Prólogo
Por Gina Weasley
É muito fácil imaginar as coisas quando se tem 10 anos, principalmente alimentar um amor platônico pelo bruxo mais comentado da comunidade bruxa: Harry Potter.
A verdade é que quando mais nova, quantas noites eu não adormecia pensando nele e quantas vezes o próprio não esteve em meus sonhos. Foram tantas.
O melhor amigo do meu irmão. O menino que sobreviveu.
Como alguém pode ficar na nossa cabeça e não sair de jeito nenhum ? Mas também, eu não fiz esforço nenhum para tira-lo de minha mente, principalmente quando entrei em Hogwarts. Pensava que talvez ele me vendo sempre pelos corredores pudesse sentir por mim o mesmo que eu sentia por ele. Como fui tola.
Não conseguia nem falar quando ele estava por perto, ficava tão nervosa. Quando ele me dirigia a palavra, nas poucas vezes que ele fez isso, meu coração batia tão forte que sentia que a qualquer minuto podia sair do lugar. Como ele mexia comigo.
Mas sempre o tempo passa, não? Meses, anos passaram e eu continuava a sonhar com ele. Achava impossível tirar aquele rapaz de cabelos desalinhados da minha cabeça.
Quando eu estava no terceiro ano, ele foi selecionado para o Torneio Tribruxo. Senti tanto medo por ele, minhas preocupações as vésperas das provas eram intensas. Mal podia me controlar.
Foi como se alguém tivesse apertado o meu coração e ele simplesmente tivesse parado de bater. Foi como me senti quando percebi que o rapaz com o qual eu sonhara a anos estava interessado na Chang. O que aquela japonesa sem graça tinha quem fazia todos os rapazes de Hogwarts se jogarem a seus pés? Essa foi a pergunta que eu me fiz o boa parte do meu quarto ano. Podia perceber como o Harry olhava para ela nos corredores.
Mas foi quando eu percebi que não podia ficar sonhando com um amor impossível. Que eu não poderia ficar parada esperando o dia em que enfim Harry Potter se interessaria por mim. Segui os conselhos da Hermione, a melhor amiga do Harry e do Rony. Sair com outros garotos parecia uma uma ótima chance de esquecer o Sr. Potter, afinal eu tinha conhecido um cara tão legal no baile de inverno, o Miguel, e ele tinha me convidado para sair, então aceite.
Podemos dizer que eu tive uma grande mudança. Estava namorando Miguel Corner e conseguia falar na frente do Harry sem constrangimento nenhum. Foi então que surgiu a AD.
A Armada de Dumbledore, foi uma das melhores coisas que aconteceu para mim na escola. Consegui melhorar muito os meus feitiços e ganhei ótimos amigos. E foi após uma das reuniões da AD que Harry Potter e Cho Chang se beijaram. Confesso que algo remoeu no meu peito, mas teria me abalado e acabado comigo se isso tivesse acontecido um ano antes.
Eu gostava do Miguel, ele era engraçado e me ouvia quando eu precisava. Mas nosso namoro não andava mutio bom e a gota dágua foi quando a Grifinória venceu a Corvinal na final do quadribol. Eu como apanhadora contra a casa dele. Ele ficou muito nervoso comigo, mas afinal o que eu poderia fazer era a minha casa!? Foi no campo mesmo que aconteceu, nos terminamos e ele foi correndo atrás de quem? Da Chang! Maldita japonesa que sempre tem que ta metida em alguma coisa da minha vida.
Então comecei a sair com Dino Thomas, meu irmão não gostou muito mas eu não me importei pois o Ronald só vinha falar comigo quando era para brigar, então foi fácil ignorar o seu descontentamento.
Quando meu quinto ano em Hogwarts começou, eu mal podia esperar pelo que iria acontecer. Harry tornou-se capitão do time de quadribol e eu estava na equipe. Passávamos muito tempo juntos nos treinos, mas era tudo só pelo quadribol. Estava bem com o Dino, pensava que já havia esquecido o Harry mas quando os treinos ficaram mais freqüentes e eu passava mais tempo junto a ele, pude perceber que por mais tempo que se passa-se aqueles olhos verdes nunca iriam sair da minha cabeça. Quando estávamos voando ficava olhando ele na firebolt, eu achava ele simplesmente divino, mas me condenava assim que pousava. Eu tinha namorado, não podia ficar olhando outro rapaz, principalmente quando esse rapaz se chamava Harry Potter.
Mas as vezes durante os nossos treinos eu achava que ele me olhava, não apenas para verificar se eu estava voando bem, mas só para me olhar. Tinha essa impressão varias vezes nos treinos, algumas outras quando nos encontrávamos nos corredores e a na sala comunal. Eu comecei a achar que estava ficando louca! Será que de tanto que imaginar uma coisa, acabava vendo ela? Achava que eu tinha surtado.
Meu namoro com Dino já estava abalado a muito tempo. Não queria ficar sozinha porque tinha certeza de que voltaria a sonhar com o maldito Potter, mas não achava certo continuar com o Dino não gostando mais dele. Foi quando aconteceu a nossa briga. Me irritei com ele porque sempre queria me ajudar a passar pelo retrato da mulher gorda, como seu eu não soubesse fazer isso sozinha e comecei a discutir com ele e disse que queria terminar. Ele simplesmente abaixou a cabeça e perguntou porque eu não parava de arrumar desculpa. Desculpas para que ? Eu perguntei para ele enfurecida.
Desculpa para terminar o nosso namoro quando na verdade só existe uma razão. Foi o que ele me respondeu em um tom que havia uma mistura de tristeza e ódio e quando perguntei qual seria a razão escutei o que eu menos queria escutar.
Porque você ainda ama e sempre vai amar Harry Potter.
Meu mundo parecia ter desmoronado. Quando fui dormir me sentia tão mal, pois percebi que todo o meu esforço de esquecer ele tinha sido em vão. Percebi que nada nem ninguém iria tirar aqueles olhos verde esmeralda da minha cabeça.
Mas não deixei isso me abalar continue sorrindo como sempre, agindo como sempre. O Potter não iria me me desestruturar mais uma vez.
A final da copa de quadribol se aproximava e foi quando Harry deu a pior noticia que poderíamos ter tido: ele não iria jogar. Foi bem difícil levantar a equipe inteira, tínhamos perdido o nosso capitão e apanhador. Mas por Merlin, nossa equipe levantou a cabeça e conseguimos ganhar o jogo. Quatrocentos e cinqüenta a cento e quarenta contra a Corvinal. A festa estava a mil na sala comunal, mal podia esperar a chegada do Harry para contar a ele, foi quando eu ele chegou. Sai correndo ao encontro dele, foi quando aconteceu. Harry Potter me abraçou e me beijou na frente de mais de cinqüenta pessoas.
Foram os meses mais gloriosos da minha vida. Os meses que namorei Harry Potter. Os nossos momentos em lugares afastados de Hogwarts ficaram em minha lembrança para sempre. Na minha lembrança. Não estamos mais juntos Harry terminou comigo, pois não retornaria a escola, iria atrás do Lord das Trevas.
Agora estou eu aqui. Dentro de alguns dias irei retornar a Hogwarts, que Merlin sabe como, nossa escola estará, enquanto meu irmão, minha melhor amiga e o amor da minha vida estão sabe-se la aonde caçando Voldemort.
Meu desespero e minha tristeza pelo sumiço deles sumiram, deu lugar a minha enorme preocupação e duvida: se algum dia veria Harry Potter de novo.
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