CAPÍTULO 05



desculpa, mas te chamo amor.
CAPÍTULO 05






- Hey Marlene, o que você acha de assistirmos Chicago hoje na minha casa? – Sirius perguntou andando ao meu lado.

- Você não gosta de musicais. – eu disse revirando os olhos.

- Eu não, mas você sim, certo? – ele perguntou sorrindo.

- Não posso, vou sair com o Edgar hoje. – eu respondi.

- Certo... – Sirius disse soltando um pouco de ar pela boca – Ahn, quando você acha que vai dar pra gente fazer alguma coisa junto, porque eu realmente preciso conversar com você sobre o que aconteceu no loft. Eu estava bêbado, não era minha inten...

- Olha só a hora, preciso ir para a minha aula. Tchau. – eu disse apressadamente e saí correndo de perto de Sirius.

Eu não sabia o que era mais deprimente: Sirius tentar de tudo para se desculpar pelo ocorrido ou eu inventar desculpas para não ouvir as desculpas dele.

Eu precisava ligar para Edgar.

-
Hey... – ele respondeu ao me atender.

- Hey Ed, tudo bom?

-
Tudo certo, e com você?

- Também... Eu estava pensando aqui, minha noite vai ser tão solitária hoje... – eu disse fazendo um pouco de drama, fazendo-o rir.

-
Quer fazer algo hoje à noite? – ele perguntou no tom de voz que ele usava quando sorria.

- Já que você insiste... – eu disse rindo – O que você tem em mente?

-
Não sei, mas eu não estava muito a fim de sair... – ele disse fazendo uma pausa para depois continuar – O que você acha de vir para cá, e a gente assistir um filme?

- Perfeito... – eu disse sorrindo – Qual filme?

-
Chicago? Você gosta desse, certo? – ele perguntou, e eu senti um nó em meu estômago.

- Gosto, mas estava pensando em outra coisa... O que acha de V of Vendetta? – eu perguntei feliz.

-
Demorou... Eu te vejo mais tarde então.

- Lá pelas 8h?

- Lá pelas 8h.
– ele confirmou, e nós ficamos um tempo em silêncio até que eu ri – Acho melhor a gente desligar.

- Também acho. – eu disse feliz.

-
Eu te adoro, McKinnon.

- Eu te adoro, Bones. – eu disse em resposta, desligando o iPhone.

O Sirius conseguia deixar meu dia em pedaços, mas o Edgar conseguia reconstruí-lo perfeitamente.

Edgar e eu estávamos saindo há um pouco mais de um mês e meio agora, ele me ligara três dias depois do que nos conhecemos no bar, como dita a regra.

Edgar tinha 22 anos, tinha acabado de se formar em direito e agora começava um mestrado ao mesmo tempo em que gerenciava uma filial em Brighton do escritório de advocacia do pai,
Bones Advocacy, uma dos escritórios mais renomado da Inglaterra.

No dia do bar, Edgar me explicara como me reconhecera, pois havia lido uma reportagem sobre os alunos “famosos” da
Hogwarts University, o que me deixara surpresa já que eu não havia recebidos notícias de meus pais de que eu havia aparecido numa reportagem. Nesse mesmo dia, já sabíamos quais eram nossas cores preferidas, o que não gostávamos de comer e até nossos tipos de sangue; caso precisássemos de transfusões, ele ficou triste ao saber que eu era +AB, me chamou de egoísta, pois eu recebia de todos e não podia doar para ele que era –O.

Nós chegamos a nos encontrar mais duas vezes antes de ficarmos pela primeira vez no cinema, enquanto assistíamos ao segundo filme consecutivo do dia, e que posteriormente foi a razão para comprarmos ingressos para uma terceira seção, ou não teríamos desculpas para ficarmos um pouco mais de tempo juntos.






Estava terminando de me arrumar para ir à casa de Edgar, vestia uma skinny de lavagem escura da Gucci, uma regatinha branca básica da Ralph Lauren, meus converses pretos de cano baixo e um moletom cinza da Abercrombie & Fitch, coloquei brincos de argolas pequenas de platina da H. Stern e fiz minha maquiagem, que se resumia em blush pêssego, lápis, rímel e batom nude.

- Olá! – eu disse assim que abri a porta do banheiro, me deparando com um Peter sorridente.

- Oi...  – ele disse abrindo ainda mais o sorriso, e eu levantei uma de minhas sobrancelhas interrogando-o – Eu estou apaixonado!

- O QUÊ? – eu perguntei gritando surpresa.

Peter Pettigrew apaixonado é como dia 30 de fevereiro, não existe! O dia do apocalipse chegou, e ninguém me avisou! COMO ASSIM?

- Estranho, não é? – ele perguntou fazendo uma careta – Até pensei em fazer aqueles testes de revista feminina para confirmar, mas então lembrei que eles são totalmente manipulados...

- Por quem? – eu perguntei curiosa.

- Emmeline Vance! – ele respondeu feliz.

- Quem? – eu perguntei confusa, nunca tinha ouvido falar dela.

- Emmeline Vance, ela faz aula comigo.

- Como foi? Me conta! – eu perguntei já expressando sinais de felicidade, como afinar a voz e dar pulinhos.

- Ela estava sentada sozinha na sala, eu fui me sentar ao lado dela e jogar um pouco de charme, sabe como é... – ele disse parando para suspirar – A gente conversou um pouco, e ela perguntou quem eu era, falei que eu era Peter Pettigrew, e ela perguntou se eu era novo na escola...

- E você?

- Eu expliquei que não, que eu estudava na Hoggy desde o primeiro ano, e ela se desculpou, já que realmente não sabia quem eu era. – ele disse com os olhinhos brilhando – Daí eu perguntei se ela queria sair comigo...

- E? – eu perguntei sorrindo de orelha a orelha.

- Ela disse não. – Peter disse rindo de tão feliz, e eu murchei meu sorriso.

Eu não entendi.

- Eu não entendi. – eu disse confusa – Por que você se apaixonou por ela?

- Ela não sabe quem eu sou Marlene, quantas pessoas você conhece que não sabem quem sou eu ou o nome da minha família? Minha família é dona de sete dos dez melhores restaurantes da Inglaterra, sendo que dois deles levam o meu sobrenome no nome... E mesmo assim ela não sabia quem eu era, e cá entre nós, não sou feio... – fato, bonito era uma ofensa gigantesca para ele – E ainda assim, ela me dispensou... Isso nunca havia acontecido antes!

- Ah. – eu disse. QUE?

- Oi pessoas... – Remus disse entrando no loft.

- Oi Remus, tchau Remus! – eu disse indo até ele beijando uma bochecha no oi e outra no tchau – Cuida do Peter, ele está estranho. – eu disse baixinho no ouvido dele.

- O que ele tem? – ele perguntou baixinho.

- Ele diz que está apaixonado por uma menina, que deu um fora nele. – eu disse baixinho.

- O QUE? – Remus perguntou surpreso, e eu saí do loft.






- Atrasada... – disse Edgar abrindo a porta de seu apartamento e segurando minha mão, me puxando para dentro e em sua direção.

- Me perdoa? – eu perguntei colocando as mãos em volta de seu pescoço.

- Não sei, o que você fez foi muito grave. – ele disse fazendo biquinho – Você promete me compensar depois?

- Prometo. – eu disse, me aproximando dele e mordendo seu lábio, incentivando que ele iniciasse um beijo.

O beijo foi calmo, mas expressava a necessidade que tínhamos um do outro, uma de minhas mãos estava em seu pescoço enquanto a outra permanecia no cós de sua calça, as dele estavam em minha cintura, pressionando-a levemente. Nossas línguas se entrelaçavam lentamente, como se quisessem memorizar o que estava acontecendo. Uma de suas mãos deslizou levemente para baixo, apertando minha bunda, fazendo com que eu me arrepiasse e abrisse um sorriso.

- O que foi? – ele perguntou também sorrindo, parando de beijar minha boca, para colar seus lábios em minha jugular.

- Você é perfeito. – eu disse num sussurro, fazendo-o rir.

- Só com você. – ele disse beijando meu queixo – Vamos ver o filme?

- Vamos. – eu respondi.

- Então, vai colocando lá... Que eu vou estourar pipoca e pegar alguma coisa para a gente beber. – ele disse, e eu confirmei.

Em pouco tempo, eu já havia colocado o DVD e ajeitado o sofá de couro preto com almofadas e um cobertor. Logo depois Edgar aparecera com uma tigela com pipoca e dois copos de coca-cola.

- Já arrumou tudo, hein? – ele disse, colocando as coisas em cima da mesinha de centro e se sentando ao meu lado.

- Yep. – eu respondi sorrindo, e me aconchegando nele.






- “Remember, remember the fifth of November, the gunpowder and plot. I know of no reason, why the gunpowder treason should ever be forgot?” – eu sussurrei baixinho focada no filme, mas percebendo o olhar de Edgar em mim, então eu virei para ele com cara de interrogação.

- Você é linda... – ele disse beijando meu ombro, mas com os olhos nos meus, fazendo com que eu ficasse vermelha – E vermelho definitivamente é a sua cor.

- Bobo. – eu disse mostrando a língua, fazendo-o rir.

- Quem mostra a língua pede beijo. – ele disse.

- Então, vem me beijar. – eu disse, provavelmente ficando mais vermelha ainda.

E ele veio.

Os lábios dele pousaram nos meus, imóveis até que ele iniciou o beijo calmamente colocando uma das mãos em meu pescoço e a outra em minha cintura, seus dedos faziam leves movimentos circulares descendo cada vez mais para a barra da minha regata, enquanto uma de minhas mãos estava ocupada em puxar seus cabelos e a outra brincava com a gola de sua pólo da Lacoste, listrada de azul marinho e amarelo bebê.

Os lábios de Edgar começam a brincar em meu pescoço, dando alternadamente mordidinhas e chupões. Uma de minhas mãos parara inesperadamente no cós de suas calças e agora se aventurava por debaixo de sua camiseta, lhe arranhando levemente.

Edgar agora me deitava calmamente no sofá, apoiando-se num de seus braços para que seu peso não ficasse inteiramente sobre mim. Agora era eu quem me aventura no pescoço de Edgar, beijando e mordendo a parte mais próxima de sua orelha, fazendo com que ele parasse de respirar por alguns segundos e depois soltasse o ar pesadamente.

Uma das mãos dele já estava por debaixo da minha regata na minha cintura, apertando-a fortemente e me trazendo para mais perto dele, logo estávamos sentados novamente, mas comigo em seu colo.

Nossas bocas estavam grudadas. Não me lembrava muito bem como isso ocorrera, mas Edgar já estava sem camiseta e uma de suas mãos estava debaixo do meu sutiã, me apertando levemente. Uma de minhas mãos puxava seus cabelos com força, o que lhe renderia um pouco de dor mais tarde, e a que antes estava em seu peito abrira rapidamente suas calças e agora brincava com a barra de suas boxers pretas, fazendo com que ele risse levemente.

Ele passara os dedos pelo meu abdômen fazendo com que o mesmo se contraísse levemente, e abria minha calça jeans com muita calma, para depois parar de fazer tudo que estava fazendo, inclusive de me beijar, e me encarar.

- Você tem certeza? – ele perguntou num sussurro com a respiração descompassada.

Em resposta, eu sorri e colei meus lábios no dele, beijando-o profundamente.






- Hey... – eu disse abrindo os olhos, e vendo Edgar me observar sorrindo.

- Hey
sleeping beauty. – ele disse me dando um selinho.

- Que horas são? – perguntei bocejando.

- Dez e meia. – ele respondeu deitando-se em cima de mim.

- Hum... – eu disse pensativa.

- Hum? – ele perguntou me imitando, eu ri.

- Planos para o almoço de hoje, Bones? – perguntei levantando uma sobrancelha.

- Depende do que você tiver em mente, McKinnon.

- O que acha de almoçar na casa dos Meadowes hoje? – eu perguntei sorrindo.

- Esse almoço se deve a alguma ocasião especial? – ele perguntou passando o nariz na minha bochecha.

- Não, por enquanto. – eu disse misteriosamente, e ele riu.

- E o que fará dele uma ocasião especial? – ele perguntou, e eu neguei com um gesto de cabeça, e ele me censurou – Ordinária.

- Não consegue lidar com um pouquinho de mistério? – eu perguntei rindo, ele aparentemente ia mostrar seu dedo médio para mim, mas mudou de idéia no meio do caminho, soltando um gemido de frustração – Bom mesmo.

- Você não presta. – ele disse rindo.

- Se eu prestasse, você não ia gostar de mim. – eu respondi presunçosamente.

- Impossível não gostar de você. – ele disse encostando os lábios nos meus novamente – Você é maravilhosa.

- E você é incrível. – eu disse, fazendo-o rir.

- Senhor Incrível e Mulher Maravilha, somos um casal estranho. – ele disse pensativo, me fazendo rir. Ele havia quebrado o clima.






Edgar tinha acabado de deixar meu Lamborguini Muciérlago preto com o manobrista do condomínio de Dorcas, o mesmo onde mora Luke Pritchard vocalista de uma banda indie do momento – The Kooks.

Ele agora caminhava em minha direção (o Edgar, óbvio) com um sorriso nos lábios.

Estávamos nós dois parados lado a lado em frente ao portão principal da humilde residência dos Meadowes, uma mansão vitoriana de míseros 3400m
2.

- Srta. McKinnon e Sr. Bones. – disse o mordomo gentilmente ao abrir a porta, o seu nome era Ivan, tinha seus 45 anos e viera da Rússia há quase 20 anos, mas mantinha o sotaque carregado.

- Ivan. – eu disse sorrindo, enquanto Edgar sussurrava surpreso em meu ouvido.

- Como ele sabe o meu nome?

- Coloquei você como o meu
plus 1 na lista. – eu disse.

- Mas você não sabia se eu vin... Você é inacreditável. – ele disse rindo levemente.

- Eu sei. – eu disse sorrindo, enquanto avançávamos mais em direção ao jardim dos fundos.

A decoração do local fora feita em branco e pérola, e estava impecável como sempre são as decorações das festas da high-society inglesa.

- Marlene, - disse Helena, mãe de Dorcas segurando a minha mão e me virando para que pudesse me ver melhor – quando Dorcas disse que você tinha voltado, não mencionara o quão linda você estava e nem que tinha um belo homem em seus braços.

- Bones, Edgar Bones. – disse Edgar se apressando em beijar a mão de Helena – É um prazer conhecê-la, Sra. Meadowes.

- Bones? Bones de Christian Bones? – perguntou Helena, e Edgar confirmou dizendo que o mesmo era seu avô – E como ele está?

Ótimo, agora os dois mergulhariam numa conversa interminável sobre Christian Bones, é sempre assim quando se trata de Helena Meadowes, se ela for conversar com você, se prepare para ficar duas horas e meia fingindo interesse.



Observei todos na festa analiticamente, e sorri ao perceber que era uma das mais bem vestidas e melhor acompanhadas. Eu vestia um Givenchy tomara que caia nude e nos pés Louboutines pink. Edgar humilhava todos ali, vestindo jeans escuros da Diesel, camisa azul clara da Armani, paletó cor de gelo e sapatos pretos, ambos da Prada.

- Marlene! – eu ouvi Dorcas dizer ao me virar para ela e me puxar para um abraço.

- Hey! – eu disse enquanto a abraçava, para depois nos soltarmos rapidamente.

- Oi Edgar. – ela disse cumprimentando Edgar, que deu um de seus melhores sorrisos em resposta – Mãe, deixa de alugar os dois.

- Ah meu Deus, perdão. Eu aqui conversando com vocês, e vocês querendo fazer outras coisas, que cabeça a minha. – disse Helena se desculpando.

- Que é isso... Foi um prazer conversar com a Senhora. – disse Edgar rapidamente.

- Ora, me chame de Helena, Edgar. – ela disse piscando para ele e indo embora.

- Nossa, desculpa por isso, de verdade... – Dorcas pediu com um sorriso nos lábios, desde que seus pais se separaram Helena distribuía piscadelas a torto e a direita.

- Imagina. – ele disse tentando demonstrar descaso, mas suas bochechas permaneciam num tom rosado.

- Lindo. – eu disse beijando a bochecha dele, e entrelaçando nossos dedos.

- Vamos lá, todos nós estamos naquela mesa. – disse Dorcas indicando uma mesa um pouco mais distante.

- Vem. – eu disse puxando Edgar pela mão assim que vira Remus.

- Calma, Lene. – ele disse rindo ao ver meu entusiasmo.

- Hehe... – eu disse ficando ligeiramente vermelha, para logo esquecer isso e pular nos braços de meu melhor amigo – Vara, que saudade de você pimpolho!

- Não passou nem um dia, Lene. – ele disse rindo, mas revirando os olhos.

- Insensível. – eu disse fazendo charminho ao me desfazer do abraço.

- Ah, deixa disso bestona. – ele disse me puxando de volta para um abraço mais forte, que tirou meus pés do chão.

- Já deu, já deu. – disse Dorcas nos separando, e Edgar sorriu em concordância.

- Ai meu Deus, que ciumeira. – eu disse apertando as bochechas dela, enquanto Edgar passava um braço pela minha cintura.

- Olá Remus! – disse Edgar apertando a mão de Remus.

- E aí, cara? – Remus disse devolvendo o cumprimento.

- Olha quem resolveu nos dar o prazer de sua graça. – disse Peter sorrindo, e me dando um beijinho no rosto, e apertando a mão de Edgar.

- Hey Peter, sozinho hoje? – eu perguntei, e ele deu nos ombros.

- Ela ainda vai ser minha, Marlene... Emmeline Vance, ainda vai ser uma Pettigrew. – ele disse rindo, e eu revirei os olhos.

Logo James e Lily, que estavam conversando com os pais de James voltaram à mesa; e em pouco tempo estávamos todos sentados jogando conversa fora.

- Vocês viram aquele filme novo, o da Pixar? – perguntou James entusiasmado.

- Mas é claro. – Remus e eu respondemos prontamente, os viciados em Disney.

- Eu chorei nele. – James admitiu, e nós rimos.

- Quer dizer que meu garoto chorou assistindo Up? – perguntou Sirius sorrindo, colocando as mãos nos ombros de James.

- Onde você estava, Pads? – perguntou Peter.

- Ah, por aí... Conversando com as gêmeas Bradwerick. – Sirius disse dando nos ombros.

Sirius estava imaculavelemente lindo. Calça jeans escura da Marc Jacobs, que apertava em todos os lugares certos, camiseta de malha fina listrada horizontalmente de branco e carmim Yves Saint Laurent, um paletó azul marinho da Armani e converses pretos de cano baixo. Ele mantinha um ar mais desleixado do que o dos outros homens do recinto, mas ainda assim conseguia ser o mais elegante com os seus cabelos caindo displicentemente sobre seus olhos de um azul profundo, com os lábios curvados levemente para cima que refletiam ligeiramente sua arrogância e o perfume 212 Sexy que emanava de si e preenchia minhas narinas.  

- Edgar, Marlene. – disse Sirius sorrindo, assim que vira a forma que eu o observava.

- E aí? – Edgar perguntou em resposta, enquanto eu apenas fazia um movimento de cabeça o cumprimentando.






Nós estávamos conversando tranquilamente, após todos terem terminado o almoço (entrada: capaccio de merluza negra; principal: filet mignon ao molho shiitake com risoto de trufa; sobremesa: petit gateau de limão siciliano), quando Remus levantou e pigarreou com um sorriso de ladinho, fazendo com que todos o encarassem.

É tão bom ser a única que já sabe da notícia.

- Erm... Olá tudo mundo. – disse Remus sorrindo – O almoço estava ótimo como sempre, muito obrigado Helena. Mas o que eu queria mesmo é dar a vocês a notícia de que a Dorcas e eu estamos namorando. – ele disse com um sorriso tenho-32-dentes e dando a mão a Dorcas que se levantou e parou ao seu lado.

- Awn... Parabéns para vocês! – Lily disse comovida se levantando e abraçando o casal, que começou a receber uma série de parabenizações.

- Você já sabia, certo? – Edgar perguntou apertando os olhos desconfiadamente, e eu sorri confirmando, ganhando um selinho.






- Estou me sentindo a fêmea da relação. – Edgar disse fazendo uma careta, já que era eu quem lhe deixava em casa.

- Deixa de frescura. – eu disse rindo – Ia dar mó confusão de carros se a gente fosse com o seu.

- Não ia, a gente só teria que ir em carros separados até a sua casa quando você fosse se arrumar para o almoço. – ele disse astutamente.

- Mas acontece que eu adoro passar o tempo com você. – eu disse sapeca.

- Você não presta. – ele disse sorrindo, ele adora sorrir e dizer que eu não valho nada.

- Eu sei. – eu disse sorrindo, tirando o sinto e indo me sentar em seu colo.

- Mas eu gosto. – ele concluiu maliciosamente colocando uma das mãos em minha cintura, outra na minha cocha e iniciando um beijo.

O beijo de Edgar era incrível, a cada toque era como se quinhentas borboletas se agitassem dentro de mim. As mãos dele deslizavam em minha cocha para debaixo do meu vestido, quando eu parei o beijo.

- Agora não. – eu disse calmamente, e ele confirmou tirando as mãos de mim.

- Desculpa. – ele disse ficando vermelho, me dando um selinho.

- Você não está bravo, está? – eu perguntei receosa.

- Não... Talvez, mas só um pouco. – ele disse ficando confuso, fazendo com que eu risse levemente.

- Desculpa, eu prometo te compensar. – eu disse o abraçando, fazendo com que ele sorrisse de lado.

- Eu vou cobrar. – ele disse beijando minha cabeça, eu ri.

- Ok... Deixa eu te deixar sair. – eu disse tentando sair de cima dele que suspirou.

- Eu não me importaria se você continuasse aqui, sabe. – ele disse me segurando.

- Edgar! – eu disse o censurando, fazendo com que ele risse e me soltasse, permitindo que eu fosse para o meu assento.

- Eu gosto muito de você. – ele disse me dando um selinho.

- Eu também gosto muito de você. – eu disse bobamente, e ele sorriu genuinamente antes de sair do carro.






Acabara de estacionar o carro e agora esperava o elevador distraidamente. Minha mente estava focada em outra coisa: nas três provas que eu tivera essa semana, e que eu particularmente achava que tinha ido bem, mas como sempre alguma coisa me deixava insegura.

- Vai à festa de Halloween do loft? – eu ouvi a voz dele dizer atrás de mim.

Eu observei o quadro de avisos, lá estava, escrito em letra caligrafada preta sobre um papel roxo levemente cintilante:





HALLOWEEN PARTY

Eleita melhor festa de Halloween de toda Hogwarts University por cinco anos consecutivos, uma das únicas chances que você terá no ano de se fantasiar e fazer o que quiser sem ser reconhecido.

31 de Outubro às 23h00  - No salão principal do Gryffindor Loft (Chester Terrace, 537).

Ingressos à venda nas lojas da Hogwarts University à £80,00.
Fantasia obrigatória.



- Não sei. – eu respondi sem olhá-lo na cara.

- Por que você não fala comigo olhando para mim? – ele perguntou me virando para ele, e eu segurei o impulso de virar um tapa na cara dele.

- Porque eu não quero. – eu respondi firmemente, agora olhando nos olhos dele, tão azuis e profundos, que era impossível saber o que eles diziam.

- O Bones pode não ter percebido, mas eu vi o jeito que você me olhava no almoço. – ele disse, e eu abri a boca espantada pela ousadia dele.

- Você é impossível. – eu disse séria – Você age como um cretino e depois quer que eu o desculpe... Me fala, Black, como você espera que eu escute suas desculpas e finja que está tudo bem, quando você não se esforçar para fingir que está tudo bem?

- Não seja hipócrita, McKinnon. – Sirius disse estressado – Eu que finjo que não está nada bem? Quantas vezes eu tento falar com você, mas tudo que eu recebo são patadas em resposta?

- Eu tinha escolhido esquecer o que tinha acontecido, mas você foi brigar comigo por causa de uma competição, Black! – eu disse séria, vendo que o elevador já chegara.

- E por que você não pode esquecer essa briga? Eu já pedi desculpas, eu estou arrependido, mas você não vê... – ele disse agora com leve desespero.

- Esse é o problema, Black! – eu disse brava.

- Qual? Eu pedir desculpas para você? – ele perguntou sarcasticamente.

- Vai dar o cu, que você ganha mais. – eu disse para ele.

- Eu não tenho culpa por não estar apaixonado por você como você está por mim. – ele disse bravo, e eu abri a boca em choque.

- Não fala o que você não sabe, é burrice. – eu disse calmamente, entrando no elevador e apertando o botão da cobertura.

As portas do elevador se fecharam antes que Sirius pudesse dizer alguma coisa, e antes de minhas lágrimas rolarem pela minha face.







N/B.:
O Sirius merece uns bons tapas nessa cara sem vergonha dele! É sério, se eu tivesse um Edgar Bones do meu lado eu não largaria dele por nenhum Sirius... Certo, talvez, porque eu gosto de caras mal-caráter, tipo Chuck Bass, mas é sério, o Sirius é um grande fdp. Marlene, LARGA DO ED NÃO! Mande o Sirius ir catar coquinho! Estou adoraaaaando, Lau! Sério mesmo! *-* I need o seis tipo SUPER-ULTRA-TURBO urgente.

Gih Meadowes.


N/A.:
Ahn, eu não sei o que escrever nessa N/A. de hoje, estou incrivelmente sem inspiração... Até meu blog está ridiculamente abandonado, mas enfim... Pelo comentários eu pude perceber que a maioria é Team Sirius, coitadinha da Marlene, mas fazer o que, né? Muito obrigada pelos comentários e por estarem lendo a fic, significa muito para mim saber que tem gente que acompanha a fic e tal; quanto aos capítulos novos, ainda até o 7 pronto, não escrevi nada no oito ainda... Sim, isso é vergonhoso x_x. Espero que tenham gostado do capítulo e que eu não tenha os decepcionado :D [off.: eu fiz esse petit gateau de limão siciliano, é muito bom *o*].

Xoxo,
Miss Laura Padfoot.


[Edit: por algum motivo a FeB deletou a maior parte desse capítulo, como já aconteceu antes, por esse motivo estou respostando essa parte. Assim, desejo encarecidamente que da próxima vez que verem que falta a N/A. no capítulo me avisem imediatamente, ok? Valeu ;D] 

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    :/ Nossa ele pegou pesado agora... Que vaco. Mortissima de raiva aqui dele, poxa fica sempre magoando a Lene tadinha :( Espero que ela dê o troco... Ou que eles se resolvam logo. Amei o capitulo, divertidissimo (até a parte da Lene e do Sirius) *-----------*Bjoos! 

    2013-02-12
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