Memórias




      Presentes, roupas, lembrancinhas, vestidos novos. As mulheres tinham conseguido se superar aquele dia. “Até concordo com esse exagero, não é todo dia que se vê CARLINHOS casando” comentou Jorge, “E Lilá” acrescentou Hermione dizendo ainda jurava que ela ficaria pra titia. “Que ciuminho besta Mione” disse Rony carregando cinco ou seis sacolas da esposa, “Besta? Ta bom, vou ali falar como Vitor”, “Muito engraçado”.


    Era ótimo ver que todos estavam bem, mesmo depois daquela terrível batalha em Scafell Pike. O humor do pessoal com a chegada do casamento era radiante, contudo isso não era o bastante para ele não ficar alerta.


 


Departamento dos Aurores, dia seguinte.


  


   Após as advertências de Draco Malfoy sobre o possível fato de Bertoldo e Burdock estarem sobre maldição imperius, a primeira coisa que fez no ministério foi mandar Ted ficar de vigia nos dois. Com Kingsley ele falou sobre o Quartel dos Obliviadores.


   - Os únicos que tem poder de pegar acontecimentos apagados do quartel é o minístro em pessoa – disse Kin aquele dia na sala de Harry.


   - E o dois inominável não é, Bertoldo e Burdock – acrescentou Harry andando de um lado para o outro.


   - Com toda certeza, inomináveis tem privilegio sobre algumas áreas e segredos aqui do ministério – disse o bruxo acompanhando-o com os olhos.


   - Por que eles têm esse privilegio? – perguntou Rony que estava sentado no sofá.


   - Porque são inomináveis – respondeu Harry olhando para o amigo – podem alegar que precisam de algo para as pesquisas do departamento.


   - Mas o que leva o Sr. Malfoy acreditar que eles estão sobre imperius? – perguntou Kin.


   - Algo a ver com a ficha de Roran e Zacharias, pedimos a ficha deles mês passado lembra? E até agora não chegou, por que? Tem algo de errado nelas? Algum segredo? Será que estão tentando esconder algo?


   “Como não temos privilégios para esse tipo de acesso temos que esperar. A não ser que o Sr. Weasley saia do St. Mungus, ele poderia pegar as fichas rapidamente”.


   - É por isso que acreditamos que os medibruxos estão sobre maldição também – disse Rony – estão tirando o papai da jogada para esconder algo.


   Kingsley olhava para os dois com uma calma expressão. Devia estar analisando os fatos e pensando nas possibilidades do assunto.


   - Está certo Potter, vou com alguns homens investigar o St. Me de noticias sobre essas memórias depois – Kin apontou para os quatro frascos na mesa.


    Ao mesmo tempo em que o bruxo abriu a porta para sair, uma Hermione entrou carregando uma penseira nos braços. Depositou o objeto em cima da mesa e falou:


   - Vocês não tem nada para me contar?


   Os dois olharam para ela fazendo de conta que não entenderam o motivo da pergunta.


   - Não me venham com essas caras – disse Hermione cruzando os braços – eu conheço muito bem vocês, o que é que vocês vão olhar na penseira?


   - Coisa do trabalho – respondeu Harry.


   - Do trabalho uma ova – disse a bruxa – vocês estão pensando que eu não reparo nas coisas? Acha que não percebi que o hoje Ted não azarou os coitados dos aurores do curso? Que eu não vi a cara de preocupação do Kin agora que ele saiu?


   - Mione você tem que cuidar do casamento, por que não vai lá com a Gina – disse Rony se levantando.


   - Nem vem Rony, isso tem haver com Voldemort... ah não me faça essa cara... é só um nome – ela paralisou um pouco as palavras esperando alguma reação, que não veio – não sei porque vocês homens tentam esconder as coisas da gente.


   - Não é bem assim amor – disse o ruivo – mas quanto menos você souber de algo, menor as chances de você-sabe-quem fazer algo ruim com você...


   - Admiro sua preocupação querido, mas sabe como é, vocês dois não são nada sem mim – ela sorriu, depois olhou para Harry – e você senhor Potter, trate de deixar a Gina dentro do assunto, se vamos lutar numa nova guerra temos que estar unidos.


    Harry balançou a cabeça concordando. De certa forma era impossível fazer Hermione trocar de opinião, ela era dedicada assim desde pequena. Ele caminhou até a penseira, pegou os quatro frascos e depositou o liquido na penseira.


   - São lembranças de acontecimentos que envolveram Roran, o comensal amigo da Vic, e o Zacharias – disse para ela – Malfoy descobriu que estavam querendo forjar a ficha dos dois por algum motivo, por isso roubou essas memórias do quartel dos obliviadores, parece que Bertoldo estava consultando elas semana passada.


   - Forjar pra que?


   - É isso que vamos ver amor – disse Rony puxando-a para perto da penseira.


   Sem mais nenhuma palavra os três aproximaram suas cabeças do liquido e mergulharam nas memórias.


   A sala dos aurores se dissolveu. A fumaça negra foi criando o cenário novo. O novo lugar era uma rua. A rua era bem movimentada, pessoas andavam de um lado para o outro, carros iam e vinham, havia prédios também, bem altos.


   - Está parecendo uma rua de trouxa comum – comentou Hermione.


   -... se você se comportar te levaremos para comprar sua varinha amanha querido.


    Uma pequena família vinha caminhando do outro lado da rua na direção deles. Era um casal, homem, mulher e criança.


   - Bruxos – disse Harry fazendo sinal para seguir a família.


   O pequena família continuou caminhando pelas ruas por mais uns cem metros, até pararem na frente de um grande monumento de pedra onde estada escrito Guardian-Teasures.


   - Banco – disse Rony – se não estou enganado aqui é Kempston.


   - É sim – concordou Hermione.


   - Kempston? – perguntou Harry – não foi aqui que aconteceu aquele roubo...


   Antes que acontece outra coisa a cena mudou de forma. O novo lugar que surgiu parecia igual, na verdade não era nada diferente, estavam no mesmo local, mas dessa vez o imenso banco a frente estava em chamas. As pessoas na rua que antes caminhavam calmamente corriam gritando para todos os lados. Da escadaria do banco aquela família apareceu descendo correndo.


   - Eu lembro disso – Harry falou – o assalto de Kempston... vão aparecer aurores ali – apontou.


   Não deu outra, no instante seguinte cinco bruxos aparataram no meio da rua. Levou um choque ao ver que um dos aurores era ele próprio.


   - Olha você ali Harry – Rony apontou.


   - Isso aconteceu faz tempo, na época que eu não era chefe do departamento – estreitou os olhos – vai acontecer um trágico acidente agora.


   - Como assim? – perguntou Hermione olhando o grupo de aurores mandar a família ficar imóvel.


   Ele nem precisou responder. No instante seguinte o homem daquela família atirou um feitiço contra o prédio fazendo todo o lugar desaparecer numa grande explosão. A visão dos três ficou totalmente embaçada por alguns segundos, até que a nitidez começou a reaparecer. Os dois adultos daquela família, homem e a mulher, estavam caídos no chão...mortos. A criança tinha desaparecido.


   - Onde ta o menino? – perguntou Hermione.


   - Não faço idéia, nunca achamos depois da explosão, ele sumiu – disse Harry.


   - Não sumiu não. Olha ali – Rony falou apontando para o outro lado da rua.


   Um bruxo estava carregando o menino olhando para trás preocupado. Seus passos eram rápidos, com certeza estava fugindo.


   - Vamos segui-lo – Harry falou correndo para o outro lado.


   -... não se preocupe garoto, eu vou cuidar de você – falava o homem para o menino andando apressado.


   - Ei quem é você? Eu quero meus pais! Por que meus pais ficaram estranhos quando entramos no banco? – perguntou o menino.


   - Olha aqui moleque eu estou salvando sua vida, você devia estar grato com isso – disse o homem.


   - Mas meus pais – o menino tentou se soltar – por que eles não levantam...


   - Escuta aqui garoto – o bruxo se ajoelhou na frente dele – está vendo aqueles homens em volta dos corpos de seus pais? Eles são bruxos...e... se não reparou um deles é Harry Potter...


   - Harry Potter... já ouvi falar...


   - Sim já ouviu, agora não adianta nada você voltar lá, seus pais morreram, foram mortos não está vendo?


   - Harry Potter matou meus pais?


   - É pode ser – o bruxo olhou em volta.


   - Você os matou? – perguntou Hermione olhando chocada para ele.


   - Claro que não Mione! Não viu que eles próprios se explodiram, nunca descobríramos por que – respondeu aborrecido – o mais estranho é que fomos alertados de roubo, mas não havia nada nos corpos, verificamos cada centímetro dessa rua.


   - Será que não havia nada por que o que eles roubaram está com ele – Rony apontou para o bruxo que acabara de guardar algo suspeito em seu casacão.


   - Garoto, vou te levar para um lugar mais seguro – falou o bruxo – se eles verem que você está vivo... vão querer te matar também.


   - Pensei que...


   - Não diga mais nada – calou-o, depois puxou uma varinha e conjurou um patrono. O menino arregalou os olhos vendo a figura prateada em forma de um leão a sua frente.


   - Como você fez isso?


   - Um dia você aprende, está no seu sangue... ah – o homem se virou para o patrono – avise os outros que os Ganthof foi bem sucedido.


   - Esse é meu sobrenome – interrompeu o menino.


   - Sei que é – o homem lhe sorriu e voltou a falar com o patrono – a maldição foi bem executada e estou com o objeto de valor.


   - Maldição? – perguntou Rony estreitando os olhos.


   - Maldição... IMPERIUS! – exclamou Hermione colocando uma das mãos na boca.


   - Imperius? Quer dizer que foi esse bruxo que... – começou Harry.


   - Ele enfeitiçou o casal para pegar algo no banco – disse ela – e depois para pegar o que queria fez os dois se explodirem!


   - Se ele não se importa com a vida deles... por que não matou o menino também? – perguntou Rony.


   - Talvez pelo simples fato dele ser uma criança – disse a esposa – matar uma pessoa adulta é uma coisa, mas matar uma criança...


   - Destruiria a própria alma duas vezes mais – disse Harry.


   - ... me encontre no local de sempre – terminou de dizer o homem ao patrono.


   - Onde você vai me levar? – perguntou o garoto.


   - Um lugar melhor... hm... qual seu nome?


   - Roran.


   - Roran é? Roran Ganthof...


   - Ganthof! – exclamou Harry – sabia que já tinha ouvido esse nome... então aqueles ali...


   - São os pais do amigo de Victoire – completou Hermione.


   - Amigo que é comensal – destacou Rony.


   - E quem é você... senhor?


   - Pode me chamar de Edgar.


   - Pelas barbas de Merlim, o Edgar! – exclamou Rony – caramba... ele está bem diferente.


   - Provavelmente por que ele não era totalmente um bruxo das trevas – disse Harry – era apenas um...


   - Ladrão de jóias – disse Hermione.


   Antes que acontece algo, a cena se dissolveu. Estavam agora num parque. Era um parque trouxa pelo que parecia, estava de noite, não havia sinal de alguma alma viva.


   - Bonito lugar – comentou Rony.


   O silencio foi quebrado quando duas pessoas apareceram abraçados caminhando na direção do parque, era dois namorados.  O casal foi chegando lentamente para perto de um banco e sentou-se.


   - Ah beleza, viemos na penseira ver dois namorados nuns amasso – rosnou Rony.


   - Eles não estão sozinhos – indagou Hermione apontando para um lugar pouco mais escuro, onde havia uma arvore.


   Meio escondido na escuridão da arvore, eles avistaram uma pessoa. A pessoa parecia incomodada com a chegada do casal, porque começou olhar meio de esguelha.


   - Trouxas – murmurou.


   - Miseráveis trouxas – disse uma outra voz.


   - Mas que mer** é aquela? – Rony apontou para o que se parecia com um fantasma.


   - Projeção – respondeu Harry.


   - De quem... pêra ai.... me parece familiar...


   - De Voldemort – disse Hermione.


   - Mas...


   - Pedra da ressurreição – disse Harry apontando para mão do adolescente.


   - Você teve muita sorte em achar essa pedra meu rapas, suas lembranças amarga de Harry Potter são muito parecidas com as minhas.


   - Ele matou meus pais...


   - Então eu posso ajudá-lo Roran...a se vingar...


    Tudo se dissolveu novamente. Haviam aparecido em num terreno enorme, era um lugar conhecido... sim... terrenos de Hogwarts. Som de passos soaram da clareira da floresta proibida, vindos de perto do salgueiro lutador. Os três apertaram os olhos pare ver quem era.


   - É o Zacharias – rosnou Rony – traidor safado!


    O bruxo caminhava calmamente para a direção do castelo, em sua mão carregava um tipo de vegetal ou algo do gênero, devia ser algo tirado da floresta. Um ruído soou de uma arvore ali perto e Zacharias parou para olhar.


   - Estupore!


   A magia saiu de perto de uma arvore e acertou o bruxo no peito, fazendo ele cair ao chão desacordado. Alguém saiu de trás da arvore com a varinha em mãos, os três reconheceram na hora quem era. Roran.


   O garoto caminhou até o corpo desacordado de Zacharias e começou a examiná-lo, mas algo o assustou quando outro som de passos veio soando no gramado. Uma garota se aproximava do local olhando curiosa para a cena.


   - Roran? – ela perguntou – o que está havendo...


   - Boa noite Clair.


   - O que é isso ai?


   - O professor Zacharias desmaiou, por sorte eu estava de passagem... hm... pode me ajudar a levá-lo Ala hospitalar.


   - Mas é claro... – disse a garota se ajoelhou.


   - Infractum!


   Novamente tudo se dissolveu. No lugar dos terrenos e da floresta proibida de Hogwarts, surgiu uma rua com varias casas imensas, de tamanhos incomparáveis. Ao extremo da rua, bem no fim dela, isolada de todas as casas grandes, estava uma, negra e sombria. As janelas quadradas não escondiam aquela má iluminação amarelada e estranha.    


   - Quarta e ultima memória – sibilou Harry.


   - E o que tem nela – perguntou Rony procurando algo interessante.


   - Deve ser aquilo – indicou Hermione apontando para uma casa onde havia dois homens parados, aparentemente discutindo alguma coisa.


   Aproximaram-se dele.


   -... estava conversando sobre esse assunto com o Teobot – ia dizendo o primeiro.


   - E o que leva o Teobot a pensar uma coisa dessas? – perguntou o segundo – quero dizer... nunca focamos nesse lugar no passado.


   - Claro que não Rabastan, nem mesmo o lord das trevas sabe os segredos que aquela sala guarda.


   - Essa é a questão Dolohov, se nem o lord sabia...


   - O Teobot fazia parte da ordem de merlim – interrompeu o outro impaciente – e trabalhou diretamente com algumas pessoas que fazem parte de você sabe o que.


   - Eu sei, mas...


   - Ele nos tirou de Azkaban não tirou? Vamos confiar neles.


   - Eu confio, só não entendo essas idéias malucas que eles tem.


   - E por que acha que é maluca? – perguntou uma terceira voz.


   - Por todos os agouros Amico, não me aparate assim de novo – disse Dolohov.


   - Achei que já estariam na reunião – contestou Amico.


   - Já estávamos indo – respondeu Rabastan.


   - Não antes de ajeitarem algo com um trouxa – disse o outro – um trouxa bem bisbilhoteiro – apontou para a grande janela de uma das casas – vou resolver isso, depois ir direto para a casa.


   Numa fração de segundo pode-se notar as cortinas de uma das casas se fechando quando Amico aparatou. Os outros dois bruxos deram de ombros começando a caminhar na rua.


   - Acha que é verdade? – perguntou Dolohov enquanto caminhavam.


   - O que? – perguntou o outro.


   Antes que qualquer outra coisa acontece-se a rua e as casas sumiram, num baque os três foram jogados para fora da penseira caindo de joelhos no chão aos pés de Draco Malfoy.


 


 


   - Sempre soube que um dia você se ajoelharia a mim Weasley – provocou Draco estendo a mão para ele.


   - O que está fazendo aqui? – resmungou Rony aceitando a ajuda.


   - Apenas sendo superior a você como sempre.


   - Se veio aqui pra me provocar chegou na hora errada seu filha da p*** – mal ficou em pé e partiu um soco no meio do nariz de Malfoy.


   - Vamos parar vocês dois – disse Hermione ajudando Harry a se levantar – parece que nunca crescem.


   - Weasley seu desgrabado, quebrou beu nariz!


   - É bem feito pra você – disse Hermione – devia deixar você assim – puxou a varinha – Episkey.


      O nariz voltou ao normal. Rony a olhou indignado, e falou:


   - Amor não é fácil quebrar um nariz, não era pra você concertar.


   - Vamos parar com as criancices, temos que discutir o que vimos aqui nessa penseira – disse ela com autoridade.


   - Concordo – disse Harry que até então estava só observando – vocês podem quebrar o nariz um do outro depois.


   - Você e a Mione sempre são estraga prazer – resmungou Rony – afinal o que descobrimos?


   - Lerdo como sempre não é Weasley.


   - Não se meta Malfoy, senão quebro seu nariz de novo.


   - Silencio! – mandou Hermione.


   - Draco você disse que as memorais eram de trouxas apenas, mas... – começou Harry.


   - Pro Malfoy trouxas são também os bruxos não puros – disse a amiga.


   - Ainda bem que sabe bem disso Granger Weasley – disse ele.


   - Quebrarei seus dois braços se mexer com ela – ameaçou Rony lhe mostrando o punho.


   - Afinal por que eles queriam mudar a ficha do Roran e do Zacharias? – perguntou Harry ainda sem entender muito bem as lembranças – foram acontecimentos e tudo mais...


   - Quando se levanta a ficha de alguém Harry, eles pegam também todas as lembranças que envolvem a pessoa – explicou Hermione começando a caminhar na sala pensativa – o estranho é que nem todas essas memórias foram pegas por obliviadores.


   - Ai que está à questão – disse Draco – por isso acho que tem gente com imperius aqui.


   - Como assim? – perguntou Rony confuso.


   - É obvio – disse Hermione estralando os dedos – acredito que os obliviadores foram chamados na primeira memória Harry.


   - Sim claro, foi uma explosão bem no meio da rua – respondeu o outro.


   - Na segunda vez...hm... provavelmente Roran atacou aquele casal – disse ela – levando os obliviadores até lá.


   - Mas ele seria detectado não? Quero dizer, ele não parecia ter mais de quinze anos naquela lembrança – disse Rony.


   - A não ser que ele tenha saído da escola – disse ela.


   - Como ele faria isso?


   - É uma boa questão – disse Harry – mas ele participava das reuniões dos comensais ano passado, ele tinha alguma maneira de sair da escola.


   - Certo, mas na terceira lembrança – ela começou – ele atacou o Zacharias e a garota, provavelmente ele apagou a memória.


   - Isso talvez explique aquele sumiço que o Zacharias teve – disse Harry – mas ele voltou...


   - Sim – continuou a bruxa – e na ultima aqueles homens falaram do Edgar... hm... caramba Harry, senão estou enganada foi bem na época que o Glover tinha tomado o ministério, e sabe que o Glover era aliado deles.


   - É exatamente isso – disse Draco – e as memorais foram guardadas no quartel dos obliviadores, mas por que nunca falaram nada dessas lembranças? Porque estão sobre imperius!


   - Isso quer dizer então que eles estão sobre imperius... – começou Harry.


   - Nesse exato momento? – perguntou o outro em resposta – sim.


   - Ta bom – disse Rony – mesmo se eles estiverem sobre imperius, não tem por que mudarem as fichas dos dois, não tem nada ai que já não sabemos.


   - Ah tem sim – disse Hermione – não está obvio Ronald?


   - O que é obvio amor?


   - Vimos que o Roran não é, tecnicamente mal, apenas cresceu achando que Harry matou seus pais... e... seu ódio cresceu quando achou aquela pedra e Voldemort começou a manipulá-lo.


   - O que tem de beneficente nisso Mi?


   - Simples Weasley, esse tal Roran é um ótimo bruxo pelo que sei, seus talentos na magia são razoavelmente elevados – disse Draco – com aquela ilusão de você-sabe-quem ele deve conhecer inúmeros feitiços poderosos.


   - Então isso é mal pra gente não é Malfoy – disse Rony secamente.


   - Não é não – disse Hermione olhando seria – ai que está o motivo de esconder essas lembranças da gente.


   - Roran só está do lado deles pra se vingar de Potter – explicou Malfoy – mas nessa memória sabemos que não tem nada para se vingar, que quem matou os pais dele foi o Teobot.


   - O que isso significa?


   - Significa que podemos tirar um bruxo forte do lado das trevas, e passar para o nosso – concluiu Harry.


    Os quatro ficaram em silencio por um tempo. Rony se contentou em ficar encarando Draco como se quisesse estuporá-lo com o olhar. Foi Harry que quebrou o silencio.


   - Mione fala pro Ted trazer o Bertoldo e o Burdock aqui na minha sala, Rony...  preciso que você traga o chefe do quartel dos obliviadores, é bem provável que ele é quem esteja sobre imperius – olhou para Draco – você prepare sua varinha.


   - E a questão do St. Mungus? – perguntou Malfoy quando Rony e Hermione saíram da sala.


   - O Kin foi lá.


    Alguns minutos depois a sala de Harry se encheu de gente. Bertoldo parecia incomodado, assim como Burdock e Ramires, o chefe do departamento dos obliviadores.


   - Qual o problema Potter? – perguntou Bertoldo com um tom ligeiramente preocupado.


   - Realmente sinto muito, mas é para seu próprio bem, e para o nosso, agora Draco... ESTUPEFAÇA! – Harry investiu em Bertoldo com a varinha e Burdock com a mão, magia akasha.


   - ESTUPEFAÇA – Draco acertou Ramires.


   - Se fosse pra desacorda eles podia ter me dito – disse Ted indignado – faz tempo que to a fim de meter um soco no Bertoldo.


   - Muita gente aqui queria Ted – disse Hermione fazendo os três corpos levitarem – para o St. Mungus?


   - Sim, aproveite e encontre o Kin, veja se ele já tem alguma resposta sobre os medibruxos – disse Harry.


   - Eu vou com você – Rony falou ajudando a juntar os três corpos para aparatar.


   - Também vou - disse Ted se aproximando – se tiver algum sobre imperius eu desço porrada.


   - Vocês só pensam em dar socos – Hermione falou segundo antes de aparatarem.


   Draco guardou a varinha e caminhou até a porta da sala. Harry foi até a penseira e pegou as memórias de volta colocando-as nos frascos.


   - Se você quer destruir o lord das trevas de novo Potter, é bom começar a agir e ficar atento a pequenos detalhes – disse o outro antes de sair da sala.

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