Apresentações, Marie & Histori



Minhas sapatilhas produziam um tintilar fino e dançante enquanto eu caminha pelo corredores vazios da escola.Minha cabeça ultimamente andava a mil.Faltava uma semana para o baile e eu estava sem par.Todos os garotos interessantes, já tinham sido convidados, agora só tinha restado os chatos, nerds, fedidos e aqueles frios, que as garotas tem medo de convidar pro causa do fora. Chad Beauchamp, aluno do 5º Ano da Corvinal, meu chad, como eu o chamava em conversas intimas com Heleni e Victoria, minhas melhores amigas.Chad, como eu dizia, era classificado como O garoto frio que as garotas tinham medo de convidar, mas eu não, não teria,  e estava a um mês bolando uma estratégia para convida-lo ao baile de inicio do ano letivo.Você deve estar se perguntando o porque do medo ... e que ele é do tipo que não gosta de Sangues Ruins.A família é antiga, gosta da pureza.Heleni Forgotten e Victoria Eisenheim me incentivavam em relação a ele, embora Vic, não fosse muito com a cara dele.Acho que os dois nunca chegaram a se falar, o que ela tinha era apenas impressão, do tipo, " não gostei da cara dele ou o meu santo não bateu com o dele ", eu não estava ligando muito para este fato, afinal, era eu quem estaria na linha de frente chamando ele para o baile, ela somente ia me ajudar. Victoria era uma garota legal. Não é do tipo fresca que faz escândalo por qualquer coisa.Ela sempre arranja uma maneira de resolver seu problemas sem precisar pedir ajuda.Decidida, inteligente, bonita e solteira.A família dela e da Russa, rica e sangue puros por sinal.Mas ela não liga pra pureza.Ela sempre foi um exemplo pra mim.Ela tem um irmã, Heather Evangeline, Eva para os íntimos.Eva também é minha amiga, só que não tão intima como Heleni e Vic.Vic contribui bastante para minha vida, um dos fatos mais importantes, foi que ela fez eu me aproximar de Heleni Forgotten, Eni, Veela, Rica, Sangue Puro, Misteriosa, Fria e melhor amiga.Eni também faz parte de uma família que preza a pureza do sangue.Os Forgotten são o tipo de família que influencia o mundo da magia, não tanto quando eu queria, mas influencia.Eni, era noiva, de seu primo Ludwig Forgotten, essa decisão do gênero de séculos atrás tinha sido tomada para proteger a pureza, coisa de 1940 para mim, primitivo.


         Logo que entrei no Salão Principal, tratei de olhar, discretamente e verificar se ele ou minhas bestie's ( Vic e Eni ) estavam lá.Meu rosto foi tomado por uma súbita expressão de decepção e meus cabelos tornaram-se verdes.Revirei os olhos, suspirando e olhando para as mechas em meu ombro, minha metamorfomagia estava ficando fora de controle e isso já estava irritando.Me desliguei do fato e caminhei tranquilamente para mesa da corvinal, ignorei os olhares que se voltaram para mim quando eu passava, logo pensei que fossem para os cabelos verdes.Sorri pra mim mesma, adorava ser o alvo da atenções.Ao sentar me ajeitei no banco e puxei um prato com cookies e um cálice vazio para perto de mim. Me servi de suco de laranja, quando vi uma vulto se arrastar ao meu lado e me virei rapidamente quase derrubando a jarra em minha mão.


- Aaaaah – soltei um gritinho agudo ao me virar, tentando identificar quem era.


- Desculpa Alice, não queria te assustar – disse Victoria olhando pra mim com uma cara de desaprovação.


- Nada – suspirei – Só tente se " apresentar " da próxima vez ... por favor


- Tudo bem.


- Antes de mais nada, Bom Dia.


- Bom dia.


- Erm, você viu ele pelo corredores ? – murmurei, me inclinando, para impedir que pessoas indesejáveis ouvissem.


- Ele ?


Olhei pra Vic torcendo o nariz.


- Chad.


- Ata ... não


- Puff, eu não o vejo desde ontem.


- Sinceramente Alice, isso está ficando ridículo, você está parecendo uma desesperada por um par e você está no quinto ano, isso é atitude de novatos.


- Deer, eu estou parecendo desesperada, porque eu estou desesperada por um par. O baile é a uma semana e eu aqui, sem ninguém.


Soltei minha cabeça, fazendo ela cair e observei o banco por alguns segundos.


- Desistiu de convida-lo ? – ela falo quando estendeu o braço para pegar algo na mesa, eu pude perceber pelas sombras que se formaram no banco.


- Não, eu só acho que não tenho tantas chances como achei que tinha.


- Todas temos chances até que se prove o contrario.


- Obrigada.


- Por que ?


- Pelo consolo - voltei a olhar pra ela, repuxando os lábios em um sorriso torto


- Eu estou falando sério.


Dei de ombros e me virei novamente para a mesa.Terminei de encher meu cálice de suco de laranja e soltei a jarra sobre a mesa.Tomei alguns goles do suco, algumas mordidas nos cookies e voltei a falar.


- Viu a Eni por ai ?


- Não.


Olhei para o lado e vi ela empurrar o prato para longe, estranhei ... eu estava comendo tão devagar assim ?


Ela voltou a falar.


- Eu vou no armário de poções daqui a pouco, quer ir comigo ?


- Não, obrigada.Estou esperando a Mazi, ela chega hoje de Paris e com certeza trouxe presentes para mim.


         Mazi Black era minha madrinha, ela vive fazendo viagens a Paris e sempre traz algo para mim.Está ultima em especial, foi longa demais para mim, quase um mês fora.Ela era divertida, eu gostava de ficar perto dela sempre.Minha madrinha, quase sempre tinha do que eu precisava, uma família próxima, amor, carinho ... presentes.Além do que era professora de feitiços, assim eu conseguia um incentivo a mais para ir as aulas.Voltei ao mundo real, saindo dos meus pensamentos e olhei em volta ia me levantar da mesa, quando me apoiei em algo irregular.Abaixei a cabeça, vendo minha bolsa ali solta em cima do banco. Mas como ela tinha vindo para ali ? Eu não lembrava de ter pego-a no dormitório. Victoria estava certa, meus pensamentos estavam me deixando desatenta.Desisti de sair dali e estendi minha mão para pegar a bolsa, abri e puxei o primeiro livro que encontrei.Olhei para a capa " Magia Ancestral ".


- O titulo parece interessante – pensei.


         As hora seguintes ao almoço se passaram rapidamente, isso era bom, assim o tédio de Hogwarts não me consumia.Eu me divertia lendo, era bom pra mim.Me lembrei de novamente voltar a realidade, quando um vento gélido varreu o salão, fazendo eu me endireitar e me abraçar.
         Quando me situei novamente, reparei que era um tarde fria em Hogwarts, como sempre, eu não sei porque ainda me surpreendia como o clima nada estável, afinal estávamos em Hogwarts.


O barulho das conversas no salão principal, não estava me deixando concentrar no livro a minha frente, a mesa da Corvinal, minha casa, estava com alguns pontos de concentração de alunos, poucos, mais que produziam bastante barulho.Fechei o livro e arfei irritada, talvez o barulho do livro se fechando, tenha feito com que alguns alunos tivessem se voltado, olhando para mim.


Corri meus olhos pelo salão, na esperança de encontrar Vic ou Eni.Heleni estava sentada na mesa da Sonserina, a frente de seu primo e noivo, Ludwig. Eles estavam conversando por sussurros eu pude perceber pela posição dos dois, inclinados para frente, olhando algumas vezes para os lados, para ter certeza de quem ninguém estava olhando.Desviei os olhos deles, se eles queriam privacidade, eu devia respeitar.


Voltei a olhar o salão ... fiz a ronda uma fez e me certifiquei com outro olhar, Vic não estava ali ... " Novidade " murmurei pra mim mesma, ele devia estar, afundada em livros na biblioteca ou então, lendo no Dormitório Feminino da Corvinal.


         Minha constatação foi seguida de um longo sussurro, talvez de desanimo.


Minha visão rapidamente ficou totalmente negra, inicialmente eu levei um susto, quase gritei quem tinha apagado a luz, mas ia ser queima filme depois.Levei a mão aos olhos, porém, fui impedida por um par de mãos, sorri enquanto tentava identifica-las.Tomada por uma leve certeza e quem era sorri.


- Mazi ?


- Alice !


- Mazi !


Levantei da mesa rapidamente, abraçando ela.Eu estava morrendo de saudades, queria contar a ela, tudo o que tinha acontecido enquanto ela estava fora, sobre o baile, sobre chad, sobre tudo. Apertei um pouco o braço, não muito para não machuca-la, não que eu pudesse machuca-la com a minha " grande " força, mas é sempre bom prevenir.Abri um sorriso e me distanciei um pouco dele, para o rosto sereno dela e torci os nariz.


- Estava morrendo de saudades. E não que isso seja essencial, mas ... trouxe algo para mim ?


Ela riu.


 - Claro que trouxe, xuxu.


Xuxu, eu adora quando ela me chamava assim.Soava a um tom carinhoso nos meus ouvidos.


Olhei a mão dela entrar na sacola, que parecia se mexer.Fiquei ansiosa esperando o presente, ela nunca havia me decepcionado, nunquinha.Algo branco apareceu na abertura da sacola e parecia se mexer mesmo.Segundos depois ela me estendia um gato.


- Aaaah um gato – eu disse tentando sorrir.Aquilo não era previsível.


- Uma gata ... persa – ela pareceu analisar minha expressão, porque olhava fixamente para o meu rosto,então continuou – parece que você não gostou.


- Não, não é isso, é que erm ... – ajeitei meu cabelo sobre os ombros – gato, digo, uma gata, não parece uma presente vindo de você.


- E porque não ?


- Seus presente sempre são caros, brilhantes e cheirosos.


- Ta falando que a gata é fedida ? – disse ela reprimindo um sorriso.


- Não me entenda mal, eu gostei.


Dei um sorriso sincero.Estendi os braços pegando o felino, que logo se aninhou em meus braços.Acariciei seu pelo suavemente, voltando a olhar pra ela.


- Já tem nome ?


- Ah não, não, eu deixei para que você escolhesse.


- Ok – pensei rapidamente, lembrando-me dos meus tempos de criança.Lembrei de um livro trouxa que tinha uma gata com nome Marie, era um dos meu livros preferidos na literatura trouxa – Vai se chamar Marie.


- Marie ?


- É


- Bonito nome.


- Obrigada.


- Agora, quero saber TUDO, TUDO sobre a viagem.


- Vamos nos sentar, vai levar um bom tempo.


Saímos do Salão Principal, indo para os aposentos dela.um dormitório no 5º andar.Conversamos o percurso todo.Ela me contou sobre um bruxo que tinha conhecido na viagem, que parecia interessante, porém era mulherengo.Ri quando ela disse isso, Mazi jamais falava comigo sobre os seus romances.Então lá no fundo uma pergunta surgiu ... Mazi já teve namorado ?.Sustentei a vontade de perguntar até que entramos em seu dormitório e ela fechou a porta.Rapidamente me sentei na cama, em posição de índio e voltei a escutar as historia dela.Quando ela terminou, nós estávamos deitadas de barriga para baixo, balançando os pés e comendo balas de goma.Engoli a bala que estava em minha boca.


- Hmm ... Mazi ?


- Sim.


- Assim, você já namorou ?


Pude perceber pela cara dela, que tinha se tornado dura rapidamente, que ela não gostava de falar sobre aquilo, eu me senti um pouco culpada e me acusando por não ficar boca fechada.


- Sim.


- Sério ?


- Sim ... Porque ? é tão difícil de acreditar ?


- Não é que ... Você nunca fala sobre isso.


- A Alice é que não foi uma boa época da minha vida.


- Não ?


- Não, quer ouvir a historia.


- Quero – eu disse alegre demais para o meu gosto, desde quando as pessoas gostavam de ouvir a desgraça dos outros. Bem, eu nunca fui normal.


- Depois que minha mãe morreu, meu pai ficou doente, de saudades dela.Como ele era o único que trabalhava lá em casa, logo ficamos sem dinheiro e sem o que comer.Meus irmãos reclamavam de fome, eu era mais velha, toda a responsabilidade de cuidar deles, era minha.


Ergui a mão antes de interrompê-la.Minha mania.


- Mas e a Lorely ? Ela não é a mais velha ?


- Eu era a mais velha que ainda não tinha saído de casa e lorely não podia sustentar a família, porque ela tinha se casado, tinha a família dela, o marido dela e nós devíamos aprender a nos virar.


Mazi parecia reviver a historia, porque seus olhos focaram em algo além ali, era como se ela pudesse enxergar ao além das paredes do quarto.Eu olhava interessada na historia.


- Perto da nossa casa, morava um homem, já de idade avançada.Ele nunca tinha se casado e desejava por isso antes de sua morte.Ele era muito rico e por causa da idade não tinha com o que gastar dinheiro.Certa vez ficamos sabendo da vontade que ele tinha de casar e foi ai que eu encontrei a solução para os nossos problemas.


Eu torci o nariz, não tinha nada haver, a mazi, uma jovem tão bonita, casada com um velho.Segurei minha nova vontade de interrompe-la.Deitei a cabeça no travesseiro e puxei a gata para perto de mim.


- Fui até a casa onde o velho e contei-lhe parte da historia e disse que me casaria com ele.Eu pude ver a alegria nos olhos dele, aquilo me fez bem de certa forma.Fizemos tudo o que se tinha para fazer e nos casamos.Porém era um casamento diferente, legalmente o que ele tinha, era uma dama de companhia. Como ele sabia da situação da minha família, começou a mandar dinheiro mensalmente para eles.Certa vez, ele adoeceu e ficou de cama.Depois de uns dois meses depois do nosso casamento, ele faleceu, me deixando tudo.Eu tinha ficado rica, de uma hora para outra.Porém isso não serviu de consolo para o buraco que se abriu em meu peito com a partida de Arthur, esse era o nome dele, Arthur.


Uma solitária lagrima escorreu pelo rosto de minha madrinha e eu fiz questão de seca-la com o meu polegar.


- Bem, essa é a historia.


Eu sorri reconfortante pra ela, era bom saber sobre a vida dela, levando em conta os 15 anos de convivencia.Decidi parar o interrogatório ali.Conversamos mais um pouco e logo depois das nove horas.Tomei meu banho e fui direto para a cama.


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Ps: Primeiro capitulo foiexperimental :*Capitulo 2 Amanhã ^^Fic atualizada em 30/07/09 Comentem *-* E Votem :D

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