Quando os pais interferem

Quando os pais interferem



n/a: primeiro de tudo: MIL DESCULPAS PELA DEMORA, eu realmente não esperava demorar tanto .-. por isso esse capitulo é um pouquinho maior que os outros e tem mais “ação”, pra compensar :D a fic ta seguindo um caminho meio diferente do que eu imaginava, mas acho que ainda assim ta ficando legal :D


- respondendo:


nath krein: own, como sempre obrigada *-*


Carolzinha Gregol: omg, omg, obrigada *---* eu ameei escrever aquela cena de quase-beijo, haha. Desculpa mesmo a demora :/


Nahaliah Evans Potter: obrigada mesmo *-* ta ai (:


Luna -: hahaha, não tenha um treco D: e mal pela demora, eu me atrapalhei demais ;~ espero mesmo que goste desse capitulo (:


Fê Black Potter: ta ai o próximo (: eu quis fazer eles bem fofos mesmo *-* aamo pessoas fofas *-* haha


Countess: obrigada (: esses homens bêbados não valem nada u.u mas é legal fazer umas loucuradas dessas as vezes, haha. Essa música não sai de jeito nenhum da minha cabeça, mas pelo menos gosto dela *-*


sophis: James é mesmo tão… nem sei a palavra, auhauahauaua.


Jor Black: eu amei a capa também *-* aai, que bom que clicou aqui, fez uma autora feliz *-* ahauahuaha. Eu tenho uma fã, eu tenho uma fã (8) ta parei ;x mals a demora :/


Fe Domingues: o capitulo chegou, com muita³ demora, mas ta ai (:




Capítulo 4 – Quando os pais interferem.


Lily havia voltado para casa alguns dias antes de previsto. Seu pai se sentia sozinho na grande casa, e ela não negou voltar antes. Agora, mais do que nunca, ela devia agradá-lo. Os dias nunca tinham parecido tão bonitos e agradáveis quanto ultimamente, mesmo com o inverno ainda no seu máximo, ela não parecia sentir o frio. Tudo era motivo para um grande sorriso, só de pensar que James apareceria em sua casa para falar com seu pai. Pensou em já o preparar para o que estava para acontecer.


- Papai, podemos conversar? – Lily diz já entrando no escritório de seu pai sem bater na porta. Pára de supetão ao ver que havia um homem sentado de costas para a porta, e que aparentemente ele e seu pai estavam conversando. – Ah… desculpe, não sabia que estava ocupado. Volto mais tarde. – se desculpa sem jeito, já saindo da sala.


- Espere filha, eu ia mesmo pedir para alguém chamá-la. – ele diz sorrindo, e ela se espanta.


- Sim? – pergunta desconfiada.


- Eu estava conversando com o senhor Prewett sobre o seu futuro. – ele diz diretamente, e então Fabian Prewett se vira sorrindo para ela. Lily sente seu peito gelar. – E acredito que isso seja de seu interesse, então sente-se.


Ela caminha dura até uma cadeira ao lado de Fabian, e se senta, apenas acenando de leve para ele, que ainda sorria alegremente para ela. Seu rosto não conseguia expressar outra coisa a não ser o susto que levara ao ver Prewett ali, e ainda mais por entender o motivo da visita.


- Acho que já deixei bem claro que as minhas intenções com sua filha são as melhores, senhor Evans. – Fabian fala possivelmente retomando o assunto de antes de Lily chegar.


- E eu dou meu total apoio. Mas me chame de Raoul, já somos praticamente da mesma família, não é? – o senhor Evans falou rindo alegremente. Lily só mexia os olhos arregalados de um para o outro. Desde quando os dois andavam tão íntimos assim? E ainda mais, falando sobre ela como se ela fosse um objeto!


- Alguem pode me explicar? – Lily pergunta ainda estática, torcendo para que tudo não passasse de um mal entendido de sua parte.


- Claro. – fala Fabian. – Eu vim pedir ao seu pai autorização para podermos nos ver mais freqüentemente.


- Para preparar vocês dois para um casamento daqui algum tempo. – Raoul fala contente com isso. – Eu sei que você não gostaria de se casar com alguém que não conhece, Lily, então vocês tem minha permissão para poderem conversar sem ninguém por perto para vigiar.


O coração de Lily foi parar na garganta, e ela se esforçou ao máximo para não deixar as lágrimas escorrem. Seu peito parecia vazio, e ainda assim ardia, e o ar não entrava direito.


- Eu preciso descansar. – ela levanta num pulo, e antes que qualquer um dos dois impeça, ela sai porta a fora. Corre pelos corredores da casa, e sai pelo gramado, sem olhar para trás. Correu até uma pequena casinha que fica nos fundos da grande casa. Entrou sem bater na porta.


- Mas o que…? – uma pessoa começou a dizer, e logo se sentiu sufocada pelos braços de Lily. – Pequena Lily, o que faz aqui a essa hora da manhã?


- Como ele pôde fazer isso comigo Ama, como? – ela finalmente deixa as lágrimas escorrem livremente por todo seu rosto. A Ama nunca havia a visto chorar desse jeito, nem quando era uma menininha. – Ele não podia ter feito isso, não agora! Não é justo!


- Calma, pequena, calma. – a Ama diz passando a mão pelos cabelos ruivos da garota, tentando a tranqüilizar. – Senta aqui, vou pegar um chá para você, e então me conte o que aconteceu.


Lily sentou-se num sofá velho e puído, mas era o único que havia na pequena sala. Não conseguia controlar o choro, e seu peito subia e descia tão rápido que chegava a doer. A Ama não levou dois minutos, e voltara com uma caneca simples com chá quente, entregando à Lily, que pegou com as mãos tremulas.


- Você já amou alguém, Ama? – Lily pergunta, para a surpresa da outra.


- Bem…talvez você não se lembre, pequena, mas eu já fui casada. – Lily a olhou surpresa, seus olhos verdes contrastando demais com o contorno vermelho. – E ele foi o grande amor da minha vida.


- O que aconteceu?


- Foi mandado para a guerra, junto de outros escravos, e eu nunca mais o vi. – falou com a voz pesarosa. – Mas isso já faz muito tempo. – tentou esboçar um sorriso.


- E você o amou muito?


- Mais do que se possa imaginar possível. – Lily largou a caneca num banco que tinha por perto, e deitou a cabeça no colo da Ama.


- Eu sinto muito… - murmurou.


- Tudo bem, já faz muito tempo. – ela tentou soar indiferente. – Mas me conte, o que realmente incomoda esse seu coração?


- Meu pai está acertando meu casamento com Prewett. Mas está querendo fazer com que eu aceite isso de boa vontade antes de confirmar qualquer coisa. – falou soltando o ar rápido.


- Achei que você achasse esse rapaz uma boa pessoa. – a Ama continuava acariciando os cabelos da protegida.


- E ainda acho. Mas não quero me casar com ele, Ama! Não é ele quem eu amo. – Lily falou a última frase num fio de voz, como se seu pai estivesse ali do lado tentando ouvir a conversa. – Mas ele nunca vai aceitar quem eu amo…não se tiver o Prewett por perto.


- Fique calma, pequena, seu pai não vai obrigá-la a se casar. Ainda mais se seu coração pertencer a outra pessoa. Mesmo que essa outra pessoa seja o garoto Potter.


- Como você sabe dele? – Lily pergunta impressionada, levantando do colo da outra.


- Eu sei de muitas coisas. – a Ama sorriu bondosamente.


- Mas eu não falei para ninguém além de Scarllet, e…


- Pequena, não preciso ouvir isso de ninguém. Eu pego as coisas no ar. – e riu, fazendo com que Lily sorrisse pela primeira vez desde que entrou no escritório. – Acho melhor você voltar para a casa grande para o almoço.


- Eu sei… - Lily suspira. – Vou ir, então. Obrigada Ama, eu precisava de você. – e a abraçou fortemente, deixando mais uma lágrima escorrer.


- Vá lá, e não se esqueça de passar uma água nesse rosto. – sorriu para Lily, e a ruiva acenou em concordância.






- Hm, e estive pensando, Lily, sobre o seu aniversário, - o senhor Evans falava durante o almoço. Lily apenas o olhou de canto. Ela não abriu a boca nenhuma vez até agora, já que Fabian Prewett havia sido convidado para o almoço. – e acho que poderíamos fazer apenas um jantar com amigos próximos, o que acha?



 


- Desde que eu possa convidar algumas pessoas em especial. – ela dá de ombros, falando pela primeira vez em mais de meia hora.


- Claro querida, como quiser.


- Pelo menos uma coisa como eu quero. – ela diz calma, mas levantando da mesa sem pedir licença e se retirando.


Raoul e Fabian se olham sem entender. O primeiro suspira e faz menção em levantar, mas o outro o interrompe.


- Deixe que eu vá falar com ela. – Fabian pediu, e Raoul apenas acenou.


Ele andou pela sala, mas nada. Foi então que olhou pela janela e a viu correndo pelo gramado e se escondendo atrás de uma moita. Ele achou estranho o lugar para se esconder, mas foi atrás.


- Lily? – Fabian chamou suavemente quando parou de frente para ela. Lily estava sentada quase no meio do arbusto com as pernas encolhidas e o rosto enterrado nos braços. Ele se ajoelhou e tocou seu braço.


- O que foi? – ela pergunta ríspida, sem se mover.


- O que aconteceu? – ele pergunta tranqüilo, ignorando o tom dela. Sabia que ela estava nervosa com algo.


- Acho que vou ter que ser sincera com você… até porque se a sua idéia é de que nos conheçamos bem antes do grande dia, quero que você saiba disso. – ela diz levantando os olhos, novamente inchados, para ele. Fabian espera em silêncio que ela continue. – Você parece que daria um ótimo marido, e pai, e eu desejo que algum dia você seja. – ele sorri ao ouvir essas palavras. – Mas não comigo. – seu sorriso se desmancha no mesmo instante. – Eu não vou conseguir. Nós podemos ser grandes amigos algum dia, mas eu não me casaria de boa vontade com você, e meu coração nunca será seu. Eu sinto muito.


- Bem… - ele engoliu em seco. – Eu já espera que você se sentisse assim em relação ao nosso possível futuro juntos. Mas não achei que fosse falar tão diretamente. – sorri sem graça.


- Eu não quero que você sofra, Fabian. Não como eu estou sofrendo com isso. – Lily diz em tom de desculpa. – Só queria que soubesse da verdade.


- Mas também podemos seguir com o “plano”. – Fabian diz docemente, e logo acrescenta. – Penso que ao nos vermos mais vezes, você vai passar a gostar mais de mim. É só você deixar que isso aconteça, e não vai se arrepender. Eu realmente gosto de você.


Ele não havia entendido. Lily suspirou. Ela só faltou dizer que gostava de outra pessoa! Ou ele era idiota, ou estava fingindo que ela era!


- Vou ter que ir agora Lily. – ela apenas concordou com a cabeça. – Vejo você no jantar do seu aniversário. – beijou a testa dela e a deixou ali.


Lily esfregou o rosto com as mãos. Teria um jantar de aniversário. E poderia convidar alguns amigos. Sabia exatamente quem convidar. Sorriu com sua própria idéia, e logo tremeu de frio, um vento gelado tinha começado, e ela sentiu que essa noite nevaria como nunca. Levantou e voltou para casa, indo direto escrever algumas cartas para convidados.






Não havia convidado muitas pessoas de propósito. Não queria uma festa, e fazia tempos que tinha decidido isso. Convidou apenas alguns amigos próximos mesmo, e claro que Prewett também estava lá. Apenas suspirou resignada.



 


- Feliz aniversário Lily! – uma empolgada Scarllet quase derruba Lily no chão com seu abraço. – Tenho uma coisa para te contar. – falou bem baixo, indicando um rapaz que esperava mais atrás.


- Sirius Black? – Lily pergunta com um enorme sorriso.


- Sim! – continua Scarllet, puxando Lily para um outro canto da sala. – Dois dias depois que você saiu da minha casa, ele apareceu e pediu para falar com meu pai para pedir permissão para me ver. Até onde eu sei ele pareceu bastante relutante por não conhecer Sirius, mas Patrick chegou por acaso ao escritório e garantiu que conhecia Black, e que ele é um bom rapaz! Não é ótimo? – conta ainda aos pulos.


- Claro que é! – Lily concorda, tão empolgada quanto Scar. – Pelo menos uma de nós vai ter um final feliz. – comenta com um sorriso triste.


- Como assim? – Scarllet pergunta receosa, e então Lily explica o que aconteceu no começo da semana, com Fabian aparecer lá e falar com o pai dela, e ele adorar a idéia. Que ela dera a entender que gostava de uma outra pessoa, e ele agiu como se não tivesse entendido.


- Mas vou ver se dou um jeito hoje mesmo. – termina com um grande sorriso. Scarllet faz cara de interrogação, e Lily dá de ombros. – O convidei para vir hoje.


- Olhe lá, heim… - advertiu a outra. – Seu pai pode não achar essa a melhor das idéias e ficar muito bravo. Vou falar com Sirius, ele está sozinho lá. – acrescentou ao ver o moreno esperando por ela.


Scarllet foi até Sirius, onde conversaram tranquilamente, um sorrindo carinhosamente para o outro. Será que eles tinham momentos como aquele que Lily tivera com James? A ruiva se pegou pensando, e logo em seguida balançou a cabeça, rindo de si mesma. E por falar em nele, onde ele estava que ainda não chegou ainda? E então um nervosismo cresceu no seu peito. E se ele só estivesse de brincadeira com ela e não aparecesse? Se virou rápido para sair da sala, ir se esconder em algum lugar e ninguém a veja com a cara de choro que estava para se formar, mas um par de braços a seguraram e ela soltou um grito de susto.


- Te assustei? – James pergunta, sorrindo divertido, ainda a segurando pelos ombros.


- Sim! – ela diz sem sorrir, ainda assustada, mas ao mesmo tempo mais tranqüila ao ver que ele realmente veio. James largou os ombros dela e sorriu. – Achei que não viesse. – Lily diz sem tirar os olhos dos dele.


- Eu não deixaria de vir. Meu pai tentou me segurar quando soube, mas eu esperei um pouco e pulei a janela. – eles riram. – Vou aparecer sempre que você me chamar.


- Queria poder dizer o mesmo. – Lily resmungou.


- Não faça isso, não fica bom mulheres pulando uma janela. – James impõe.


- Eu sei James. – ela revirou os olhos.


- Onde está seu pai? – ele pergunta procurando pela sala com os olhos. Sorriu ao ver Sirius e Scarllet conversando.


- Ali. – apontou para um ponto perto da porta da sala de jantar. Raoul Evans conversava animadamente com um homem alto e jovem, de cabelos ruivos.


- Prewett? Não sabia que eles se conheciam. – James ergueu uma sobrancelha.


- Na verdade… - Lily suspirou. – Meu pai quer que eu case com ele, e ele achou uma ótima idéia. – falou torcendo o nariz.


- Vocês estão noivos? – ele pergunta com um tom de angustia misturado com raiva.


- Não. – Lily fala confiante. – Não por enquanto. – e tirou os olhos dos dele.


- Isso significa que eu ainda posso mudar isso. – James sorri como quem tem uma idéia em mente. – Vou falar com ele. – e saiu de perto dela.


- James! – ela ainda tentou chamar, mas ele fingiu que não ouviu.


Scarllet viu James indo até o pai de Lily, e correu para o lado dela. Sirius veio logo atrás, também observando a cena.


- Eu espero que ninguém morra hoje. – a voz de Scarllet tremeu. Eles viram James chegar sorrindo e cumprimentar Raoul e Fabian. O senhor Evans sorriu educadamente e trocaram mais algumas palavras, até que o mais velho fechou a cara, e Prewett olhasse para James como se duvidasse de sua sanidade. Perceberam que o senhor Evans parecia bem mais duro e nada a vontade ao falar, já James sorria contagiantemente.


- Ele é completamente louco. – Sirius falou, e soltou uma risada que parecia ser de um cachorro. Lily e Scarllet o olharam do mesmo jeito que Prewett olhava para Potter.


O grupo de homens conversou mais um pouco, e então Raoul olhou para Lily como se quisesse saber o que um Potter fazia na casa deles. Ela apenas sorriu sem jeito. Não deu nem dois minutos, e o jantar foi anunciado.


Os lugares eram marcados, e Lily teve que sentar ao lado de Fabian, que toda hora tentava puxar algum assunto com ela, e Scarllet, com quem ela fingia ter algo muito interessante para falar e ignorar Prewett. Sirius e James foram colocados quase do outro lado da mesa. James obviamente por ser um Potter, e Sirius o acompanhou por caridade.


- Eu gostaria de propor um brinde à minha filha, Lily! – Raoul Evans levantou em seu lugar, erguendo uma taça com vinho. – Desejo a você tudo do melhor sempre, porque eu sei que você merece ser feliz. Feliz aniversário minha pequena. – ergueu a taça mais uma vez e bebeu sob os aplausos de concordância de todos.


- E eu garanto que você será muito feliz. – Fabian falou perto de seu ouvido. Não era a mesma sensação de quando James chegou tão perto dela. Com Prewett ela queria se afastar, só não o fez porque pareceria muito feio para quem vê. Deu um rápido olhar para James, que olhava com um ódio possessivo para o outro, e assim que a viu sorriu, assim como ela. Fabian sorriu confiante de que ela sorria para ele.


- É… - Lily concordou apenas para falar alguma coisa, sem nem olhar para ele, não que estivesse prestando muita atenção no que ele falava.


- Você está deixando Fabian falar sozinho! – Scarllet sussurrou para Lily. – Podia pelo menos tentar parar de olhar para James e dar atenção a ele! Seu pai pode ficar bravo, ou melhor, mais bravo do que já está por Potter estar aqui. – acrescentou ao ver Raoul olhar feio para Potter mais uma vez.


Ela bufou e virou de volta para Fabian, inventando qualquer coisa para falar. Lily gostava dele, mas como já tinha deixado bem claro para Scarllet, James, e a Ama, não queria nada mais do que a amizade dele. E Fabian parecia não perceber, e seu pai insistia que ela o aceitasse, que seria para o bem de todos. Mas não conseguia ver como isso seria bom para ela. E do jeito que ele agia parecia querer mostrar a todos os presentes que já estavam com casamento marcado.


- Lily. – ela virou para seu pai que a chamava logo após o jantar. A maioria dos convidados já havia ido embora. Fez sinal para Scarllet e ela também foi para sala com os outros. – O que o garoto dos Potters está fazendo aqui? – pergunta já com o rosto vermelho.


- Eu convidei. – ela deu de ombros.


- O que você pensa que está fazendo? Acha que as pessoas não vão comentar sobre isso? – ele fala bravo, mas baixo.


- Acha que as pessoas já não estão comentando que vou me casar com Prewett? – ela rebate no mesmo tom de voz que ele.


- E isso é bom. Porque é o que vai acontecer. – ele fala decidido.


- Você mesmo quem disse que eu não me casaria com quem eu não quisesse! – Lily diz com os olhos marejados de lágrimas.


- Eu disse, mas você tem que entender o que é melhor para você!


- Prewett nunca vai ser tão bom para mim quanto James é!


- Ora, agora já até o chama pelo primeiro nome? O que está acontecendo com você? Não lembra que Potters e Evans são inimigos? – ele fala indignado.


- Só porque o senhor e meu pai querem. – James aparece na sala de jantar. Ele estava perto da porta esperando por Lily, ouviu as vozes alteradas e resolveu intervir.


- Quanta insolência da sua parte aparecer aqui assim e ainda falar desse modo comigo! – o senhor Evans praticamente cospe as palavras.


- Com todo respeito senhor Evans, não sou eu quem está gritando aqui. Eu vim a pedido de Lily. E sim, nós nos chamamos pelo primeiro nome. – adicionou quando Raoul torceu o rosto. – E também falar com o senhor.


Lily já estava entre lágrimas. Ela não queria ter que ver essa cena, não queria que eles já começassem discutindo. Raoul não falava nada, apenas tremia de raiva, e Lily temia que ele jogasse algo em James, que parecia relativamente tranqüilo, mas cuidadoso.


- Eu gostaria de conversar com o senhor. – James falou sério, mantendo uma postura ereta e as mãos atrás das costas.


- Mas eu não quero ouvir nada que um Potter tem a dizer! Saia já da minha casa! – Raoul berrou apontando para a porta. As poucas pessoas que haviam ficado para depois do jantar agora estavam em silêncio, paradas na porta para ouvirem a confusão.


- Pai! – Lily protestou. – Você não pode fazer isso!


- Quieta! – ele a cortou, e ela correu para fora da sala de jantar. – E você, eu já falei! Não se atreva a voltar aqui!


James não pareceu se abalar, mesmo que por dentro ele gritasse. Apenas fez como o outro falou e saiu da sala em direção aos jardins, procurando pela sua carruagem. Scarllet olhava preocupada para os lados, não sabia se procurava a amiga ou ficava ali esperando as coisas se acalmarem. Sirius cochichou para ela que tinha que ir atrás de James, beijou carinhosamente sua testa e saiu.


- Me desculpe por isso. – Lily pediu baixinho, escondida atrás de uma grande árvore. Ela havia puxado James para lá quando o viu passando.


- Tudo bem, eu não esperava menos que isso. – ele sorriu e alisou o rosto dela.


- Eu não quero casar com Prewett. – ela chorou. James a abraçou e Lily afundou a cabeça em seu ombro. – Ele vai me obrigar, James, ele não vai cumprir com a promessa.


- Calma, meu bem… fica calma, nós vamos resolver isso. – ele acariciava os cabelos dela.


- Eu não quero te perder. – ela murmurou ainda agarrada nele.


- Não vai perder. Não vai ser por causa disso que eu vou deixar de te amar e lutar por você. – James falava sem parar de beijar o topo da cabeça dela, e cuidar se vinha alguém de dentro de casa. Viu quase todas as pessoas irem embora confusas, também viu Sirius passar procurando por ele, mas ele o encontraria depois. Fabian Prewett saiu pisando duro, e também não os viu ali. Não tinha nada contra Prewett, mas agora eles entrariam em uma batalha, e sorriu internamente ao ver que a de hoje o outro havia perdido. E se surpreendeu ao ver que o senhor Evans não saiu de casa. Deve ter pensado que a filha foi direto para o quarto.


- Me beija James. – ela levantou a cabeça e ficou o olhando com os olhos vermelhos. Ele apenas sorriu e passou a mão pelo seu rosto mais uma vez. – Eu falo sério. – ela diz alguns segundos depois. – Como presente de aniversário.


Ele sorriu mais ainda e então puxou o rosto dela devagar em direção ao seu. Seus lábios se tocaram levemente, e não passou disso. Apenas ficaram ali, abraçados e com as bocas coladas, mas seus corpos se arrepiaram por inteiro, e Lily sentia o estômago revirar mais do que nunca. Ela queria isso para sempre, e eles dariam um jeito de conseguir terminar juntos, tentariam de todas as maneiras possíveis.






- Onde você esteve! – Scarllet sussurrou exigente assim que Lily entrou em seu quarto, quase uma hora depois de ter saído de casa. – Seu pai está que nem louco atrás de você! E veio perguntar para mim, se eu sabia de algo! É claro que disse que não sabia, e tive que… por acaso você está me ouvindo? – ela mesma se interrompeu quando notou que Lily apenas olhava para nada em específico com um sorriso bobo.



 


- Ãh? Ah, sim. – ela diz com um sorriso.


- Você não parece triste, ou chateada, ou preocupada, nem nada que eu imaginei que você fosse estar parecendo. – a morena comentou, sentando ao lado da ruiva na cama.


- E não estou. – Lily deu de ombros. – Porque eu sei que tudo vai dar certo.


- O que te fez ficar tão confiante? – Scarllet pergunta descrente.


- Ele me ama. – ela diz simplesmente. E isso significava tudo. – Ele me ama, e nós vamos ficar juntos.


- Mas e seu pai? E Fabian? – a outra pergunta animada, mas ainda sim receosa. – Eles não vão deixar.


- Não me importo. Nós nos amamos, e vamos ser felizes, eles queiram ou não.


- Lily, você já percebeu o que está dizendo?


- Você poderia ficar feliz por mim, não poderia?


- Eu estou feliz, mas…


- E além do mais, você tem o Sirius, seu pai e irmão gostam dele, é lógico que vocês vão ficar juntos! Mas e eu? Eu tenho que arriscar, Scar, ou vou ficar presa ao que meu pai quer para sempre! Eu também quero ter meu final feliz! – termina com os olhos cheios de lágrimas. Já perdeu as contas de quantas vezes chorou nos últimos dias.


- Desculpe Lily, eu não quis chatear você, só não pensei que você fosse realmente ir contra seu pai.


- E não ia. Mas ele também não cumpriu com o que tinha prometido. – Lily suspira triste.


- O que pretendem fazer?


- Não sei ainda… fugir ir ser divertido. – as duas riram.


- Mas seu pai iria ficar extremamente magoado com isso. Ele te ama, e não ia suportar que você o abandonasse assim.


- Assim como eu não posso suportar o que ele quer fazer comigo. Mas não quero fazer isso. Quero descobrir uma maneira de fazer com que ele aprove tudo. – ela suspira, esfregando o rosto com as mãos.


- Você já se perguntou o que o pai de James acha sobre isso? – Scarllet diz pensativa, e Lily percebe que realmente nunca havia pensado nisso. O que o senhor Potter diria quando soubesse que seu filho quer ficar com uma Evans?






No dia seguinte, James estava sentado num sofá em sua casa, esperando seu pai chegar da última viagem, e acompanhado de Sirius, que não parava de falar em Scarllet, e em como o pai dela havia apoiado e gostado dele.



 


- Sirius! Chega! – ele pede já cansado. O outro fica quieto na hora, entendendo o porquê do nervosismo de James. – Já estou nervoso o suficiente sem você ficar falando sobre o seu sucesso! – ele tinha certeza de que com seu pai não seria mais fácil nem mais positivo do que fora com o pai de Lily, mas queria tentar ter apoio de pelo menos um lado.


- Desculpe, eu me empolguei mesmo. – Sirius pede, e James resmunga que tudo bem.


Alguns minutos se passaram, e pareceram mais com horas, e finalmente Charles Potter chega em casa. James estava sentado ali esperando desde que acordara.


- Pai! – ele chama assim que o senhor coloca o pé dentro da sala. Charles Potter não parecia ter envelhecido mais do que dois anos nos últimos dez. Ainda tinha todo o cabelo negro e arrepiado como o do filho, e o mesmo sorriso maroto. – Quero falar com o senhor.


- Calma, James. – ele riu. – Deixe-me colocar minhas malas no quarto e já venho falar com você. – e assim que terminou de falar, seguiu para o quarto.


- Eu vou esperar lá fora. – Sirius fala se levantando. – Qualquer coisa dê um grito que eu venho correndo.


- E se ele ameaçar me matar? – James pergunta com uma sobrancelha erguida.


- Grite também, mas ai eu vou é correr para longe. – ele riu, e saiu antes que fosse atingido por uma almofada.


James afundou no sofá. Como começar a contar a seu pai? E se ele ficasse muito bravo e proibisse tudo? Sim, ele estava nervoso e admitia isso. Nunca teve problemas em falar com seu pai, ou dizer que era contar ou a favor do que ele pensava, mas isso quebraria uma “tradição” de gerações, e mal conseguia pensar no que falar.


- Agora sim, podemos conversar. – Charles chegou e sentou num sofá em frente a James. Ele havia voltado antes do que James imaginara. Seu coração pulou pra garganta.


- Ah…o que eu vou falar pode não parecer fácil, nem simples, mas é algo que preciso que o senhor entenda… - ele começou, olhando para as mãos.


- Não me diga que ouviu sua mãe e quer se tornar padre! – ele exclamou com desgosto na voz.


- Não, não é nada disso. – James riu nervoso.


- Menos mal. Não sei o que faria se meu único filho não quisesse continuar a família. – Charles pareceu aliviado. Pelo menos a “tradição” acabaria. Pensou James. – Ah! E antes de qualquer coisa, é verdade que Sirius está comprometido com uma garota? Ouvi rumores disso no caminho. – pergunta animado, James apenas concorda com a cabeça, revirando os olhos internamente. – Quem é ela?


- Scarllet Docille. – James responde, esperando a reação de seu pai.


- Hm… - ele murmura sério, e logo dá de ombros. – Conheço o pai dela, é um bom homem, e ela deve ser uma boa garota. Pena que passa muito tempo na casa dos Evans. – e então riu, balançando a cabeça.


- Ela é sim. – James concorda, tentando ignorar a segunda frase. – Conheci ela esses dias, pouco antes de Sirius falar com o pai dela. – falou rapidamente quando seu pai o olhou questionador, e novamente Charles deu de ombros, agora sorrindo.


- Mas e você? Não está na hora de começar a pensar no futuro? Já tem dezoito anos. – falou agora parecendo mais animado ainda com a idéia de arranjar uma noiva para o filho, que engoliu em seco.


- Era exatamente sobre isso que eu gostaria de falar com o senhor. – começou e continuou antes que o pai o interrompesse. – Eu encontrei a garota com quem quero me casar.


- Isso é excelente! – o mais velho exclama alegre. – E mais uma vez pergunto, quem é ela?


- Bom… essa é a parte complicada… - James falava olhando para os lados, e Charles estreitou os olhos, não mais tão alegre.


- Quem é ela? – perguntou num tom de voz como se fosse a ultima vez que perguntaria aquilo.


- Lily Evans. – ele falou baixo, olhando para o pai com o canto dos olhos.


Charles ficou vermelho, e apertou mais ainda os olhos.


- Eu perguntei sério. Quem realmente é ela? – ainda tenta fazer parecer como se o filho estivesse brincando.


- Lily Evans. É realmente ela. A filha de seu odiado Raoul Evans.


- Você tem um pingo de noção das coisas na cabeça? – ele pergunta depois de um suspiro, muito mais calmo do que James esperava.


- Acho que não. A única coisa que tenho na cabeça é ela. – James admitiu, baixando a cabeça, e cobrindo o rosto com as mãos. – E tem sido torturante não poder estar toda hora lá, e vê-la toda hora. – continuou desabafando. – Eu sinceramente esperava que o senhor entendesse, e até apoiasse já que o pai dela não ficou nem um pouco satisfeito. Mas eu não vou mudar de idéia. – e se levantou para sair porta a fora.


- Espere! – seu pai chama, e ele vira. O Potter mais velho não estava bravo, magoado, revoltado nem nada, apenas sorriu para o filho depois de alguns longos segundos pensando. – É isso mesmo que você quer?


- É a única coisa que quero. – James fala sentindo uma ponta de esperança.


- Então daremos um jeito. – Charles conclui confiante.


- Você não se importa que ela seja uma Evans?


- Na verdade não. Eu achei que fosse ficar bravo, mas até que gostei da idéia. – e riu com o próprio pensamento. – Isso já estava na hora de acabar mesmo. Raoul Evans vai ter que mudar sua cabeça.


Isso tinha sido realmente inesperado. Achou que seu pai nunca permitiria isso. No fundo Charles Potter não tinha nada contra a garota Evans, e sim contra seu pai, mas nem sabia mais por que. Já James não cabia em si de felicidade. Nada do que ele havia imaginado tinha acontecido, e parecia que agora finalmente as coisas dariam certo para ele e Lily.

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