Cap.6 Sonho ou Realidade?
Cap.6 Sonho ou Realidade?
Era noite em Hogwarts. Todos dormiam tranquilamente em suas camas.
Rose e Scorpius caminhavam pelos corredores de Hogwarts à noite... Sem perceber nada de diferente, Scorpius caminhava assobiando de vez em quando.
Aquela deveria ser a terceira ronda deles, e sempre que saíam em mais uma, Rose sentia um ligeiro formigamento nas pontas dos pés enquanto sua barriga dava saltos. Sentia calafrios involuntários e a cada vez que Scorpius a olhava ficava vermelha.
Continuaram caminhando por um tempo, de vez enquanto suas mãos, ou seus braços se chocavam, provocando-lhes arrepios. Já estavam quase no jardim quando Scorpius se virou para a janela e suspirou.
Rose postou-se ao seu lado e viu que ele observava a lua refletida no lago.
- Linda noite, não é? – Perguntou Rose para Scorpius olhando para o lago.
- Linda – murmurou Scorpius. Rose olhou para o amigo pensando que o garoto estivesse se referindo a noite, porém Scorpius a olhava de maneira intensa.
O ar parecia ter escapado por um tempo dos pulmões de Rose, ela não se lembrava de como respirar.
- O que você disse? – Perguntou em um fôlego para Scorpius que pareceu despertar.
- Nada não! Desculpe, eu não quis dizer nada. – Falou o garoto, e voltou a caminhar para a escuridão do castelo.
Rose bufou derrotada. Aquele garoto a faria enlouquecer. Se ele era tão indeciso a ponto de não tomar uma atitude e mudar tudo aquilo ela mesma o faria.
Rose se empertigou e caminhou decidida até o garoto.
- Scorpius – chamou Rose com a voz firme e caminhando a passos largos. Scorpius olhou para trás e se assustou com a expressão de Rose.
- Algum problema Rose? – Perguntou preocupado.
- Muitos, mas um agora, especificamente, me incomoda. – Disse ficando a centímetros de Scorpius. O sonserino foi dando passos para trás e Rose o acompanhava.
Até que não havia mais para onde fugir.
- Rose, você está me prensando na parede – falou Scorpius ofegante com certo receio.
- Eu sei. É esse meu objetivo. – Falou Rose decidida.
- O q-qq-que? – Scorpius gaguejou fazendo Rose sorrir de lado.
- Odeio pessoas sem iniciativas, Scorp. E você com certeza é uma delas. Agora – começou colocando as duas mãos na parede -, você não tem para onde fugir.
Scorpius engoliu em seco antes de responder:
- Eu não disse que queria fugir.
Rose sorriu de lado e chegou mais perto do garoto. Agarrou-lhe pela gola da camisa e colocou seus rostos a centímetros de distância.
- Ótimo – sussurrou no ouvido de Scorpius, que tremeu -, porque agora você é meu...
Rose acordou assustada. Olhou para os lados e constatou que já amanhecera... Passou a mão na testa e viu que estava suando.
- Argh – levantou da cama e olhou para a mesinha ao seu lado.
Cinco e meia da manhã, o relógio marcava.
- Merlin! O que eu fiz pra merecer isso? – Perguntou deitando-se de novo na cama.
Rose olhou para o lado onde Anna dormia tranquilamente. Obviamente ela não estivera sonhando com o que Rose sonhara se não, ela duvidava que a amiga pudesse estar tão tranqüila. Por que logo ela tinha que sonhar com aquilo? Seu medo da primeira ronda aumentou. Ontem a única coisa que tivera que fazer como monitora foi indicar onde ficava a sala comunal da Sonserina, mas isso foi rápido. Tão rápido que depois já estava acompanhando os amigos de volta para a sala comunal. Só tivera que dizer onde ficava e pediu para seguirem o pessoal da Sonserina. Os primeiranistas da Sonserina sempre foram muito espertos, é claro que não iam gostar de ter que obedecer, e Rose sabia que ser monitora da Sonserina daria muito trabalho.
Mas, ela não ligava para isso. O que mais a perturbava era dividir o posto com Scorpius. Ele que teria que ficar lado a lado nas rondas e nas suas outras funções. Um calafrio percorreu a espinha de Rose ao se imaginar pelo castelo à noite com o amigo monitor. Ela definitivamente ia pirar naquele ano...
- Meu Merlin, que olheiras horríveis – comentou Paaty quando Rose levantou da cama.
- Noite difícil? – Perguntou Anna solidária para a amiga.
- Você nem imagina o quanto – falou Rose suspirando.
- Pesadelos? – Perguntou Paaty preocupada e Rose franziu a testa.
- Vamos dizer que sim. – Disse indecisa enquanto via os prós e contras daquele “sonho/pesadelo”.
- Tinham muitos macacos? – Perguntou Anna curiosa.
- O que? – Rose indagou confusa.
- Geralmente quando eu não durmo é porque os macacos invadiram os meus sonhos – falou Anna piscando para Rose e Paaty. Rose permaneceu confusa, porém Paaty sorriu.
- O macaco seria o Alvo? – Perguntou Paaty rindo da comparação.
- Em carne e osso – falou Anna fazendo Rose rir.
- Está pronta para hoje? – Perguntou Rose erguendo uma sobrancelha.
- Querida... Eu nasci pronta – falou Anna caminhando até o banheiro fazendo as amigas rirem mais.
- O que eu mais admiro em nós, sonserinos – começou Rose -, é que nós sempre somos tão modestos. – Ironizou.
- Ah! Isso é da nossa natureza – falou Paaty batendo no ombro de Rose -, quem mandou Deus criar seres humanos tão perfeitos como a gente?
Rose sorriu e baixou a cabeça dando um longo bocejo.
- Você quer uma poção para se manter acordada Rose? – Paaty perguntou – Sem querer ofender, mas já ofendendo, você parece um zumbi.
- Isso porque eu ODEIO acordar no meio da noite, mas não se preocupe. Logo eu desperto.
- Espero. Não quero que nos confundam com um bando de zumbis pela escola. Isso é uma escola de magia, não de monstros trouxas.
- Há há há, você é tão engraçada Paaty.
- Eu sei! Certas pessoas nascem com esse dom.
- No seu caso, você deveria tentar aprimorar.
- Vou anotar seu pedido – falou Paaty piscando para Rose, que revirou os olhos.
- Bom dia – disse Rose sentando-se na mesa da Sonserina com as amigas.
- Bom dia meninas – respondeu Alvo apreensivo olhando para Anna que apenas lançou-lhe um sorriso. Alvo sorriu mais tranqüilo – Bom dia bananinha.
- Oi Potter – respondeu Anna e Alvo estranhou, mas não disse nada.
- Rose, você está péssima – disse Daniel olhando para a amiga que fechou a cara.
- Obrigada por ser tão sincero Danny.
- Que isso, a sua disposição! – Brincou o garoto fingindo fazer uma reverência.
- Ah não... – murmurou Scorpius ao ver o diretor da Sonserina indo ao encontro do grupo com o horário nas mãos. Sorrindo, distribuiu para eles, que logo foram checar qual seria a primeira aula.
- Poções. – Disse Rose vitoriosa fazendo uma dançinha na cadeira.
- Rose! – Exclamou Scorpius rindo – Só porque você é a melhor em poções, não precisa fazer esse alvoroço todo.
- Eu amo poções – falou a sonserina animada.
- Deu pra perceber. – Disse Alvo rindo da amiga.
- Oi Alvo – chamou alguém atrás do garoto que virou.
- Oi Jose. – Alvo piscou para a garota que sorriu maliciosa.
- Você tem um tempinho para mim, Alvinho? – Perguntou piscando de volta.
- Todo o tempo do mundo – respondeu Alvo levantando e sumindo com a garota.
Paaty e Rose olharam para Anna que estava petrificada. A garota saiu daquele estado alguns minutos depois e voltou o olhar para o prato.
Logo depois, Anna levantou e para o susto de Daniel, sentou-se ao lado de um grupo de sonserinos do sétimo ano. Os garotos logo se viraram para Anna que sorria de uma forma encantadora e sedutora. Alguns minutos depois, um dos garotos levantou e sussurrou algo no ouvido de Anna, que sorrindo, levantou-se e se encaminhou para fora do salão com o novo “colega”.
- OHOL! – Exclamou Scorpius enquanto Daniel amassava uma tortinha de abóbora com o garfo. O moreno fez menção de levantar só que Paaty o segurou pelo colarinho.
- Você não vai fazer nada.
- Mas...
- Mas nada Danny! Deixe ela viver a vida.
Daniel murmurou algo sobre viver a vida brincando de bonecas ao invés de sair com qualquer um. Paaty riu do garoto.
- Oi pessoal – disse um garoto sentando ao lado do grupo.
- Oi David – cumprimentou Scorpius.
- Oi Scorpius – o garoto se virou para Paaty – Oi Patrícia. (N/B: Cara, que nome lindo *_*)
Paaty ficou rubra e gaguejou um oi para o garoto. Daniel fechou instantaneamente a cara.
- Então, esse ano eu quero ver a Sonserina com a taça – falou David sorrindo orgulhoso.
- Esse ano eu vou entrar na equipe – falou Paaty e David se engasgou com o suco.
- Você?
- Algum problema? – Perguntou a garota ficando vermelha.
- Problema nenhum – falou David e sorriu galanteador -, será um prazer te ter na equipe.
Paaty se virou vitoriosa para Daniel que apenas contorceu o rosto em uma careta.
- Abre logo – dizia Rachel impaciente para Débora que tremia enquanto segurava uma carta. O correio acabara de chegar com uma grande surpresa.
- Não! Não tenho coragem Kell! AAHH! – Débora parecia estar em pânico e Rachel começou a rir da amiga.
- É só uma carta! Só isso!
- Não é só uma carta! É A carta! Ele ME escreveu! Ele disse pra eu escrever e tal! Mas ele me escreveu! E no primeiro dia e...
- Menos Déb! Agora faça o favor de abrir logo essa porcaria antes que eu tenha que enfiar um pedaço de torta na sua garganta, te matar sufocada e depois abrir a carta para lê-la.
Débora olhou horrorizada para a amiga e abriu a carta de maneira desajeitada. Depois de alguns minutos, Débora já estava vermelha e suspirava a cada passada de olhos na carta. Rachel revirou os olhos impaciente.
- O que diz aí?
- Oh Deus! - *-* Os olhos de Débora brilhavam – Eu já disse como o Charles é perfeito?
- Me dá isso aqui! – Rachel pegou a carta da mão da amiga.
- Devolve! – Mandou Débora.
- Me deixa ler!
- Não!
- Sim!
- Não!
- Sim!
- Lê logo então, caramba! Mas vou avisando, conte para alguém que ele me escreveu que eu te mato. Faço picadinhos de Rachel.
Rachel revirou os olhos rindo e desamassou a carta em suas mãos. A letra caprichada preenchia todo o papel.
“Querida Débora,
Prometi que manteria contato e aqui estou eu lhe escrevendo. Parece que já faz um século que eu te vi.
Espero que esteja tudo certo com você.
Como está Hogwarts? Você chegou bem na escola? Reviu seus amigos? Todos os meus sobrinhos estão bem?
Comigo está tudo ótimo. Comecei a trabalhar aqui na Inglaterra e estou amando. Muito melhor, além do mais, é muito mais perto das pessoas que eu gosto e sinto imensa falta quando viajo. É meio parado, porque não podemos fazer grandes coisas, imagine se um trouxa vê um dragão voando... Seria no mínimo... Uma histeria. É claro que eu me divertiria um bocado com isso, mas posso acabar sendo demitido.
Mande notícias assim que puder, estarei esperando. E quando tiver uma visita a Hogsmeade, me avise... Quem sabe não nos encontramos?
Beijos e boa sorte na escola,
Carlinhos.”
Rachel suspirou no final da carta.
- Ele é fofo – admitiu para Débora que parecia a beira das lágrimas -, que isso hein amiga! Conquistou um coroa. Fez o coisinha dele subir. Desbroxou o cara.
- Ora sua...!
- Olá meninas – disse James interrompendo a conversa. Rapidamente Débora guardou a carta no bolso.
- Olá Jay – disse Débora sorrindo.
- Olá Deb. KELL! – O garoto se jogou em cima de Rachel que quase foi parar no chão.
- James! Olhe os modos – repreendeu a garota, mas não pode deixar de rir – Acordou de bom humor foi ruivinho?
- Que isso linda! Eu estou sempre de bom humor.
- Não ontem no trem – disse Débora rindo.
- Aquilo foi outra questão! O idiota se meteu com a minha Rachel.
- Primeiro – começou Rachel corando -, ele não se meteu comigo! EU NÃO O CONHEÇO! Segundo: Eu não sou sua. Terceiro: VOCÊ NÃO PODIA TER FEITO AQUILO!
James olhou para a amiga por um tempo e depois deu de ombros.
- Tanto faz – disse, em seguida cantarolou enquanto se servia de torta.
- Você não podia ter feito isso – falava Lílian para Hugo enquanto os dois saíam da cabana de Hagrid.
- Podia sim, além do mais, ele é nosso amigo, estava na cara que ia dar uma mãozinha – Hugo sorria vitorioso.
- Hugo, você sabe que isso é proibido! – Lílian parecia preocupada – Se te pegarem você está mortinho. Mortinho é pouco! Você está ferrado!
- Ah qual foi Lily! Até parece que você não está louca para saber também como se faz isso.
- Estou, mas não saio tirando vantagens dos outros, principalmente do Hagrid! Ele é nosso amigo.
- Olhe, eu apenas pedi isso a ele porque ele é professor, e porque esse livro realmente não tem sem ser na seção reservada! Mas juro que não farei nada demais, eu apenas quero dar uma olhada, mas olha só! É apenas uma olhada, e além do mais, se eu quisesse fazer o que você acha que eu quero fazer, já o teria feito há muito tempo. Existem muitos outros livros que poderiam me ajudar nisso. – Falou Hugo para Lílian e depois piscou. – Relaxa ruivinha, você está com um profissional.
- Um profissional retardado e psicótico. Isso é o que mais me preocupa. – Disse Lílian bufando.
- Lílian, vai dar certo, eu sei que vai.
Hugo balançava feliz o papel de autorização na mão, enquanto Lílian olhava-o como se estivesse realmente muito encrencada.
- Aula de que? – Perguntou Hugo para Lílian ao entrarem no castelo.
- DCAT – respondeu a garota -, guarda logo isso, eu não quero mais ver esse papel. Você vai acabar nos ferrando por causa disso.
- Não vou, para de ser chata, parece minha mãe.
- A Tia Hermione não é chata. Ela apenas cuida de você, seu peste!
Hugo riu da prima e em seguida a abraçou.
- Que isso moleque? – Perguntou Lílian divertida.
- Um abraço sua tosca.
- Um abraço no meio de um corredor vazio? Hugo Weasley, você não pretende me matar aqui não, né?
- Droga – murmurou o garoto ainda a abraçando -, descobriu meu plano. Terei de mudar de tática.
- Mude então, mas por mais que você tente, eu te conheço muito bem para saber quando pretende fazer algo.
Hugo se afastou e olhou Lílian, malicioso.
- Hum... O que eu pretendo fazer agora? – Perguntou se aproximando da garota que recuou cambaleando.
- Hugo Weasley, o que você pensa que está fazendo?
- Ué! Você não disse que sempre sabe o que eu vou fazer? – Perguntou Hugo rindo sarcástico. Lílian parecia assustada com o primo. Em seguida Hugo riu e saiu de perto da prima que quase fora encurralada na parede – Estou brincando Lily.
Lílian colocou uma das mãos no coração.
- Que brincadeira de mau gosto. – Falou a garota respirando rápido.
Hugo olhou sério para Lílian.
- Você deveria saber que eu nunca farei nada que você não queira.
Lílian corou ao ouvir as palavras do primo e respondeu ofegante:
- Quem disse que eu não...?
- Ahá! Aí estão vocês. – James apareceu no corredor fazendo Lílian se sobressaltar.
- James!
- Não! O macaco do Alvo!
Lílian riu do irmão – Você estava nos procurando Jay?
- Na verdade sim, eu queria saber por que vocês não foram tomar café!?
Lílian olhou cúmplice para Hugo.
- Nada não, fomos visitar o Hagrid. – Disse Hugo dando de ombros.
- Ah, entendi! – James assentiu – Bom, tenho que ir para a aula. Até mais.
Lílian suspirou quando o irmão virou no corredor e viu Hugo sorrir debilmente.
- Alguém já te disse que você é um idiota? – Perguntou Lílian.
- Sim, muitas pessoas, por isso eu sou tão emo. Com licença, irei cortas os meus pulsos agora – falou Hugo voltando a andar pelo corredor. Lílian riu do primo e logo depois estava ao seu lado indo para sua aula.
- Com licença – pediu Anna entrando na sala e fechando a porta atrás de si.
- Está atrasada – disse Madame Gring, professora de poções.
- Eu sei. Me desculpe professora, eu fui para a aula errada. – Se desculpou a garota.
- Certo... – começou a professora com um ar severo – Dá próxima vez arranje uma desculpa melhor, limpe o batom borrado na sua boca, e se agarre com um garoto em um corredor que não seja próximo ao meu quarto.
Anna corou e assentiu com a cabeça enquanto todos riam. Olhou em volta e viu que o único lugar vago era ao lado de Alvo. Sentou-se ao lado do garoto que a olhava irritado.
- Chegou atrasada foi?
- Não Alvo, eu apenas tive problemas com o meu teletransporte e acabei na Ásia, voltei correndo depois disso...
Alvo bufou contrariado com a resposta irônica da garota.
- Onde você estava?
- Te interessa?
- Sim.
- Pois eu não quero responder.
- Para de ser criança.
Anna realmente não quis, mas viu-se rindo divertidamente no meio da classe.
- Olha quem fala – sussurrou ela ignorando o olhar ameaçador da professora.
- Sei falar sério quando o assunto é importante.
Anna virou-se irritada para Alvo.
- E desde quando é importante para você com quem eu deixo de ficar ou não?
- Ora eu...
- Você nada. Você sai com todas aquelas mocreias putinhas e vem me dizer que eu devo explicações? Nem morta Alvo Potter. Encontre outra pessoa para cobrar explicações sobre a vida dela, porque eu não lhe devo nenhuma satisfação e nem você a mim, por isso não me cobre o que não pode.
Alvo parecia um peixe fora da água. Abria e fechava a boca repetidamente. Anna ainda irritada virou-se para frente e calou-se pelo resto da aula. Alvo não falou mais nada com a amiga.
Daniel que estava sentando com Scorpius atrás da dupla que brigara a aula inteira, ficara calado e picava atentamente seus ingredientes. Scorpius olhou para Daniel que parecia pensativo.
- Hey cara – chamou Scorpius sacudindo o ombro de Daniel. Daniel olhou confuso para Scorpius.
- Algum problema?
- Era eu quem deveria estar fazendo essa pergunta!
- Por quê?
- Porque você está esquisito a aula inteira! – murmurou Scorpius para o amigo – Você está legal? Alguma coisa te incomoda?
Daniel olhou para frente e viu que Alvo e Anna trabalhavam em silêncio. Suspirou e olhou novamente o loiro que o observava atento.
- Muita coisa me incomoda.
Scorpius continuou olhando para Daniel até que desistiu de entender o amigo.
- Eu hein! Tá parecendo até aqueles filósofos drogados.
Daniel riu de Scorpius.
- Você que não pensa em nada, por isso não reconhece quando alguém está pensando.
- Ei! – Scorpius fingiu-se de ofendido – Só por causa da minha cabeleira loira eu sou tratado com preconceito?
- Bom... É!
- Não vale! Não gosto mais de você. – Scorpius virou-se para frente ainda dramatizando.
- Também nunca gostei de você. – Respondeu Daniel e Scorpius o olhou de olhos arregalados e boca aberta.
- Choquei – falou o loiro colocando as duas mãos no peito.
Daniel não agüentou e começou a rir escandalosamente.
Aquela foi à gota d’água para a professora que se levantou irada da cadeira dela.
- JÁ CHEGA! – Gritou no meio da sala – OS SONSERINOS HOJE TIRARAM O DIA PARA RIR DA MINHA AULA? DANIEL ZABINE FORA DE SALA!
Daniel olhou espantado para a mulher e Scorpius não se agüentou, tentou transformar a risada em uma tosse. Porém a professora o olhou severa.
- MALFOY TAMBÉM! PARA FORA!
Daniel e Scorpius nem esperaram o próximo berro e saíram da sala. Quando estavam já no corredor, Scorpius olhou para Daniel tentando controlar o riso.
- Bizarro – disse Daniel e Scorpius soltou uma sonora gargalhada no corredor.
A porta da sala de Poções foi aberta com violência.
- CORRE! – Gritou Daniel quando viu a professora indo para fora da sala pronta para berrar mais um pouco, mas já era tarde demais. Daniel e Scorpius já estavam virando no corredor ainda rindo...
- Ninguém merece vocês dois. – Disse Rose ao se encontrar com Scorpius e Daniel sentados no jardim. Eles tinham um tempo livre.
- Ela com toda certeza estava de T.P.M. – Falou Alvo sentando-se ao lado dos amigos – Ou... Ela é uma reprimida sexual.
Todos riram do garoto. Alvo olhou para Anna esperando que ela estivesse rindo.
- Banana – chamou Alvo no ouvido de Anna que sentara do seu lado. A garota o olhou com os olhos estreitos -, me desculpa vai. Você sabe que eu te amo demais.
Anna não se agüentou e sorriu.
- Eu sei disso. – Falou sendo abraçada por Alvo.
- Alvoooooo – a tal garota do café da manhã apareceu na frente do grupo. Rose bufou impaciente.
- Oi Jose. – falou Alvo educadamente.
- Será que você está muito ocupado no momento?
Alvo olhou para Anna e depois olhou de volta para a garota.
- Na realidade estou sim, Jose. Sinto muito, fica pra outra hora. Eu estou aqui na companhia dos meus amigos, não pretendo sair daqui.
- Uiiiii – sussurrou Paaty para Rose que sorria marota.
- Ah sim, claro. – Jose parecia ter sido nocauteada – Até mais então Alvo.
Lançou um olhar de desgosto para Anna e saiu andando irritada. Ao contrário da garota que acabara de sair, Anna exibia um sorriso trinta e dois dentes.
- Anna, a gente já sabe que você não é banguela – disse Scorpius para a amiga que parou de sorrir na hora.
- Você quer por um acaso que eu te deixe banguela agora? – Perguntou Anna cerrando os dentes.
Todos riram da cara de espanto de Scorpius.
- Gente, estou horrorizado. Só tenho amigos malvados – disse Scorpius brincando.
- Claro seu besta quadrada, nós somos sonserinos, se você não percebeu. – Falou Daniel batendo na cabeça do garoto.
- Parece que você ama se lembrar disso.
- Aham.
- É porque ele tem medo de que os neurônios dele, que já são frouxos, fiquem mais ainda – comentou Alvo -, por isso ele repete a mesma coisa um bilhão de vezes, para ter certeza que irá lembrar mais tarde.
Scorpius riu de Alvo enquanto Daniel o olhava de maneira perigosa.
- Danny, amor da minha vida – começou Alvo -, cara feia pra mim é fome.
- Cara feia pra mim é Alvo Potter – falou Daniel pegando a varinha e fazendo um feitiço. Logo os cabelos de Alvo passaram para um rosa choque.
- EI! – Exclamou o garoto pegando rapidamente um espelho na bolsa de Paaty – Não acredito!
- Eu sei, eu sei. Seu cabelo está rosa – falou Anna – Agora você é um macaco Pink.
- Não é isso – disse Alvo ainda se analisando -, eu fico gato até com o cabelo rosa.
Paaty balançou negativamente a cabeça.
- Se mata Alvo, se mata.
- Já tentei. Mas o meu ursinho de pelúcia não quis fazer o trabalho sujo. – disse Alvo olhando para o nada – O Greg não era tão sangue frio como eu imaginei...
- Greg? – Perguntaram todos para Alvo.
- Meu ursinho de pelúcia. Quando eu era criança e ficava com muita raiva, eu pedia pro Greg me estrangular, mas ele nunca me obedeceu. Era difícil até fazer ele ficar de pé! Ele era maior preguiçoso! Só ficava sentado.
Silêncio...
- Olha o Greg não fez o trabalho, mas eu faço com prazer. – Disse Daniel rindo do amigo.
- O Greg faria o serviço com rapidez, você eu sei que vai adorar me ver sentindo dor. – Falou Alvo se afastando de Daniel.
- Não prometo nada...
- Cara, vocês realmente nasceram pra ser emos. – Falou Rose levantando-se – Até eu estou quase me matando aqui... De tédio. Com licença, os deveres me chamam.
- MAS JÁ? – Gritaram todos para Rose que pulou de susto.
- Credo... Já pensaram em fazer coral juntos? Ôh vozes potentes vocês tem!
- Rose, que dever? – Perguntou Scorpius.
- Meu dever. Eu gosto de ler os capítulos antes que o professor mande. – Falou se retirando do jardim.
- Meu Merlin – comentou Alvo olhando para as costas da prima -, coitada... Bateu com a cabeça quando era criança...
- Al, isso aconteceu com você. – Falou Paaty para o amigo.
- Tem razão. A Rose foi uma experiência de laboratório. – Disse pensativo – Ou ela na realidade é um extraterrestre que quer nos espionar. Sempre achei aquele cabelo dela estranho demais... Ruivo demais... Teve uma vez que eu achei um fio verde no cabelo dela.
- Alvo – começou Daniel -, aquilo era grama.
- Ou será que não? – Perguntou o garoto com uma expressão misteriosa.
Scorpius apenas balançou negativamente a cabeça. Com certeza o amigo não batia bem.
Já fazia quatro dias que estavam em Hogwarts.
As aulas cada vez eram mais puxadas. Rose como sempre estava adiantada e Scorpius a acompanhava de perto.
As rondas eram quase sempre a mesma coisa. Os dois ficavam conversando por um bom tempo, até acabar a hora e voltarem para dormir. Mesmo assim, Rose se sentia estranha toda vez que ia fazer uma ronda. Era terrivelmente desconfortável o início da ronda. E duvidava que naquele dia fosse ser diferente.
- Oi Rose – chamou alguém a ruiva que estava sentada lendo um livro apoiado no colo.
- Jaykey. – Rose deu um beijo na bochecha do amigo. – Não te vejo a maior tempão, e olha que estudamos juntos.
- Você não vê ninguém! Só os revolucionários nos livros de História da Magia. Queria até saber como andam eles. – Brincou Jacob e a garota riu.
- Andam muito bem, com as pernas, pra falar a verdade.
- Nossa Rose, que piada velha. – Disse Jacob, porém ria.
- Eu sei, sou péssima para piadas. Não sou divertida como o meu primo Al.
- Ao contrário. O Al é divertido de um jeito retardado. Já você, bom... Sua companhia já trás divertimento, mesmo que não seja por piadas.
Rose corou e fechou o livro.
- Obrigada Jay, é realmente muito bom conversar com você.
O garoto sorriu para Rose de maneira galanteadora.
- Ô ator de novela mexicana – disse Scorpius para Jacob que franziu as sobrancelhas -, por que você não para de dar em cima da monitora que tem dever agora.
- Dever? – Perguntou Jacob sem entender.
- A ronda, Romeu falsificado. – Falou Scorpius com desprezo. – Vamos Rose?
Rose lançou um olhar de desculpas para Jacob e saiu da sala comunal com Scorpius.
- Você podia tentar ser mais gentil com o Jaykey.
- Jaykey – repetiu Scorpius com desprezo -, nojento o apelido. Garoto insuportável. O Romeuzinho da escola. Vive encantando as garotas com esse jeitinho dele de quem não quer nada. Eu pelo menos não escondo e fico mandando indiretas quando quero alguém.
Rose prendeu o riso – Sei, sei... Você é um covarde Scorpius, isso sim.
O loiro olhou para a amiga que apenas encarava o corredor com interesse até demais.
- Covarde?
- Esquece – pediu Rose.
- Como assim covarde?
- Esquece Scorpius, veja, não está mais aqui quem falou.
- Não. Você me chamou de covarde, deve ter algum motivo.
- Não tem. Mais que saco!
- Rose, você me chama de covarde e depois você é quem reclama?
- É! Já falei pra esquecer.
- Ah claro, com toda certeza eu vou esquecer e...
BLAM. Um barulho foi ouvido da sala mais próxima.
- O que foi isso? – Perguntaram juntos os dois.
- Veio daquela sala. – Respondeu Scorpius apontando para a porta em frente a eles.
- É melhor dar uma checada. – Falou Rose com um pouco de tremedeira nos pés.
- Vai você. – Pediu Scorpius para Rose que riu.
- Vai você seu covarde. – Disse Rose querendo testar Scorpius – Agora você entende o que eu digo?
- Covarde... Eu vou te mostrar quem é covarde.
Scorpius foi até a porta e a abriu devagar. Olhou para dentro da sala com a varinha iluminando o lugar.
- E aí? – Perguntou Rose no ouvido de Scorpius o fazendo pular de susto.
- Nada – respondeu Scorpius olhando a sala fazia. Não havia nada estranho ali, porém ele podia jurar que havia visto um vulto vermelho ao abrir a porta da sala.
- Eu hein, que estranho – comentou Rose fechando a porta da sala depois que Scorpius saiu.
Os dois voltaram a andar pelo corredor parando ocasionalmente para ver se viam algo estranho novamente.
Já estavam quase no jardim. Rose lembrou-se do sonho na primeira noite em Hogwarts e teve um arrepio involuntário.
- Frio? – Perguntou Scorpius para a amiga.
- Um pouco.
Scorpius tirou a jaqueta que usava e a passou para Rose que colocou em si mesma.
- Obrigada – respondeu a ruiva inspirando lentamente. O cheiro de Scorpius penetrou em suas narinas. Aquela jaqueta com certeza a deixaria embriagada.
- Scorpius? – Chamou Rose ao ver que o amigo não estava mais ao seu lado. – Scorpius? Scorp...
- Aqui. – Chamou Scorpius e Rose virou-se. Viu o amigo parado perto de uma janela olhando para fora.
- O que houve? – Perguntou Rose se aproximando.
- Nada – respondeu o loiro -, estava só admirando a paisagem. – Scorpius sorriu. A lua refletida no lago estava linda.
- Linda a noite, não é? – Perguntou Rose sem prestar atenção em mais nada.
- Linda – concordou Scorpius. Rose ficou estática ao se lembrar de já ter visto aquela cena. Olhou com receio para o lado e constatou que estava certa. Scorpius não falava, novamente, da noite, e sim dela. Corou e deu graças a Merlin por estar escuro.
Scorpius se aproximou ligeiramente de Rose.
“Rose Weasley, se controle e saia daqui” a mente de Rose trabalhava rapidamente “não faça nada! Como sempre ele te dará um fora no último minuto. Você não é qualquer uma para ficar levando foras, mesmo por uma boa causa”.
- Vamos sair daqui. – Falou Rose se retirando e voltando para a escuridão do castelo. Demorou alguns segundos até ouvir a voz de Scorpius.
- ROSE – Gritava o menino e Rose se virou curiosa. Scorpius parecia assustado, mas ao mesmo tempo decidido.
- Algum problema Scorp? – Perguntou Rose com receio.
- Muitos – respondeu Scorpius, e Rose prendeu a respiração -, mas, agora, um especificamente me incomoda.
Rose foi chegando para trás enquanto Scorpius, ao contrário, avançava para frente.
- Scorpius – disse Rose sem ar -, você está me prensando na parede.
Scorpius riu – Eu sei, e é exatamente esse o meu objetivo.
- O q-qq-que? – Rose gaguejou surpresa com o rumo da conversa.
- Odeio ser chamado de covarde, Rose Weasley, o que eu realmente não sou – começou Scorpius -, e estou cansado de mentir. Agora, também não tem pra onde você fugir como fez há pouco tempo.
- Quem disse que eu quero fugir? – Perguntou Rose mordendo o lábio inferior. Aquilo quase matou Scorpius.
- Ótimo – disse o garoto se aproximando e colocando as duas mãos na parede prensando ainda mais Rose -, porque agora você é minha...
Rose fechou os olhos e contou até três.
- Isso é só um sonho... Isso é apenas outro sonho... – murmurou para si mesma.
Scorpius sorriu de lado e chegou perto do ouvido da garota para depois sussurrar:
- Não Rose, isso é realidade...
N/A: NÃO ME MATEM! DE NOVO! OH GOD! Mais uma vez termino assim, eu sei! Eu sou má! HUASHUASHUASHUSA O.O” Mas eu sei que vocês me amam! Ashusahsa brincadeira, gente! Desculpa por terminar mais uma vez assim o capítulo, mas poxa! Se não, não tinha graça ué! ;D E bem... a minha imaginação me fez fazer isso, porque no próximo capítulo tem maaaaais surpresas! Mas aposto que depois do sétimo vocês vão me odiar! Quero dizer... odiar alguns personagens, mas eu não conto.
E só uma coisa que eu adianto para vocês não me matarem...
Gente, está de noite em Hogwarts, agora não tem ninguém para interromper... o que será que eles vão fazer hein? ;D
Soltem a imaginação até o próximo capítulo chegar!
Agora, mudando de assunto, em relação aos recados, eu tenho amado TODOS! Isso mesmo, todinhos! Tanto que agora eu postei no Fanfiction! ÉEE! E já recebi coment já! Q LINDO! E teve gente que já salvou minha Fic nos favoritos! Mais lindo ainda né? ;D
Ah! Passem na minha nova Fic: Herói ou Vilão? Rose e Scorpius, mais uma deles.
É isso aí!
Beijos e queixos,
Cecília Potter ;***
N/B: OO’, desculpa. To sem palavras! OMG, CECÍLIA POTTER! QUER ME MATAR, HEIN? Sabe que eu sou fanática em Scorpius e Rose, e me apronta uma dessas, só pode ta maluca! Meu Deus, agora eu to me perguntando se essa cena foi sonho meu, e você num postou, u.u . Alô, é do Juizado de Menores? Ah, sim, quero fazer uma denuncia de pedofilia, ahsuhasuhasuhaus. Carlinhos dando em cima de Débora, eu ri da felicidade dela! David, *_*, gostei dele! Ele quer me ver no time, ai que gamante s2 . A vaquinha nem apareceu no capítulo, né? Vaquinha = Alexis, --‘ . Jakey, Romeuzinho descarado, eu não gosto de você:*. Alvo com ciuminho, own *o*. Anita, OMG, tava se agarrando nos corredores? Coisa feia, u_u . Daany, quem acredita sempre alcança! Um dia você fica com a Patrícia, >.< . Bem, chega de blábláblá, e... Tchau!
Beijos e Queixos *_____________*
Patrícia Melo, ou seja, cerveja, não. Eu mesmo, (:
Agradecimentos:
Leeh Malfoy, patrícia.melo, Danny Evans, ayla tereza, Vi D . Weasley , Carolzinha Potter, Carol, Ray_Malfoy, Rachel Weasley-Potter, Bia Weasley, Natáliia Peronico, Dani Lupin, bia black ., Quézia, Tah Zabini, Waal Pompeo e Lívia G., Ayla Cruz e Lara Conceição Campos Pena.
PS: Ri demais com todos os comentários e amei todinhos! Quase chorava de emoção ao entrar e ver um coment novo!!
E bem vindo aos leitores novos, espero que gostem e participem dessa louca Fic. ;****
BEIJOS
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