Cap.12 A Festa
N/A: Dedico esse capítulo a todos os meus fiéis leitores que esperaram pacientemente por todos os outros capítulos e suas surpresas, aguardando ansiosos, os momentos de entendimento entre os personagens. Boa leitura, pessoal. O vídeo é pra tocar com o capítulo! ;D
Cap.12 A Festa
Antes da Festa:
Anna acordou na manhã de sábado cedo. Levantou da cama com uma energia que não sentira desde o começo das aulas. Aquele era o dia da festa. Da A Festa. Porque sempre que Alvo e Anna faziam festa alguma coisa acontecia. E naquele dia ela sentia que tudo ia dar certo.
- Acordem logo, pelo amor de Merlin – pediu Anna sacudindo as amigas com um sorriso estampado.
- Sai pra lá! Deixa eu voltar a sonhar – falou Rose se cobrindo dos pés a cabeça com o lençol.
- O sonho estava bom é? – Perguntou Anna maliciosamente.
- Demais! – Falou Rose rindo – Principalmente porque o loiro apareceu nele.
- Loiro? Scorpius? – Perguntou Paaty alegremente – Que coisa mais fofa.
- Eu sei – Rose sentou-se na cama e suspirou -, eu lutei, e lutei e lutei, mas cheguei a mais triste conclusão ontem.
- Qual? – Perguntou Anna.
- Eu o amo.
Anna e Paaty encararam a menina, petrificadas.
- Oin, que lindo – disse Paaty com lágrimas nos olhos.
- Lindo foi o soco que ele deu no Key.
As meninas riram e Paaty sorriu marota.
- O que foi senhorita Melo?
- HOJE É FESTA LÁ NO MEU APÊ PODE APARECER VAI ROLAR BUMDALELÊ! – Cantou Paaty e Anna tapou os ouvidos.
- AAAH! Estou surda! SURDA! – Brincou Rose fazendo Paaty mandar-lhe uma careta.
- Festa! Festa! Festa! – Repetia Anna feliz e de repente sorriu marota como Paaty fizera – Alvo Potter que me aguarde.
- Há há – Rose fingiu rir mais acabou rindo de verdade – Coitado do garoto, vai sair todo roxo da festa.
- Roxo? – Perguntaram Anna e Paaty juntas.
- Sim. Roxo de chupões.
Anna riu maliciosa – Não digo nada.
- Eita, hoje tem festa – disse Scorpius para Alvo que sorriu malicioso.
- Festaaaaaaaaaaaaaaa! – Berrou Daniel no ouvido de Scorpius.
- Hmm... Festa – Alvo riu com os amigos.
- Está tudo pronto? – Perguntou Daniel e Alvo fez que sim.
- Mais do que pronto, todos já marcaram presença e agora só falta terminar o trabalho na Sala Comunal da Sonserina. O alarme pra intruso já foi acionado e qualquer aluno menor da Sonserina terá que voltar pros dormitórios.
- Alvo, eu sinto que essa festa vai ser foda – comentou Scorpius sorrindo.
- Eu também, Scorp, eu também.
- Eu não sei como você suportou aquela humilhação ridícula na frente de toda a sonserina – Alexis caminhava com as amigas pelos terrenos da escola.
A garota crispou os lábios e algumas lágrimas de raiva desceram dos seus olhos.
- Ele vai ver com quem se meteu – disse a garota com tom de ódio na voz.
- Pretende fazer o que? – Perguntou uma garota da sonserina – Ele e a Weasley nem estão juntos, e além do mais, você sabe que agora, nada vai separar eles, depois do soco que o Malfoy deu no Key.
- Eu sei – disse Alexis -, ele vai fazer de tudo pra ficar com ela, e eu sei que isso eu não posso impedir.
-Então você pretende fazer o que? – Perguntou a garota curiosa.
- Ela me roubou um homem, eu roubo outro dela, pra ficarmos kits. – Disse Alexis com um sorriso malicioso.
- Pelo visto Jacob Key entra na jogada.
- Foi tão bom – Débora dizia pela décima vez para Rachel que sorria amigavelmente.
- Eu aposto que foi. O Carlinhos é muito fofo – comentou Rachel.
- É! Ele foi tão lindo! Ele é lindo! Ele é perfeito!
- Ih! Minha amiga se apaixonou.
Débora suspirou e deitou na cama.
- Eu não tenho culpa, sabe? Nunca pensei que fosse gostar de um cara tão mais velho.
- No coração a gente não manda.
- Por falar em coração... – Começou Débora se sentando – Quando você pretende desculpar o James?
Rachel bufou – Não sei.
- Ah! Kell! O garoto está mal pra caramba.
- Sério?
- Super sério. Vive falando de você.
Rachel sentou-se ao lado da amiga.
- Eu não sei. Ele não fala o que eu quero ouvir, ele só pede desculpas.
- E se ele falasse? O que você faria?
Rachel olhou maliciosa para Débora.
- O agarraria na certa, oras! Já quero beijar esse garoto faz tempo.
Débora riu da amiga.
- Quem sabe na festa, hein? – Perguntou Débora piscando.
- Quem sabe...
- Ei, olha. – Débora apontou para uma coruja que era vista vindo em direção a janela das garotas.
Rachel levantou e abriu a janela na hora que a coruja passava com um embrulho.
- O que é isso? – Perguntou Débora indo em direção ao embrulho largado na cama.
- É pra você, segundo o bilhete – disse Rachel.
Débora abriu o bilhete para ler o que tinha dentro.
- O que diz? – Perguntou Rachel curiosa.
- Um presente especial para uma garota especial. Assinado, Carlinhos. – Débora suspirou ao ler a frase.
- Abre logo! – Pediu Rachel impaciente.
- Ele é lindo.
- É eu sei! Agora abre!
Débora abriu o presente e viu um lindo par de brincos.
Rachel suspirou ao lado da garota que pulou de alegria.
- Agora com licença que eu vou responder ao meu homem – brincou Débora –, e depois me arrumar pra festa do Potter.
- Ih! É! Do jeito que a gente demora...
A Festa:
Eram exatamente oito em ponto. Hogwarts parecia mais silenciosa do que o normal para uma noite de sábado. (N/A: Parece até filme de terror! TAMTAM!) Alvo já arrumara toda a Sala Comunal da Sonserina com a ajuda dos amigos e agora estava dando os últimos retoques com Scorpius e Daniel.
- As meninas não descem não? – Perguntou Alvo começando a ficar impaciente.
- Calma, menina demora pra caramba pra descer. – Disse Scorpius sabiamente.
- Falou pouco mais falou bonito. – Daniel esperava sentado no sofá.
- Já são oito horas, daqui a pouco os convidados chegam – reclamou Alvo.
...
- Não é possível – reclamou novamente Alvo, após meia hora.
A Sala Comunal já estava cheia. Os convidados haviam chegado para a festa. A música tocava ao fundo com o som de bandas trouxas e bruxas.
- Ei! Boa festa – disse Lílian que acabara de chegar junto de Hugo. Os dois foram cumprimentar Alvo que se via espremido por outras pessoas.
- Valeu – disse Alvo rindo – a mesa com bebidas e comidas fica por ali. – Indicou o garoto.
- Vem, vamos beber algo – falou Lílian puxando Hugo pela pista de dança. Alguns móveis haviam sido tirados da sala comunal.
- Ei! Vocês vieram – falou Hugo ao ver Débora e Rachel paradas perto da mesa de bebidas. Rachel segurava uma bebida azul e Lílian deu uma olhada.
- O que é isso? – Perguntou a ruiva Potter.
- Lagoa Azul, mas menores não devem beber – disse Rachel rindo.
- Muito engraçada. – Lílian pegou o copo da mão da amiga e deu um gole – Bom... eu vou querer uma dessas. Faz pra mim? – Pediu Lílian e Rachel fez que sim.
- Vamos descer – disse Rose se olhando uma última vez no espelho. A garota estava com o cabelo ruivo liso, com uma saia curta de couro, preta, uma blusa vermelha com decote e detalhes prateados, e uma sandália prateada combinando. Passara um pouco de maquiagem.
- Você está linda – falou Anna analisando a amiga.
- Você também – falou Rose olhando Anna. Anna estava vestida com um short curto, jeans, usava uma camisa regata branca e um colete jeans combinando com o short. Estava com uma bota preta alta. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto.
- E eu amores? – Perguntou Paaty saindo do banheiro e desfilando – O que vocês acham que o Daniel vai dizer?
- Gata, você está um arraso – falou Anna imitando o irmão. E Paaty estava mesmo. A garota usava um vestido curto azul, com alguns detalhes prateados, e um decote em V que realçava seu busto. No pé, foi ousada e colocou um All Star prateado com estrelas. O cabelo estava jogado no rosto e a garota acabara de cortar o cabelo com uma franja.
- Amei seu tênis – brincou Rose e Paaty sorriu mostrando o pé para as amigas.
- Eu mesma que o enfeitei *-* - disse orgulhosa.
- E o cabelo ficou foda – disse Anna passando a mão pelo cabelo de Paaty.
- Eu sei – falou a garota -, vamos logo nos mostrar um pouco.
Rindo as três saíram do quarto.
- Elas não vêm? – Perguntou Alvo para Daniel, com quem conversava. – Daniel? Ei? Você está aí?
Mas Daniel não estava olhando para o amigo. Olhava, petrificado, a escada que levava aos dormitórios.
- Que houve? – Perguntou Alvo rindo – Parece que viu um fantasma.
Daniel apontou e Alvo virou-se para olhar, seu queixo caiu.
- UaU – Alvo exclamou ao olhar para Anna que descia desfilando pela escada com um enorme sorriso. Ao seu lado vinham Rose e Paaty. Vários garotos se viraram para olhá-las.
Anna olhou para Alvo e se encaminhou para o garoto, ainda sorrindo.
- Fecha a boca, está babando – brincou a garota fazendo o amigo fechar a boca, envergonhado.
- Você está... Você está... linda. – Disse analisando a garota que corou.
- Obrigada. Oi maninho – Anna cumprimentou Daniel que não tirava os olhos de Paaty que também o encarava.
Daniel se aproximou da garota que sorria maliciosa.
- Vamos dançar? – Perguntou Daniel no ouvido de Paaty a fazendo estremecer.
- Não sei se devo – falou a garota.
- Vamos, eu não mordo. – Prometeu Daniel segurando Paaty pela cintura.
- Eu não tenho medo de cachorro Danny. – Disse Paaty – Na realidade eu sei muito bem como cuidar deles.
- Então cuida de mim – Daniel sussurrou no ouvido de Paaty que fechou os olhos sorrindo.
- Vamos logo – disse a garota puxando Daniel para a pista de dança.
- Nossa, são rápidos – brincou Anna ao ver Daniel e Paaty indo para a pista de dança.
- Deixa eles – falou Alvo rindo -, e aí gostosa? Você vem sempre aqui?
Anna riu com Alvo.
Rose andava pela festa olhando em volta, mas não encontrava quem queria.
- Ei Rose – alguém a puxou pelo braço a fazendo virar. Jacob a encarava.
- Fala. – Disse Rose rudemente.
- Eu queria pedir desculpas – disse Jacob meio contrariado.
- Pelo que? Por ter me beijado a força? Ou por ser um tremendo idiota?
- Eu...
- Você não desiste não? – Perguntou uma voz atrás de Rose fazendo seu coração dar um giro completo.
- Scorpius – Rose disse ao ver o amigo avançando para Jacob -, ele só veio se desculpar.
- Acho melhor ele sumir isso sim. – Mandou Scorpius ameaçadoramente.
- E desde quando você manda em mim? – Perguntou Jacob – Eu saio daqui a hora que eu quiser.
- Problema é o teu, se você não sai, eu saio. Vem Rose – Scorpius puxou a amiga até o outro lado da sala – Cara idiota.
- Scorp!
Scorpius olhou pela primeira vez Rose e suspirou.
- Que foi? – Perguntou Rose sorrindo.
- Você está...
- Linda?
- Eu ia dizer perfeita.
Rose corou – Foi o melhor elogio da noite.
- Vindo de mim tinha que ser bom ;D – Brincou Scorpius.
- Concordo. – Rose disse sorrindo.
Scorpius ficou sério e encarou a amiga.
- Rose?
- Fala?
- Você me perdoa? – Perguntou meio triste. Rose demorou alguns segundos pra entender do que Scorpius estava falando.
- Eu já perdoei – falou Rose piscando.
Scorpius sentiu-se capaz de pular de alegria.
- Quer saber? Eu gostaria muito de fazer uma coisa. – Disse o garoto.
- O que? – Perguntou Rose curiosa.
- Mas pra fazer... Eu preciso de um consentimento.
- Nossa... Deve ser importante.
- Você é bem lerdinha Weasley – brincou Scorpius e se aproximou de Rose. – Rose?
- Sim? – Rose sentiu-se extremamente sem ar naquele momento devido ao modo como Scorpius a encarava.
- Você daria outra chance?
- Outra chance? – Perguntou Rose na dúvida.
- Para nós dois – explicou Scorpius.
Rose balançou negativamente a cabeça.
- Eu não daria outra chance – respondeu a garota e Scorpius baixou a cabeça -, eu daria várias chances.
Scorpius riu com Rose.
- Típico de você, contrariar, sua boba – brincou Scorpius segurando Rose pela cintura.
- Típico de você querer dar a última palavra.
- Eu sempre dou a última palavra.
- Nem sempre.
- Fica quieta Rose, eu não vou te beijar até dar a última palavra aqui.
- Então não vai me beijar.
- Ah! Menina chata – falou Scorpius e na hora em que Rose ia responder Scorpius a calou com um beijo.
Rose não se importou se deu a última palavra ou não. Aquele beijo já dizia praticamente tudo o que ela queria falar para Scorpius.
- Olha quem chegou – falou Débora para Rachel ao ver James entrando na Sala Comunal.
- Oh God – exclamou Rachel se virando para Débora e ajeitando o vestido preto tomara que caia que usava. – Como eu estou?
- Perfeita – falou uma voz atrás da garota a fazendo se assustar. Rachel virou lentamente e viu James que estava lindo parado sorrindo. Várias garotas olhavam maliciosamente para James que parecia só olhar para Rachel.
- Obrigada Potter – respondeu Rachel, mas não conteve o sorriso.
James revirou os olhos.
- Você não sabe o meu nome por um acaso não? Vou dizer pra você: é James! J-a-m-e-s! Quer que escreva também?
Rachel riu bebeu um gole da sua bebida.
James olhou para Débora que logo entendeu e tratou de sair deixando a amiga sozinha com James.
O garoto olhou em volta nervoso e passou a mão no cabelo.
- Como você tem estado? – Perguntou James para Rachel um pouco apreensivo. Rachel gostou de ver que James estava nervoso por conversar com ela.
- Estou ótima – mentiu a garota descaradamente -, e você?
- Nem um pouco ótimo. – Respondeu James triste – O contrário de ótimo.
Rachel se fez de desentendida.
- Ah é? Por quê?
- Senti sua falta – James respondeu sem rodeios. Rachel sentiu um calor subir pelo seu corpo e percebeu que deveria estar vermelha, mas se manteve dura.
- Sentiu minha falta é? Não consegue ter uma amiga brigada com você?
James balançou negativamente a cabeça.
- Eu não consigo te ter brigada comigo.
Os olhos de Rachel se arregalaram e as respostas prontas na ponta da língua se esvaíram. A garota se sentiu uma boba sem saber o que dizer. Optou pela resposta mais simples.
- Eu não sei o que dizer.
James sorriu de lado se aproximando de Rachel e pegou na mão da garota.
- Não precisa dizer nada. – Falou passando a mão pelos cabelos da amiga.
- Mas você disse tanta coisa. – Rachel quase fechou os olhos ao toque do menino. James já estava praticamente colado nela, e sussurrou em seu ouvido.
- Se você sentir metade do que eu sinto por você – começou, passando a mão pela cintura de Rachel, que pôs o braço no pescoço do garoto -, não precisa dizer nada.
Rachel sorriu e permaneceu em silêncio. James soltou uma risada.
- Eu vou considerar isso como um sim.
Rachel mandou uma careta para James, que riu divertido e deu um longo selinho na garota. Afastou-se para ver a reação de Rachel. A garota deu de ombros.
- Demorou demais pra fazer isso, hein? – Implicou Rachel, e James sorriu malicioso.
- Eu não fiz nem metade do que pretendo fazer.
- E você está esperando o que? – Perguntou Rachel.
- Ô garota apressada! Nunca mais tento ser romântico – falou James.
- Eu te amo – Rachel se viu dizendo antes que se controlasse. James ficou surpreso, porém depois de um tempo ergueu a garota no ar e a prensou contra si.
- Eu também te amo. – Falou beijando Rachel que agora se sentia nas nuvens. Como sentira falta daquele garoto.
- Olha! Olha! – Débora que conversava com Lílian e Hugo, apontou para Rachel e James. Lílian sorriu divertida.
- Aleluia irmão! – Falou Lílian rindo – Os homens às vezes são tão lerdos! – Reclamou Lílian e não viu Hugo erguer uma sobrancelha.
- Não precisamos de homens rápidos, principalmente se forem em relação a você – disse Hugo de maneira protetora.
Débora riu do amigo e Lílian ergueu as sobrancelhas.
- Como se eu precisava da sua permissão pra ir rápido ou devagar com algum homem.
- Ora! Eu sou seu primo e seu melhor amigo. – Hugo cruzou os braços e Lílian deu de ombros.
- Isso não significa nada. – Disse Lílian e Hugo apenas murmurou alguma coisa.
- Gente, eu já volto – Débora levantou-se e pegou sua bebida na hora em que alguém esbarrou na garota. O copo fugiu-lhe da mão indo parar na blusa de Lílian.
- OOHHH! – Gritou Lílian enquanto Hugo prendia o riso. – Que merdaaaaa! Olha minha roupa.
- Desculpa Lily, desculpa mesmo! – Pediu Débora para a amiga.
- Não foi sua culpa! Foi um idiota qualquer aí! Droga.
- Ei – Paaty acabara de chegar ao lugar do ocorrido. – O que houve?
- Derramaram coisa na minha roupa – falou Lílian xingando até a quinta geração do engraçadinho que a havia sujado.
- Vai até o meu quarto – disse Paaty solidária -, pega uma blusa, minha, ou da Rose, ou da Anna.
- Sério? *-* - Perguntou Lílian contente e Paaty riu.
- Vai lá. – Disse a garota – Eu vou voltar pra festa galera.
- Eu acho que eu vou lá – disse Lílian para Hugo e Débora.
- Eu vou dançar um pouco, vocês se importam? – Perguntou Débora, e os dois fizeram que não.
- Vai me abandonar? – Perguntou Hugo fazendo Lílian rir.
- Vem comigo, eu preciso de uma opinião masculina.
- No dormitório feminino? – Perguntou Hugo assustado e Lílian riu com gosto.
- Tem medo é?
- Claro que não!
- Então vem logo Huguinho – Lílian subiu as escadas que davam para o dormitório com Hugo atrás de si.
Abriu a porta do quarto das meninas. Não havia ninguém, ainda... Nenhum casalzinho nem nada.
- Entra logo – Lílian puxou Hugo, já que o garoto estava meio relutante.
Lílian começou a procurar nos armários e malões das meninas.
- Ahá! – Disse pegando uma blusa e analisando-a, depois se virou para Hugo que estava sentado na cama – Agora espere aqui, que eu vou me trocar.
Lílian entrou no banheiro e alguns minutos mais tardes saiu dele com uma blusa frente única, roxa, com lantejoulas prateadas espalhadas pela blusa. A blusa ficara pequena, já que Lílian tinha um pouco mais ter corpo do que Paaty e por isso ficara bastante decotada.
- O que você achou? – Perguntou Lílian dando uma volta para Hugo olhá-la.
Hugo levantou-se da cama e se encaminhou até Lílian que esperava uma resposta.
- Hugo? – Chamou Lílian rindo – Terra pra Hugo!
Hugo engoliu em seco e conseguiu sussurrar:
- Você está linda.
Lílian sentiu-se corando.
- Ah! Você só fala isso porque é meu primo – disse a ruiva.
- Não! Sério, eu falo isso porque é a verdade. – Hugo já estava na frente de Lílian – Você É linda.
Lílian olhou nos olhos de Hugo que parecia estar sendo sincero. Hugo se aproximou um pouco mais de Lílian que relutou, mas não chegou para trás. Porém, a garota colocou a mão sobre o peito de Hugo.
- Não chegue muito perto, por favor – pediu a garota olhando em volta.
- Por quê? – Perguntou Hugo sem entender.
- Porque estamos sozinhos em um quarto.
- E daí? – Pergunto novamente Hugo chegando mais perto da garota.
Lílian suspirou e sentiu que a mão de Hugo já se encontrava em sua cintura.
- Porque isso complica tudo. – Explicou a garota.
- E desde quando nós não somos complicados? – Perguntou Hugo sorrindo maroto.
- Hugo, você é meu...
Lílian não conseguiu terminar a frase, pois Hugo a puxou para junto de si e a beijou com nenhum outro garoto a havia beijado. Era o melhor beijo que ela já havia tido, mas...
- Isso está errado – disse Lílian se afastando bruscamente de Hugo.
- O que está errado? – Perguntou Hugo chateado.
- Tudo.
- O fato de nos gostarmos mais do que como primos?
- Repito, tudo.
- O fato de eu te amar também é errado? – Perguntou Hugo fazendo Lílian ficar de olhos arregalados e lágrimas começarem a vir-lhe aos olhos.
- Não repita isso, por favor.
- Por quê?
- Você é muito novo pra saber o que é amar. – Disse Lílian se afastando do garoto. Hugo bufou impaciente.
- Vai dizer que você não gostou!
Lílian balançou negativamente a cabeça.
- Eu não permito gostar.
Dizendo isso a garota saiu do quarto deixando Hugo sozinho.
- O que houve? – Perguntou Débora ao ver Lílian descendo as escadas quase correndo. Lílian olhou assustada a amiga.
- Não houve nada – respondeu rispidamente e saiu em disparada pela festa.
Débora olhou Lílian se afastando e saindo pela entrada da Sala Comunal.
- Eu hein...
- Oi Déb – cumprimentou alguém atrás da garota a assustando.
- Credo Alvo, não me mata de susto assim – pediu a garota com a mão no coração.
- Está se divertindo? – Perguntou Alvo animado.
- Sim, claro, e você?
- Estou super bem.
Débora observou um pouco Alvo.
- Você não bebeu. – Disse a garota fazendo Alvo rir.
- É claro que não, eu e Anna nunca bebemos nas nossas festas, já que é nossa responsabilidade cuidar de tudo isso.
- Nossa... que bonito.
Alvo riu da amiga.
- Não vai ficar com ninguém não é, gata? – Perguntou piscando.
- Não, obrigada – respondeu Débora rindo.
- Qual foi?! Está cheio de sonserino aqui. Eu te apresento a alguém se você quiser – falou Alvo maliciosamente – Tenho vários amigos.
Débora riu com gosto.
- Vamos dizer que eu esteja... comprometida.
Alvo se assustou.
- Sério? Com quem?
- Hum... você não conhece.
- Posso conhecer um dia? – Perguntou Alvo.
- Claro.
- EI ALVO! – Alguém gritou o nome do garoto e Alvo se virou a tempo de ver Anna se espremer pelas pessoas ao seu encontro.
- Que houve banana? – Perguntou Alvo.
Anna chegou afoita até os amigos.
- Oi Déb – cumprimentou a garota e se virou para Alvo -, a comida acabou.
- JÁ? – Berrou Alvo aterrorizado – E a bebida?
- Ah! Isso ainda tem. Desconfio que o pessoal aqui tem estoque em tudo qualquer lugar.
Alvo riu e se virou para Débora.
- A gente tem que ir, resolver problemas técnicos.
Débora riu e se despediu dos amigos.
- O que vamos fazer? – Perguntou Anna para Alvo.
- Ir até a cozinha e arrombar. Brincadeira! A gente pede comida pros elfos.
- Vamos logo – falou Anna pegando Alvo pela mão e os dois saíram da Sala Comunal.
- Finalmente, um pouco de silêncio – falou Anna se espreguiçando.
- Pois é, festa dá maior trabalho – disse Alvo rindo -, mas vale a pena.
- Com toda certeza e...
Alvo de repente tapou a boca da amiga e a puxou para trás de uma armadura.
Os dois viram o zelador que acabara de virar naquele corredor e andava reclamando.
Quando o zelador desapareceu pelo corredor, Alvo se ajeitou atrás da estátua, mas continuou ali.
- Pra que você fez isso? – Perguntou Anna tentando se mexer.
- Porque ele é um saco, com certeza ia arranjar um motivo pra acabar com a nossa noite. Odeio esse cara.
Anna riu do amigo.
- Nossa, quanto ódio no coração, Potter.
Alvo riu e olhou bem para a amiga. Ela estava muito próxima dele. O garoto acabou se perdendo nos olhos de Anna (N/A: Que coisa clichê!) e ficou alguns minutos a observando.
- Alvo – chamou Anna sorrindo -, você está me constrangendo me encarando assim.
Alvo balançou a cabeça e riu.
- Eu não tenho culpa se você é linda.
- Não tanto quanto você. – Murmurou Anna, mas Alvo ouviu e se aproximou da garota.
- Você é incrível Anna – disse Alvo para a garota -, engraçada, divertida, super bem humorada, linda, gostosa, inteligente, amiga.
- Não faça isso Alvo – pediu Anna quase que implorando. Alvo a encarou sem entender.
- Fazer o que?
- O que você sempre faz.
- O que eu sempre faço?
- Isso. A gente sempre acaba em uma cena super constrangedora como essa, falamos alguma coisa que faz a gente sentir coisas que juramos não sentirmos um pelo outro, aí no final você me beija e como se fosse uma coisa errada, você vai embora, me fazendo ficar sozinha, pensando o quanto você deve se arrepender por me beijar.
Alvo ficou encarando Anna que estava com a garganta quase que se fechando devido ao fato de estar segurando o choro.
- Eu não sei se eu agüento isso por mais tempo.
Naquele momento, Alvo sentiu vergonha, vergonha do que estava fazendo, do que estava provocando na amiga. Aquela dor, que com certeza deveria estar sendo maior nela do que nele. Não que ele não estivesse sofrendo, porque ele estava, mas não conseguia entender o que estava acontecendo.
E ao ver Anna e ouvir o que a garota falara para ele, naquela hora ele tomou a decisão que vinha adiando há tempos.
O sonserino enxugou algumas lágrimas que haviam teimado em descer pelos olhos de Anna. A garota fechou os olhos com o toque de Alvo que sorriu.
- Eu prometo não fugir mais, até porque, acho que eu não conseguiria mais lutar comigo mesmo.
Anna abriu os olhos e sorriu para Alvo.
- Você quer dizer que você...?
- Que eu te amo? É! Isso mesmo.
Anna riu com gosto.
- Repete vai!
- Quantas vezes você quiser. – Disse Alvo abraçando Anna que retribui o abraço. O garoto depositou curtos beijos por todo o rosto da garota enquanto repetia:
- Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo.
- Eu também... me amo. – Brincou Anna e Alvo riu.
- Você, sua banana má!
- Eu sei que você me ama.
Alvo fez uma cara intrigada – Porra! Se não soubesse eu ia achar que você é surda.
Anna riu com gosto.
- Mas eu posso repetir se você quiser – disse Alvo sorridente – Eu te amo, bananinha.
E finalmente, dessa vez, Alvo beijou Anna e os dois ficaram um bom tempo aproveitando a oportunidade que tiveram para finalmente se entenderem.
- Aleluia! – Disse Anna quando Alvo a abraçou e deu-lhe um selinho – Alvo Potter não fugiu.
- Eu prometi.
Os dois se olharam e riram. Alvo de repente ficou sério.
- O que houve? – Perguntou Anna.
- Seu irmão vai me matar. – Disse Alvo e Anna riu da preocupação do amigo.
- Deixa ele! Ele é um f*** no amor mesmo, por isso não quer que ninguém seja feliz.
- Que coisa trágica! – Brincou Alvo.
- Pois é! Eita! A gente tem que arranjar comida.
Alvo deu de ombros.
- Já deve estar todo mundo morto de fome! Eles agüentam mais um pouco. Deixe-me te beijar mais um pouco.
- Você vai ter todo o tempo do mundo pra fazer isso, Alvo Potter. Agora venha, nós temos uma festa para administrar – falou Anna puxando o garoto pela mão e o arrastando pelo corredor.
- Ah não!
- Ah sim!
- Você é muito má.
- Eu sei ;D.
Alvo puxou Anna que bateu contra o seu peito. A garota sorriu maliciosa.
- Para de relutar. Que se não serei obrigado a usar das minhas armas para fazer você parar.
- Vai lá garanhão, use o seu poder – provocou Anna. Alvo ia responder, mas Anna o cortou – Use o seu poder e você fica uma semana sem beijo.
- O QUE?
- Isso mesmo reclamão, vem logo.
Bufando, Alvo seguiu Anna até a cozinha.
Rose e Scorpius dançavam juntos enquanto uma pessoa os observava, sentado no sofá.
- Nojento não é? – Perguntou alguém sentando ao seu lado.
Jacob olhou para Alexis que sorria com uma expressão de que ia vomitar.
- Me deixa em paz – mandou Jacob, porém Alexis riu com gosto.
- Nossa que mau humor. Todo esse mau humor por causa da Weasley?
- Já mandei sair daqui Brown, não me faça repetir.
Alexis observou o garoto pelo canto de olho e chegou mais perto.
- Eu não tenho medo de sonserinos, Key.
Jacob ergueu uma das sobrancelhas e analisou Alexis. Ela estava com um vestido curtíssimo.
- Eu sei o que você quer aqui Brown e é melhor você desistir.
Alexis crispou os lábios.
- Me dê uma razão pra eu desistir.
Jacob olhou bem para a garota.
- Eu não sou o tipo de garoto que se vinga, e sei muito bem o que espera de mim, mas já vou avisando, se você quer mesmo, consegue. Mas não espere nada romântico.
- Quem disse que eu quero romance? – Perguntou a garota sentando no colo de Jacob que revirou os olhos.
- Ótimo Brown.
Dizendo aquilo o garoto se levantou, pegou a garota pela mão e a levou para fora da Sala Comunal.
- Onde estamos indo? – Perguntou Alexis, confusa.
- Eu prefiro fazer isso em particular Brown. A Sala Precisa é ótima para isso.
Dando um sorriso de triunfo a garota passou a mão pelo pescoço de Jacob e o beijou ardentemente.
- Olha que coisa mais fofa – comentou Paaty com Daniel. Os dois estavam sentados em uma poltrona observando os casais dançando. Perto dali Rose e Scorpius ainda dançavam juntos, sorridentes.
Daniel revirou os olhos – Finalmente eles se entenderam.
- Pois é.
Nesse momento um outro casal chegou até os dois amigos. Alvo sentou ao lado de Daniel, parecendo desconfortável.
- O que foi? – Perguntou Daniel olhando bem para o amigo.
- Será que nós podemos conversar?
Paaty olhou para Anna que confirmou com a cabeça e as duas saíram.
- O que está pegando? – Perguntou Daniel para o amigo.
Alvo sentou-se reto. Deu graças a Deus por o som não estar tão alto, se não seria impossível conversar.
- Daniel, eu preciso te dizer uma coisa que eu guardei comigo por um bom tempo.
- O que? – Perguntou Daniel curioso.
- Lembra quando eu disse que preferia não revelar com quem foi o meu primeiro beijo? – Perguntou Alvo.
- Sim, eu desconfiei que você fosse gay.
Alvo riu com o amigo.
- Não. O único problema é que eu tinha medo de revelar.
- Por quê?
- Porque eu tinha medo de perder sua amizade.
Daniel olhou ainda mais confuso para Alvo, que suspirou.
- Eu tinha lá pelos onze, doze anos... E estava sozinho com a Anna... E...
Daniel finalmente entendera e sorriu.
- Minha irmã?
Alvo fez que sim – Foi o meu primeiro beijo, um simples selinho.
Daniel riu do amigo – E você ficou com medo de mim por isso? Nossa, eu não sou tão mau assim não.
- Não fiquei com medo de você, fiquei com medo de perder sua amizade.
Daniel ficou sério.
- Valeu cara, mas eu nunca pararia de ser seu amigo. E por que você resolveu me contar isso agora?
Alvo deu um pigarro.
- Por que... bem, não tem como fingir que não, o fato é que eu amo sua irmã.
- O que? – Perguntou Daniel pensando que não entendera direito.
- Eu amo sua irmã e não conseguiria ficar com ela antes de saber que você não fica chateado comigo.
- Vocês ficaram por acaso? – Perguntou Daniel, achando um pouco de graça.
- Sim.
Daniel riu – Até que enfim, na moral, já estava te achando o maior broxa.
Alvo olhou confuso para Daniel.
- Você não fica chateado?
- Chateado? Por que finalmente o cara que minha irmã é louquinha se declarou pra ela? Por que eu estaria chateado seu besta?
Alvo riu do amigo.
- E você e a Paaty? – Perguntou Alvo como quem não quer nada.
- O que tem ele e eu? – Perguntou Paaty que acabara de chegar. Anna chegou junto da amiga e sentou no colo de Alvo. Daniel desviou o olhar.
- Eu estava pensando, quando é que vocês vão se entender.
- Nos entender? Isso nunca – disse Paaty marota -, sempre iremos brigar.
Alvo riu malicioso.
- Você me entendeu.
Paaty corou e desviou o olhar do grupo.
- O que está pegando? – Perguntou Rose chegando junto de Scorpius de mãos dadas.
- A gente está conversando sobre o fato de o Daniel ser muito lerdo.
- EI! – Reclamou Daniel e Paaty riu.
- Como assim? – Perguntou Scorpius bebendo algo.
- Bem, eu e Anna já nos entendemos e agora estamos naquela fase: qual vai ser o nome do nosso filho? Você e Rose já estão naquela fase: qual vai ser o nome do nosso segundo filho? Bem... digamos que Daniel ainda está no: será que eu vou ter filhos?
Todos riram do garoto, menos Daniel que ficara vermelho.
- Só estou nessa fase porque ela quer.
- Eu? Agora eu sou a culpada? – Perguntou Paaty apontando para si mesma.
- Sim! – Disse Daniel rabugento.
- E você algum dia fez algo pra merecer ficar comigo? Alguma vez já deu a entender que gosta de mim?
- Perdi a conta Paaty. Perdi a conta. – Respondeu Daniel.
- Olha, então você não consegue mandar indiretas! – Falou Paaty nervosa – Porque tudo o que você fez foi simplesmente por orgulho ou assim pareceu.
- Ou você que é lerda demais pra entender minhas indiretas.
- Ou você que é lerdo demais pra sacar o que sente.
Alvo, Anna, Rose e Scorpius olhavam de Paaty para Daniel como se fosse uma partida de ping pong.
- AH! ENTÃO VOCÊ QUER UMA DECLARAÇÃO DE AMOR É ISSO? PORQUE EU NÃO SOU DO TIPO QUE FAZ DECLARAÇÃO! – Gritou Daniel levantando do sofá. Paaty levantou junto. Agora, o grupinho não era o único que observava a briga.
- EU NÃO DISSE NADA DE DECLARAÇÃO! Era só ser um pouco menos...
- Menos o que? Fala.
- DANIEL ZABINE!
Daniel levou um susto com a tremenda raiva de Paaty.
- Desculpa, mas eu não mudo.
- É uma pena. – Disse a garota saindo de perto do grupo e saindo da Sala Comunal.
Daniel ficou observando a amiga sair e depois olhou para as outras amigas.
- O que foi? – Perguntou nervoso ao ver Rose o encarar como se estivesse o repreendendo.
- Precisava de tudo aquilo? – Perguntou Rose.
- Ela quer que eu seja alguém que eu não sou – reclamou o garoto -, quantas vezes eu já ao tentei tê-la?
- E nunca fez por merecer – acusou Anna -, alguma vez você já disse o quanto gosta dela? Ou, o quanto você gosta de ficar com ela?
- Bem... não.
- E você espera que ela te leve a sério com os joguinhos de sempre?
Daniel cruzou os braços.
- Não.
- Então pronto, agora vai logo seu besta, antes que eu te mate. – Mandou Scorpius.
Daniel bufou e se encaminhou para fora da Sala Comunal.
Não foi difícil achar Patrícia. A garota estava sentada na escada que levava ao jardim da escola.
- Paaty? – Chamou o garoto e a amiga apenas abaixou a cabeça.
- Sai daqui Zabine.
Daniel riu e sentou ao seu lado.
- Certo, como se eu fosse obedecer a essa ordem.
Paaty olhou com raiva para Daniel.
- O que você quer?
- Você.
Paaty deu uma risada fria.
- E percebeu isso quando? Quando eu sai pela porta da Sala Comunal?
- Não, e sim quando você disse que seria sonserina se quisesse.
Paaty encarou o amigo por alguns minutos.
- Você lembra? Quero dizer... daquele dia?
- É claro que eu lembro.
Paaty deu um sorriso de lado.
- Me desculpe Paaty, eu sou muito insensível mesmo.
Paaty concordou com a cabeça.
- Mas você tem que me entender sabe... é sangue de cobra, sangue frio. Isso não quer dizer que eu não tenha um coração.
- Eu não disse que você não tinha um coração.
- Eu sei, mas duvida da minha capacidade de gostar de você.
- Não duvido, apenas queria ter certeza – disse a garota -, não queria ser só um caso.
Daniel passou o braço pelo ombro de Paaty.
- Você nunca vai ser um caso, além do mais... você é Patrícia Melo.
- Agora sim está bem melhor – falou Paaty.
- Eu sei ;D Sei ser romântico quando eu quero.
- Ou seja... raramente.
- Ah! Qual foi?! Não corta o meu barato broto.
- Broto?
- Ok... Raiz! Melhorou?
Paaty riu. – Vai lá folhinha, me beija logo.
- Você que manda chefinha.
- Aonde você vai? – Perguntou Alexis ao se dar conta que Jacob se levantara da cama. O garoto a olhou por alguns segundos.
- Embora.
- Mas já? – Perguntou Alexis que estava apenas com um lençol tapando o corpo.
- Sim.
- Como assim “sim”? – Perguntou a garota começando a ficar um pouco impaciente.
- Ora Brown, eu falei para não esperar nada romântico de mim.
Alexis ficou olhando o garoto por um tempo.
- Você não esperava que eu dissesse que te amava, esperava? Só por causa de uma noite de sexo.
A boca de Alexis se escancarou.
- Eu...
- Adeus Brown – falou Jacob pegando a camisa e saindo da Sala Precisa.
Alexis Brown ficou encarando boquiaberta a porta por onde o garoto havia saído. Sentiu as lágrimas vindo em seus olhos, porém prendeu-as enquanto um grito sufocado saia pela sua garganta.
Paaty e Daniel voltaram a Sala Comunal onde a festa ainda rolava. Todos estavam dançando animados enquanto alguns já estavam largados no sofá com garrafas de bebidas caídas. Uma ou duas pessoas já estavam totalmente em estado “hibernativo”, a maioria já passara do estado “alegre”.
- E aí casalzinho – chamou James e Paaty sorriu. Ele acabara de chegar trazendo Rachel junto de si.
- Podemos falar o mesmo? – Perguntou Paaty apontando para os dois abraçados.
- Claro – disse James sorrindo e Rachel fez uma careta para o ruivo.
- O que está rolando de bom na festa? – Perguntou Daniel.
- Bastante coisa – disse Rachel -, por falar nisso, eu ainda não entendi o que rolou com o Hugo.
- Por quê? – Perguntou Daniel sem entender.
- Porque ele está em um canto bebendo e não falando com ninguém, o James já tentou falar com ele, mas não conseguiu. Não sei o que está pegando.
- Credo, que chato – disse Paaty olhando Hugo que agora se encontrava dormindo. Rachel suspirou.
- Amanhã eu tento falar com ele.
- Ele deve ter brigado com a Lily – disse James e Rachel concordou.
- Vamos dançar? – Convidou Daniel e todos concordaram.
Jacob andava de um lado para o outro na festa. Era impressionante, não tinha ninguém ali que o agradasse.
- Que merda – disse andando para trás.
- Merda é você pisar no meu pé – ele ouviu alguém exclamar e se virou. A garota tinha o cabelo preto e grande e o encarava com certo ódio.
- Foi mal aí.
- Foi mal não, foi péssimo, não sabe andar não é? – Perguntou a garota de forma grossa e depois jogou os cabelos pra trás – Cada sonserino insuportável – reclamou saindo de perto do garoto.
- Eu hein – disse Jacob e voltou a andar pela festa.
- Rose, se controla – pedia Scorpius rindo de Rose que subiu no sofá e começou a dançar loucamente.
- CADÊ MINHA BEBIDA SCORPIUS? – Berrou a garota pulando em cima do loiro.
- Rose! Comporte-se. – Pediu Scorpius, mas não conseguia parar de rir, nunca a tinha visto alterada daquele jeito.
- O que a ruiva tem? – Perguntou Alvo chegando perto dos amigos.
- Ela está meio alterada.
- Bebeu o que? – Perguntou Alvo curioso.
- Muita batida de morango pingada com vodca... quero dizer, metade vodca.
Alvo riu da prima que agora distribuía beijos no pescoço de Scorpius. O loiro tentava se conter.
- Vão pra um quarto – falou Alvo.
- É Scorp! Vamos pra um quarto – falou Rose e Scorpius arregalou os olhos.
- Não dê ideia Alvo! – E então virou-se pra Rose – Acho melhor não, amor.
- Por quê? – Perguntou a garota chorosa.
- Porque você está meio... hum... vunerável.
- AAAAAAAHHH ASSIM NÃO É JUSTO!
Scorpius riu da cara de Rose que parecia incapaz de pensar em algo.
- Vamos jogar algo? – Perguntou Daniel para o grupo.
- SSSSIIIIIIIIMMMM! – Gritou Rose animada pulando em cima de Daniel.
- O que? – Perguntou Paaty chegando, pulando.
- Strip Poker – falou Alvo malicioso.
- OPA! JÁ É! – Rose gritou assustando Scorpius.
- Já disse pra não dar ideia Alvo!
- Desculpa! Não me contive =X
- Vamos jogar Scorp? – Pediu Rose fazendo carinho no sonserino.
- Eu tenho uma brincadeira melhor Rose – disse Scorpius.
- O que?
- Estátua. – Disse Scorpius meio na dúvida, mas Rose pareceu gostar da ideia, pois começou a pular.
- ADOROOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! VAMOS! – E puxou Scorpius para a pista de dança.
- Acho que agora está tudo limpo – disse Anna enquanto fazia um feitiço e tirava uma mancha estranha do sofá.
- Nossa... essa festa... não prestou – disse Scorpius enquanto olhava para dez garrafas de vodca jogadas no chão. – Nossa senhora.
Eram sete horas da manhã e a festa acabara fazia meia hora, mais ou menos.
Rose se encontrava caída no sofá com um copo na mão.
- Me lembrem de nunca mais deixar a Rose beber mais de um copo – pediu Scorpius analisando Rose. Todos riram – Ô garota fraca pra bebida.
- Cara, eu nunca a vi tão engraçada – disse Alvo lembrando as cenas.
- Coitada da minha amiga – falou Anna divertida.
- Foi bem legal – Paaty ainda pulava animada. Daniel a segurou com força.
- Outra que não pode beber – falou indicando Paaty -, tem efeito contrário nessa, ela fica agitada por horas.
- VAMOS ANIMAR ESSA FESTA! – Berrou Paaty rindo.
- A festa acabou Paaty, e a única coisa que eu quero é dormir – disse Alvo se espreguiçando. – Boa noite pessoal. Boa noite linda – Alvo despediu-se dando um singelo selinho em Anna.
- Boa noite, eu também vou subir – falou Anna.
- Leva ela – pediu Daniel empurrando Paaty que riu animada.
- Boa noite, fofinho – falou enchendo Daniel de selinhos. Daniel riu.
Todos subiram e Scorpius encarou Rose deitada parecendo uma morta no sofá.
- Ei Rose – chamou Scorpius no ouvido da ruiva. –Rose! Roseeeeee...
Rose abriu os olhos e encarou Scorpius, deu um sorriso fraco.
- Já é dia?
Scorpius riu depositando um selinho em Rose.
- A festa acabou agora.
- Sério? – Perguntou Rose tentando se levantar meio zonza. A garota se desequilibrou e caiu deitada no sofá. Riu de si própria – Acho que não consigo sair daqui.
Scorpius riu com gosto – Quem mandou beber tanto? Quer saber? Fica aqui, não precisa subir.
Rose bocejou agradecida.
- Fica comigo? – Pediu a garota abrindo um espaço no sofá para Scorpius.
- Claro – disse Scorpius deitando ao lado de Rose e a trazendo para junto de si.
- Obrigada Scorpius.
- Pelo que?
- Por ser uma pessoa tão especial.
Scorpius riu passando a mão pelo cabelo ruivo da garota.
- Eu te amo sua capeta.
- Eu também te amo.
- Agora vê se dorme, porque mais tarde vai vir uma ressaca das boas.
Não precisou pedir nem mais uma vez, pois no momento seguinte Rose já estava dormindo tranquilamente.
Agora tudo estava quieto, calmo como nunca havia estado.
Fim
N/A: Gente, eu espero que vocês tenham gostado! Sério, eu fiz esse capítulo especialmente pra vocês, e tal... Porque eu sabia que vocês iam gostar. xDD Okk? Comentem gente, eu estou amando os coments, sério, gente falando que eu escrevo super bem, outras que essa é uma das melhores Fics, e que amam minha Fic... na moral... eu nem gosto tanto das minhas Fics, mas depois desses coments a auto estima sobre pra caramba! *-* Eu tenho maior vontade de um dia escrever, e vocês só ajudam!! Amo vocês... okk... to muito sentimental hoje! ¬¬’
Eu sei que a festa não foi muito louca, mas eu queria fazer um capítulo romântico, a próxima festa será mais louca. Ah, o David não apareceu, mas no próximo cap. eu explico o porque!
Agradecimentos:
Rachel Weasley-Potter, Mimi Potter, ayla tereza, Leeh Malfoy, Bia Weasley, Jully W.Malfoy, Ayla Rios, Waal Pompeo, Lara Zabine Pena, Júlia Griebeler, Quézia e Anne Malfoy.
E a todas que estão acompanhando a Fic e esperando os capítulos!!
Beijos e queijos,
Cecília Potter ;******
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