Só mais um inicio...



Aquele era mais um quente dia na rua dos Alfeneiros. Dentro da casa de número quatro uma pessoa em especial ainda permanecia em sua cama. Um garoto magricela, de cabelos pretos e aparência doentia, com roupas sujas e pouco rasgadas. Era Harry Potter.

O dia já havia começado a muitas horas, mas Harry tinha ficado em sua cama. Imagens terríveis do final do ano anterior lhe voltavam a mente a cada piscada dos olhos. Todos os demais moradores da rua dos Alfeneiros e tantas outras se encontravam na novidade do bairro para aquele verão, um parque aquático.

- Edwings – falou Harry percebendo que sua coruja havia finalmente voltado.

A coruja apenas deu um leve beliscão no ombro do garoto e automaticamente estendeu a perna para que ele retirasse a carta

Harry
Papai disse que já temos lugares para você aqui...Ninguém está entendendo Dumbledor, que insiste em manter você por aí até que as aulas comecem. Vamos dar um jeito, não se preocupe.
Rony
Harry não se importou realmente. Havia mandado uma coruja em códigos para Rony, querendo saber quando iria sair dali, mas a verdade era que ele não estava odiando aquilo como sempre, apesar de estar sentindo uma dor estranha, tanto na cicatriz quanto no peito.

Harry havia reparado que os tios e, principalmente, Duda, haviam feito de tudo para se manter longe do garoto, o que não era tão difícil já que Harry passava a maior parte do seu dia em seu quarto.

Não havia se importando, nem reparado, que poucas cartas ele havia recebido (inclusive em seu aniversário). Queria mesmo ficar sozinho, pensado em Sirius, seus pais e qual poderia ser o destino do mundo mágico e do mundo dos trouxas.

Já havia acabado as férias e Harry se via embarcar, inconsciente, no Expresso de Hogwarts. A Sra. Wesley havia comprado o seu material (com o dinheiro de Harry) e naquele momento abanava junto com o Sr, Wesley, Moody e Tonks.

Harry reparara que Rony, ao seu lado, havia crescido bastante e seu cabelo, sem falar em seu rosto, estava ficando muito parecido com o dos gêmeos. Por outro lado, Gina nem parecia a mesma garota tímida que Harry vira no segundo ano. Estava bonita e até lembrava uma das apresentadoras do telejornal que Harry vira algumas vezes.

Assim que o trem saiu da estação os três, além de Neville e Hermione, acharam uma cabine vazia. Enquanto iam-se acomodando nela Malfoy apareceu:

- Potter – disse rancorosamente

- Seu pai já voltou para casa? – perguntou Hermione indo a frente de Harry

Ele a encarou por alguns segundos, olhou ao redor (seus capangas não haviam embarcado no Expresso), queria ter certeza de que não aconteceria como no ano anterior (ser atacado por todos os lados), então se virou e enquanto ia saindo falou:

- Tome cuidado esse ano sua sangue-ruim...Tudo isso terá uma vingança!

Harry e Rony até já haviam pegado suas varinhas, mas Malfoy sumira de vista.

- Não ligue, ele só está zangado por causa do pai – disse Gina aproximando-se de Hermione e começando a acariciar Bichento.

- Eu sei – falou Hermione ficando um pouco desanimada.

Todos permaneceram calados até que o Expresso de Hogwarts chegasse a estação, mas uma enorme quantidade de alunos apareceu e eles só voltaram a se encontrar nas carruagens.
Rony e Hermione apenas olhavam para Harry que ainda continuava muito calado e distante.

- Tudo bem com você? – perguntou Hermione

Harry pareceu acordar de um sonho profundo e depois de dar duas piscas fortes com os olhos respondeu:

- Estou bem Mione

Rony e Hermione tinham decidido que o melhor que poderiam fazer era ficarem quietos até chegarem ao castelo. Harry, obviamente não estava bem e isso só preocupou mais os dois.

Já no Salão Principal a Profa McGonagall terminava a seleção dos alunos novos e Dumbledor se preparava para fazer seu discurso de inicio de ano quando a enorme porta do Salão Principal se abriu estrondorosamente. Cada aluno de cada uma das quatro casas virou-se para a origem do barulho.

Uma garota com uma capa branca e um capuz sobre a cabeça andava lentamente, porém muito determinada, em direção a mesa dos professores, direção de Dumbledor. A cada passo a respiração dos alunos mudava e ninguém sabia se aquilo era um bom sinal.
Quando a garota finalmente chegou em frente aonde Dumbledor já se mantinha em pé, ela apenas ergueu um braço e fez um pequeno movimento para que ele se abaixasse. Nenhum aluno ou professor estava entendendo o que aquilo significava. Dumbledor nunca antes havia parecido tão domado.

Enquanto eles conversavam em pequenos sussurros Harry viu Malfoy fazer uma cara feia e Snape segurar sua varinha discretamente.
Poucos minutos se passaram até que a conversa deles terminasse e quando Dumbledor se levantou o Salão já estava repleto de ruídos de fofocas por todos os lados.
A garota continuava para da mesma forma que estava enquanto falava com Dumbledor, porém Dumbledor estava ereto novamente e apenas fez um sinal com as mãos para que as conversas parassem.

- A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano irá receber uma aluna de uma escola distante. Ela irá passar esse ano conosco e será colocada na casa que o Chapéu Seletor escolher. – disse Dumbledor sério – Profa McGonagall, o Chapéu, por favor?

A professora levantou-se desajeitada e levou o banquinho, que era pequeno demais para a garota, e o chapéu

A garota se sentou, também muito desajeitadamente, ainda tentando esconder o rosto e a Profa colocou o chapéu em sua cabeça.


-Você deveria tirar seu capuz

Lentamente ela foi baixando o capuz e não havia ninguém, nem mesmo os fantasmas, que não a estivessem olhando. Quando ela finalmente o soltou todos puderam ver seus cabelos pretos, assim como os de Harry, desabarem em cachos irregulares sobre os ombros.

Harry, assim como todos os outros garotos, não puderam esconder uma súbita atração.

A garota tinha os olhos num tom indefinido entre verde e azul, que eram muito atraentes, além de sua boca vermelha.

O chapéu seletor demorava a se decidir, parecia confuso. Ela, por outro lado, estava com a mesma expressão. Assim que o chapéu finalmente abriu a “boca” para dizer a casa que ela deveria ficar, a garota se levantou e, superando a voz do chapéu gritou:

- Soncerina!


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.