Um pedido especial
Harry voltou antes mesmo de Hermione acordar. Esperou feliz, aproximadamente uma hora, até que ela acordou. Obviamente, lhe questionou sobre o que dissera na noite anterior e, obviamente, Harry não respondeu. Disse para ela comer e tomar banho primeiro.
Feito isso, Hermione novamente o questionou:
- Vamos, Harry! O que você queria fazer? Momento certo para que?
- Bem... Depois da conversa que tivemos ontem, tomei uma decisão – disse ele, sentando-se ao lado de Hermione. – Era uma coisa que há muito tempo queria fazer, só estava esperando o momento certo.
- Isso ficou claro, mas o momento certo para que?! – perguntou ela, meio impaciente.
- Muita calma, amor – disse Harry, sorrindo novamente – Sabe, eu me sinto na necessidade de fazer um breve discurso.
- Aff, Harry, menos – disse ela.
- Eu sei, estou brincando – Harry falou.
-Então fale logo de uma vez! – exclamou ela.
- Ok – respirou fundo e soltou à bomba – Eu gostaria de saber se você quer – parou no meio do caminho.
- Se você quer... – repetiu ela. Parece que entendera. Harry pegou na sua mão.
- Se você que casar comigo? – pronto, fim de papo. Harry mostrou a ela o tesouro que tinha comprado na noite anterior, o anel mais bonito que achara. Hermione sorriu, de orelha a orelha, e seus olhos brilharam de alegria, de um jeito que não brilhavam há tempos.
- Se eu quero?! Claro que sim! – respondeu, entusiasmada. Harry então a beijou.
Quando finalmente se soltaram, Harry colocou um dos anéis no dedo dela. Ela, então, fez o mesmo com o outro.
Então, Harry se deitou junto ao corpo da noiva. O acontecimento tivera o efeito que Harry esperava. Mesmo estando deitada em uma cama de hospital, presa por diversas agulhas e aparelhos, com risco de morrer, ela estava novamente feliz, e mais feliz do que já tinha sido. Era isso que Harry queria. Transformar aquele quarto de hospital em um cantinho feliz e especial.
Ficaram ali por quase uma hora. Até que uma enfermeira entrou, e Harry pulou assustado da cama. A enfermeira olhou desconfiada, e Harry alegou que iria tomar um lanche. Hermione ria quando ele saiu.
Caminhou pelos corredores claríssimos do hospital pensando no que acabara de fazer. A partir dali, tinha tudo para ser o homem mais feliz do mundo e tornar Hermione a mulher mais feliz do mundo. Isto é, se o tratamento desse certo. Harry odiava pensar o contrario.
Encaminhou-se a lanchonete. Tinha apenas uma vaga consciência do lanche que escolhera e quantos galeões entregara a caixa. Isso não importava. A única coisa que queria que, ultrapassava qualquer amor a si próprio, era fazer Hermione feliz. Vê-la progredir, cair, derrotar, avançar, ser detida, enfim, estar com ela nos momentos felizes, para eles dividirem essa felicidade, e nos momentos triste, para, juntos, reunirem forças para voltar e lutar.
Harry conhecia bem essa área. Tivera que dispor de muito poder para se levantar, e de muita força para não cair na época da luta contra Voldemort. Tivera que aprender a domar seus sentimentos, pensar no grupo, ao invés de em si próprio, controlar seu poder e saber como lutar sem desistir.
Era isso que Harry tentava ensiná-la e o que ela o lembrava às vezes. Talvez fosse essa sintonia que os fizesse um casal tão feliz, que se entende tão bem em todos os momentos.
Foi desviado de seus pensamentos de reflexão por uma voz que chamava seu nome:
- Sr. Potter! Sr. Potter! Sua amiga esta vomitando sangue aos montes e o medico quer vê-lo! – a enfermeira gritou.
Harry largou o sanduíche na metade e saiu veloz em direção ao quarto de Hermione. Entrou de uma vez no quarto e o percebeu que nada podia prepará-lo para a cena que estava vendo.
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