19 de Novembro de 2008, 13:40

19 de Novembro de 2008, 13:40



- Srta. Granger, tem direito à um advogado. - era o que dizia o policial. Uma pessoa que comete injustiças sem precisar de provas. Ah...como o odeio. É isso, sou assim, e não se iluda: não sou gentil. E sou claustrofóbica. Ah, como eu ODEIO essa salinha!!! Me induz ao vômito - depois de um estrondoso grito, é claro. Mas, sou muito controlada, até mesmo impassivel. Pelos olhos alheios. Me jogaram como um lixo na cadeira, para esperar outro agente, que vai me encaminhar a outro, e outro e mais outro. Não adianta, eu não vou falar. A porta abriu de supetão e dela saiu agente Potter, o "chefe". Melhor ainda, assim o tombo é maior.
- Onde estava na noite do crime? - ele perguntou gentilmente. Apenas olhei nos olhos dele com um ar interrogativo. Ele deu uma volta, remexeu em uns papéis e encostou o braço na mesa para ficar bem perto da suspeita, ou seja, eu. - Seu advogado me disse que a srta. estava na França. - ele fez uma longa pausa e continuou: - Seu advogado deve ser péssimo em poker.
- Típico. - engoli em seco. Por que esse gosto amargo?
- Então - andou para o outro lado da sala, me observando no espelho. - Não gosta de lugares fechados? Os espelhos são uma tática. A pessoa sente que está enfrentando a si mesma. Percebeu a pintura? Ela é...
- Não precisa continuar - interrompi - Já conheço essa conversa toda."A pintura é branca para que a energia, ou luz, reflita na íris dos olhos, proporcionando um certo...desconforto." - ele continuou como se não houvesse interrupção.
- É claustrofóbica?
- Lugares fechados cheiram à mofo.- descansei meu braço na mesa e sussurrei: - E eu tenho alergia.
- Notei que tem um olfato magnífico, srta. E uma lingua felina. - ele já estava me enojando. O pior é que eu o via em toda direção que olhava, com aquela barba rala e olhos verde musgo. Sorri educada e maliciosamente intencionada. Por quanto tempo teria que suportar naquele aquário? E eu pagando por um grande idiota que decidiu morrer?
- E o senhor me parece um inútil agente federal.
- Como chegou a essa conclusão satírica, srta.?
- Gostei do adjetivo.
- Responda-me.- disse ele, calmamente. É, Potter, e quanto a sua face ruborizada e dentes cerrados?
- Não conseguiu me arrancar nada.
- Seu nariz está sangrando. - institivamente limpei com o dorso da mão. Ele me estendeu um lenço.
- Vamos continuar. Sabe porque está aqui, não?
- Por ser suspeita de homicídio.
- Exato. - ele falou, venenoso. - Temos provas, testemnhas...mas precisamos de um motivo.
- Certo. Porque não pergunta pra sua queridinha Weasley?
- Cale-se importuna! - deu um estrondoso soco na mesa - O próximo será na sua linda cara.
- Tente. - ele respirou profundamente.
- Fim do interrogatório. Continuaremos amanhã. - virou-se e saiu. É, isso está começando à ficar entediante.

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