único
O conheci há vários anos. Mesmo não sendo amigos eu o via todos os dias, essa com certeza é um ponto positivo em se estudar em um internato eu o via sempre afinal éramos do mesmo ano e por vezes de mesma sala.
Nossas conversas nunca foram amigáveis, o que posso fazer ele foi inimigo dos meus melhores amigos e para melhoras as coisas eu sou tudo que ele mais odeia no mundo.
Então veio a guerra e ela me levou tudo que eu tinha, não ele uma vez nunca que ele nunca me pertenceu, mas levaram meus pais, os meus sonhos, minha esperança, meu coração. Matei tantas pessoas coisa que me julgava incapaz de fazê-lo. Meus amigos vêm até mim tentando me consolar sendo que a única coisa que quero é chorar, chorar as minhas perdas. Pena que isso não seja mais possível, meu coração já não existe, não sinto emoções.
No momento estou na beira do lago, falta exatamente um mês para o fim das aulas, estou no meu sétimo e ultimo ano na escola e não tenho vontade de fazer nada. Posso ver meus amigos ao longe conversando com um homem loiro e olhando discretamente para mim. Eu já sei o que eles querem, o desejo deles é que eu volte a sorrir mais eu não quero mais isso.
O homem loiro no caso é o mesmo que eu falava no começo, a diferença é que quando o conheci ele era apenas um garoto como outro qualquer, agora por passa atrai olhares, mas não posso olhar isso não é permitido, não pelo fato de ser quem somos dessa fase já passamos meus melhores amigos são os melhores amigos dele também, mas sempre serei uma colega de classe não que eu queira que isso mude, mas sei que perco todos que amo esse é o motivo de estar aqui sozinha, não desejo ter companhia, já estou farta de sofrer perdas e achei o jeito perfeito para isso não ocorrer mais.
Enquanto uma única lagrima saia dos meus olhos, levantei e limpei a mesma, eu já sabia o que deveria ser feito e usei a única coisa que ainda tinha mesmo que fosse pouca a minha coragem. Fui em direção ao castelo, mais especificamente para o meu quarto de monitora-chefe, fechei a porta, mas não tranquei afinal eu seria rápida.
Com um aceno de varinha meus pertences foram parar dentro da minha mala, sentei na cama e dei mais uma olhada para ver se havia deixado algo, mas não havia mais nada que me pertencesse.
Olhe pela janela ainda aberta e pude ver o céu já escuro, era há minha hora sem despedidas, não queria perder mais ninguém então fecho meus olhos relembrando de todos os momentos felizes e tristes que passei ali, respirei fundo e abri os olhos, já estava pronta para sair. Ainda de costas para a porta fiz um feitiço para levitar minha bagagem quando me virei pronta para sair, mas isso não mais ocorreria em segredo, pois um homem loiro estava parado na porta me impedindo a passagem.
- Pra onde você vai? – foi a primeira vez que nos falamos em muito tempo
- Creio que isso não lhe interesse! – fui meio que ríspida
- Eu lhe fiz uma pergunta, Mione. – ele veio se aproximando de mim
- Granger, Malfoy meu nome é Granger – minhas malas se encontravam em um canto do quarto. Eu dei um passo para trás.
- Harry e Ron estão preocupados com você!
- E eles pedirão pra você vir falar comigo, por acaso?
- Não eu vim por minha conta. Eu te vi me olhando hoje de tarde no lago e quis saber o que houve?
- Não houve nada, se você me der licença – tentei passar por ele coisa que não consegui.
- Se você não me disser pra onde vai, não deixarei você passar Mione. – ele deu mais um passo em minha direção e eu mais uma vez recuei.
- É Granger, não temos intimidade para você me tratar pelo nome Malfoy. – ele deu mais um passo pra frente e eu pra trás.
- Está com medo de mim por acaso? Porque está se afastando?
- Eu não tenho medo e não estou me afastando. Apenas estou com falta de ar, você está acabando com todo do meu dormitório, falando em meu dormitório como você entrou aqui? – agora eu dei um passo para frente, acabando com a minha coragem. Pelo visto acabei de perder outra coisa, ou eu saio agora ou não terei outra oportunidade.
- Eu durmo no quarto da frente já vai fazer um ano.
- Tinha me esquecido – abaixei minha cabeça o tempo estava se esgotando.
- Seus amigos estão preocupados, eu estou preocupado – ele chegou mais perto e levantou o meu rosto – me responde, por favor, pra onde você vai?
- Vou embora, sumir por um bom tempo, quero esquecer o que sou, quero esquecer tudo.
- Mas por quê? Como você vai fazer se as aulas ainda nem acabaram? – quando olhei dentro dos olhos acinzentados dele não pude ficar calada.
- Pra mim já, falei com a diretora e já fiz todas as provas tudo.
- Harry e Ron sabem sobre isso?
- Não a motivo para eles saberem, afinal a vida é minha!
- Eles se preocupam contigo, eu também me preocupo – ele já estava próximo de mim, próximo ate de mais eu simplesmente me afastei.
- Pois não deveria se preocupar comigo eu sei me cuidar sozinha não preciso de você nem dos garotos pra me protegerem – apontei o dedo pra ele e comecei a chorar – eu não preciso de ninguém pra se preocupar comigo você esta me entendendo?
- Calma Hermione.
- Não me chama de Hermione nem de Mione, não somos amigos nem nada porque você não me entende é Granger – comecei a bater nele.
Ele simplesmente me pegou feito um saco de batata e me levou pra cama, eu chorava tanto que chegava a soluçar e ele me olhava, m levantei e ele apenas me olhava, no momento que peguei minha mala ele me agarrou.
- Você não vai pra embora enquanto não me ouvir – ele me abraçou e eu o olhei enquanto ele secava minhas lagrimas então fechei meus olhos esperando ele falar não queria olhar para o homem parado me abraçando, já era triste sentir seu cheiro, seu toque e não fazer nada.
- Eu tenho feito de tudo pra me aproximar de você e você não deixa ate mesmo fiquei amigo do Potter e do Weasley por você e o que eu recebi em troca você simplesmente se afastou dos seus melhores amigos.
- Não foi por sua causa que eu fiz isso
- Me deixa terminar Granger – eu sei que pedi pra ele me chamar assim, mas doía ver que eu voltei a ser a Granger – me desculpa se eu sou não sou aquilo que você deseja, mas eu sou um homem que deseja te amar e ser amado eu apenas te peço uma chance nada mais!
- Eu não posso Draco – ele percebeu que eu havia o chamado pelo nome e sorriu.
- Se for pelo Harry e pelo Ron eles já sabem e não se importaram.
- Como assim você fala com os dois sem falar comigo- eu tinha ficado nervosa – eles não decidem com quem eu fico muito menos permitem algo.
- Eu não falei com eles, mas sim o contrario, já faz um tempo que eles perceberão o modo como eu te olho – ele me abraçou passando os braços pela minha cintura e para falar com ele tive que levanta a cabeça, estávamos muito perto mesmo.
- Eu não estou te entendendo, porque se você estiver brincando comigo eu juro que... – ele colou sua testa na minha e disse com uma voz rouca que me deixou arrepiada
- Eu te amo e não estou brincando – após isso ele me beijou, no começo tentei me afasta, mas ele não deixou e aos poucos fui relaxando e me entregando ao beijo, até o momento em que lembrei o que deveria fazer e me soltei.
- Isso não está certo – disse indo em direção às malas – adeus Malfoy! – ele que até então estava paralisado me encarando segurou no meu braço enquanto passava pela porta.
- Eu mudei de lado na guerra, virei amigo dos meus inimigos, trai a minha família os meus ideais tudo isso por você – ele disse me encarando e eu olhava pra baixo – olha pra mim, por favor!
- Eu nunca pedi pra você fazer nada disso então não venha me culpar – eu via o sofrimento nos olhos dele e sabia que ele também via nos meus.
- Eu quero saber por quê? Você me deve isso. – nos dois chorávamos
- Me afastei dos meus amigos, pois eles são uma parte de mim e não queria perde-los. Já perdi tudo que tinha minha família, meus sonhos tudo não posso ficar com você, pois tenho medo de te perder, medo de acordar e ver que foi tudo um sonho, tenho medo porque te amo, amo mais do que me amo e mais do que poderei amar um dia alguém!
- Não foi sua culpa seus pais terem morrido na guerra – ele me virou de encontro à parede fria me impedindo de fugir – você está indo embora sem avisar ninguém, você esta nos perdendo sim, mas por uma opção sua. Onde está sua coragem Grifinória?
- Eu não a tenho mais, também a perdi também como tudo que eu já tive, não possuo mais lugar nenhum, por isso vou embora e não avisei ninguém, pois não queria que eles se preocupassem comigo.
- Eles já estão preocupados, eu já estou – me deixa cuidar de você, por favor – dizendo isso ele começou a beijar desde minha orelha, passando pela mandíbula e apenas encostou nossos lábios esperando apenas a minha resposta.
- Todos que me amam sofrem no final eu sempre os perco e não quero te perder – virei minha cabeça podendo falar no ouvido dele – não quero ficar sem você.
- Eu não vou te deixar, nós vamos construir uma família linda você vai ver – estávamos olhando um nos olhos do outro – eu te amo e quero ficar com você pra sempre.
-Eu também te amo Draco Malfoy e acho bom você não me deixar mesmo, eu não saberia viver sem você.
Dizendo isso nos beijamos, logo depois desfiz minhas malas desci de mãos dadas com Malfoy ops! Draco todos nos olharam espantados menos dois homens um moreno e outro ruivo.
- Então finalmente começaram a namorar? – perguntou um Harry risonho, eu concordei com um aceno de cabeça para logo depois o abraçar.
- Pensei que tínhamos te perdido! - Ron disse se juntando ao abraço.
- Eu não viveria longe de vocês nunca.
- Da licença que eu quero namorar um pouco – Draco me puxou do braço dos meninos.
- Eu te amo – foi a única coisa que consegui dizer ao olhar para ele.
- Também te amo muito – depois disso ele me beijou ou eu o beijei não lembro ao certo, mas lembro perfeitamente que todos do salão principal se levantaram e começaram a bater palmas até mesmo os professores.
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