Reecontro
Kyo estava estranho. Era estranho ver um homem que dizem ter feito mais do que qualquer um pelo mundo dos bruxos. Kyo voltou a realidade, quando Alvo o puxou pelas vestes.
- Kyo! Kyo! - chamou Alvo.
- Hun?! - exclamou Kyo.
- Vamos, nós temos que ser selecionados ainda! - disse Alvo. Kyo olhou para frente. A aglomeração de alunos novos se concentrava em frente a um banquinho, onde um velho e remendado chapéu negro. Uma fenda nasceu no chapéu, formando uma espécie de boca. Kyo arregalou os olhos.
- Que diabos é isso?! - exclamou ele.
- Ah, é o Chapéu Seletor... Ele que vai nos colocar em nossas casas... - murmurou Alvo. Após isso, o chapéu começou a... cantar?
Ah, vocês podem me achar pouco atraente
Mas não me julguem só pela aparência
Engulo a mim mesmo se puderem encontrar
Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.
Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,
Suas cartolas altas de cetim brilhoso
Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts
- Quando ele diz de Hogwarts é que existem outros? - murmurou Kyo para Alvo.
- Acho que sim... - respondeu ele.
E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.
Não há nada escondido em sua cabeça
Que o Chapéu Seletor não consiga ver,
Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer
Em que casa de Hogwarts deverão ficar.
Quem sabe sua morada é a Grifinória,
Casa onde habitam os corações indômitos.
Ousadia e sangue-frio e nobreza
Destacam os alunos da Grifinória dos demais;
Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,
Onde seus moradores são justos e leais
Pacientes, sinceros, sem medo da dor;
Ou será a velha e sábia Corvinal,
A casa dos que têm a mente sempre alerta,
Onde os homens de grande espírito e saber
Sempre encontrarão companheiros seus iguais;
Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa
E ali fará seus verdadeiros amigos,
Homens de astúcia que usam quaisquer meios
Para atingir os fins antes colimaram.
Vamos, me experimentem! Não devem temer!
Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!
(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)
Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!
O salão inteiro explodiu em aplausos. O Chapéu seletor fez uma reverência para cada uma das mesas e então se inquietou novamente. Era simples. Colocar um chapéu e pronto. Hagrid pegou um pergaminho dentro de seu casaco e o abriu. Era enorme.
- Quando falar os nomes, venham aqui, sente no banquinho e deixe colocar o chapéu para seleciona-los para suas casas! - gritou Hagrid. Ele olhou para o pergaminho.
- Vamos ver... A ordem esta bagunçada, então vamos assim mesmo... Potter, Alvo! - gritou Hagrid. Alvo congelou no lugar. Kyo deu um empurrão nele e então Alvo se moveu até o banquinho, se sentou e Hagrid colocou o Chapéu Seletor na cabeça de Alvo. A fenda tornou a aparecer.
- Potter é? Os mesmos pensamentos que seu pai garoto? É... Entendo... Entendo sim... Calma Potter, seu lugar é na Grifinória! - berrou o Chapéu Seletor. Alvo respirou aliviado e retirou o Chapéu da cabeça, se dirigindo até uma das quatro mesas, a qual explodia em aplausos. Hagrid olhou novamente a lista e então gritou a altos pulmões:
- Finnigan, Ralph! - gritou Hagrid orgulhoso. Quando Ralph se aproximou do banquinho, Hagrid deu carinhosas “palmadinhas” nas costas do garoto, que doeram como tiros. Raph se sentou e Hagrid novamente depositou o Chapéu Seletor na cabeça do calouro. O Chapéu raciocinou por um momento e então rapidamente anunciou seu veredicto.
- Grifinória, Sr. Finnigan!
Vários outros alunos foram selecionados. Escórpio Malfoy foi para a Sonserina, Kumiko Chang foi para a Corvinal, Theo Bones foi para a Lufa-Lufa, Raul Sanxes foi para a Corvinal, o garotinho gordinho da turma de Tiago, Phillipis T. Henninguer, foi para a Sonserina, Harry Longbottom foi para a Grifinória e em então após vários outros selecionados, um nome conhecido for chamado.
- Weasley, Rosa! - gritou Hagrid. Rosa se aproximou devagar, corando a medida que andava. Kyo olhava atentamente para Rosa e o Chapéu. Hagrid depositou o Chapéu na cabeça de Rosa e então esperou.
- O QUE?! - gritou o Chapéu. - MAIS UM WEASLEY?! ELES SE REPRODUZEM COMO RATOS! COMO TODOS OS OUTROS, SEU LUGAR É NA GRIFINÓRIA!
Rosa respirou aliviada e, após retirar o Chapéu, foi recebida na mesa da Grifinória por estrondosos aplausos. Kyo estava desatento, mas quando Hagrid chamou o próximo nome, foi como um soco no estômago para Kyo, que começou a tossir muito e muito rápido como se estivesse engasgado.
- Yukihiro, Mika!
Uma garota oriental de cabelos negros saiu andando tímida em direção até o banco.
- É o quê?! - gaguejou Kyo observando assustado a garota. Hagrid colocou o Chapéu Seletor na cabeça da garota. O Chapéu riu.
- Grifinória! - gritou simplesmente o Chapéu Seletor. Quando Mika passou para se juntar a mesa da Grifinória, a garota olhou para Kyo e deu um grande sorriso. Kyo riu e coçou a cabeça. Mika Yukihiro era a sua melhor amiga. Os dois se entravam em grandes confusões. Os dois tinham os mesmos gostos, tudo era igual para os dois, até que Mika saiu de Godric's Hollow com seus pais para morarem em Tóquio, no Japão. Mas não sabia que sua melhor amiga fosse uma bruxa. Kyo não teve muito tempo para relembrar os velhos tempos, pois Hagrid anunciara um novo nome conhecido:
- Souchiro, Kyo!
Kyo se aproximou. Estava um pouco envergonhado. Todos o estavam observando. Kyo deu uma espiada na mesa dos professores. Albefoth Dumbledore o observava atentamente, como se Kyo fosse algum tipo de jóia única no mundo. Harry Potter estava quieto, olhando para o prato vazio a sua frente. A senhora do trono dourado estava acariciando uma coruja parda com o dedo. Kyo se sentou no banco e então Hagrid colocou o Chapéu Seletor em sua cabeça. O Chapéu não falou nada. “Ora, será que vai demorar?” pensou Kyo.
- Não, não vai... - murmurou o Chapéu. Kyo quase caiu do banco com o susto. “Esse Chapéu consegue ler meus pensamentos?!” pensou Kyo.
- Se estou na sua cabeça é claro que consigo ler seus pensamentos! - bradou o Chapéu. Kyo entrou em pânico. Pensou em Mika, Alvo e Rosa. Não queria ficar sozinho. Queria ficar na mesma casa que eles. Queria ficar junto de seus amigos!
- Entendo... Sim, sim... Entendo... Então que assim seja, Kyo Souchiro... Sua casa é a Grifinória! - gritou o Chapéu. Então o Chapéu murmurou em sua orelha muito baixo.
- Você seria um valoroso membro para a Corvinal garoto, como seus pais foram...
Hagrid retirou o Chapéu da cabeça de Kyo antes do garoto poder dizer mais alguma coisa. Uma explosão de aplausos da mesa da Grifinória receberam Kyo quando ele se aproximou da mesa. Passou correndo por Harry e Ralph, Alvo fez sinal para ele se sentar ali junto a ele e Rosa, bem longe de Tiago, mas Kyo ignorou e continuou correndo até avistar Mika, que sentava no fim da mesa, sem ninguém à frente ou a seu lado.
- Mik! - disse Kyo. Mika se levantou e os dois se deram um apertado abraço. Uma grande parte do salão olhou para os dois, mas eles não ligaram. Não se viam desde os sete anos de idade. Quando os dois se soltaram, Mika voltou ao local que estava e Kyo se sentou ao lado dela.
- Caramba Key, achei que você não ia nem lembrar de mim!- disse Mika impressionada, ainda sorrindo.
- E você achou que eu ia esquecer de você? - riu-se Kyo.
- Bem... Não... - respondeu Mika. Os dois ficaram em silêncio, enquanto se observavam.
- Como você está... diferente... - murmurou Kyo. Antes que Mika pudesse responder, todo o barulho foi cessado. A senhora no trono dourado se levantou e observou todos ali.
- Bem vindos à Hogwarts... Sou a diretora Minerva McGonagall... Aos antigos alunos, bom retorno, aos novos alunos, bem-vindos... Gostaria de lembra-los que a floresta em nossa propriedade é proibida a todos aqueles que não queiram ter uma morte brutal... Recomendo que não façam magia nos corredores entre as aulas! - começou a diretora. Seus olhos se fixaram em Tiago antes de continuar. - Os testes de Quadribol serão realizados quando os capitães dos times acharem melhor... Os capitães devem marcar hora com os diretores de suas casas para usarem o campo... Agora, vamos comer! - e com essa frase, as travessas, taças e pratos se encheram de comida aparentemente deliciosa. Kyo exclamou um palavrão e então começou a encher seu prato com coxas de frango. Alvo e Rosa chegaram ali e se sentaram ao lado de Kyo.
- Porque você saiu correndo que nem um doido?! - exclamou Alvo.
- Vim ver a Mik... E aliás, essa é Mika Yukihiro, uma amiga de infância... - disse Kyo apontando Mika.
- Prazer... - murmurou Mika para Alvo e Rosa.
- Igualmente... - murmuraram os primos ao mesmo tempo. Muito tempo se passou então, em que Alvo, Rosa, Kyo e Mika comiam e jogavam conversa fora. Mika explicou que após sair de Godric's Hollow, foi para o Japão, quando descobriu que era uma bruxa, ao explodir uma rocha. Mika disse das maravilhas que é Tóquio e dos templos sagrados que existem lá. Alvo falava dos Chuddley Cannons, seu time de Quadribol favorito, que estavam á três jogos de ganharem a Copa Britânica de Quadribol pelo décimo ano seguido, que seu próximo jogo seria contra os Tornados, mas Alvo dizia que os Tornados não são fortes o bastante.
- Os bruxos do Japão são muito sérios... Eles são matadores profissionais, acho que é isso que ensinam lá em Shirama, um templo gigante que é uma escola de magia escondida na floresta... Bem, e como vai o pessoal lá em Godric's? - perguntou Mika enquanto Kyo comia um cachorro quente. Alvo e Rosa ouviam a conversa e comentavam as vezes. Mika e Rosa começaram a se darem muito bem, sendo as duas muito inteligentes.
- Bem... O pessoal também são bruxos... - disse Kyo após terminar de engolir o último pedaço do cachorro quente.
- São?! - gritou Mika surpresa. - E cade eles?
- Não vinheram para Hogwarts... Ozzy foi pra Durmstrang, Hyde pra Voldenbark, Iwasaki pra Shirama, e Jay para Beaxbatons... - explicou Kyo.
- Nossa, um de seus amigos foi para Voldenbark? - perguntou Rosa surpresa.
- O que tem Voldenbark? - perguntou Kyo, virando para ver Rosa, enquanto pegava um pouco de pernil.
- Bem, Voldenbark é uma das melhores escolas de bruxaria... Só aceitam gênios lá... - explicou Rosa. Kyo e Mika gargalharam alto.
- Snif... É que você nunca conheceu o Hyde! Ele é mais burro do que uma porta! Haha! - exclamou Kyo ainda rindo. Rosa abriu a boca, mas toda a comida, até mesmo o pedaço de pernil que Kyo segurava no garfo a alguns centímetros da boca, desapareceu. No lugar, deliciosas sobremesas apareceram. Alvo se adiantou para pegar o primeiro pedaço de um bolo de chocolate. Rosa pegou uma tortinha de maçã, Mika pegou uma bomba de chocolate e Kyo pegou um pedação de torta holandesa. Durante a sobremesa, Kyo gritou.
- MINHAS COISAS! - gritou Kyo aterrorizado.
- Calma, é assim mesmo! Eles levam suas coisas para o seu quarto e deixam sua coruja no corujal... - respondeu Rosa. Após algum tempo, as sobremesas também desapareceram e a Prof. McGonagall se levantou novamente de seu trono e todo o barulho foi cessado.
- Bem, agora que já comemos, quero que vocês vão até seus dormitórios... Para isso, acompanhem os monitores de suas respectivas casas... Amanhã, as aulas começarão e então estejam ás seis e meia aqui no salão principal para o café da manhã... Durante o café, os diretores de suas casas distribuirão seus horários... Podem subir! - concluiu a diretora. Os alunos se levantaram, formando um grande alvoroço. Kyo, Alvo, Rosa e Mika se levantaram também e não se separaram até a porta do salão principal, onde um garoto de dezesseis anos gritava a altos pulmões.
- GRIFINÓRIA! PRIMEIRO ANO, VENHAM AQUI! - gritava o garoto. Seus cabelos eram laranja berrante, seus olhos verdes. Parecia mais velho para sua idade. No peito de suas vestes, se via um grande “M” estampado em azul e dourado.
- Ted Lupin... Afilhado do meu tio... - murmurou Rosa para Kyo. Os quatro se juntaram a uma pequena amutuação de alunos do primeiro ano da Grifinória.
- Sigam-me até o salão comunal da Grifinória... Todos os alunos do primeiro ano devem subir para o Salão Comunal após o jantar... A partir do quinto ano, vocês poderão andar nos corredores até as nove da noite... Me sigam e não se percam! - disse Ted Lupin, se virando e seguindo caminho pelas escadas. A primeira imagem de Kyo foi estranha. Estavam em um local cheio de escadas que se moviam as vezes. Em alguns andares haviam portas.
- Andem rápido nas escadas, elas gostam de mudar! - exclamou Ted que continuou andando. Todos continuaram a seguí-lo, subindo mais e mais escadas. Nesse local, haviam milhares e milhares de quadros, mas as pessoas nos quadros se moviam e falavam! Um homem barbudo fez uma reverência para Kyo, um cavaleiro atrapalhado xingou Kyo e Alvo (“Covardes! Venham a luta cães sarnentos!”) e uma senhora que tricotava em uma cadeira de balanço cumprimentou Rosa e Mika. Quando Ted parou, estavam parados em frente há um quadro maior, pintado á óleo, de uma mulher gorda de vestido rosa.
- Como vai Mulher Gorda? - perguntou Ted.
- Uma lástima! - gritou a Mulher Gorda. - Tiago Potter acabou de me jogar uma caixa de bombas de bosta!
- Kyo respirou fundo. Realmente havia um cheiro de bosta ali. Ele olhou para os amigos. Alvo estava vermelho, parecia estar segurando a respiração. Rosa estava com amão ocultando a boca e o nariz, e Mika estava cobrindo o nariz com a manga das vestes.
- A senha?! - bradou a Mulher Gorda. Ted se virou para os alunos.
- O único jeito de entrar aqui é sabendo a senha... Apenas alunos da Grifinória devem saber a senha! - advertiu Ted.
- A senha muda as vezes, mas agora, a senha é Cabaça de Amora! - Terminou Ted. Ao disser “Cabaça de Amora”, o quadro girou e revelou um buraco. Ted adentrou o buraco fazendo sinal para os alunos o acompanharem. Quando Kyo entrou,ele viu-se em um local aconchegante, cheio de confortáveis poltronas e algumas mesas. Três poltronas se encontravam em frente uma fogueira que ardia em chamas. As paredes eram envoltas por papel de parede vermelho e dourado. No fundo, havia uma escada em espiral.
- Certo, aqui é a sala comunal... Aquela escada leva aos dormitórios... O dos meninos fica a direita e das meninas fica a esquerda... Suas bagagens já foram levadas para lá... Podem ir... - e quando Ted terminou, outro tumulto começou. Alunos, uns empurrando os outros, para chegarem primeiro no dormitório. Kyo esperou a maioria ir e então subiu com Alvo, dando boa noite a Mika e Rosa, que esperaram junto ás outras garotas novas da Grifinória. Os dois subiram a escada e Kyo abriu a porta da direita. Os dois entraram em uma sub-sala circular, com sete portas. Cada porta tinha uma placa escrita alguma coisa. Kyo e Alvo se dirigiram para a primeira porta, a qual tinha a placa escrita “Primeiro Ano”. Alvo abriu a porta e os dois entraram. Era um quarto médio, circular, onde haviam algumas camas. Todas elas estavam ocupadas, menos duas, que haviam as bagagens de Kyo e Alvo. Os dois se dirigiram a suas camas.
- Como vai a família, Al? - perguntou Harry Longbottom que estava deitado na cama ao lado da de Alvo.
- Vai indo... Mamãe saiu do país, foi cobrir um jogo... Lily está nervosa por não poder vir para Hogwarts esse ano... Papai está aqui como você viu... - respondeu Alvo, correndo as cortinas da cama. Kyo fez o mesmo. Despiu as vestes, pegou o malão e se vestiu com uma camiseta preta. Vestiu uma calça jeans e correu novamente as cortinas. Alvo estava de pijama, o mesmo com os garotos.
- Então... Você é o Kyo não é? - perguntou Ralph Finnigan que estava deitado em uma cama ao lado da de Harry. Kyo olhou para Ralph. Ainda tinha os cabelos molhados, pela queda no lago.
- Sou... Você é o Ralph, não é? - disse Kyo. Ralph fez que sim com a cabeça.
- Bem pessoal, acho que ninguém aqui a não ser o Ralph me conhece... Eu sou Dillan Thomas... - disse o último garoto, que estava deitado na cama ao lado da de Kyo. Dillan era negro e tinha cabelo Black Power.
- Nossa... Finalmente em Hogwarts, não é? - comentou Harry.
- É... Hogwarts! Colocar um Chapéu! Quem diria hein? Tiago não parava de falar em matar um trasgo montanhês adulto! - exclamou Alvo.
- A única coisa ruim aqui é que não veremos nossas famílias por um bom tempo não é? - disse Ralph. - Harry tem o pai dele aqui, e o Al também! Nós três que vamos ficar sem ver nossas famílias não é, Dillan, Kyo?
- Não... - murmurou Kyo. - Só vocês dois...
Ralph e Dillan não entenderam. Uma lágrima fria e gelada escorreu o rosto de Kyo, que continuou de costas para os outros e olhando o seu malão, que repousava em cima da cama. Ele limpou o rosto com as costas da mão e então se deitou. Finalmente Ralph e Dillan entenderam que os pais de Kyo haviam sido assassinados. Ralph estava se sentindo mal. Kyo se cobriu com o cobertor e se virou.
- Desculpa Kyo... Não fazia idéia... - disse Ralph.
- Não tem problema... - murmurou Kyo.
Aquela noite foi difícil para Kyo cair no sono, e, quando conseguiu, não parava de sonhar coisas sem cronologia. O seu sonho começou com ele nos terrenos de Hogwarts, andando a noite. A cena se dissolveu. Agora, Kyo segurava o corpo morto de Mika, todo banhado de sangue. Novamente a cena se tornou outra: Kyo e Mika estavam sentados no pedestral da estátua de Godric Griffyndor, com os pés apoiados em um banquinho velho, na praça de Godric's Hollow, se observando, mas a cena se dissolveu novamente. Kyo estava em um local estranho, parecia uma montanha negra, segurando uma luz branca na mão que começava a tomar a forma de uma águia prateada, enquanto Kyo encarava com ódio um vulto de pele branca. Ao seu lado, Alvo e Rosa seguravam o corpo morto de Mika. Novamente a cena se dissolveu. Kyo andava por uma estradinha de terra, com Alvo, Rosa e Mika junto a ele. Kyo segurava uma espada prateada, cheia de rubis encravados. A cena se dissolveu. Os quatro estavam agora em uma casa velha e abandonada. No chão, havia uma escultura de uma cobra, encravada em ouro. Kyo desceu a espada na escultura, fazendo uma explosão de raios e feixes de luz. A cena se dissolveu e então Kyo só via um clarão verde e uma voz fina dizendo: “Se junte a seus pais!”. Kyo acordou assustado. Ofegava muito e estava muito suado. Kyo ficou paralisado. A única coisa que vinha na sua cabeça era a cena do corpo de Mika em seus braços. Ali, Kyo fez um juramento para si mesmo: Protege-la e nunca deixar aquilo acontecer. Kyo se virou e adormeceu novamente...
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