Único.
Não era segredo.
Todos na escola sabiam que Lily Evans era completamente apaixonada por James Potter.
E quem via a garota na janela junto com seu ‘amigo’ Frank Longbottom pensava: que coisa mais superficial. Era superficial mesmo, mas original. Frank estava visivelmente apaixonado por Evans, e ao que tudo indicava, ela também por ele. Mas isso era visivelmente, não era verdade. Talvez fosse só ‘coisa do momento’ como dizia a garota. O caso é que história eles já tinham. Não dizem por aí que somos nós quem escrevemos nossa história? Era o que Longbottom estava fazendo, ao seguir seu instinto e deixar que seus hormônios aflorassem. Segurou a mão da suposta amiga e a olhou no fundo de seus olhos. Ela interpretou, sibilou um sorriso e disse: quem sabe um dia! e eu amo o James. Sim, realmente foi um ‘desejo momentâneo’; mas era algo forte, que ele nunca havia sentido. Como aquela ruiva tinha o dom de fazer com que ele ficasse nas nuvens?
Ele não resistiu, não fingiu, não escondeu seus verdadeiros sentimentos e vontades; deixou que o momento falasse mais alto e abraçou Lily. Pareciam um casal de namorados, e seria bom que James não os visse agora. Mas eles eram apenas amigos. Amigos completamente mudados pela emoção de se deixar levar, uma vez na vida, para quem sabe, fazer valer a pena.
Se beijaram, muito de repente, intensamente. Ele conduziu Lily com urgência para o sofá da sala comunal vazia; ela percebeu o que estava prestes a fazer... e percebeu que seria errado. Nunca havia se entregado à um homem antes; tinha medo. Nem com James fora tão longe. Mas Frank lhe dava uma certa segurança, e, afinal, ela confiava nele. Então deixou-se levar. Em um momento de descontração, Longbottom disse que por apenas uma noite a garota de seus sonhos, sua melhor amiga, seria só dele, e não de Potter.
Nessa noite, Lily não se apaixonou, mas sentiu que sua amizade com Longbottom apenas cresceria, a medida que a confiança aumentasse.
Eu te amo, Lily, e eu te juro segredo eterno.
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