Problemas



                                               1. Problemas


 


 


  Harry estava bem. Trabalhava, há três anos, no Ministério da Magia e finalmente, depois de superar a morte de Gina, encontrara o amor que sempre estivera com ele, mas nunca se dera conta disso. Sim, Hermione, a amiga e atual namorada mais dócil do mundo.


  Mas quem dera que tudo fosse luz na vida pós-guerra de Harry Potter. Hermione havia tendo, de uns tempos pra cá, freqüentes tonturas e alguns desmaios. Harry insistia para levá-la ao medico, mas a teimosa negava-se a aceitar, alegando não ser nada de mais.


  Tudo isso era, segundo a Srta. Granger, por causa da pressão causada no trabalho. Ela, como Harry, trabalhava no Ministério, só que era a responsável pelo setor de julgamentos. Harry a via passar noites em claro organizando fichas e papeis de cores diferentes que ele no tinha a menor idéia para que servissem. Isso, definitivamente, fazia mal a ela.


  Mas a exceção a tudo isso estava próxima. Dali a alguns dias Hermione teria permissão de tirar férias por uma semana, e Harry faria o mesmo. Ela pretendia passar essa semana no apartamento de Harry, beneficio conseguido depois de muitos acordos com a Sra. Granger.


  E, como num piscar de olhos, acordou com Hermione deitada ao seu lado.


  Sua expressão era doce. Talvez, por falta de tempo e oportunidade, nunca apreciara como era bonita dormindo. Todos aqueles traços, perfeitos aos seus olhos, eram a face de um anjo.


  Um súbito aumento em sua freqüência respiratória indicou que acordara.


  - Desculpe – sussurrou – Não quis acordar você.


  - Não há problema algum – ela respondeu, com a voz fraca.


  - Você está bem? – perguntou, preocupado.


  - Não sei, estou me sentindo meio... Exausta e tonta.


  - Não é possível, você dormiu mais de doze horas – disse, colocando a mão em sua testa. Ela estava ardendo em febre. – Hermione, você está queimando!


  - Estou?


  -Sim!


  - Talvez eu deva... Tomar um banho para ver se há alguma melhora – ela disse


  -Tem certeza? Não prefere ir a um medico? – perguntou


  -NÂO, quero dizer, não é necessário.


  -Se você prefere assim, não posso fazer nada.


  Talvez o banho fosse mesmo fazer ela se sentir melhor. Harry esperou pacientemente por ela na cama, ate que ouviu um barulho de algo se quebrando.


  Resolveu ver o que era. Não conseguiu conter um grito baixo de pavor quando entrou no banheiro. Hermione estava desmaiada ao lado do que deveria ser a porta de vidro, mas que fora reduzida a estilhaços.


  Harry. Sem perder tempo, pegou-a nos braços e aparatou para o Hospital Santa Mungus. Lá, realizaram alguns exames e depois de meia hora Harry foi chamado ao quarto.


  Hermione estava deitada no leito, já consciente. Estava mais pálida do que o normal, o que deixou Harry preocupado. Ele então se aproximou e disse:


   -Mione! Amor, você esta bem?


   -Não sei – ela respondeu com a voz fraca – A enfermeira se recusa a me dizer o que tenho.


    -Com licença – Harry disse, voltando-se para a enfermeira – você poderia, por favor, me dizer o que Hermione tem?


    -Sinto muito... – ela olhou um papel em sua mão – Sr. Potter, esta correto? Temos que esperar Dr. Willian chegar. Agora, tenho que ir atender outro paciente. – dito isso, ela saiu.


     Harry ouviu um soluço baixo. Quando se virou percebeu que Hermione estava chorando.


     -Ei, não fique assim, esta bem – disse Harry ternamente enquanto se aproximava – Tenho certeza de que não é nada grave. Vai ficar tudo bem, Mione.


     -Eu sei, eu sei Harry, mas é que... estou com medo. – ela disse, mergulhando em uma onda de soluços.


     -Não precisa ter medo, amor – disse Harry, dando a ela um abraço. – Estou aqui, esta bem. Não vou deixar nada te acontecer.


     -Você disse o mesmo á Gina.


     Harry a soltou imediatamente se virou para olhar a paisagem pela janela. Os dizeres de Hermione o fizeram lembrar-se de uma coisa...


 


      Harry estava sentado à beira do lago com Gina, em Hogwarts. Estavam as vésperas da batalha final. Gina, então, lhe perguntou:


      - É verdade? Que estamos às vésperas de uma guerra?


     - Imagino que sim. Voldemort esta cada vez mais forte e ele deixou bem claro que iria me procurar.


   - Harry... estou com medo.


   - Não precisa se preocupar... juro que nunca deixarei nada te acontecer. Eu te amo.


  - Eu também.


 


      Harry voltou à realidade. Não pode evitar que uma lagrima escorresse por seu rosto.


      - Não cometo o mesmo erro duas vezes, Hermione. Não mesmo. – disse um tanto aborrecido.


      -Harry... Desculpe-me, não devia ter tocado nesse assunto, eu... Sou realmente muito burra. – disse ela. Harry pode sentir a verdade em suas palavras. Talvez fosse isso que o impediu de discutir com ela.


       -Burra Hermione! Burra? – repetiu incrédulo. – Escute, você é simplesmente a pessoa mais inteligente que conheço! Não estou bravo, apenas controle seus argumentos de forma que passem longe desse assunto, ok?


       - Claro Harry, desculpe. – disse ela.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.