Capitulo 5



- Seus amigos moram aqui? — Gina  olhou pala a luxuosa mansão cercada por um imenso jardim.


 


—  Ficam aqui só durante as temporadas de verão. Eu os conheci quando vim fazer os trabalhos preparatórios para a filmagem. São antigos proprietários do castelo que estamos usando em algumas tomadas. Agora se dedicam ao cultivo de uvas. — Harry olhou-a espantado. — Ei, não precisa ficar nervo­sa, Gina! Eles são gente como todo mundo.


 


— Mas estou calma — ela mentiu, aborrecida por ver que Harry conseguia descobrir como se sentia. — Eles sabem que está me trazendo para jantar?


 


— Claro. Senão, nem a traria.


 


— Sabem que somos casados?


 


— Sim, mas não vão lhe fazer nenhuma pergunta indiscreta, pode ficar sossegada. Eu lhes disse que tivemos alguns proble­mas conjugais mas que agora está tudo bem.


 


Gina pensou por um instante, antes de falar:


 


— E o que vai lhes dizer quando as filmagens terminarem e nós formos cada um para um lado?


 


— Isso faz diferença? Depois penso em alguma coisa.


 


Ele saiu do carro e deu a volta para ajudá-la a descer. Apesar do calor da noite, Gina estremeceu, quando Harry a tomou pelo braço.  


 


— Tenho certeza de que vai inventar uma história bem con­vincente para eles. Aliás, você sempre foi muito bom, nesse tipo de coisa, não é, Harry? Sempre torce a situação para adaptá-la a seus objetivos.


 


— O que quer dizer com isso? — Apertou-lhe o braço e fez com que se virasse para encará-lo. — Responda, Gina. Não adianta usar de subterfúgios. O melhor é abrir logo o jogo.


 


"Por que não dizer a verdade?", ela se perguntou. Não tinha nada a esconder. Nem a perder...


 


— Ora, você está me usando para manter Cho a distância, E fez a mesma coisa quando... quando... — Não conseguiu con­tinuar, sentia que seu autocontrole estava por um fio. Era torturante lembrar daquela aposta terrível!


 


— Compreendo. — Harry chegou mais perto dela e, instinti­vamente, Gina se apoiou no carro.


 


O céu estava escuro, carregado de nuvens. Mas por um se­gundo um raio iluminou o rosto de Harry, mostrando suas feições contraídas. Seus olhos estavam duros e frios, a boca apertada num sorriso irónico.


 


— Inventou tudo isso, não é mesmo?


 


— Claro que não! — Gina se defendeu. — Draco...


 


— Ah, sim! Esqueci de Draco! — Harry a interrompeu, sem lhe dar chance de continuar. — Ele tinha que ter uma parte nisso tudo. Foi Draco quem lhe disse que uso você para escapar de Cho? — Apertou-lhe o pulso de tal forma que chegou a marcá-la.


 


— Você está me machucando!


 


— Não tanto como tenho vontade! — foi a resposta brutal. Agora entendo como Draco ficou amargurado, ao saber que eu a possuí antes dele!


 


— Harry, vamos desistir do jantar. Não creio que agora seja o momento ideal para... visitarmos alguém. Estamos tensos e...


 


— É tarde demais! Eles já nos viram.


 


Nesse instante, o casal aparecia na porta da frente para re­cepcioná-los.


 


Harry se inclinou e beijou-a nos lábios, rápida mas apaixona­damente.


 


— Agora estamos prontos para entrar.


 


Gina pegou o batom na bolsa, para retocar a maquilagem.


 


—  Não, Gina. Fique como está. — Ele pegou o batom e colocou-o na bolsa que ela deixara aberta.


 


— Mas... mas... eles vão perceber que você me beijou!


 


— Não acha que é muito melhor do que pensarem que esti­vemos discutindo?


 





(...) 

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