Para sempre tua
Muitas vezes perguntam-nos como fomos capazes Draco, capazes de enfrentar tudo e todos, e as vezes penso, penso como fomos capazes, capazes de enfrentar tudo e todos e ficarmos juntos, mas ficamos e somos felizes… felizes, sim isso é uma palavra de facto que eu pensei que nunca poderia dizer, dizer e senti-la, também é verdade que nunca foi infeliz, mas sempre me faltou algo, quando aos 11 anos soube que não era filha de quem me tinha criado o meu mundo desabou e Hogwarts foi uma esperança, foi o meu mundo, foi onde te conheci, foi onde me apaixonei por ti.
Lembro-me do primeiro dia em que te vi, no expresso para Hogwarts, tinhas já o teu impetuoso ar arrogante mas não deixavas de ser bonito, cabelos loiros platinados, olhos grandes e azuis brilhantes um ar seguro mas ainda assim infantil. Na altura não simpatizei contigo nem com os teus ideias de pureza de sangue, porque afinal eu era uma Potter, irmã dos Harry Potter, a pessoa que tu mais abominavas e que eu adorava.
Ao longo dos anos tu cresceste e eu também e a nossa relação tornou-se diferente, a frente de todos nós nos enfrentávamos sem medos mas sempre com aquela arrogância, uma arrogância elegante, mas a noite durante as rondas dos prefeito tu encurralavas-me nos cantos escondidos do castelo e provacávas-me, provocávamo-nos mutuamente, com toques, beijos, palavras, ideias e actos, ideais… foram os diferente ideais que nos mantiveram separados, separados até aquela noite no ministério da magia, foi naquela noite que tu escolheste proteger-me, contra aquilo que acreditavas, contra o teu próprio pai, por mim Draco? Depois disso não falamos, não falamos durante muito tempo, o meu irmão perguntava-me o que se passava, todos me perguntava, mas eu não tinha resposta, por mais que quisesse não encontrava, tu… o inabalável Draco Malfoy tinha se apaixonado? Não eu achava que era possível, até que te encontrei naquela noite, no cimo da torre de astronomia, lá estavas tu, sentado na janela a olhar a lua, achei a visão romântica e sabes, meu amor, que eu nem gosto desse tipo de coisas, mas naquele momento, achei-te lindo, achei-te ainda mais lindo se é que era possível, mas sentia dentro de mim que estavas magoa e ressentido, infeliz com algo. Então tu viste-me, olhaste para mim, eu esperava que gritasses comigo, que me magoa-se, mas não, tu aproximaste-te de mim e beijaste-me, beijaste-me como se fosse a última coisa que irias fazer e no fim do beijo olhaste-me nos olhos e diseste em tom de sussuro “Amo-te”.
Foi nesse dia que eu também percebi que te amava, e que iria fazer tudo ao meu alcance para ficarmos junto, e consegui… agora meu amor, sou eu que digo “Amo-te”. Amo-te hoje e para sempre, amo cada beijo teu, cada lagrima tua, cada sorriso, cada abraço que me dás, amo a visão linda que me proporcionas quando brincas com as gemeas, com as nossa filhas, esse sim foi o maior presente que alguma vez me podiam ter dado meu amor, as nossa filhas, Elizabeth e Abby, elas são lindas. Obrigado por tudo.
Para sempre tua
Sofia Potter Malfoy
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!