Seu jogo
E uma vez mais eu vi os olhos dele brilharem de maneira assassina, e foi a ultima vez já que no minuto seguinte o meu punhal estava cravado em seu coração.E agora era eu quem sorria.
E eu devia me perguntar por que ainda ajo assim
Eu deveria saber...
Ele sorriu cinicamente, a única coisa que alguém como ele faria num momento como aquele. Grudei maus lábios aos dele por mais um minuto e empurrei-o. Deixando que seu corpo batesse ao chão num baque surdo.
Eu deveria saber
Que você é causa disso tudo
Os saltos agulha tocavam firmemente o asfalto, ela não se importava em pensar para onde ir apenas seguia seus pés descobrindo aos poucos o caminho decorado para onde eles a levavam.
Eu deveria saber
Que não seria capaz
Eu deveria saber
Que você não entenderia
A mão um tanto quanto tremula abriu a porta, deixando a chave ali mesmo sem se importar se alguém entraria ou não. Seria apenas mais alguém vendo o que não deveria ver, se envolvendo em algo perigoso de mais, grande demais.
- Demorou. A voz era fria e lenta
- Não pude vir antes. Disse aproximando-me do bar
- Fez?
Olhei-o sem exibir emoções, o homem sentado a minha frente, mantinha um copo de wisk em uma mão e não outra um cigarro pela metade cujas cinzas negras sujavam o chão, os olhos esmeralda por trás da lente redonda brilhavam cinicamente e os cabelos negros apontavam em varias direções por estarem totalmente despenteados.
- Fiz. Com a voz fria e os olhos brilhando
- Quem diria, Luna Lovegood de estranha e solitária a fria e assassina. Disse sorrindo sadicamente enquanto levantava-se.
Eu deveria saber
Que não faria diferença pra você
Pousou o copo no balcão ao meu lado e levou o cigarro à boca, aquele simples gesto fez-me querer voar em direção a ele, fez-me desejá-lo sobre mim, dentro de mim.
Virei o liquido transparente do meu copo, que queimou minha garganta, que revigorou meus sentidos, que fez com que eu mantivesse um sorriso cínico preso aos lábios, no segundo seguinte não havia sorriso, não havia espaço entre meu corpo e o dele, entre a minha boca a dele.
Wisk... fogo... tabaco... luxuria...cravos....ele...morango...eu...absinto...pecado...nós.
Fui posta sobre a mesa de maneira brusca ele pos-se entre minhas pernas, apertando-as.
- Gina. A voz dele saiu rouca entre um beijo e outro, desvencilhei-me dele com fúria, rancor, ódio.
- Eu não sou a Gina. Minha voz saiu lenta, fria...morta
Vi ele dar um passo para trás e me olhar com receio seus olhos evitavam os meus, e agora eu sabia que eram meus olhos a brilhar de forma assassina.
Caminhei a passos firmes e sensuais ate ele beijei-o com volúpia.
Saliva...confusão...amor...decepçao...furor...desejo...ódio...coração acelerado...coração ferido demais pra bater.
- Eu te amei Harry. Minha voz era calma, meus movimentos rápidos.
Apanhei a arma presa a minha cintura, olhei em seus olhos.
Disparei.
Um grito preso à garganta
Sangue.
Culpa.
- Me desculpa...
Morte
Novamente o salto agulha ia firme de encontro ao chão, as poucas pessoas na rua olhavam-na assustadas. A mulher de longos cabelos loiro liso, vestes negras, maquiagem borrada e olhar frio, sorria sadicamente enquanto caminhava, parou no centro da avenida.
Ela havia mudado por ele, para jogar o jogo dele.
Ele estava morto, havia perdido o jogo.
Ela havia o matado então ela ganhou.
Mas quem disse que ela queria ganhar?
O sorriso em seus lábios cresceu e a arma apontada a sua cabeça disparou.
Sim, ela havia vencido... mas não aceitaria o premio.
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By.Lyra Riddle.
Espero que tenham gostado.
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