O discurso
Depois de terem devolvido a Varinha das Varinhas ao lugar de onde veio, Harry, Rony, e Hermione seguiram para o Salão Principal. Mesmo fazendo horas que Voldemort havia sido liquidado com o seu próprio feitiço, a festa continuava no Salão. Apanhou a sua capa da invisibilidade, mas Hermione interrompeu sorrindo:
- Não Harry! Eu garanto que eles não vão te fazer mal.
- É Harry, vai lá - Acrescentou Rony.
Harry concordou; mesmo com as portas fechadas, ainda era possível ouvir as vozes de todos que estavam lá dentro. O ruivo e a garota empurraram as portas. Ao ver os novos ocupantes do Salão, várias pessoas correram ao encontro deles.
“Hey, hey, hey!,
Potter é o nosso rei”
- Ei, eu também ajudei! – Disse Rony
O barulho era tanto que Rony não pôde ouvir o sermão de Hermione. Pela multidão, Harry viu uma cabecinha ruiva vir ao seu encontro. Ele abriu caminho até ela, e a beijou. Os gritos se intensificaram, e só pararam ao ouvir uma voz muito familiar:
- Vamos, vamos, por favor!... Potter precisa descansar, abram caminho e deixem ele passar. – Disse McGonagall, com a habitual expressão severa.
No mesmo instante uma abertura se formou naquele mar de gente, Harry caminhou junto com Rony, Hermione e Gina para a mesa da Grifinoria, e ele ouviu a mesma voz perseguir:
- Ótimo, todos calmos agora... Já é manhã, e, a não ser que eu esteja enganada, ninguém dormiu esta noite. Os que estiverem dispostos a voltar hoje mesmo a Londres, o trem sai ás 10:00 – Ninguém poderia imaginar que já eram 06:30 da manhã – Já aqueles que não suportarem nem de conjurar um alfinete, podem dormir o dia todo e amanhã sairá outro trem, também ás 10:00.
No momento em que a professora se retirou do Salão, começaram os burburinhos, todos comentando o que havia acontecido na noite passada. Ainda havia muita comida nas mesas, e Harry e seus amigos devoraram a comida. Parecia que não comiam faz dias, Rony estava horrorizado com Hermione devorando tudo que estava a sua frente.
-Ah-Há! Tantos anos reclamando de mim, dizendo que eu comia feito um porco. Se eu sou um porco vc é...
- A namorada do porco - Disse Hermione.
Rony corou, assim como as suas orelhas. Hermione desviou o olhar da comida pela primeira vez e olhou para o garoto. Inesperadamente, se beijaram ali mesmo, sob alguns olhares curiosos, no meio do Salão Principal. Gina, que acabara de se sentar, olhava perplexa para os dois.
- Agora é a vez deles – Disse Harry rindo.
- Finalmente!
- Exatamente. Finalmente o seu irmão mostrou que é um Weasley.
- Bem, mais agora é a nossa vez!
E os dois casais se beijando no salão Principal, cheio de gritos e vivas. Mas logo aquele momento foi interrompido por uma voz que não parecia humana:
- Senhor, a Prof. McGonagall está o chamando para discursar.
-Monstro... é... é
-Vai Harry – Hermione havia se desgrudado de Rony ao ver Monstro se aproximar.
O garoto apenas acenou com a cabeça e caminhou até a frente da mesa dos professores.
- Vamos lá Harry. Mostre que você pertence à minha casa. - Ela disse sorrindo.
Mais uma vez ele acenou com a cabeça, e se virou para encarar os outros estudantes.
Com fortes palmas, a Professora instalou o silêncio, e todos os olhares recaíram sobre Harry.
- Hum, Harry tem algo para dizer a vocês.
As palmas e os gritos como “Vai lá Potter”, “Potter é demais” invadiram novamente o Salão, e ao cessarem Harry Começou:
- Muito Obrigado a todos vocês, por confiarem em mim e me ajudar a liquidar Voldemort. Agora milhares de famílias poderão dormir tranqüilas, e trabalhar sem medo.
Todos estavam muito quietos, mas com ar de concordância. Então ele continuou.
“Não se orgulhem de ser amigo do Harry, ou então de conhecer o Harry ou até mesmo de vê-lo”.
“Mas se orgulhem de tê-lo ajudado a acabar com Tom Riddle.”
E mais palmas ecoaram no salão principal.
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