Manhã no lago
Capitulo 5 – Manhã no lago
- Bom para começar, acho que devo te contar a minha historia, pelo menos os fatos mais marcantes. – disse Harry. – Quero que você confie em mim e conheça os riscos de ficar ao meu lado.
- Eu já confio em você. – disse ela. – Senão nem estaríamos aqui.
- Bom, acredito que até o meu nascimento os acontecimentos são os mesmos, ou pelo menos os de conhecimento público. Bom foi profetizado que aquele que poderia vencer a Voldemort nasceria de seus inimigos. – disse ele vendo a ruiva tremer ao pronunciar o nome. – Gi, você deve parar de tremer ao ouvir o nome dele. Ele não pode fazer nenhum, mau. Pelo menos, não aqui. Mas para você ficar mais confortável, vou tentar chamá-lo de Tom, que é seu verdadeiro nome.
- Está bem. Mas você sabe é meio automático, mas chamá-lo de Tom, humaniza ele, parece que pode ser destruído.
-Ele não é mais imortal. Mas isso é o fim da historia. Bom parece que Tom me escolheu para ser seu adversário, isso é parte da profecia. Meus pais ficaram sabendo disso e se esconderam usando o feitiço Fidelis, que esconde um segredo em uma pessoa, infelizmente este fiel do segredo traiu meus pais e nos entregou pro Tom.
- Foi o Pedro?
- Sim foi ele. Tom matou meu pai, e ia me matar, mas minha mãe não permitiu e foi assassinada por ele. O motivo pelo qual ele queria a minha mãe viva ninguém sabe, mas depois disso ele tentou me matar. Com o sacrifício de minha mãe, o feitiço voltou contra o feiticeiro e Tom perdeu o corpo e me passou alguns poderes e essa cicatriz. – disse apontando para o raio. – e com ela uma ligação com a sua mente.
- Ele pode entrar na sua mente? – perguntou Gina preocupada.
-Não, geralmente é o contrario, eu entro na mente dele, mas não consigo fazer nada mais que observar. Na maior parte do tempo eu somente sinto como ele esta sentindo.
- Não tem como isso parar?
- Tem a Oclumencia, a arte de bloquear invasões a mente. Mas ela se torna mais eficaz quando ele a pratica, não eu. Se bem que desde que tudo aconteceu eu controle isso. Mas voltando a minha historia, eu fui criado pelos meus tios trouxas, ou melhor dizendo, servindo como um elfo domestico para eles. Só fui descobrir que era bruxo com as cartas de Hogwarts. Bem na escola eu vivi muitas aventuras, contando com a ajuda do Rony e da Hermione, algumas vezes com você e outros como os gêmeos.
- Você deve ter inúmeras historias para contar. - disse Gina impressionada.
- Sim tenho. Mas vou contar apenas parte da do Torneio Tribruxo. Tom conseguiu colocar um comensal dentro da escola naquele ano, ele acabou me inscrevendo no torneio e tive que participar. A última prova foi uma armadilha para que ele me capturasse e conseguisse recuperar seu corpo e seus poderes. Ninguém fora da Ordem acreditou em mim quando eu voltei com o corpo do Cedrico, fiquei um ano sofrendo por todos acharem que eu era mentiroso.
- Eu acreditei em você? – perguntou a ruiva com um pouco de culpa.
- Sim, você acreditou em mim e me deu muito apoio. – disse ele tranqüilizando a menina. – inclusive você esteve do meu lado quando cai mais uma vez em uma armadilha. Eu fui induzido a invadir o ministério para pegar uma cópia da profecia, já que Tom, não a sabia toda. Foi assim que todos ficaram sabendo de sua volta, quando seus comensais não conseguiram vencer seis adolescentes.
- Uau. – foi tudo que ela conseguiu falar.
- Mas infelizmente, Tom conseguiu dar um golpe muito duro na resistência. Ele matou Dumbledore dentro do castelo, bom ele não, mas seus asseclas. Assim sem alguém que comandasse, fomos sendo derrotados em vários campos e finalmente tive que fugir para conseguir destrocá-lo. Antes de morrer o diretor me disse que Tom esta em um estado que não poderia ser morto. Ele tinha dividido sua alma e colocado cada pedaço em um objeto de grande valor para ele. Já tínhamos destruído dois destes objetos, sabíamos quais eram outros dois, mas não sabíamos onde estavam e tínhamos grande suspeita de um, faltava um. Eu estava nas buscas pelos objetos faltantes quando fui pego pela mente dele. Ele realizava um ritual que alterou toda a realidade de forma que eu não nascesse, ou melhor, fosse apagado da historia humana.
- Então ele é imortal. Mas como você continua vivo? – perguntou aflita.
- Bem ele abriu mão da imortalidade para tal ritual. Agora como eu continuo vivo teremos que ver neste livro. – disse ele tirando um livro do bolso. – Este é uma cópia do livro que Tom usou no ritual.
- Como você sabe?
- Eu percebi que o livro que ele usou faltavam páginas. Provavelmente o antigo dono não foi cuidadoso, mas ele não percebeu isso. Para minha sorte. Aqui, foi o que ele realizou. – disse ele abrindo na página que estava escrito Ritual da Lâmpada Mágica.
- Mas isso é terrível. – disse a ruiva ao ler o começo da ritual, mas parecia que ela não podia ver o encantamento usado. – Mas cadê o resto?
- Eu enfeiticei para que nem eu nem você ficássemos tentados a repetir, por hora só teremos as informações teóricas sobre os feitiços e rituais aqui contidos, já que esse é um livro da Seção Restrita da Biblioteca mais bem guardados. O que eu quero ler esta nesta página.
“A maioria dos gênios são um pouco traiçoeiras. Eles tentem a realizar os pedidos muito ao pé da letra, principalmente quando estes esbarram nas suas regras primordiais. Alguns se esquecem de citar para seus ‘amos’ estas regras, fazendo com que seu pedido seja realizado de forma satisfatória a pequeno prazo, mas se torna uma maldição a médio e longo prazos.
As regras são as seguintes:
- Não é possível criar o amor. Nunca uma pessoa pode fazer com que o amor nasça em outra por magia. A exceção é o Cupido, que não é visto entre os mortais a séculos, sendo este um exemplo de maldição que era um pedido, quando um jovem pediu fazer com que as pessoas se apaixonassem por ele. O gênio deu a ele suas flechas, mas porem quando as usava ele se tornava invisível e a pessoa atingida se apaixonava pela primeira pessoa do sexo oposto que visse.
-Não é possível ressuscitar os mortos. Todos aqueles que tentaram acabaram criando um ser de ódio que destruía a tudo e a todos a sua frente, só parando quando seu corpo fosse destruído pelo fogo ou quando matasse a pessoa que o ‘ressuscitou’. Dizem que esta é a origem dos Infiris, pelo menos a idéia de usar os mortos.
- Não é possível matar uma pessoa. Apesar de extremamente poderosos os Gênios não têm o poder sobre a vida e a morte. Se alguém pedir para matar seu inimigo, ele simplesmente fará com que ele fique mais forte e poderoso.
Devemos ter em mente que os gênios são traiçoeiros. Deve-se dizer seu pedido de forma clara e que não possa haver uma dupla interpretação. Assim como aquilo que você está dando em troca. Mas cuidado aquilo que você deu nunca mais poderá recuperar. Se você deu a sua vida, nada fará você de volta a vida, nem mesmo lágrimas de fênix, ou algum estratagema que você possa ter feito para nunca perder a vida.”
-Quantos erros em um só. – disse Harry ao terminar de ler para a ruiva.
- Eu só vi um. Ele não poderia te matar. – replicou confusa.
- Sim, esse foi um, mas eu já tinha percebido outro, mas não podia acreditar que tinha sobrevivido por isso. As palavras usadas por ele foram “Desejo que Faça ‘Thor’ Sumir da Historia da Humanidade”. Você percebeu o erro?
- Ele também te chama de Thor? - disse Gina emburrada.
- Não, ele me chamava pelo meu nome. Mas como aqui esse é o meu nome, disse ele.
- Ah bom. O erro seria História da Humanidade? – perguntou incerta.
- Sim esse mesmo. Nenhum humano se lembra de mim, mas não fui derrotado. Como ele me queria morto, aumentou meus poderes. Você já viu isso. A minha velocidade e forças aumentaram extraordinariamente, assim como a minha magia. Devo ser agora um Merlin no corpo do jovem Rei Arthur, com a força de todos os cavaleiros da Tabula Redonda. – Brincou o moreno. – alem do mais não só os humanos que poderiam se lembrar de mim. Várias outras criaturas mágicas e não-magicas, já cruzaram meu caminho e não se esqueceram de mim, como os hipogrifos do Hagrid ou os elfos da cozinha. É assim eu consigo tanta comida. Um deles já me pertenceu, e acredito que prefira a mim, que seu atual mestre.
- Mas esse Tom é muito burro mesmo, menosprezando as outras criaturas. Ele é um idiota. – começou a xingar a ruiva, despejando tudo que ela queria falar dele deste o inicio da conversa. – Agora o que você vai fazer?
- Pretendo dominar esses novos poderes antes de um embate contra o ‘Grande Lorde do Mal’. Não se preocupe, ficarei no castelo, e o melhor lugar pra isso. E o Tom não conseguirá me achar aqui antes de estar pronto.
- E com relação aos seus pais?
- Eles me magoaram muito, mas o amor que sinto por eles é maior. Se eles tentarem falar comigo eu falarei com eles. Mas não será tão fácil assim para o Sirius, ele ainda não vai com a minha cara. Os dois pelo menos ainda tentam. E com esse livro tenho as provas de que falo a verdade.
- Fico feliz por você. – disse encabulada a menina.
- Acho que esta na hora de irmos. Meus pais já entraram tem tempo e sei que você tem aula agora. – disse também com vergonha, mudando o assunto. Ele preferia falar de sentimentos em outra ocasião e lugar.
-É mesmo. Mas seus pais estavam aqui? Nos espionando?
- Sim do outro lado do lago, onde esta o Firenze. Não creio nisso. Meu pai conhece essa floresta melhor que eu, deve ter vindo para passar um tempo com a minha mãe sem ninguém atrapalhando, principalmente Sirius. – disse ele acenando para o centauro. – O tempo passou muito rápido. Qual é a sua próxima aula?
- DCAT. Vamos logo que não quero chegar atrasada. – disse ela se levantando.
- Tiago, não acho que devíamos nos embrenhar na floresta. Somos professores e devíamos dar exemplo. – disse Lilian depois de entrar na floresta coberta pela capa.
- Você dizia a mesma coisa quando estudávamos, mas adorava vir aqui. – disse Tiago com um largo sorriso. – eu só quero um tempo livre com você, meu Lírio. Você sabe como fica o Almofadinhas quando esta longe da Lene.
- Sim claro. Carente. Mas se não for a gente que pode ser, o Remo ainda esta se recuperando da Lua cheia?
- Ele tem aula agora, está a salvo. Ele pode perturbar os sonserinos, a Poppy, os sonserinos, a Mimi, os sonserinos, os elfos, principalmente o Monstro, os sonserinos, e já falei dos sonserinos?
- Algumas vezes. Vocês não mudam mesmo. – disse ela tentando ser repressora.
- Não, por isso que vocês nos amam tanto. - disse Tiago se sentando em uma pedra. – Vejo que não somos os únicos a vir ver o lago hoje.
- Quem está aqui? – perguntou a ruiva rapidamente, pronta para dar uma detenção em quem estava quebrando as regras.
- Calma ai, viemos para relaxar. Eu já tentei dar uma detenção neste casal hoje, mas não consegui. Ali na nossa frente está nosso filho e sua ruivinha. – disse ele apontando para o casal que acabava de se sentar encostados em uma árvore.
- Então Thor está no castelo. – disse a ruiva alivia por ver o menino.
- Thor? – perguntou confuso o professor.
- Esse é o nome que Gina deu para ele, já que, pelo que parece ele também se recusa a falar seu nome pra ela. – disse Lilian. – acho que tem alguma ligação entre o Deus Nórdico e o raio que ele tem na testa.
- Eu fico me perguntando como um confia tanto assim no outro se acabaram de se conhecer? – perguntou Tiago com m pouco de inveja do filho que tinha conseguido uma ruiva sem tantos problemas assim.
- Possivelmente Thor conhecia a Gina antes, assim como a nos e a ordem. E ele passa uma aura de tranqüilidade que te faz confiar nele. Eu nunca teria deixado eles dois sozinhos ontem se não fosse assim. Acho que a pequena Weasley também sentiu isso. Não viu como ela se arrumou toda hoje, ela nunca fez isso para nenhum de seus namorados. Acho que ganhamos um filho que já vem com a nossa nora.
- Vejo que ele puxou o bom gosto dos Potter. Sempre conseguindo as melhores Mulheres. Ou melhor, são fisgados por elas. – disse Tiago aliviando um pouco a cara da mulher.
- Dumbledore me disse que sentiu um poder muito grande nele. Maior que tinha sentido no nosso filho. O que será isso?- perguntou Lilian, mas quem respondeu não foi Tiago.
- Ele tem o poder comparado ao deus ao que foi associado. – disse Firenze aparecendo para os dois. – ele já era muito poderoso antes da intervenção de Voldemort, agora ele é praticamente um deus. Ironicamente, esse é o desejo do seu inimigo.
- Firenze, como você pode saber tanto assim sobre ele? – perguntou Tiago.
- Eu convivi com ele antes da mudança na realidade. Nos centauros ainda estamos estudando o que pode ter acontecido, mas percebemos que você humanos foram os mais afetados, principalmente quando se referem ao Jovem Potter do outro lado do lago. Parece que tudo que estava ligado a ele foi reescrito como se ele não existisse. Mas somente para vocês. Nós e os outros seres o conhecemos e temos a lembrança das duas realidades. – continuou Firenze, não fazendo muito sentido como todo centauro. – O fato que marcou a mudança foi o nascimento do filho de vocês. Sim aquele moreno ali é o filho que vocês perderam.
- Você pode nos falar mais sobre ele? – pediu Lilian.
- Posso falar um pouco, mas tudo só o menino pode falar. Ele é um grande bruxo, teimoso, carinhoso, corajoso e leal. Sua vida foi sofrida, mas seu coração sempre este limpo, sempre buscando o amor. Vale a pena conhecê-lo. – disse o centauro se afastando um pouco.
- O que faremos para ele nos perdoar? – perguntou Tiago um pouco depois, vendo o filho pegar um livro e ler para sua ruiva.
- Tentar conversar com ele, sozinhos, nós três ou quatro. Não sei se ele largará a Gina tão fácil assim, ou se ela mesma vai deixar que fiquemos sozinhos. – disse Lilian.
- Podemos tentar marcar um jantar. – disse Tiago. – É uma coisa meio formal, mas acho que nas devidas circunstâncias é o melhor.
- Também acho. Mas temos que ir agora. Ao contrario do meu filho não trouxemos comida e temos que dar aula.
- Para as coisas boas ele é seu filho, mas para as ruins ele é meu. É assim que vai funcionar é. – disse Tiago ajudando Lilian a se levantar. – acho que podemos pedir para o Aluado para passar o recado para a ruiva, ela tem aula agora com ele. E como ele é um Potter não ficará muito tempo longe dela.
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