Capítulo 24

Aclarações:

Itálico– 'esclarecimentos' de Harry. Pensamentos dele. POV's Harry. Ou ênfase em alguma palavra, ou frase.

Negrito – 'esclarecimentos' de Hermione. Pensamentos dela. POV's Hermione.

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Disclaimer: Harry Potter não me pertence, blablabla. Tudo é da J. K. Rowling e da Warner, whatever.

Observação: Capítulo NÃO betado. Pode conter atrocidades...

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Capítulo 24

-Então você "meio" que gosta da Luna?

Os olhos de Parvati estavam estreitos e fitos nos dele e Harry suspirou. – Bom dia, Parvati. Eu estou bem, obrigada por perguntar...

-Não, você não está. Verdade seja dita, parece... arruinado – Ergueu a sobrancelha, seu olhar abrangendo toda a estrutura do rapaz e voltando para seu rosto. – E, para sua sorte, esta é a razão pela qual não rugirei ameaças ao pé de seu ouvido.

-Parvati...

-Precisa consertar o que fez. E não me olhe assim, você quem ferrou bonito com a confiança de sua namorada. E sim, ela é sua namorada maldita, supere isso.

Eu poderia protestar, mas sabia melhor. Há coisas que, com Parvati, só devemos deixar passar. Ela não escuta.

-E como farei isso?

-Como eu vou saber? Foi você quem lhe jurou amor eterno – Parvati replicou secamente.

-Sabe muito bem que eu não sabia o que estava fazendo.

As mãos de Parvati se moveram e ela movimentou a boca como se estivesse o remendando:

–Blablablá, não é minha culpa, blablablá, eu sou muito bom, esse é meu problema de fato. Blablabá – ela virou os olhos. – Não quero saber. Se não notou, eu não estou nem aí. Apenas conserte a cagada que fez.

-Eu...

-Sabia que ontem eu a encontrei chorando?

E Parvati havia vencido.

Ela teve a decência de não rir em meu rosto enquanto me lançava seu típico olhar superior.

Não tenho certeza do que dizer; ou como, pelo menos, irei me aproximar de Hermione, na verdade... Mas a culpa tomou as rédeas de meu corpo outra vez.

-x- Miosótis –x-

Aparentemente Parvati tinha todo tipo de "plano B" preparado para as mais diversas ocasionais, no caso de "algum dia precisar". Planos para acossar alguém. Nem quero imaginar com quem ela pretende fazer o teste. Só posso ter piedade dessa criatura.

De toda forma, me é muito útil ao momento, porque, caso contrário, eu provavelmente não estaria face a face com Hermione num futuro próximo.

O plano fora dos mais simples, em verdade: Parvati se queixara de que não entendeu nada da mais recente aula de transfiguração até Hermione lhe oferecer ajuda, então, a menina indiana traria Hermione para a sala precisa.

Sejamos francos, no fim das contas Parvati simplesmente empurrou Hermione para dentro da sala e a fechou antes que a outra morena pudesse se dar conta de não estava sozinha.

-x- Miosótis –x-

Ele suspirou quando a morena o fitou com se uma faca estivesse enterrada em suas costas.

-Deixe-me apenas... Deixe-me falar um momento com você, então você pode ir.

-Bem... – Hermione murmurou. – Penso que não me deixará sair daqui até que tenha falado? - Harry apenas assentiu com a cabeça e a garota encolheu os ombros.

Ela calmamente se sentou numa das poltronas dispostas no lugar, suas mãos sobre as pernas e me encarou, seus olhos pareciam insensíveis.

Parvati havia armado para mim, por que eu ainda continuo me surpreendendo?

Observando Harry nervosamente buscar sinais em meu rosto era estranhamente reconfortante. Principalmente depois de ter chorado tanto que minha garganta amanhecera dolorida.

-Então?

Irracionalmente o medo me abateu. Eu havia pensado cuidadosamente por dois dias inteiros o que deveria dizer a Hermione. Quando finalmente decidi, não era sequer um décimo de tudo que eu sentia...

Afinal, enquanto tentava pensar em algum que não a fizesse surtar, ou não a magoasse atingi várias etapas: fui da raiva à tristeza, então culpa e logo me senti injustiçado... E então culpa outra vez. Repetidas vezes.

O moreno respirou fundo e a fitou.

-Também me faz mal – Harry comentou calmamente. – talvez porque não aja sobre meus sentimentos, pense que eu não sinto nada. Mas tanto quanto é difícil para você, Hermione, também é para mim!

-Sei que sente algo.

Eu sei. Mas estranhamente Harry consegue manter todas as emoções sob controle, sustentando sua nova máscara de autocontrole intacta. Enquanto estou em frangalhos.

-Não estou te acusando. Só é um fato. Tudo que sei é que estamos perdendo tempo discutindo e ferindo um ao outro enquanto deviríamos nos manter unidos para encontrar a solução da raiz de nossos problemas: o miosótis.

Harry parecia determinado.

-Então, a miosótis faz você irracional e intragável – Hermione abriu a boca para protestar e Harry impiedosamente prosseguiu. – Completamente pendente do mim, ou do meu amor. Eu não posso manter uma relação mais intima com Luna ou qualquer outra garota, sendo sincero, porque isso obviamente machuca você e, por conseguinte, me machuca também. Mesmo quando ambos sabemos que seu... 'afeto' por mim é tão falso como ouro de leprechaun.

-Harry! – a garota protestou.

Isso não era justo! Ele é uma pessoa importante, Harry é meu melhor amigo. Eu mataria e morreria por ele. Ele sabe disso.

-Sugiro – ele a ignorou. – Eu sugiro que nos fixemos em como acabar com essa maldição e quando eu não puder mais te ferir, e vice e versa – ele acrescentou tardiamente, ponderativo. – Voltemos a conversar, se possível. Desde que nenhum de nos consegue controlar adequadamente a si mesmo. E sempre que tentamos discutir algo pessoal alguém acaba magoado.

-Normalmente eu – Hermione afirmou amargamente. – Desde que é você quem não pode compartilhar seus sentimentos. Que tem segredos que não suporta que eu possa ao menos sonhar em saber.

A frase: "Não posso correr o risco de tê-la em minha cabeça" ainda me assombrava.

Harry riu, ele riu tanto que lágrimas marcaram o canto dos seus olhos. Quando se acalmou, o moreno disse apenas: – Você é muito tola.

E então eu esperei a tempestade. Não tardou a me acolher, na verdade: Hermione estava fora da poltrona de um salto e, eu estava certo, a qualquer momento a ouviria rosnar.

-Eu sou sua melhor amiga, deveria confiar em mim! Tanto quanto confio em você. O que diabos não pode me contar?! Pensa que eu não sei que esconde alguma coisa? Que a mantem de mim?!

Ela estava perto agora, quase cuspindo em seu rosto enquanto falava.

-Tanto quanto confia em mim? Tenha dó, Hermione, você não confiou em mim, não agora e talvez nunca!

-Não seja absurdo!

Harry obrigou a si mesmo a se acalmar e não fechar as mãos nos ombros da morena, como queria, ou pior. E então, com um passo a frente o rapaz afirmou com secura:

-Você me ouviu hesitar sobre Luna. E em nenhum momento lembrou o que lhe disse há dias atrás. Que não importa o quê, você sempre será a garota mais importante da minha vida. Eu fiz de tudo para que as coisas fossem o mais suave que pudessem. Quis deixar que tivesse seu tempo com Ron, mesmo quando isso me matava aos poucos. Eu ainda estou tentando sair dessa enrascada que nos meti. Eu sei que sou o único culpado. Nunca tive a intenção de transformar nossas vidas nessa bagunça. Mas aqui estamos nós. Um completo desastre. Mesmo quando tento arrumar as coisas, tudo parece vir abaixo com mais facilidade e rapidez. Então, não me diga isso. Nunca mais diga isso. Porque se realmente confiasse em mim, Hermione, saberia que eu nunca guardaria segredos, se não fosse para seu próprio bem.

Cansado, Harry fez um gesto vago com a mão. – Você pode ir agora - A garota ouviu as travas se abrirem às suas costas.

Oh, como ele se atreve?

Harry pareceu notar a raiva da amiga aumentar exponencialmente, porque ele acrescentou:

-Realmente não a trouxe aqui para discutir. Não sei o que me levou a pensar que era uma boa ideia, de qualquer forma.

Tive de fazer um grande esforço para não estapeá-lo. – Então para quê me trouxe aqui?

-Queria fazer as pazes – Hermione ergueu a sobrancelha. – Mas percebi que não há razão para isto – Harry afirmou.

-Não há razão – ela repetiu, incrédula.

Harry meneou a cabeça. Deveria explicar a ela sua mais recente epifania? Ou melhor, como conseguiria fazer isso sem insultá-la, ainda mais (que esteja claro).

-Você vê, o problema é o miosótis. Quando isso acabar, sua raiva provavelmente também não passará de uma lembrança embaraçosa. Tudo que tenho a dizer é: quando estiver pronta, ou suficientemente calma ou, eu realmente não sei a palavra correta aqui... Enfim, o que quero dizer é: quando estiver bem para você, me procure e podemos tentar acelerar nossa pesquisa para quebrar esse pacto. Enquanto isso, estarei fazendo minha própria pesquisa.

Forçando um sorrindo amigável, que me esforcei dolorosamente para manter em meu rosto, acenei uma despedida e me afastei sem olhar para trás. Sinceramente surpreso por ter conseguido atravessar o espaço sem cair sob uma maldição de Hermione.

-x- Miosótis –x-

Hermione lançou um olhar fulminante à Parvati quando esta apareceu a sua frente, quase saltitando em presunção.

-Então? – a morena cantarolou animada. – Fez as pazes com seu amor?

A monitora teve de rir disso, a ironia muito clara em seu tom, porque Parvati imediatamente franziu o cenho. – Eu não diria isso.

-Mas... Eu pensei que... O que diabos houve?! Eu pensei que encontraria você toda vermelha e não assim – acrescentou criticamente, a olhando de cima a baixo.

-Parece que Harry cansou de meus surtos afinal de contas – Hermione comentou, indolente. – Ele decidiu que o melhor que pode fazer é tentar quebrar a tradição e que eu seria bem-vinda quando parasse de agir de forma patética, isto é, quando parasse de envergonhá-lo e a mim mesma.

-O quê? Oh eu vou assassiná-lo!

-Parvati, deixo-o em paz. Estou pedindo. Por favor, não se meta. Por favor.

-Mas... Mas...

-Parvati.

-'Tá. Tá bom...

-Prometa-me.

Ofendida, a indiana a fitou. – Não confia em mim? Eu disse que não ia fazer nada – Hermione ergueu a sobrancelha. – Promessa! – Hermione estreitou a vista. – Eu prometo que deixarei Harry em paz sobre esse assunto de vocês! - ela resmungou, por fim, virando os olhos.

-Obrigada – Hermione disse, apertando levemente uma mão no ombro da amiga. – Eu preciso ir agora, tenho de adiantar algumas resenhas de poções.

Parvati fez uma careta enojada. – Boa SORTE.

Hermione lhe lançou um olhar reprovador e a outra deu de ombro com um sorriso sem vergonha. Balançando a cabeça de forma condescendente, Hermione se afastou.

Bem, livrar-me de Parvati foi fácil. É claro que eu sabia que falar sobre estudos iriam coloca-lo correndo em direção oposta a minha... Poderia ter sido um pouco mais reprovadora e insistir que ela deveria estudar também, mas, honestamente, não poderia correr o risco de minha amiga anuir (mesmo sendo tão improvável)... Eu preciso encontrar Luna.

-x- Miosótis –x-

Harry suspirou fitando sem ânimo o livro a sua frente. Não parecia nada promissor.

Deveria ter pedido o exemplar que a professora Mcgonagall deixara aos cuidados de Hermione; que ao menos falava sobre a maldição mais adequadamente. O livro que tinha em mãos mais parecia um conto de fadas, quase podia sentir as poesias o espreitando. Mas só de pensar em pedir algo a Hermione... bem, digamos apenas que Harry não estava certo de que seria a ação mais "apropriada".

"I wish we would just give up
'Cause the best part is falling
Call it anything but love"

Como algo poderia ter dado tão errado?

Tudo que precisava fazer era pedir desculpas e torcer que o temperamento de Hermione estivesse menos aquecido que aquela noite horrível.

Ser compassivo e apenas manter a boca fechada pelo maior tempo possível até que ela lhe dissesse que estavam bem.

Mas, é claro, meu próprio temperamento decidiu aparecer exatamente no momento "mais oportuno". E todo o sentimento de culpa deu lugar a decepção e frustração.

Eu não estava fazendo NADA de errado. Não é como se eu tivesse agarrado Luna e pedido que fosse minha namorada ou mãe dos meus filhos, pelo amor de Merlin! Não é mesmo como se eu soubesse o que sinto por Luna direito e, principalmente, não é como se fosse da conta de Hermione. Francamente!

Ela não tem esse direito. Miosótis a parte, ela não devia ter feito essa tempestade! EU não a pergunto por que ela se sente tão apaixonada por Ron quando devia ter apenas olhos para mim. Me esforço para não agir como uma besta enfurecida quando encontro Ron, mesmo quando meu desejo secreto é espancá-lo até quase a morte e depois enviá-lo para tão longe quanto possível de Hermione. Porque, segundo o miosótis, ela deveria ser minha. Só minha.

Meu Deus isso é uma bagunça.

Harry passou ambas as mãos pelos cabelos já desordenados, fechando os olhos e espirando com força. Isso teria que ir embora em algum momento. O rapaz esperava que em breve.

Poderia ser um conto de horror. Eternamente apaixonados, mas não de fato?

Enquanto os sintomas permanecem ali, mesmo quando se tem sentimentos fortes por outro ou outra.

São apenas muitas pessoas nessa equação.

"And I will make sure to keep my distance
Say 'I love you' when you're not listening
How long can we keep this up, up, up?"

Verdade seja dita, ainda não tenho certeza do por que me afastei de Hermione. Eu sentia a falta dela e a dor já se tornara há muito tempo física. Só por encará-la meu coração e corpo se aquietaram um pouco.

Mas não estou certo de como me controlei, como não quebrei a distancia entre nós, até mesmo a resistência dela – era óbvio que Hermione estava lutando muito duramente contra si mesma. Não tenho certeza se o desejo era de me enfeitiçar ou me abraçar, ou ambos. – e a toquei. Talvez porque muito provavelmente não iria parar de tocá-la se ao menos me concedesse essa liberdade. Não iria libertá-la tão cedo.

Por que agora acho que esse era o rumo que deveria ter tomado?

-x- Miosótis –x-

"And please don't stand so close to me
I'm having trouble breathing
I'm afraid of what you'll see right now
I give you everything I am
All my broken heartbeats
Until I know you understand"

Luna encarou Hermione com curiosidade. Mas, paciente, não se importou em quebrar o longo silêncio que a jovem a sua frente fazia; mesmo quando fora Hermione quem incitara o contato, lhe enviando uma mensagem.

-Você gosta do Harry – Hermione afirmou, por fim.

-Eu sou apaixonada por Harry – Luna corrigiu imediatamente.

Bem, isso é inesperado. Uma parte de mim ainda esperava que ela negasse de maneira inabalável qualquer sentimento além de pura amizade por Harry.

-Por que está tão chocada? Harry é uma pessoa maravilhosa e doce, isto é, se ele lhe der o privilégio de conhecê-lo.

Eu sei que Harry é.

O esforço que Hermione fez para não escarnecê-la não parecia suficiente, pois a morena bufou. - Tenho certeza que ele está sendo maravilhoso pra você.

Luna ergueu a sobrancelha e sorriu. – oh, eu vejo – ela deu uma risadinha e me fitou com seus enormes olhos azuis. – Está com ciúmes. – oh, que revelação... Ela acrescentou:

– Veio aqui para me enfeitiçar ou me surrar? E insistir que eu me afaste de seu homem?

-Pelo menos alguém está se divertindo com os meus surtos de agressão - Resmunguei nada satisfeita como Luna parecia levar tudo na brincadeira.

Do nada, Luna se tornou séria, antes de afirmar:

-Sabe o que tem de fazer. Você está apaixonada por ele. Diga isso.

O choque de tê-la dizendo estar 'apaixonada' por Harry não era nada comparado a sensação nesse momento. O espanto parece ter entorpecido meu corpo, porque sinto minha boca paralisada em um perfeito "O".

Não é mesmo a primeira vez que alguém diz algo desse tipo, tenho Parvati Patil como melhor amiga - e casamenteira -, pelo amor de Deus!

Mas, diferente de Parvati, que apenas zombava e insistia porque era exatamente isso que ela desejava que eu sentisse, Luna só parece saberque eu sinto amor por Harry, como se isto fosse de conhecimento geral e um fato concreto.

Hermione ofegou. – Não posso dizer tal coisa. O miosótis me faz assim, sabe disso!

Luna sorriu delicadamente. – Então por que me quer distante? Você não precisa se importar... afinal, quando quebrarem essa tradição... Se isto ao menos for possível, eu quero dizer – acrescentou. - Você não vai se importar o mais mínimo se Harry pode ou não estar apaixonado por mim.

O que acendeu a chama de revolta novamente.

-Mas agora eu sinto!

Luna franziu o cenho. – Harry nunca impediu que entrasse em contato com Ron. Você acha que ele não está sentindo o ciúme e dor e rancor e todos esses sentimentos pequenos que está demonstrando agora?

-Eu nunca... - Instintivamente Hermione recuou.

-Quanto egoísmo... Mas não precisa se preocupar com meus sentimentos. Eu nunca agiria sobre eles enquanto estão juntos. É minha amiga também, Hermione – lembrou secamente. - Além do mais, estou muito certa de que Harry não se sente da mesma forma em relação a mim.

-Como pode estar certa?

Luna a fitou com uma incredulidade irritada que, por alguma razão, me fez me sentir envergonhada.

-Porque ele gosta de você da maneira correta.

-Todo mundo nessa escola enlouqueceu! Eu não posso entender porque todos acreditam, mesmo você e Ron, que Harry é secretamente, ou não tão secretamente assim, apaixonado por mim.

-Apaixonado? Eu não penso assim...

A certeza na voz de Luna parecia um chicote acertando dolorosamente uma parte de mim que eu apenas estava começando a me dar conta que existia... Ridiculamente, me sentia ofendida pela afirmação dela. Por não haver qualquer resquício de insegurança em seu tom. E Doeu.

Doeu tanto que eu queria esbofeteá-la por disparar esse meu lado; esse lado que não quer que Harry não me ame exatamente dessa forma.

-Não Hermione, ele não é apaixonado por você - Ela continuou impiedosa. - Como não pode entender isso? É muito mais fundamental. Harry ama você. Tudo que ele deseja é que seja feliz, mesmo que seja ao lado do Ronald. Você pode compreender o que ele está fazendo? – indagou suavemente. - Paixão não pode ser usado para descrever a magnitude do sentimento que Harry nutre por você – Luna suspirou. – E então há você, infantilmente negando a si mesma esse afeto, irracionalmente ignorando o que já é um fato consumado. Há certa ironia nisso, certo? Eu tentando lhe explicar a maneira extraordinária que os liga agora...

Luna se aproximou de Hermione. – Talvez, ao invés de se esconder como uma garotinha com medo do escuro, você deve finalmente parar para analisar o que se sente real e o que é o miosótis interferindo e provar que é a mulher que eu penso que é. Eu nunca fui sua inimiga, é você quem está se sabotando. Pense cuidadosamente.

– E mais uma coisa, Mione... - Tocando um lado do rosto de Hermione com uma mão e espalmando um beijo do outro, Luna se afastou da bochecha da amiga, e chegou ao seu ouvido:

–Você parte o coração dele e eu esmago o seu.

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(Continua)

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N/a: Desculpem a demora. Eu não conseguia me concentrar e então eu vivia mudando de ideia nesse capítulo, até que deu nisso, espero que tenham se divertido com ele! E espero que tenham um tempinho para comentar, rs.

Novamente, OBRIGADA, obrigada por todos os comentários!

A música que utilizei nesse capítulo se chama "Distance" e é interpretada por Christina Perri e Jason Mraz, é linda.

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