Convivência



Capitulo II


 


Convivência


 


 


 


- Mãe, falta apenas 5 minutos! – Gritou Hermione irritada com a demora da mãe em lhe trazer seu porta-jóias que estava guardada em seu quarto.


 


- Tome – entregou a mulher, que acabara de entrar correndo no quarto da filha com uma pequena caixa na mão.


 


Hermione então a colocou correndo dentro do malão e o fechou com a mesma rapidez. Olhou no relógio, 10h59min. Agarrou o malão e a gaiola de sua coruja com uma das mãos, com a outra pegou numa ponta do chapéu de bruxo – a chave de portal – e gritou algo se despedindo da mãe.


 


Num instante ela chegou ao salão principal de Hogwarts e pode observar que cerca de mais 10 alunos estavam chegando também por chaves de portal. Dentre eles reconheceu Dino Thomas, 6º ano da Grifinória, Antônio Goldstein, 6º ano da Corvinal, Draco Malfoy, 6º ano da Sonserina, Susana Bones, 6º ano da Lufa-Lufa. O restante parecia ser do 7º ano.


 


Voltou então seu olhar para a mesa dos professores, onde próximos, se encontravam Minerva McGonagall, Severus Snape, Filio Flitwick e Pomona Sprout, em resumo, os diretores das quatro casas.


 


A professora McGonagall trazia consigo o chapéu seletor em uma das mãos e um rolo de pergaminho na outra.


 


- Caros alunos que aqui estão vocês foram selecionados pelo corpo docente de Hogwarts para comparecerem em um pequeno curso para aprimorar o conhecimento de vocês, que será realizado nesta semana. O que aprenderão aqui não será ensinado durante o ano letivo. A razão de termos feito isso é apenas uma: garantir que o talento de vocês não seja desperdiçado. – Disse Dumbledore, assim que chegou ao grande salão – Vocês ficaram acomodados durante essa semana em um salão comunal feito especialmente para esta ocasião, e para as aulas, serão separados em duplas para o melhor desempenho de todos, visto que a matéria será de nível avançado. – Terminou Dumbledore, fitando cada rosto em particular, registrando as emoções que se passavam em cada um deles.


 


- Muito bem, deixem seus pertences e sentem-se – disse McGonagall, apontando para uma mesa no centro do grande salão que acabara de aparecer. – Vou chamar seus nomes, quero que venham até aqui na frente para que o chapéu seletor possa avaliar cada um de vocês e depois designar suas duplas. – Continuou a diretora da Grifinória.


 


Hermione, que estava sentada ao lado de Dino e Susana, olhava para Minerva com total atenção, como se sua vida dependesse somente daquilo.


 


- Dino Thomas – chamou McGonagall, o que o rapaz se levantou, foi até onde se encontrava a professora com o banquinho e o chapéu seletor usados nas seleções de inicio de ano letivo.


 


E assim a professora foi chamando aluno por aluno, a medida que o chapéu seletor apenas avaliava cada um. Ao final da “avaliação”, o chapéu se pôs a falar:


 


- Vejo que só mentes brilhantes estão aqui hoje, e as duplas serão as seguintes: Susana Bones da Lufa-Lufa com Córmaco McLaggen da Grifinória, Antônio Goldstein da Corvinal com Megan Jones da Lufa-Lufa, Dafne Greengrass da Sonserina com Dino Thomas da Grifinória, Téo Boot da Corvinal com Blás Zabini da Sonserina e finalmente, Hermione Granger da Grifinória Draco Malfoy da Sonserina. – Terminou o chapéu seletor


 


- Eu e quem? – perguntou Hermione dando uma de quem não havia escutado absolutamente nada.


 


- É, parece que você vai ter que aturar o arrogante do Malfoy – comentou Dino ao seu lado – Mas, se serve de consolo, pelo que sei essa tal de Greengrass só perde pro Malfoy no quesito de eu-sou-extremamente-chato-e-nojento.


 


-Ah, serve sim – disse a castanha se enfiando no banco onde estava sentada.


 


Hermione olhou para o lado e a primeira coisa que seus olhos registraram foi o olhar de Malfoy sobre si, e o mais incrível, não havia aquele tom de repulsa normal em seu olhar, havia algo diferente, talvez uma mistura de medo com algum outro sentimento não identificado pela castanha.


 


Foi servido então o almoço. Vários pratos diferentes, comidas com aparência extremamente apetitosa, o que deixou todos com fome. A sobremesa não ficou para trás, estava tudo com a melhor cara possível.


 


Assim que terminaram a refeição, o professor Snape se levantou e tomou a palavra:


 


- Alunos, por favor, sigam-me, vou lhes mostrar onde ficarão até o inicio do ano letivo.


 


Sem dizer uma palavra se quer, todos se levantaram e rumaram atrás de Snape. Não tardou a chegaram ao Salão Comunal em que ficariam. Snape disse mais algumas palavras e então saiu deixando que os alunos se acomodassem.


 


Todos foram então para os dormitórios que lhes fora indicado. Hermione foi até seu dormitório, mas não se demorou por lá, apenas checou seu malão e seus pertences e desceu então para o salão comunal. Ao adentrar o salão, ela se deparou com um Malfoy sentado a um canto sozinho, com cara de quem estava longe, imerso em pensamentos. Não querendo incomodar, voltou para seu dormitório, pegou um pedaço de pergaminho, sua pena e um tinteiro e então voltou para o salão comunal. Sentou-se em uma mesinha afastada de onde Malfoy estava e se pôs a escrever. Primeiro escreveria para seus pais.


Assim que terminou, foi para seu dormitório, pegou sua coruja, e entregou-lhe a carta para que ela a entregasse. Feito isso, voltou para o salão comunal, observou que Malfoy ainda se encontrava na mesma poltrona em que estivera mais cedo, e voltou a escrever, dessa vez para Andrew.


 


- Escrevendo para o namorado, Granger? – perguntou Malfoy, que se encontrava parado atrás dela, com um sorriso enviesado nos lábios.


 


- Malfoy, desde quando pra quem eu escrevo ou deixo de escrever é da sua conta? – perguntou Hermione, furiosa com o fato de o sonserino estar atrás de si bisbilhotando o que estava escrevendo.


 


- Olha Granger, será que não dava pra sermos um pouco razoáveis um com o outro não? – pergunta o loiro, calmo como se a castanha não houvesse dito nada.


 


- Malfoy pedindo trégua? É isso mesmo que estou ouvindo? – pergunta Hermione debochando do garoto.


 


- Olha, cansei dessas briguinhas idiotas, não sou mais criança pra ficar discutindo com você por qualquer besteira.


 


- Uau, me surpreendeu agora! Mas, já que vamos ter que trabalhar juntos essa semana, não vejo problemas, afinal de contas, não quero tomar bomba porque minha dupla é Draco-eu-odieo-sangues-ruins-Malfoy.


 


-... - Malfoy abriu e fechou a boca, achou melhor não dizer o que estava pensando. Deu as costas à castanha e saiu andando, indo em direção a saída do salão comunal. Hermione se sentiu mal por ter dito tudo aquilo, mas logo tratou de se lembrar que não deveria se sentir assim, afinal de contas, ele sempre a tratou mal e agora vem pedindo uma trégua?


 


“Ah, tem alguma coisa estranha nisso tudo, mas, ainda vou descobrir o que é” pensou ela intrigada com seus pensamentos e com as atitudes recentes de Draco Malfoy.


 


Já no finzinho da tarde, cansada de ficar trancada naquele salão comunal enquanto os outros estavam do lado de fora do castelo aproveitando o bom tempo, ela recolheu suas coisas, as colocou no dormitório e saiu.


 


Enquanto caminhava pelos corredores, solitária e pensativa, ao passar por uma sala de aula com a porta levemente aberta, escutou barulho de vozes, parou onde estava e por entre o que diziam conseguiu entender algo como “... só há um meio de desfazer isso, e você sabe qual é...” Imediatamente reconheceu a voz do professor Snape.


 


Ouviu então passos vindos em direção a porta, e rapidamente saiu andando na direção que ia antes.


 


Chegou ao jardim, onde os outros alunos conversavam todos juntos, todos, exceto um: Draco Malfoy.


 


Juntou-se ao grupo e a conversa que estavam tendo. Falavam sobre tudo, de estudos, férias, namoros, sentimentos, profissões, e vários outros assuntos.


 


Algum tempo depois, a sonserina chamada Dafne propôs que fizessem um jogo de perguntas e respostas, no qual usariam veritaserum, a poção que faz quem a bebe dizer somente a verdade.


 


- Onde conseguiu isso? – perguntou Susana, espantada com os três frasquinhos de poção na mão da sonserina.


 


- Trouxe de casa. Meu pai tem um estoque dela e não vai sentir falta disso aqui – a garota disse apontando os frasquinhos. – Faremos assim: giraremos um frasco vazio. A pessoa que ele apontar no lado da rolha, fará a pergunta, a outra responderá assim que tomar uma gota da poção. Vocês têm o direto de se recusar a responder, porém terão de cumprir um castigo que será escolhido pelo autor da pergunta. Certo? – e vendo que todos assentiram, ela pegou o frasco vazio e, murmurando um feitiço, colocou-o no meio da roda.


 


Imediatamente o frasco começou a girar em alta velocidade, e quando finalmente parou, uma das extremidades apontava para Hermione e a outra apontava para Antônio.


 


- Bom, eu pergunto – se pronunciou Antônio – Hermione, o que exatamente era o seu lance com o Krum, no 4º ano?


 


- Bom, essa eu respondo – disse a castanha pegando o vidro com a poção que Dafne estendia para ela e tomando uma gota – Ele basicamente ficava me vendo estudar, daí ele me convidou para o baile e acabamos nos beijando, nada a mais.


 


O frasco do meio da roda tornou a girar, parando com uma das extremidades apontadas para Dafne e a outra apontada para Blás Zabini.


 


- Blás, você já pegou alguém da Grifinória? Se sim, quem?


 


O moreno pegou o frasco com veritaserum, tomou uma gota e respondeu:


 


- Já, três pra ser mais exato, Gina Weasley, Lilá Brown e Parvati Patil.


 


Mais três rodadas de perguntas foram feitas até que chegou mais alguém para se juntar ao grupo.


 


- Posso? – perguntou Draco Malfoy indicando um lugar vago ao lado de Hermione, no que todos assentiram.


 


Continuaram com a brincadeira. Dino Thomas para Draco Malfoy.


 


- Malfoy, você pretende se tornar um Comensal? – A pergunta surpreendeu a todos.


 


- Não, nunca quis ser um, não que eu tenha escolha, mas... – respondeu o loiro após tomar a poção, surpreendendo a todos.


 


E assim ficaram até o céu começar a escurecer, quando entraram no castelo e foram direto para o Salão Principal, onde o jantar estava sendo servido.


 


Após a refeição, alguns foram para o salão comunal, Draco saiu em direção à biblioteca, e outros permaneceram no salão principal.


 


Hermione ficou andando pelos corredores, sem rumo, e acabou indo parar na biblioteca, como na maioria das vezes acontecia.


 


Encontrou Malfoy lá, sentado em uma mesinha, sozinho e sem fazer absolutamente nada, pelo menos nada que Hermione pudesse ver, e resolveu se aproximar.


 


- O que quis dizer com “não que eu tenha escolha”? – perguntou assustando o loiro.


 


- Com tudo que anda acontecendo, recebi uma missão do Lord a qual devo cumprir se quiser continuar vivo e preservar minha família, ou o que restou dela – ele respondeu simplesmente, fitando o chão com os olhos ardendo.


 


- Não há nenhum jeito, nada que alguém possa fazer para te ajudar? –perguntou ela comovida com a situação do sonserino a sua frente.


 


- Infelizmente, não, não há nada a ser feito, não enquanto eu não achar uma brecha no que me foi mandado – ele tornou a responder se levantando da cadeira onde estava sentando.


 


Hermione sem saber o que fazer, foi até ele e o abraçou.


 


Em um primeiro momento, Draco estranhou a atitude da castanha, mas retribuiu o abraço e assim ficaram por um bom tempo, sem dizer nada, apenas se reconfortando nos braços um do outro.


 


- Bom... Vou voltar para o salão comunal, já ta tarde e amanhã começam as aulas – Draco falou, afastando-se de Hermione meio sem jeito.


 


- OK, acho que também já vou indo. – e, dizendo isso, os dois saíram andando lado a lado até chegarem ao salão comunal, onde se separaram e foram cada um para seu respectivo dormitório.


 


Hermione adentrou seu dormitório, pegou uma toalha e foi direto ao banheiro. Ficou um longo tempo debaixo do chuveiro, repassando tudo que acontecera naquele dia, e constatando que Draco Malfoy não era o monstro que aparentava, afinal, como todo ser humano, ele também tinha um coração, certo?


 


Saiu do banho, vestiu uma camisola simples branca e se deitou. Iria dormir, já que no outro dia teria aulas, e pelo que sabia até agora, não seria moleza. E, pensando nisso, adormeceu.


 


Acordou cedo no outro dia, mais cedo do que o necessário tomou um banho, vestiu o uniforme, apanhou seu material, que se resumia a pergaminhos, pena e tinteiro, já que os livros seriam fornecidos pela escola, e desceu até o salão comunal. Lá encontrou Dafne, junto com Draco e Blás.


 


“Ótimo, o trio sonserino” pensou assim que se deu conta desse detalhe.


 


Rapidamente, se esgueirou pela passagem de saída, mas não sem antes ver Dafne acariciando os cabelos de Draco de forma extremamente carinhosa.


 


“É claro que eles não vão deixar de aproveitar o tempo praticamente sozinhos que tem, e eu não sou feita de parafina e muito menos tenho um pavio pra servir como vela” pensou divertidamente constrangida.


 


Caminhou lentamente até o salão principal e sentou-se a mesa ao lado de Téo Boot, um garoto loiro da Corvinal. Não demorou muito até o lugar ao seu lado ser ocupado. Não estava prestando muita atenção no mundo ao seu redor até ouvir alguém chamando seu nome:


 


- Hermione, bom dia – disse Antônio, que se encontrava ao seu lado – preparada para o primeiro dia de aula?


 


-Ah, oi Antônio! Bom dia pra você também – respondeu ela animada – bom, digamos que estou mais do que preparada.


 


Embarcaram em uma longa conversa, que logo contava com o outro corvinal também.


 


Foram os três juntos para a sala de aula da professora McGonagall, onde tiveram de se separar, afinal, estavam selecionados em duplas para todas as aulas, sem exceção.


 


Transfiguração seria nos dois primeiros períodos.


 


Nas primeiras carteiras se encontravam McLaggen junto com Susana Bones, e logo atrás, Dafne e Dino e então, ali sozinho, na terceira fila, encontrava-se Malfoy. Sem alternativa caminhou até a carteira ao seu lado e se sentou.


 


Durante toda a primeira aula o silêncio reinou entre os dois. Nenhum deles estava disposto a falar qualquer coisa depois do acontecimento da noite anterior.


 


A maior parte da mesma foi cheia de introduções, a professora McGonagall explicou sobre a transfiguração avançada, que consistia em transfigurar pessoas em animais e objetos. Somente no final dela é que começaram as tentativas. A professora havia pedido para que tentassem transfigurar a si mesmos em animais sem fazer o uso da varinha.


 


A primeira a conseguir sucesso foi Hermione que conseguiu ficar por alguns poucos segundos na forma de uma gata amarelo-enferrujada.


 


Todos ficaram impressionados e então Malfoy resmungou alguma coisa em tom de inveja, provocando uma crise de risos em geral.


 


- Quem diria, Hermione Granger não passa de uma gatinha inofensiva? – Zombou Malfoy tentando disfarçar a inveja e a admiração pela garota.


 


- Ah, cala a boca Malfoy. Você só está dizendo isso porque não consegue nem transformar um fio desse seu cabelo oleoso em macarrão – ela retrucou.


 


- Muito bem garotos, vamos conter os ânimos e continuar a praticar. – Disse a professora - E Granger, querida, ajude o senhor Malfoy a realizar o feitiço.


 


Enquanto o restante da classe treinava sem sucesso, Hermione intercalava entre tentar se transfigurar e a ajudar Draco a fazer o mesmo


 


Faltavam poucos minutos para o fim do segundo periodo quando, após poucos terem conseguido, Draco finalmente conseguiu transfigurar-se, surpreendendo a si mesmo quando notou que também era um gato, só que diferente da grifinória, ele era perfeitamente branco e de olhos acinzentados.


 


- Ficou com inveja Malfoy? – perguntou Hermione sorrindo travessa para o loiro a sua frente.


 


- É, mas não se preocupe te garanto que não ficou melhor que eu com essa forma. – disse ele sério.


 


- Muito bem, vejo que alguns de vocês não conseguiram obter êxito, mas para um primeiro contato, nada mal. Agora, espero que todos treinem a transfiguração para que na próxima aula eu possa lhes ensinar mais sobre a animagia. – Disse McGonagall – por ora, estão dispensados.


 


Hermione recolheu seus pertences e saiu da sala com Malfoy ao seu lado, conversando civilizadamente. Quem visse a cena ficaria, no mínimo, desconfiado.


 


- Agora teremos Poções, certo? – Perguntou Draco para Hermione que ainda dava risada lembrando-se de sua forma animal.


 


- Sim, agora temos aula com o Severus Seboso Snape – ela disse fazendo careta.


 


Ao chegarem à sala de poções, depararam-se com Snape, que tinha na face uma expressão zangada, e com o resto da turma já em seus lugares e com os caldeirões a postos.


 


- Espero que não andem como verdadeiras tartarugas daqui pra frente. Estão atrasados, e, ao menos que um de vocês tenha uma explicação muito boa, o que certamente não tem, farão um trabalho extra de 2 metros de pergaminho sobre o que irei passar agora.


 


Sem dizerem nada, os dois foram em direção às carteiras que estavam vagas, pegaram um caldeirão e sentaram-se.


 


- Hoje falaremos sobre umas poções curiosas, que poucos bruxos conseguem ministrar com cem por cento de êxito. – Snape desatou a falar. – Algum de vocês saberia me dizer o nome de uma poção que os levaria de volta a um ponto determinado do passado ou até mesmo do futuro, mesmo em uma época em que ainda nem sonhavam existir?


 


A mão de Hermione, treinada, subiu no ar.


 


- Sim senhorita?


 


- A poção Mumentun, é como o senhor diz uma poção que nos leva a um ponto determinado do passado, independente de termos vivido nele ou não ou em um ponto do futuro, independente de estarmos vivos até lá ou não. Essa poção causou grandes estragos na vida de muitos bruxos que descobriram aquilo que não deviam e tiveram um fim terrível. É extremamente complexa, e hoje em dia é impossível ministrá-la por dois motivos: o primeiro é que um de seus ingredientes é uma erva que foi extinta, e segundo, porque o ministério a proibiu.


 


- Muito bem senhorita Granger. E alguém saberia me dizer o nome de uma poção que proporcionaria a quem a beber, uma ilusão tão forte de seu maior desejo que esta acabaria enlouquecendo ao passar o seu efeito?


 


- É a poção Perfecta Ilusion, professor, ela causa a ilusão do desejo mais intimo da pessoa, tão forte que abala o psicológico de tal maneira, que, assim que o efeito passa, quem a tomou pode ficar louca. – respondeu McLaggen.


 


Com o decorrer da aula, Snape mandou que preparassem a poção Perfecta Ilusion, mas ninguém, nem mesmo Hermione e Draco, os melhores alunos em poções conseguiram terminá-la corretamente. Snape passou um trabalho para a turma toda, e para Hermione e Draco, passou como trabalho extra, por causa do atraso, uma pesquisa sobre as poções citadas na aula.


 


Tiveram um período livre após a aula de poções e então foram almoçar.


 


Após o almoço, tiveram dois períodos de Feitiços e um de Defesa Contra as Artes das Trevas, nos quais Hermione e Draco se saíram bem, convivendo de forma menos agressiva do que se poderia imaginar.


 


- Iremos fazer o trabalho do Snape quando? – perguntou Draco assim que entraram no salão comunal.


 


- Que tal depois do jantar, podemos passar na biblioteca, pegar alguns livros e podemos fazer aqui mesmo, tudo bem pra você? – Hermione respondeu.


 


- Por mim, tudo bem, nos vemos no jantar então. – ele se despediu lhe dando um beijo no rosto.


 


- Ok, nos vemos no jantar. – disse ela, estranhando a última atitude do loiro, mas ficando contente com a mudança dele em tão pouco tempo.


 


Subiu para seu quarto, colocou sua mochila sobre a cama, pegou uma toalha e foi para o banheiro. Tomou um banho rápido, vestiu uma calça jeans, uma blusinha verde de alça com uma jaqueta preta por cima e calçou um tênis.


 


Desceu para o salão principal, onde todos já estavam reunidos a mesa e o jantar acabava de ser servido. Sentou-se ao lado de Dino e McLaggen, seus companheiros de casa. A sua frente se encontrava Draco, ladeado por Dafne e Blás.


 


Assim que terminaram o jantar, Draco e Hermione saíram juntos em direção a biblioteca, onde pegaram vários livros que continham detalhes sobre as duas poções citadas na aula e então partiram de volta ao salão comunal.


 


- Qual das duas você prefere pesquisar? – perguntou Hermione.


 


- Se você não se importa, gostaria de pesquisar sobre a Perfecta Ilusion. – respondera Draco.


 


- Tudo bem, você fica com a Perfecta Ilusion e eu com a Mumentun.


 


Cada um pegou um livro e se pôs a ler. Quando finalmente encontraram algo que parecia realmente útil, pararam para analisar e discutir sobre o assunto.


 


Apesar de a redação a ser feita pelos dois ser de dois metros, não demoraram muito para terminar.


 


Resolveram então ficarem conversando como se fossem velhos amigos, falaram de vários assuntos úteis e inúteis, até que Hermione fez uma pergunta crucial:


 


- Draco, o que exatamente você terá de fazer para proteger a si mesmo e a sua família?


 


- Não posso lhe contar sobre isso Hermione, mas só te peço uma coisa, afaste-se de mim se não quiser sofrer também – ele disse com pesar.


 


Ela ficou calada, sem saber o que fazer. Resolveu então que era hora de ir pra cama e pensar em uma maneira de por as coisas no lugar, por os pensamentos em ordem e quem sabe, se conseguisse, dormir.


 


- Vou me deitar, acho que chega por hoje. – Ela disse tentando disfarçar que havia ficado chateada com o que ele dissera, sem sucesso.


 


- Obrigado por se preocupar, mas por favor, não quero envolver mais ninguém nisso... Desculpe. – Ele disse.


 


Ela então se levantou e foi para seu dormitório. Ficou surpresa quando se deparou com Clair, sua coruja, com dois pergaminhos amarrados ao pé direito. Um deles era de Andrew, o outro de Harry e Rony. A primeira dizia:


 


Hermione querida;


 


E ai, como vai indo o curso? Estão aprendendo sobre o que? Ah, tenho novidades para você, chegou hoje minha carta com lista de matérias e uns negócios sobre minha transferência. Estou morrendo de saudades de você, nem parece que te vi há dois dias, mas, o que importa é que domingo a gente se encontra!


 


Beijos, com carinho


 


Andrew


 


Terminou de ler sorrindo. Andrew era muito fofo, e apesar de conhecê-lo há apenas dois anos, quando fora para Portugal com seus pais e de tê-lo visto apenas outras três vezes em que ele viera até a Inglaterra em períodos de Férias, ela o considerava muito.


 


Abriu então a carta de Harry e Ron.


 


Mi!


 


Ta tudo certo por ai? Cara, nós estamos morrendo de vontade de estar ai com você, tirando a parte dos estudos avançados, ia ser ótimo! Ah, falando nisso, como é esse tal curso? Estamos curiosos para saber mais sobre isso!


O Harry ta aqui em casa, por isso estamos mandando uma carta só, minha mãe está lhe mandando um beijo, diz que está com saudades. A Gina diz que tem novidades para contar e que quer saber de tudo sobre o que anda acontecendo ai em Hogwarts essa semana. Fred e Jorge mandam abraços e dizem que te enviaram um kit mata-aulas. Papai manda um abraço.


Bom, esperamos que esteja tudo bem por ai. Ah, e sobre seu amigo, o tal do Andrew, estivemos conversando com ele, e, apesar do cara ter parecer convencido de mais, achamos ele gente boa.


Prepara-se, porque semana que vem a gente vai estar ai pra te atormentar de novo!


 


Beijos e abraços


 


Ron e Harry


 


 Terminou de ler e guardou-as, iria responder no outro dia, agora esta tarde e ela estava morrendo de sono. Colocou sua camisola e se deitou, adormecendo quase que instantaneamente.


 


O resto da semana foi um pouco conturbado, Draco e Hermione estavam cada vez mais próximos, o que causou certa curiosidade nos demais alunos, e juntos se esforçaram ao maximo. Na sexta feira, ultimo dia do tal curso, eles fariam uma avaliação teórica do que aprenderam naquela semana.


 


Durante os períodos da manhã, fizeram as avaliações de Poções, Defesa Contra as Artes das Trevas e Feitiços. No primeiro período da tarde ficaram com Transfiguração e tiveram o restante da tarde livre após a avaliação, o qual utilizaram para ficar um pouco no lago.


 


Draco ficou pouquíssimo tempo no lago com os outros e logo voltou para dentro do castelo. Hermione, ao notar que ele havia saído dali, o seguiu.


 


Chegou ao salão comunal e o encontrou sentado a um canto, com a cabeça baixa, demonstrando estar pensativo.


 


- Draco, aconteceu algo? – Ela perguntou se aproximando dele


 


- Desculpe, tentei evitar, mas vou ter que fazer isso – ele disse se levantando e se aproximando dela.


 

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