O Fim
Capítulo 17 – O Fim
Harry resolveu participar da batalha como Zeus, isso facilitaria as explicações, deixando as que fossem mais importantes para depois dela. Ele ficaria com a ordem, escondidos pelo feitiço ilusório, seria a arma secreta, já que ninguém conhecia um lobo que fazia magia.
- Tem certeza que ele é manso? – disse um auror para Tonks.
- Não, Zeus não é manso, mas não atacará nenhum de nós, ele sabe bem que são os inimigos.
- Mas o que um lobo pode fazer? – perguntou outro membro da ordem.
Harry apenas olhou de lado para Tonks e recebeu uma confirmação. Se concentrou e ergueu a barreira que serviria para esconde-los.
- Isso responde a sua pergunta. – disse Marlene chegando perto. – E não me olhe assim, me mandaram aqui com a Tonks para ficar de olho em você.
Harry bufou assustando a todos em volta, era certo que o lobo sabia do que era falado.
De repente gritos foram ouvidos e Harry se virou para o portão esperando ver Voldemort, mas nada havia ali. Olhou para cima quando uma sombra passou por ele, e viu Bicuço pousar a sua frente.
Várias pessoas sacaram as varinhas esperando o ataque do animal, mas esse apenas se aproximou do lobo e fez a reverencia, que foi imitado por Zeus. Os dois se cumprimentaram em algo que se assemelhou a um abraço. Uma troca de olhar significativa fez todos ficarem em alerta, principalmente quando o hipogrifo soltou um som estranho.
Logo dois outros hipogrifos grandes pousaram ao lado de Tonks.
- Ei o que é isso? Você mandou eles me protegerem? – perguntou a metamorfomaga.
- Acho que é essa a idéia dele. Sabe como os lobos são superprotetores. – disse Marlene se lembrando do que Sirius contou sobre o ataque que o afilhado fez contra a ex-assessora do ministro.
Foi quando Bicuço parou ao lado da morena.
- Se acostume também, parece que pertence a alcatéia desta alfa. – replicou a auror.
Apesar das brincadeiras ali entre os combatentes, a tensão começou a crescer. Não viam mais a hora da batalha começar.
Pouco depois sons de aparatação foram ouvidos e todos se posicionaram para a guerra conforme instruções do Dumbledore. Os professores apareceram juntamente com os Weasley no portão da escola.
Esperaram que os líderes terminassem seu duelo verbal para iniciar a chuva de feitiços para cima dos comensais. Harry retirou o feitiço ilusório e correu para os que ainda estavam em pé.
Já havia conseguido derrubar cinco comensais que ficaram muito espantados com a fúria do canídeo, que não reagiram, principalmente quando este começou a lançar feitiços contra ele.
Um sorriso apareceu em Nott, que era o comensal que Zeus combatia, quando sentiu a temperatura abaixar, anunciando a presença dos dementadores. Mas o sorriso morreu ao perceber que o lobo ria dele.
Em seguida Harry lançou seu patrono no ar, e observou metade dos combatentes que estão com ele escondido fazendo o mesmo. Ficou extremamente feliz quando o Cavalo de Gina irrompeu pela porta do castelo e avançou ao lado do cervo.
Nocauteou Nott e aproveitou que os comensais se afastavam dele para analisar o campo de batalha, Viu que Hagrid estava tendo tanto sucesso quanto ele, mas usava apenas seus músculos e pele de gigante. Snape avançava para os Marotos, Bellatrix já batalhava com Minerva e Malfoy andava em direção a entrada do castelo para pegar Gina.
Ao ver que Sirius e Remo se afastarem do duelo de Tiago e Snape, teve uma idéia. No mesmo livro onde encontrou o ritual, ele viu algo que poderia ajudar ao lobisomem, uma magia que permitiria que ele assumisse o controle sobre o seu lado animal, mas para isso ele teria de estar próximo ao lobisomem que o mordeu, fora da Lua Cheia. Mas para que isso pudesse ser permanente ele teria que matar o ser que o transformou, senão a parte animal assumiria o controle.
Não foi preciso ver que Aluado partiu para cima de Greyback, assim que os músculos dele se fortaleceram, para ver que o plano daria certo.
Havia poucos comensais batalhando, e para não perder mais ninguém, ele foi em auxilio de Minerva que dava pequenos sinais que a idade já afetavam seus movimentos.
– Queria brincar mais um pouco, mas tem uma infinidade de sangues-ruins dentro deste prédio para que eu me divirta. – disse a comensal e apontou para o coração da professora, que pareceu não ter mais forças para reagir. Harry fez aquilo que achou mais correto, pulou em direção a ela. - Adeus. AVADA KE...
A raiva de quase perder mais alguém o fez agir como um verdadeiro lobo e rasgou a garganta da comensal antes mesmo de chegarem ao chão.
Ele sentiu uma onda de pânico passar por ele e levantou a cabeça a tempo de ver o feitiço saindo da varinha de Snape e ir em direção a Lilian. Suas lembranças e os sentidos de proteção do lobo, associados com o fato de Gina acabar de sair, seus poderes aumentaram e com raiva liberou seus poderes juntamente com um uivo.
Os feitiços que estavam no ar foram cancelados.
Harry ficou frustrado ao ver Snape caído, ele queria acabar com o odiado ex-professor, mas se foi seu pai que fez isso bastava, por enquanto.
- O que foi isso? – perguntou Voldemort ao ver sua maldição desaparecer no ar.
- Esse, Tom, foi o principio do seu fim. – respondeu Dumbledore.
- Não venha com essa, velhote. Você não tem poder para me derrotar.
- Isso eu reconheço. Um duelo entre nós dois tende a ser infinito. Mas conheço alguém que pode ter vencer, segundo uma lenda e uma profecia.
- Você esta caducando. - disse Voldemort começando a ficar preocupado.
- Estou mesmo? – disse o diretor se afastando para o lado.
Voldemort pode ver sua querida comensal dar seu último suspiro, e sobre ela, um lobo negro que começou a caminhar em sua direção. Ao se aproximar ele foi se transformando e virando um homem. Um que ele acreditava estar morto.
- HARRY POTTER. – cuspiu o Lorde das Trevas.
As reações ao nome do garoto foram diversas. Muitos se espantaram com o fato do lobo virar um humano e ele ser justamente um Potter. Aqueles que conheciam a história do casal Potter e ainda não sabia da existência dele, não acreditavam no que escutavam. Lilian apertou o colar com o nome do menino e deixou uma lágrima cair.
- Meu filho. Por que ele não contou seu nome? – perguntou para Gina.
- Não sei, acho que assim seria mais fácil se ele não conseguir sobreviver, seria mais impessoal. – disse a ruivinha. – Ele tenta proteger a todos antes dele mesmo.
- Agora temos nosso filho de volta. – disse Tiago que chegou abraçando as duas.
- Então você também se lembra de mim, Tom. – disse Harry para Voldemort.
- Isso é impossível. Como você está vivo?
- Ora Tom, você já tentou me matar antes, mas nunca conseguiu achou mesmo que usando um gênio você conseguiria.
- Mas ninguém se lembra de você, você nasceu morto desta vez. E como você sabe do gênio?
- Mas não da outra. Parece que você se esqueceu de algumas coisas sobre mim. Eu entro na sua mente quando você baixa a guarda, eu estava presente durante todo o ritual, e vi você perder sua imortalidade para tentar me destruir. E como pode ver falhou mais uma vez.
- Eu ordenei ao gênio que você sumisse da historia. Como você ainda está aqui?
- Um gênio nunca pode matar ninguém. Aliás, eles são extremamente traiçoeiros e seguem os desejos ao pé da letra. Você pediu que eu sumisse da historia da humanidade. Mas os humanos não foram os únicos seres que eu tive contato. Têm os centauros da floresta proibida, os sereianos, os elfos domésticos, os hipogrifos e outros animais mágicos, as Veelas, e se deixar até mesmos os duendes lembram-se de mim. Portanto eu não poderia ser destruído.
- Malditos. Mas agora você morrerá. – disse Voldemort possesso lançado a maldição da morte no inimigo.
O raio verde foi chegando perto e o sorriso de Voldemort só crescia ao perceber que o menino não reagia, mas o feitiço pareceu passar pelo corpo do menino, como se ele não estivesse ali.
- Esqueci de contar que como da primeira vez, você aumentou os meus poderes ao falhar. – disse Harry arrancando o sorriso do rosto dele.
Logo começaram com uma troca de feitiços, evitando lançá-los a uma altura que permitisse a criação do Prior Incatatem.
- Vejo que melhorou muito desde nosso último duelo. – disse Voldemort para provocar.
- Sim, desta vez não estou cansado, machucado e com medo. Sem contar que eu tive seus capangas para treinar. O que sou bem grato.
- Garoto insolente, vou te matar e tomar a sétima filha e serei o ser mais poderoso de todos.
- O mais louco já é. – disse Harry. – Quanto a me matar, creio que não ser possível.
- É o que veremos. – disse o Lorde das Trevas.
Com um movimento de varinha ele, criou uma adaga negra, envenenada, e a lançou com magia contra o corpo de Harry. Nenhuma magia seria capaz de afetar a lamina.
Harry agarrou a adaga pelo cabo e lutou com ela por alguns instantes, até que a magia do lançamento de esvaísse.
- É só isso que consegue. – disse Harry analisando a arma. – Para um bruxo que odeia os trouxas tentou me matar de um jeito bem típico deles, com uma arma e com veneno. Veremos como você luta contra isso.
Harry lançou a adaga de volta para Tom, em uma velocidade impressionante. Voldemort tentou desviar, mas acabou com a arma cravada em seu ombro esquerdo.
Tom tentou retirar a lamina de seu corpo, mas o veneno já agia e ele não teve forças para isso.
- Eu morrerei, mas não irei sozinho. – disse ele lançando mais uma vez a maldição da morte.
- Sectusempra. - Harry lançou o primeiro feitiço que pensou apenas para criar a ligação entre as varinhas.
A ligação se formou, o que deixou o lorde das trevas aborrecido. Ele morreria sem levar seu inimigo junto. Juntando suas forças ele forçou a ligação contra Harry.
Inesperadamente Gina surgiu ao lado do moreno, e ao juntarem as mãos o poder que exalava de cada um aumentou e se juntou.
- Esse é o verdadeiro poder da Sétima Filha, poder que você nunca teria. – disse Harry soltando o poder que agora tinha, fazendo com que a ligação entre as varinhas pendesse para o lado de Voldemort.
Como estava sem forças, o feitiço acabou acertando Voldemort que acabou se contorcendo no chão com inúmeros cortes pelo corpo, antes de finalmente morrer.
- Está tudo acabado. – disse Gina para ele, para que ele não se sentisse culpado. – Ele agora não pode fazer mais ninguém sofrer.
- Ainda não, tenho que cumprir uma promessa. – disse ele. – Quer vir comigo? Vou avisando que pode ser perigoso.
- Claro, eu vou com você aonde você for.
Harry soltou um uivo e eles acabaram aparatando ali mesmo.
- Para onde eles foram? – perguntou Gui, preocupado.
- Confie neles. – disse Tiago. – Eles estarão de volta daqui a pouco. E nós temos muito trabalho aqui.
- Temos alguns feridos, felizmente ninguém morreu. – Disse Tonks chegando do campo de batalha.
- Temos seis comensais mortos, alem de Voldemort. E vários feridos. – disse Quin.
- Como você permitiu que esse cara que ninguém conhecia fizesse isso, matar. Eles eram seres humanos como nós. – disse alguém.
- Ele matou apenas a Lestrange e Voldemort, os outros não foi culpa dele. – disse Tonks.
- Um foi morto pelo hipogrifo que estava ao meu lado. – disse Marlene.
- Mas ele não precisava matar a Lestrange. – disse outro.
- Era ela ou eu. – disse Minerva. – E um animago deixa um pouco os instintos do animal prevalecer e ele foi até comedido, acho que a garganta dela foi puro reflexo para salvar a sua matilha.
- Acho melhor então ajudarmos os feridos e prender os comensais. – disse Dumbledore encerrando a discussão.
Harry e Gina apareceram na frente de um castelo medieval.
- Onde estamos? – perguntou a ruiva.
- No ninho da cobra. Esse é o refugio de Tom.
- Mas você falou que não sabia onde eles estava.
- Depois que ele foi envenenado pela adaga, ele não conseguia mais bloquear a mente dele, e como eu nem preciso de Leglimência para entrar lá, foi fácil descobrir.
- O que viemos fazer aqui?
- Recuperar os objetos que ele transformou em horcruxes. Mas como desta vez ele não precisava esconde-los, deixava as suas vistas e dos poucos escolhidos. Temos que tomar cuidado, ainda tem alguns comensais aqui.
Eles entraram no castelo com cuidado, mas poucos comensais apareceram no caminho deles, parece que sentiram que o líder havia sido derrotado e debandaram, sendo aqueles que ainda vagavam pelo castelo e tiveram coragem para enfrentá-los foram derrotados. Logo estavam parados na porta do quarto do Lorde das trevas.
Entraram e perceberam que ele gostava de coisas luxuosas. Era verdadeiramente uma suíte para um rei. Mas não deixaram se incomodar com isso.
Harry notou um armário perto da cama, que parecia ser um altar, um local para colocar algo que se referencia.
Abriu a porta e encontrou o que procurava, ali estavam a Taça de Hufflepuff, o Medalhão de Slytherin, o Anel de Peverrel e o Diadema de Ravenclaw.
- Acho que podemos ir agora. – disse Harry depois de pegar os objetos.
- Mas é a cobra ou o diário?
- O diário só é importante para ele deve estar na gaveta do criado mudo. – ao dizer isso ele pega o diário dentro da gaveta. – Quanto a Nagine, ela não foi necessária desta vez, provavelmente nem exista.
Aparataram de volta para o salão principal, onde Dumbledore acabava de explicara para os alunos o que tinha acontecido antes de informar ao Ministério e o resto da comunidade a derrota definitiva de Voldemort.
- Acho que chegamos em boa hora. – disse o moreno, se virando para a escola. – Prazer, Meu nome é Harry Tiago Potter, filho dos professores Tiago e Lilian Potter, conhecido também como Thor, ou Zeus, o lobo de Gina. Acabo de derrotar Voldemort. E, por último e mais importante, namorado de Gina Weasley.
- Precisava disso tudo? – perguntou Gina.
- Sim, agora eles se distraem e posso conversar com os chefões. – disse ele com um sorriso maroto. – Aqui estão alguns itens de valor que Voldemort possuía e de relevância histórica, e um presentinho para os aurores, para saberem como penso um bruxo megalomaníaco. Com isso eu cumpro um juramento.
A Dama Cinzenta estava parada há alguns passos atrás do diretor, assim como os outros fantasmas, fez um pequeno gesto de consentimento para o moreno e deixou cair uma lágrima.
- Agora o que eu quero é um pouco de comida e cama. – disse o moreno andando para a saída. - Gostaria de me acompanhar, Senhorita?
- Você acaba de me convidar para ir par sua cama na frente dos meus irmãos.
- Qual o problema, eles sabem onde eu durmo, podem ficar olhando de quiser, mas o que é apenas dormir abraçado com você.
- Então vamos.
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