Prólogo



Prólogo


N/A: Bom pessoal, nem tudo que é importante se passa na mente da Rebecca.Por tanto há vários momentos: Momento Do Point Of View  Da Rebecca [Rebecca’s POV] e o momento Narrador [Narrador]. Não sei se haverão momentos POV de outros personagens.Se houver, vocês serão avisados.Lembrando que essa fic é movida a reviews.Se lewu, por favor, comente, nem se for pra falar que odiou.Não sou professora de adivinhação...


 


Se você olhasse para aquele pequeno apartamento em Londres, acharia que estava tudo normal por lá. Mas, não. Por quê?Porque a família Rivers era uma família bruxa!


Os Rivers tinham sido uma família, inicialmente australiana, de sangue puro, mas, em várias transições para a Europa, casamentos com meio-trouxas e trouxas foram acontecendo, gerando o que poderia ser chamado de miscigenação de sangue.


Essa parte restante da família, os últimos Rivers londrinos eram Bridget e sua filia de onze anos, Rebecca.O pai de família, Elliot, bom... Estava preso em Azkaban, por ter cometido um assassinato. Desde então, o dinheiro dos Rivers só vem diminuindo, até chegar ao ponto de Bridget ter de trabalhar de garçonete em um restaurante trouxa para poder trocar as libras no Beco Diagonal por nuques.


Apesar de relativamente pobres em ambos os mundos, Rebecca e a mãe se amavam incondicionalmente, pois só tinham uma a outra. E juntas enfrentavam aluguéis, patrões, carros estragados, frio excessivo (por não terem aquecedor) e a falta de magia.


Boazinha, a Rebecca?A menina de olhos e cabelos castanhos presos em duas tranças?Quem olha assim pode até achar... Mas era ela boazinha com o único ser humano que ela achava que merecia, a sua mãe. Quando saía na rua, jogava neve nas pessoas que a irritavam, desprezava todo mundo que tinha a estúpida idéia de tentar conversar com ela, e claro, adorava aprontar com as coisas do síndico do prédio em que morava, já que ele maltratava sua mãe, a insultando, por ser pobre e viver com o aluguel atrasado.


 E assim ia até Rebecca completar seus onze anos. Quando recebeu a carta, foi aquele alvoroço. Afinal, foi a tempos que a inscrição fora feita, e ambas já tinham até se esquecido, em certa parte, de que eram bruxas.


Os materiais foram comprados em segunda mão, com os poucos nuques que restava, e em poucos dias, chegara o grande dia.


 


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-AAAAAAAhhhhhh!


Uma moça de aparentemente quatorze anos saiu correndo pela casa.


-Petúnia, amor, o que houve? – perguntou uma mulher com cabelos castanhos claros ondulados até as costelas e olhos verdes como duas esmeraldas que estava na cozinha.


-Pega uma vassoura mãe!Tem uma coruja batendo o vidro da janela da sala!!!


-Não!Não machuque ela!- uma menina de aproximadamente onze anos chegou até o recinto onde as duas outras se encontravam, barrando a passagem. Ela  tinha cabelos ruivos ondulados até a sua cintura.Sardas cobriam seu rosto. Seus olhos verdes estavam cheios de fúria. - Não deixa ela mãe!A coruja tem tanto direito de viver quanto nós!


-Saia da frente bruxinha!- disse a mais velha tentando passar pela porta. A mais nova segurou o cabo da vassoura também, fazendo um duelo de medição de forças.


-Larga!


-Nunca!


-Meninas, parem, parem.


-Eu vou dar aquela coruja o fim que ela merece!


Os olhos da ruiva se encheram de ódio. Nunca que ela, Lílian Evans, vegetariana, futura membra do Greenpeace não deixaria sua irmã matar o animal. No meio do nada, como num estalo, a vassoura se quebrou em duas partes.


Lílian Correu até a porta, para mandar a coruja embora, antes que a sua irmã a machucasse. Abriu e fechou a porta rapidamente, e se virou para a corujinha branca que tinha uma estranha carta no bico:


-Vai amiguinha, vai embora!Voe, antes que a Petúnia traga outra vassoura!- fez vários gestos com o braço, mas o animal não se mexeu. Depositou a carta aos seus pés e voou. No envelope estava endereçado:


-Para Lílian Evans. – leu a menina em voz alta


***


-Severo!


-Lily!


Severo era um menino alto, magro, esguio e pálido de onze anos. Tinha um nariz um tanto saliente a cabelos negros oleosos caídos sobre os ombros.


Severo Snape e Lílian Evans eram as “crianças excluídas” do bairro. O fato de Snape não ter grande beleza e de ter um pai extremamente ameaçador, famoso pelas crises de bebedeira, o tornava parte desse grupo. Lílian fazia parte do grupo pelo comportamento estourado, cabelos vermelhos incomuns e por ter defendido o menino uma vez de sua irmã, que não falava bem dela para os companheiros ”populares”.


Do dia que Lily defendeu Snape, os dois passaram a ser grandes amigos, botando fé um no outro para seus consolos.


-Tenho uma notícia que você não vai acreditar!


-Eu já sei: foi admitida na escola de magia e bruxaria de Hogwarts!


Ela ficou surpresa:


-Como sabia?


-Porque sou um bruxo também.


-Você está tirando onda com a minha cara?


-Claro que não Lily.Eu sabia que você era bruxa desde a primeira vez que eu te vi.Naquele escorregador.- ele estendeu a mão e apontou para o brinquedão do parquinho.


-C.. como?Eu nem consigo acreditar!


-Nós bruxos somos diferentes. Vemos as coisas de um modo diferente. E às vezes, acontecem coisas quando nós ficamos com raiva.


Ela se lembrou da vassoura quebrada. Ela nem tinha feito força para quebrá-la!


-Como seus pais reagiram com a notícia?- ele perguntou.


-Papai achou que fosse brincadeira, mas depois acreditou. Mamãe disse “Nós temos uma bruxa na família! Não é ótimo!” toda animada. Petúnia, que sempre me chamou de bruxinha, começou a me chamar de aberração. Acho que é inveja, ela não recebeu a carta e tá morrendo de ciúme, porque eu sou especial.


-Bruxa ou não, você é muito especial pra mim Lily. – ele disse fazendo-a corar.


-E como seus pais reagiram quando souberam.


-Minha mãe é bruxa, Lily.Meu pai...- ele fez uma careta de nojo.- É trouxa.


-Trouxa?


Ele riu.


-É uma gíria do mundo bruxo para designar quem não é capaz de fazer magia.Bem, meu pai já sabia.


-Então, parece que vamos para Hogwarts, né?


-Vamos. Vamos juntos.


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-Bellatriz!O que você fez com meu pote de gel pra cabelo?


-Há, há seu otário!Tá parecendo um porco espinho agora!


-Volta aqui!- um menino de onze anos com cabelos negros emaranhados por uma crosta nojenta e olhos castanhos azulados corria atrás de uma menina, também de onze anos, com as mesmas cores de olhos e cabelo. Ambos estavam impecavelmente vestidos e corriam em um corredor.


-Tiaaaa Walburgaaaa!O Sirius tá correndo atrás de mim só por que eu falei que Sangues Ruins são nojentos!- disse a menina, entrando numa sala, onde havia uma grande tapeçaria. Uma mulher elegante estava sentada, olhando com carinho alguns nomes lá escritos.


-Sirius Oreon Black!


-Eu não falei nada não mãe, apesar de não concordar com essa idéia louca da família de que o sangue tem de estar puro e tudo mais... É que a Bellatriz colocou poção eletrizante no meu gel pra cabelo e...


-Eu jamais faria isso com o meu priminho querido, tia. - Belatriz conseguia ser cínica quando queria.


-Ah Sirius!- disse a mulher impaciente. - Vou ter de explicar tudo maaaaaaais uma vez?


-Qual é, todo dia alguém da família conta essa história pra gente!


-Mais respeito com as histórias dos seus antepassados, mocinho!Se ao menos você fosse como o Régulo!


-Sei, sei, o menino de oito anos prodígio!


A mulher se levantou.


-Agora, você vai conhecer o destino que terá se continuar assim!!! Se você quiser ouvir também, Bella querida...


-Claro tia!Conte-nos.


-O Black que desrespeitar as regras: se casar com um trouxa ou renegar sua origem... Vocês sabem por que temos essa tapeçaria?


-Sabeeeemos mãe!É a nossa árvore genealógica.


-Não desdenhe dela mocinho!Nessa tapeçaria, remontamos histórias de orgulho, paixão e sobretudo Sangue-Puro correndo nas veias.Quem desobedecer as regras, será queimado.


-Como assim queimado, tia?


Walburga apontou para um dos extremos da tapeçaria, onde havia uma mancha.


-Sabe quem é?É uma das suas tataravós, Isla Black- recitou o nome com nojo.-Ela se casou... Com um trouxa.


Bellatrix se arrepiou. Sirius desdenhou.


-Então se não obedecermos viramos mancha?


-Mais respeito ou não vai para Hogwarts, menino!


-Tá bem, mãe!


 


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-Ai, meu menino, meu menininho vai para Hogwarts!- uma senhora de cinqüenta e cinco anos abraçava um menino de onze.


-Ai mãe!Tá doendo.


-Mist!- chamou um homem de cabelos grisalhos, que estava com uma cara abobada de felicidade.


-Aqui estou meu mestre. – uma pequena elfa doméstica entrou.Seus olhos era amarelos esverdeados e trajava um avental cor de rosa.


-Prepare um enorme bolo! Nosso pequeno Tiago foi aceito em Hogwarts!


A elfa sorriu.


-Mas que bela notícia, amos! Podem festejar, o bolo sai em poucos minutos.


A mansão dos Potter era um lugar notável. Tinha um jardim imenso, e a casa tinha três andares, muito espaçosa para uma família de três pessoas.Era tão bonita quanto a casa dos Black, se não mais. Os elfos domésticos tinham suas próprias dependências no último andar, mas, mesmo assim, era uma casa belíssima, de dar inveja.


Quantas gerações dos Potter viveram ali? Não se sabe ao certo, mas desde que o mundo era mundo, essa família era riquíssima, e seu histórico era altamente limpo, o que dava ao senhor Potter um cargo invejável no ministério da magia; como um dos participantes da banca de julgamentos.


O casal tivera seu único filho, Tiago, numa idade muito avançada, por isso ele cresceu muito mimado.Mal a família sabia que tudo mudaria quando ele pisasse em Hogwarts...


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Naquela casa pequena e abarrotada, vivia a família Lupin. A mãe da casa, Lauren, sofria muito. Seu marido, Hugo estava morto, e seu filho... Seu filho era um lobisomem!


Aos seis anos, Remo fora mordido pelo lobisomem Fenirir Greyback, devido uma rixa que esse tinha com o falecido Sr. Lupin, que morreu para defender a família.


Agora, seu filho de onze anos iria para Hogwarts,devido a bondade do professor de transfiguração, Dumbledore, que plantara um Salgueiro Lutador, uma passagem secreta especialmente para que seu filho freqüentasse a escola, mesmo em épocas de Lua Cheia.


Ela se sentiria solitária.


Olhou para o canto onde seu filho dormia em paz.


Afagou seus cabelos:


-Vou sentir sua falta, Remo. – ela sussurrou.Enquanto observava a chuva cair e formar goteiras em seu casebre.


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-Pedrinhoooooo! Já arrumou seus materiais?- disse uma mulher por trás da porta.


-Jáaaa mãe.- mentiu  o menino de cabelos cor de palha e rechonchudo, que comia o milésimo pacote de feijõezinhos de todos os sabores.


-Tá bom, até parece Pedro!- arruma logo, se não, não vai comer o café da manhã caprichado que eu preparei.


-CAFÉ DA MANHÃ CAPRICHADO???- jogou seus livros numa mala, e rapidamente pela porta, indo em direção a cozinha.


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