, não tinha essa coragem toda. O silêncio ficou constrangedor, então Hugo decidiu quebrá-lo.


- Olhe pra mim Lily! – ele pediu, Lily abriu a boca para responder, porém Hugo disse antes – Nos olhos, Lily! O que aconteceu? Sou ainda seu melhor amigo, não?! – Lily se deu por vencida e encarou os olhos azuis cristalinos de Hugo – Fale algo! – suplicou.


- O que quer que eu diga? – Lily finalmente se pronunciou, estava nervosa, nunca esteve tão perto de Hugo desde aquele beijo que deram, estava com medo.


- Porque tem me evitado? – Hugo perguntou e puxou Lily mais para si, passando os braços pela cintura dela, que tremeu ao toque.


- Não estou te evitando, Hugo, está imaginando coisas! – ela disse, tentando parecer convincente, mas Hugo a conhecia bem, sabia que ela fingia.


- Então me diga – pediu levantando a mão direita e encostando-a na bochecha de Lily – Por que não vai mais comigo às aulas? Fica o menos tempo possível ao meu lado e evita de ficar bem perto mim, como estamos agora? Por quê?


- Por quê? – repetiu bobamente, Hugo assentiu positivamente e começou a acariciar a bochecha de Lily, olhavam-se nos olhos, Lily sabia que se mentisse ele iria saber, suspirou resignada – Porque não foi certo o que aconteceu, não é certo isso Hugo, entenda.


- Não, não entendo! – Hugo exclamou, suas orelhas começaram a ficar vermelhas – Lily, você sabe que não existe certo ou errado pra isso, nós é que definimos quem é o certo ou o errado para nós! – Lily abriu a boca pra contestar, mas Hugo continuou – Lil, responda-me só uma coisa, se não fôssemos primos, você me acharia uma pessoa certa pra namorar?


Lily, que tinha a boca aberta para contestar Hugo, fechou a boca rapidamente e pensou, abriu a boca para falar, mas nada saiu, fechou-a novamente, até que por fim conseguiu dizer alguma coisa.


- Sim – respondeu simplesmente e antes que pudesse falar mais alguma coisa, ele colou seu corpo no dela e acariciou a bochecha dela de novo.


- Então nada nos impede! – e antes que ela pudesse raciocinar o que ele disse, seus lábios se encontraram.


A princípio ela ficou sem reação, mas não resistia ao primo, por mais que lutasse, ela sabia que gostava dele, e os lábios dele eram tão macios e doces, ela acabou desistindo de lutar contra aquilo, era tarde de mais, estava apaixona pelo primo. Envolveu a nuca do rapaz com seus braços, suas mãos despenteavam ainda mais o cabelo dele, que resolveu aprofundar mais o toque, passando a língua pelos lábios dela. Atendendo prontamente o ‘pedido’, Lily abriu a boca e deixou a língua de Hugo invadir sua boca, uma sensação única, sensação essa que Hugo ansiava experimentar a algum tempo. Logo precisaram de ar, e afastaram os rostos lentamente, Hugo encostou sua testa na dela e abriu os olhos, logo depois Lily fazia o mesmo.


Ambos estavam ofegantes, ambos estavam com as roupas amassadas e os cabelos despenteados, mas ambos estavam profundamente felizes. Apenas se ouvia a respiração descompassada de ambos, até Hugo quebrar o silêncio.


- Vai dar uma chance para isso? – perguntou referindo-se ao que haviam acabado de fazer – A nós? Você sabe, não farei nada que você não queira apenas me fale, e se a resposta for sim prometo te fazer sorrir todos os dias Lílian Luna Potter – ele disse sério.


- Então vai ter que aprender muitas piadas Hugo! – ela disse esboçando um sorriso, e vendo como o primo era meio lerdo – Sim. – Hugo abriu um largo sorriso, o que fez Lily também sorrir igual a ele, e voltou a beijá-la.


 


Rose ouviu um barulho de porta abrindo à noite e acordou assustada. Olhou para a porta do dormitório a tempo de ver uma morena sair apressada do quarto. Curiosa, Rose levantou-se e colocou um roupão calçando um chinelo.


Abriu a porta do quarto e desceu para o Salão Comunal.


Alexis estava sentada no sofá de costas para Rose, mas mesmo que não pudesse vê-la, Rose tinha certeza que a garota chorava.


- Brown? – Chamou Rose assustando Alexis que deu um pulo no sofá e virou-se. Encarou Rose friamente.


- Vai embora Weasley, você já se divertiu o bastante vendo essa cena, não acha?


Rose não ligou para a afronta e se aproximou da garota.


- Está tudo bem? – Perguntou Rose sentando-se ao lado de Alexis.


- O que você acha? – Perguntou Alexis duramente.


- Se quiser... Pode desabafar – Rose sorriu simpaticamente.


- Não preciso desabafar Weasley, suma daqui.


- Ótimo – exclamou Rose começando a se irritar -, quer ficar aí chorando que nem um bebê; fique, fica se lamentando das coisas como se o que acontecesse na sua vida fosse a pior coisa do mundo...


- Você não sabe nada o que acontece na minha vida, então cala a boca! – Retrucou Alexis.


- Por que você não tenta se abrir sua besta?


- PORQUE EU NÃO PRECISO QUE ISSO SE TORNE FOFOCA NA ESCOLA! TODOS JÁ SABERÃO DAQUI A UM TEMPO, NÃO TEM COMO ESCONDER!


Rose se assustou com os berros de Alexis e antes que pudesse responder, a garota começou a chorar mais do que nunca.


- Meu Merlin Brown! O que houve? – Rose sentou-se novamente e pegou a mão de Alexis. A morena olhou a ruiva, curiosamente – Confie em mim!?


Alexis olhou bem para Rose e antes que pudesse pensar, abraçou a inimiga e voltou a chorar em seus ombros.


Rose não se assustou, apenas correspondeu ao abraço da outra.


- O que meus pais vão dizer? – Perguntou Alexis desfazendo o abraço.


- Em relação ao que?


- Weasley?


- Sim?


- Estou grávida.


Rose olhou incrédula para Alexis e começou a rir.


- Você está brincando certo? – Perguntou Rose, mas como Alexis não respondeu, a garota ficou séria novamente – Certo?


Alexis balançou negativamente a cabeça.


- Oh Merlin!


Alexis suspirou com tristeza.


- Quem é o pai? – Perguntou Rose ansiosa.


- Você não vai querer saber – disse Alexis, envergonhada.


- Diga logo Alexis! – Alexis se assustou ao ouvir Rose chamando-a pelo nome, mas sorriu.


- Ah Rose! Eu estou tão envergonhada – disse Alexis parando de sorrir -, me desculpe?


- Pelo que?


- Eu queria me vingar de você, aí eu peguei a primeira pessoa que me veio na cabeça e... Bem... Dormi com ela.


- SCORPIUS É O PAI?! – Rose berrou aterrorizada se levantando.


- NÃO! – Garantiu Alexis – Eu não iria tão baixo.


- Então – Rose não estava entendendo nada -, com quem foi?


- Jacob.


- KEY? – Berrou Rose.


- Sim. – Alexis sentiu as lágrimas voltarem aos seus olhos.


- E como isso me afetaria Brown?


- Eu não sei! Eu estava cega de raiva.


Rose olhou preocupada para Alexis.


- Ele precisa saber – falou Rose decidida.


- QUEM? – Alexis encarou Rose aterrorizada.


- Jacob Key!


- NÃO! NEM PENSAR! – Falou Alexis se alterando.


- Mas ele é o pai.


- Para mim não. Ele é um babaca de marca maior, só isso – Alexis sentiu a raiva pelo garoto borbulhar dentro dela -, não quero nunca mais vê-lo.


- Mas Brown...


- Por favor, Weasley, apenas não diga nada – pediu Alexis – Promete?


- Prometo. – Garantiu Rose sentando-se.


- Me promete mais uma coisa? – Pediu Alexis ficando vermelha de vergonha.


- Tudo!


Alexis baixou os olhos, ainda envergonhada e pediu com a voz embargada por causa do choro:


- Fica do meu lado?


Rose olhou solidária para Alexis. Nunca pensou que uma sonserina como a Brown pudesse ficar assim tão afetada, mas também, não era para menos.


- Prometo.


Alexis ergueu a cabeça e sorriu para Rose abraçando-a.


- Obrigada Weasley.


- Rose, só Rose.


- Obrigada Rose.


- Agora vamos dormir – falou Rose se levantando. – Depois disso, eu preciso de uma boa noite de sono.


- Eu também... Eu também.


 


- Huft...


- Olha Déb, já deve ser a sexta vez que você funga. – Reclamou Rachel revirando os olhos.


- Eu estou nervosa.


- Eu sei... Porque o seu homem não tem respondido – brincou Rachel -, quando vocês pretendem oficializar o namoro?


- Não sei, depende dele – disse Débora a contragosto. – Ele deve ter esquecido de mim.


- Não exagera tá legal? Claro que ele não esqueceu. Quem te esqueceria?


Débora sorriu agradecida a Rachel.


- Valeu amiga, só você para me aturar.


- Que isso! Você também me atura, amigas servem para isso.


- Oi meninas – cumprimentou Rose que vinha do outro lado do corredor.


- Olá Rose. – Cumprimentaram as outras duas.


- Débora? – Rose foi até onde as meninas estavam – Será que você poderia me acompanhar?


- Claro – Débora virou-se para Rachel -, se importa?


- Não! Eu tenho que me encontrar com o Jay. Parece que ele anda querendo testar umas coisas das gemialidades Weasley e me chamou para ver.


Rose e Débora riram logo se afastando das amigas.


- Onde estamos indo? – Perguntou Débora, curiosa.


- Calma, já chegamos.


Rose levou Débora até a frente de uma tapeçaria.


- Sala Precisa? – Perguntou Débora sem entender.


- Só entra – pediu Rose quando surgiu uma porta.


- Não vai entrar? – Perguntou Débora temerosa.


- Eu não! Não sou bem vinda. – Rose fez uma careta e balançou os ombros – Bom, até mais.


Dizendo isso, a sonserina voltou a fazer seu caminho. Débora olhava atônita para a porta.


- Devo? – Perguntou a si mesma, e como a curiosidade a venceu, abriu lentamente a porta.


Quase caiu para trás ao ver o que lhe aguardava.


- CARLINHOS? – Berrou a garota fechando a porta atrás de si.


- Não! Lobo mau. – Brincou Carlinhos abraçando Débora que havia corrido em sua direção.


- Como entrou em Hogwarts?


- Eu sei uma passagem – disse Carlinhos apontando para o quadro de uma mulher que Débora não conhecia.


- E... E... Agora a Rose...


- Eu confio nela – disse Carlinhos sorrindo -, ela nunca trairia minha confiança. Minha sobrinha é muito certinha.


- Sobrinha... Essa palavra me faz sentir-me uma velha. – Reclamou Débora.


- Velho digo eu! – Falou Carlinhos apontando para si mesmo.


- Velho nada! Ainda dá muito para o gasto – brincou Débora fazendo Carlinhos ficar vermelho -, você já é um homem, e ainda fica vermelho?


- Se você fosse elogiada por uma garota de dezesseis anos, também ficaria assim.


- Eu não! Gosto de homem.


- Você me entendeu! – Disse Carlinhos segurando Débora pela cintura.


- Senti sua falta – Débora deu um selinho demorado em Carlinhos.


- Não mais do que eu, garanto – falou Carlinhos beijando lentamente Débora como se quisesse guardar o momento, não queria ter pressa.


 


- ALVO POTTER! DEVOLVA AGORA ISSO! – Anna gritava atrás do namorado pela Sala Comunal da Sonserina.


- NOPS! – Alvo gritou de volta correndo em volta de uma mesa.


- POTTER SEU DESGRAÇADO BANANA!


- Que elogio lindo, gatinha – Alvo agradeceu enquanto corria.


- MEEEEEEEEEEEUUUU DEEEEEVEEEEEER!


- Qual foi?! Uma notinha baixa em Poções não mata ninguém. – Brincou Alvo.


- DEVOLVAAA! Eu tive maior trabalhão.


- Não, você ainda não disse o que eu quero ouvir.


Todos da Sala Comunal riam de Alvo que ainda corria de Anna.


- POTTER! – Anna berrou lançando-se no ar e caindo em cima de Alvo.


- AAAAHHH! SOCORROOO! UMA NINFOMANÍACA! SALVEM-SE QUEM PUDEEEEER!


Anna calou o menino com um beijo e Alvo sorriu maroto.


- Acho que de agora em diante sempre roubarei seus deveres.


Anna riu e pegou o dever da mão de Alvo.


- Por que não Anna?


- Eu já disse que não.


- Vai ser divertido! *-* - Alvo tinha os olhos brilhando.


- NÃO! – Anna estava ouvindo o mesmo pedido desde que acordara.


- PLEEEEASE MINHA BANANA SPLIT! – Pediu Alvo suplicante.


- Eu só lhe pergunto... Para que Alvo Potter? Para que?


- Vai ser suuuuuper Mara! Tipo,vai ser a aventura do tempo de Alvo Severus Potter.


- AAAAHHH! – Anna estava quase enlouquecendo. – Se isso fizer você calar a boca, eu faço.


- ÓTIMO! TE AMO ANNA BANANA!


- Eu sei Alvo, eu sei.


- Essa noite?


- Essa noite!


- Vai ser uma noite inesquecível! Garanto!


- Não fale assim! As pessoas vão pensar outra coisa.


- Hum... Safadinha, você também pensou – Alvo olhou malicioso para Anna.


- Vai se ferrar Al, eu não pensei em nada.


- Eu sei que você pensou.


- Não pensei.


- Admite.


- Não.


- Eu sei que você me quer.


- Huft...


- EU SEI QUE EU SOU – Alvo levantou-se e começou a dançar na frente de Anna – BONITA E GOSTOSA! EU SEI QUE VOCÊ ME AMA E ME QUEEEER! EU SOU UMA FERA DE PELE MACIA, CUIDADO GAROTA, EU SOU PERIGOSAAAAAAAAA! (N/B: kkkkkkkkkkkkkkkk morri. *-*)


Anna tapou os ouvidos e revirou os olhos, mas não conteve o riso.


- Ninguém merece...


 


- Ei, ruiva – Rose sentiu alguém lhe apertar pela cintura.


- Fala Scorp. – Disse Rose sorridente.


- Vem até aqui, preciso falar com você – Scorpius levou Rose até uma sala que não estava sendo usada e fechou a porta.


- Devo temer? – Perguntou Rose rindo.


- Não. – Respondeu Scorpius – Olha! Olha!


Rose olhou para o que Scorpius segurava.


- U-a-u! Um pedacinho de pergaminho velho.


- Não é um pedaço de pergaminho velho! – Scorpius parecia chocado – Eu convenci o Al a me emprestar o Mapa dos Marotos.


- Ah... – Rose olhou melhor e constatou que o pedaço de pergaminho velho era o mapa.


- Para que? – Perguntou Rose ansiosa.


- O que para que?


- Para que você quer isso?


- Vamos sair essa noite – os olhos de Scorpius brilharam novamente.


- Para onde?


- Quero te levar em um lugar.


- Isso não vai prestar...


- Confie em mim, você vai gostar – Scorpius abraçou Rose que sorriu marota.


- Hum, se eu vou gostar...


- Garanto!


- Então eu vou.


- Ótimo! – Scorpius beijou Rose quase pulando de alegria.


 


N/B: AAH, terminei de ler *-* ; cara, Patty e Danni, OMG. Ah, eles tão namorando *-*, Anna e Alvo também, Lilly e Hugo também, e James e Rachel também, e Débora e Carlinhos também, e a Leeh chegou :o , kkkkkkkkkkkk . Falta Scorpius e Rose namorarem também, yay. A-M-E-I o capítulo, ficou lindo e absoluto, :B . Nesse momento to pensando na música da Evanescence com o Seether(????), aquela... numseioque BROOOKEN; to baixando Alice no país das Maravilhas, FINALMENTE. Então, são 01:13 –não horário de Brasília, é. To ficando com sono, releve essa N/B. meu Deus, chega. Falando muita besteira já. Vou enlouquecer Ciça. Ah, uma curiosidade, pra onde Scorpius ta levando Rose? A Alexis ta esperando um menino ou uma menina *-*? O David é muito legal, cara. Eu num sei se já disse, mas... eu simplesmente ADORO ele. Enfim, boa noite/boa tarde/bom dia/boa madrugada/whatever Cicinha.


Um beijo e um queixo :**




N/A: GEEENTEEEM, EU TENHO NOVIDADE, O CAP15 E 16 JÁ ESTÃO TODOOOOS PROGRAMADOS! ISSO MESMO, PORQUE EU SEI TUDO O QUE VAI ACONTECER E ESTÁ ANOTADO! Oh God, só não tentem invadir minha mente para descobrirem tudo! HÁ! VOCÊS NÃO SABEM ONDE EU ANOTO MEUS PLANOS MALÍGNOS PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO! TENHAM MEDO! Vai que alguém morre... Alguém loiro... charmoso... que atende pelo nome de Scorpius Malfoy! Hehe... Brincadeira! Aposto que assustei legal vocês! No mínimo alguém cagou nas calças ;D


Ashuhasuhsua


Beijos,


Ciça ;**********


PS: Sabia que o Natal na Toca está chegando? ;P


Agradecimentos:


M.M Potter , Rachel Weasley-Potter, Ayla Rios, Júlia Griebeler, Leeh Malfoy, Lívia G., Larissa, Tah Zabini, Sabrina M. e M., ayla tereza, Lara Zabine Pena, Bia Weasley, Anna.Weasley , Éris e Waal Pompeo!


 

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