Capítulo primeiro



Um lugar chamado Hogwarts.


 


Capítulo primeiro.


 


Estava tendo o mesmo sonho novamente. Fazia anos que não acontecia. Eu já o havia decorado. Lily aparecia em meu quarto, dizendo que desistira da viagem. O sonho era realmente magnífico e sei que não consigo me livrar dele, em parte, porque não quero. Só que desta vez, justamente no momento em que ela me beijava, foi interrompido..


Meu telefone começou a tocar a música tema de Missão impossível. Abri os olhos e vi os cabelos loiros de Sally ao meu lado. Virei para o outro lado tentando retirar a cabeça de minha namorada de cima de meu peito sem acordá-la.  Peguei meu óculos e o celular, aquele toque era dos marotos. E desta vez era Remus quem ligava.


- Já acordou? – A voz de Remus fez meu tímpano vibrar.


- Você acabou de fazer isto. – Falei um pouco ranzinza, saindo do quarto para não acordar Sally. Deus sabe como ela fica mal humorada quando eu a acordo.


- Não, meu caro amigo. – Remus ria ao telefone. Era muito bom ouvir seu sotaque britânico, mesmo sendo tão cedo. Fui em direção a cozinha do apartamento de Sally. – Eu já acordei faz um tempão.


-Ah! Você entendeu, Aluado. – Comecei a tarefa árdua de procurar café nos armários demasiadamente organizados de Sally. – Você me acordou. Espero que tenha um bom motivo para ter interrompido meu sonho.


-Não me diga que estava sonhando com Lily novamente? - Deixei cair o bule no chão. Falei um palavrão. Sally não tem cafeteira, porque não acha sofisticado o suficiente. – O que está acontecendo aí? O que você deixou cair?


- Deixei a chaleira cair no chão. Será que você pode mudar de assunto? Sally pode acordar a qualquer momento. – Olhei para a porta do quarto, nem sinal de Sally. Por sorte a queda da chaleira não a acordou. Comecei a colocar a água para ferver e sentei-me no balcão da cozinha enquanto esperava.


- Já disse que você precisa de um tratamento, certo? – Ouvi meu amigo falar num tom de fingida preocupação do outro lado da linha. - Onde você está? Na casa de Sally?


- Estou.-  bocejei. Não sou de acordar tarde, mas havia ido a um desfile de Sally no dia anterior. – Ela ainda está dormindo, ontem teve um desfile.


- E quando você volta para a Espanha?


Olhei para o relógio da cozinha de Sally. – Na verdade deveria estar dentro de um avião neste momento. – a chaleira começou a apitar e eu comecei a passar o café. – Está falando com um cara morto.


-Não sei como você ainda não foi expulso do time. – Ele estava obviamente debochando de meu drama.


-Você me ligou só para me dizer isso? – Perguntei depois de uma golada de café. Teria de ligar para meu treinador e inventar uma desculpa.


- Você tem o mês de junho livre? – Era o fim da temporada. Minhas merecidas férias. Ele sabia que sim. Fiz um som afirmativo no telefone. – Ótimo, então você virá para Hogwarts.


- Para visitar meus pais? – Falei pensativo, eu sempre vou a Hogwarts em Junho. Aliás, sempre que o futebol e Sally permitem eu vou a Hogwarts.


- Não. Para o meu casamento. – Esta sim foi uma notícia chocante. Aliás, a notícia mais chocante que recebi desde de que Marlene trocou Sirius por Amus há três anos atrás.  – E você vai ser padrinho.


- Você vai se casar com a Tonks? –Sei que parece idiota perguntar se meu amigo vai se casar com a namorada de dois anos, mas nunca se sabe. Se tratando de meus amigos, nunca se sabe mesmo.


Levando em conta que Sirius depois de seis anos de namoro com Marlene, levou um fora do qual diz estar recuperado, mas nunca mais voltou a Hogwarts certamente para não esbarrar com ela. Ou com Amus. Ou o pequeno filho deles. Que Peter até hoje, com seus vinte e dois anos, não conseguiu conquistar o amor de uma mulher que não a da própria mãe. E que eu ainda sonho com alguém que não vejo desde de meus dezessete anos. Tudo pode acontecer.


E não estamos falando de um relacionamento normal. Remus namora Ninphadora Tonks, filha de Andrômeda que é prima de Sirius. Este, aliás, deu um soco no Aluado na primeira vez que viu os dois se beijando. Se não bastasse isso, Remus é o professor mais jovem do colégio de Hogwarts. Isso quer dizer que quando começaram o namoro, ele era tecnicamente professor dela. Algo completamente incompreensível para algumas pessoas.


- Com quem mais eu me casaria? – Suspirei aliviado. – Sirius já confirmou presença. Quero os marotos de padrinhos. Você vem, certo? Sally também está convidada.


A relação de Remus e Sally era um pouco conturbada. Aliás, a relação de Sally com o mundo era meio tempestuosa.


- Aluado, Sally está com a idéia fixa de um anel de compromisso desde que uma amiga dela ganhou um. – falei baixo para caso minha namorada estivesse acordada. – Até que esta idéia passe não vou mencionar seu casamento.


- Mas aceita o convite? – Ele perguntou mais uma vez. Como se existisse realmente a possibilidade de eu recusar.  Ouvi alguém falando alguma coisa com meu amigo. – Tonks está te mandando um beijo.


- Mande outro para ela. – Sorri. Tonks era uma pessoa extremamente formidável. –Não iria deixar o altar desfalcado, Aluado, claro que aceito. – Suspirei cansado. – Agora tenho de ir, vou ter de tomar banho, chegar ao aeroporto, implorar por um bilhete  Milão- Madri e inventar uma desculpa para meu técnico em meia hora.


- Boa sorte! – Ele desejou, debochando de mim novamente.


- Parabéns. Até Junho! – Desliguei o telefone.


Entrei no banheiro de Sally desejando que ao dormir no avião meu sonho pudesse continuar de onde parou.


 


Estava trabalhando em meu mais novo projeto. A capa do DVD da banda do momento. Liguei o som e fiquei ouvindo as músicas com letras românticas de mais para meu gosto. De alguma forma esperava que aquilo me inspirasse. O vocalista da banda, Bill, tinha me dado liberdade para criar.


Joguei-me no sofá e fechei os olhos como se assim a música conseguisse melhorar. No entanto, meu celular começou a vibrar me despertando para a realidade. Ainda deitado no sofá, li no visor que era James.


-Te vi na televisão ontem. – atendi o telefone. Ele apenas riu. – Muitos repórteres te perseguindo depois da goleada?


- Um pouco de tumulto. – Ele respondeu tentando parecer modesto. O time dele havia feito sete gols no adversário. Provavelmente ele seria nomeado mais uma vez o melhor do mundo. – Sally está me ligando de seis em seis minutos.


- Ah! Pontas, ela gosta de ser o centro das atenções. – Ri no telefone. Não sei como meu amigo suporta namorar Sally. Certo que ela é linda, mas não conseguiria falar mais nada de bom. – Ela gosta quando os repórteres perguntam sobre sua namorada modelo e não sobre sua carreira.


- Eu sei. – e o pior é que ele sabe mesmo. – Escuta, estou te ligando porque o Aluado me ligou um dia desses...


-Vamos ser padrinhos de casamento. – Encurtei a história.


- Estou passando aí na sua casa para conversarmos sobre isso.


- Você está em Londres?- Nunca se sabe se ele disse passar em minha casa num sentido abstrato. Estamos falando de James, o cara que insiste em namorar Sally, dentre outras coisas incompreensíveis.


-Estou no aeroporto, dentro de algumas horas passo na sua casa. – Ele fala como se estivesse indo comprar pão na esquina. Não que ele não costumasse me visitar, mas ele estava estranho.


- E se eu estiver trabalhando? – afinal eu estava mesmo começando a ter idéias para a tal capa de DVD. Caveiras apaixonadas para ser mais exato, acho que a banda tinha que ganhar algum estilo, se não era na música, pelo menos na capa.


-Corta essa, Almofadinhas. – ele riu. Sei que ele pensa até hoje que dinheiro brota em árvore. O dele brota. – Estou passando aí, tenho de desligar.


Desliguei o telefone. Fiquei um tempo no sofá ouvindo a música e pensando no que James poderia querer. Depois fui para o computador começar a desenhar as caveiras. Tentei fazê-las semelhantes a banda, caprichei na versão osso de Bill.


Marta veio até mim dizer que havia terminado o serviço. Uma vez por semana ela vem limpar e organizar a zona em que vivo. Fui até a sala pegar minha carteira para pagar a ela.


- Puxa, será que o senhor não podia me passar essas músicas? – Olhei para aquela senhora baixinha e redonda. Era por causa de pessoas como ela que Bill fazia dinheiro. Resolvi colocar cabelo nas caveiras.


- Peço um DVD autografado para você, Marta. – Dei o dinheiro e ela saiu fechando a porta atrás de si.


Olhei meu relógio e percebi que James já deveria ter chegado. Suspeitando que ele pudesse ter pego um vôo errado para o Japão, peguei meu celular.


- Já está falando japonês?- falei quando ele atendeu o telefone. Tinha muito ruído na ligação. Devia ter uma multidão perto dele.


- Almofadinhas, qual a probabilidade de você vir me salvar aqui no aeroporto? – Prestei bastante atenção na palavra salvar. Tenho certeza absoluta que ele não disse buscar.


-Eu diria que nula. – Falei completamente sério.


- Certo. – ele riu. – Estou te esperando. Não demore.


Desliguei o telefone, que logo começou a tocar novamente. Era Bill. Resolvi que era muito para um homem só ter de salvar James e conversar com Bill, sem revelar o que realmente acha de sua música. Não atendi.


Peguei minha carteira, minha jaqueta de couro que estava jogada no braço do sofá e as chaves. Não tinha a capa do Batman, mas ia ter de servir. Tranquei meu apartamento e tive a sorte do elevador estar parado no andar de cima. Apertei o botão e esperei menos de um minuto para que a porta se abrisse.


Barbie estava dentro do elevador. Não, este não é o nome dela. Foi apenas o apelido que James deu a minha vizinha da última vez que esteve em minha casa. O que me fez lembrar o quanto ele escolhe os piores momentos para aparecer.


- Sirius!- Ela disse ajeitando os longos cabelos loiros escovados. – Nem parece que somos visinhos. Quanto tempo não nos vemos?


- Muito tempo, realmente. – Sabia que não era uma boa me envolver com pessoas que moram tão perto. Mas ela é realmente um monumento. Uma pena que não lembro o nome dela.


Tive sorte, pois entraram duas crianças no andar de baixo, elas faziam tanto barulho que impossibilitariam qualquer conversa entre mim e Barbie. Chegando ao térreo fui direto para o estacionamento pegar a minha moto. Coloquei o capacete, fiz o motor roncar e em poucos minutos estava nas ruas de Londres.


Dez minutos depois de esperar James aparecer no estacionamento do aeroporto resolvi corajosamente ligar para ele.


-Está chegando? – Mal conseguia escutar o que ele dizia.


- Eu estou aqui. – Disse quase berrando para que ele me escutasse. – Onde você está?


- No primeiro amontoado de gente que você encontrar. – ele parecia exasperado. – Só que estou no meio.


E desligou o telefone.


Soltei da moto e expliquei a situação para os guardas na porta do aeroporto.  Eles não pareciam felizes em me ajudar, mas ao ouvir o nome James Potter tudo melhorou. Montamos um plano.


Os guardas cercaram o local onde James estava sendo, certamente, pisoteado por mais de 50 pessoas, principalmente mulheres. Eu fiz minha entrada triunfal de super herói na minha moto. Com medo de serem atropeladas as pessoas se afastaram e James pulou na garupa. Sou realmente um gênio.


Ainda bem que estava de capacete ou meu lindo rostinho iria estar na primeira página dos jornais do mundo no dia seguinte.


 


Não sei quem inventou o despertador. Espero que nunca me contem também, ou este será um cara morto. Bom, provavelmente terei de matá-lo pela segunda vez. O fato é que tive de comprar um depois do meu décimo atraso neste mês.


Parei de lutar contra a coisa sobre a minha cômoda e me levantei. Fui ao banheiro escovei os dentes, penteei o cabelo e vesti a primeira roupa que vi pela frente. Não vejo a hora de pegar meu carro de volta na oficina, se tiver que passar mais um mês indo para o trabalho de ônibus acho que não sobreviverei.


Desci as escadas do apartamento já que nunca dou sorte com o elevador. Ao chegar já escarlate ao térreo, sou recepcionada por meu porteiro.


- Lily...- Diz o pobre John. Não o deixo completar a frase.


-Já sei, as cartas.... Amanh.. – Agora é ele quem não me deixa terminar. Joga 10 envelopes na minha mão.


Coloco minha correspondência na bolsa e saio para a ensolarada Califórnia. Sei o que muitos pensam das pessoas que moram na Califórnia. Mas o único efeito que o sol me causou desde de que meus desequilibrados pais resolveram se mudar para cá, foi me preocupar para não contrair um câncer de pele.


Sou ruiva demais para o sol. Tenho coordenação de menos para o surfe. E sou chata demais para lidar com as pessoas bem humoradas daqui. Eu poderia dizer que não me adaptei à Califórnia, mas já moro aqui a tempo demais para ter esta desculpa.


Olhei para o relógio. Já estava dez minutos atrasada. Derrotada decidi tomar um café antes de pegar o ônibus. Pelo menos quando namorava com David tinha carona. Uma pena que esta seja a única coisa boa que eu possa me lembrar de nossa relação.


Sentei-me na cafeteria que ficava de frente para meu apartamento. O garçom de lá, já meu amigo, me trouxe um capuchino e pães de queijo. Um pouco menos infeliz peguei minha correspondência em minha bolsa.


Muitas contas. Um cartão de meus pais que faziam sua volta ao mundo. Uma carta de Petúnia. E uma carta... Bom, uma carta do Howarts News.


Levei alguns minutos admirando o envelope até ter coragem de abri-lo. Estavam me convidando para trabalhar no jornal da cidade. Eu poderia ser editora chefe. Ganharia mais e teria mais status que aqui na Califórnia.


Realmente ultimamente tudo me levava a Hogwarts. Meu avô me deixou de herança sua casa no centro da cidade. Finalmente tomei coragem para romper com David. E agora esta oferta de emprego?


Provavelmente poderia ir para o trabalho a pé.


Refleti mais um pouco e pensei em como fiquei triste de ter de abandonar Hogwarts aos 17 anos. Minha escola. Minha melhor amiga, que hoje me manda um email a cada seis meses. E James Potter.


Não que eu tenha qualquer ilusão sobre ele. Ele faz questão de esfregar na minha cara quase todos os dias, o quão feliz está com sua vida. Namora uma modelo. Ganha rios de dinheiro. Está prestes a ser o melhor jogador do mundo pela terceira vez consecutiva.


 Mas ainda assim minha memória de Hogwarts estava intimamente ligada a ele. Tentei imaginar a cidade onde fui criada sem James, mas desisti. Ele agora morava na Espanha.


Quem sabe não era a hora de voltar para Hogwarts?


 


Sirius está fingindo irritação por ter me dado uma mãozinha no aeroporto. Se eu já não o conhecesse, deixa eu ver, a  minha vida inteira, talvez acreditasse nele. Mas, sendo eu seu quase irmão, sei que ele vibrou ao entrar de moto no piso encerado do aeroporto.


Depois de que achamos seguro, subimos para o apartamento de Sirius. Era melhor não arriscar um pub. Tinha certeza que Marta havia passado recentemente pelo lar de meu amigo, ou eu não encontraria facilmente o controle da televisão.


- Você veio para minha casa para assistir TV? – Ele perguntou ainda fingindo irritação com a história do aeroporto. Coloquei no canal esportivo que passava o jogo com meu próximo adversário e joguei-me no sofá.


Ele murmurou alguma coisa e disse que pediria uma pizza.  Enquanto ele foi ao telefone pude analisar algumas jogadas do meu rival.


-Em dez minutos teremos pizza e cerveja. – Sirius disse já desistindo de fingir irritação. Jogou-se no sofá ao meu lado.


-Eu não bebo quando estamos em temporada. – Perdi a conta das vezes que disse isso para ele.


- Melhor. – ele sorriu radiante. – Sobra mais para mim – perdi a conta de quantas vezes ele me disse isso.


Na hora do intervalo do jogo a pizza chegou. Abrimos na mesa da sala mesmo e começamos a devorá-la.


- Então o que você queria me dizer? – Sirius perguntou com a boca cheia.


- Só achei que a notícia do casamento do Remus merecia uma visita. – além do fato de que estaríamos de volta a Hogwarts.


- Não está tentando me dizer que gostou da idéia, está? – Bom, na verdade, eu gostei. Sempre achei que apesar dos problemas iniciais, Remus foi o mais sortudo na vida amorosa.


- Por quê? – quase engasguei. – Sei que você sente ciúmes de sua prima, mas o Remus, bom, ele é o Aluado.


-Disso eu sei. Se ela tem mesmo que casar, eu não escolheria outra pessoa que não o Remus. – Isso me magoou um pouco. Ele não confiaria a prima a mim? Mas pelo menos ele não estava planejando socar nosso amigo Aluado outra vez. -  Estou dizendo que talvez possa ter passado pela sua cabeça se casar com Sally?


Nem brincando.


- Por quê? Você seria o padrinho? – falei sarcástico, sendo atingido por uma almofada.


- Será que dá pra desembuchar logo? – certo agora sim ele estava ficando irritado.


- Eu só queria saber como você estava. – disse de uma vez, ou ele não me deixaria ver o segundo tempo do jogo. – Com isso de voltar a Hogwarts. Rever Marlene...


Acho que nunca citei o nome de Marlene desde de que ela se casou com Amus. Não para o Sirius pelo menos.


-Ah! - ele só disse isso. Encarei como um prossiga, mas não toque no nome dela.


- Achei estranho que logo no dia que Remus me ligou...- hesitei por um momento. – bom, eu estava tendo aquele sonho novamente.


- Com a Lily? – ele arregalou os olhos.


- Sim. – disse de uma vez. – E desde de então ando sonhando todo dia.


- Você precisa de um médico. – gosto do jeito que meu melhor amigo me compreende. – Você namora uma modelo internacional!


- Você não gosta da Sally. – o acusei.


- Bom, pelo menos ela é real. -  ele disse cruelmente.


O jogo recomeçou e ficamos em silencio assistindo enquanto comíamos. Sirius havia pedido cerveja para quatro e não para duas pessoas. E após consumir todo aquele álcool sozinho começou a falar.


- Não queria rever Marlene. – ele disse serio. Serio e triste demais para Sirius.


-Você vai conseguir, cara. – sinto-me responsável pelo fato de Sirius ter ficado tão mal. Afinal fui eu quem pedi para que ele começasse a namorar Marlene para começo de conversa. – Na realidade, acho que é isso que você precisa para superar ela de vez.


- Eu ia chamar ela pra vir morar comigo aqui em Londres. – ele nunca falara sobre isso comigo, e acho que com ninguém. – Eu falei que tinha arranjado um emprego aqui e ela disse que era melhor nós terminarmos.


- Sinto muito. – lembrei de que no dia estava numa festa comemorativa do fim do campeonato. Remus me ligou e contou que Sirius ficara arrasado. Liguei para Marlene imediatamente e ,bom, disse coisas horríveis para ela. Isso acho que não devo contar para Sirius.


-Logo depois se casou com aquele Amus e teve um filho com ele. – não sabia que ele tinha conhecimento de que eles tiveram um filho.


- Tive uma idéia. – acho que o aroma da cerveja me inspirou. – Leve a Barbie com você e a esfregue na cara de Marlene.


- Pontas, por favor, quer parar de fazer piada. – ele disse rindo.


-  Estou falando sério. – E estava mesmo. Eu sou um gênio.


-Pontas, você não fala sério. Nunca. Ou pelo menos nunca deve ser levado a sério. – ele disse, mas estava rindo. Acho que existe a possibilidade de que leve a Barbie, se pelo menos descobrir o nome dela. – Você vai ficar quantos dias aqui?


- Dois. – Sally estava insuportável com a nova coleção de primavera. – Depois tenho de treinar. Se quiser eu dou um jeito de descobrir o nome de Barbie para você.


- Deixa a Barbie comigo, seu idiota. – Ele disse arremessando outra almofada sobre mim. O jogo estava acabando.


Sirius me contou sobre o novo trabalho dele. Um tal de Bill,  vocalista de uma banda famosa da qual nunca ouvi falar. Tem gosto para tudo nesta vida. Ele ia no show de gravação do DVD deles amanhã, revolvi que poderia aparecer por lá disfarçado.


 


Nota da autora:


 


Aqui estou eu com o primeiro capítulo. Espero sinceramente que gostem.  Algumas explicações importantes: Desde de o beijo já se passaram seis anos, Lily passou estes seis anos na Califórnia, James circulando pela Europa e ganhando rios de dinheiro como jogador de futebol e Sirius em Londres como designer. O resto vocês irão entendendo aos poucos.


Espero que gostem. COMENTEM, por favor!


Lizzie Bowen: Você sabe que fico mt feliz que acompanhe minha fic, certo? Beijinhos e muito obrigada!



bjs


Ju

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