Meu Lord



 


Existem coisas que nunca esquecemos. Eu nunca esqueceria que Ele escolheu a Ela e não a mim... Nunca esqueceria às vezes em que ELA me chamou de estranha, do primeiro beijo que Ele me deu, de como eu o amei... Da primeira vez que eu matei...


 Porque a tola e inocente Di- Lua Lovergood morreu e Ginevre Weasley também estava prestes a morrer.


 O local era escuro, mas altamente sofisticado. Havia apenas uma cama ao centro iluminada pela luz do luar que entrava pela janela, os lençóis eram negros assim como os travesseiros e as dobradiças da cama, escondi-me em um canto do quarto sendo ocultada pela densa escuridão. Logo ela estaria ali.


 A porta foi aberta e ela entrou bem segura nos braços dele que caminhou em direção à cama deitando-a, ele adorava o contraste dos cabelos vermelhos flamejantes dela no travesseiro negro de seu leito. Ele adorava a forma submissa como ela dirigia-se a ele, como ela deixava-se possuir por ele. E eu a odiava pelo simples fato dela ser dele.


 Eu era a preferida, era comigo que ele se deitava todas as noites, era comigo que ele comparecia diante de seus imundos Comensais, era ao meu lado que ele trilhava o caminho das Trevas, mas era ao lado dela que ele seria enterrado.


 Ele despiu-se e deitou-se sobre ela já nua, ela não o olhava nos olhos, ela não o chamava pelo nome, ela era apenas possuída por ele como uma Boneca é possuída por uma criança.


Ela apertou as grades da cama em busca de algum apoio e gemeu alto enquanto o corpo dele investia contra o dela em fortes estocadas, ele sugava seus seios com furor e desferia – lhe fortes tapas, ele aumentou o ritmo e ela desfaleceu sob ele que se levantou, vestiu-se e saiu do quarto.


Aquilo nunca seria amor como ela dizia ser, ele não era capaz de tanto, não era paixão, era apenas a sensação de satisfação em possuir algo que fora do Potter.


Ela continuou deitada, com os olhos fechados e a respiração falha, saí da escuridão que me ocultava e aproximei-me sentando ao seu lado na cama.


 - Olá, Gin. Ela abriu os olhos, mas antes que pudesse agir pus-me sobre ela segurando-lhe pelos braços.


 - O que está fazendo aqui? Perguntou tentando soltar-se assustada.


 - Digamos que estou retomando a posse do que é meu. - Disse apanhando um pequeno punhal que estava preso ao meu sutiã.


 - Não tenho nada que te pertence. Declarou debatendo – se sob mim.


 - Não, você não tem algo que me pertence, mas você pertence a algo que é meu. – falei friamente cortando uma mecha de seus cabelos. – Adeus, Ginevre. Despedi – me antes de desferir vários golpes pelo seu rosto e corpo, sujando-me com seu sangue imundo.


 Ela podia ter o sangue de mil deuses que continuaria a ser uma vadia imunda.


 Levantei e caminhei até meus aposentos. Os pés descalços, o punhal nas mãos  e o vestido branco maculado pelo sangue dela. Tom estava sentado em frente à mesa de xadrez bebendo, aproximei-me calmamente beijando – lhe a boca com calma.


 Eu já havia amado, sofrido, matado. Por causa dele... Tudo por causa do meu frágil e tolo Lord.


 Ele sentou – me em seu colo sem se importar com as manchas em meu vestido. Beijou-me com furor, eu era seu maior troféu, sua Boneca preferida, mas já estava cheia deste jogo, já estava cheia de brincar.  Apanhei a varinha que prendia meus cabelos e acendi todas as velas do quarto, levantei – me e olhei para o grande espelho, eu ainda possuía a aparência de um anjo mesmo maculada pelo sangue imundo, mesmo sem pureza alguma. Ele levantou – se também vindo em minha direção, ele odiava aquele espelho, ele odiava saber que aquele espelho era a sua fraqueza e odiava ainda mais saber que eu sabia disso.


 A imagem que o espelho refletia não era do homem alto de cabelos negros e pele pálida que estava em minha frente e sim do monstro com faces grosseiras e fendas no lugar dos olhos, ele não olharia para o espelho, ele não ousaria tanto, ele nunca veria a imagem tão bela que dois demônios juntos formavam.


 Eu abracei – o e o beijei, lançando um feitiço no espelho fazendo com que ele se transformasse em um amontoado de cacos, ele ficou paralisado.


 Dirigi – me até a mesa de xadrez e movimentei a última peça derrotando o Rei Negro, tudo o que eu havia me tornado era culpa dele, tudo o que eu sentia e não sentia era culpa dele, tudo que eu sabia era culpa dele... Então mais uma vez a cria havia ultrapassado o criador.


 Lord Voldemort não existia mais e eu também não.


 


- AVADA KEDAVRA.


 




 Oi Pessoas espero que tenham gostado...


Kisses e comentem..


By. Lyra

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