Capítulo 1.



 


- Você sabe que isso é um erro. Harry falou colocando toda a pressão que um verdadeiro amigo não colocaria. - Você sabe que eu nunca erro. Eu respondi com toda a arrogância que possuía. - Você vai voltar e vai pedir perdão Hermione e eu vou perdoa – la. Sorriu de lado. - Porque apesar de tudo eu ainda a amo como aquele idiota jamais vai conseguir. O moreno insistiu naquele assunto inútil, eu não o amo, nunca amei e nunca o amarei não da forma que ele deseja. Se ele a não consegue viver com isso o azar é o dele.


- Harry eu nunca vou ama – lo do jeito que você quer, conforme – se eu não sou sua. Sei que minhas palavras ferem, mas é a realidade. É melhor eu ser verdadeira agora para ele não me acusar futuramente de dizer que o iludi.


- Jamais. Harry é teimoso, chega ao ponto da imbecialidade, dane – se então eu já fiz tudo que podia. Viro as costas e aparato sem nenhum sentimento de culpa.


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O lugar é tranqüilo, um cheiro de maresia me leva crer que estamos próximos do mar... Ele me segura mais firme em seus braços, minha pele arrepia, ele beija meu pescoço e sobe lentamente... Minhas mãos em seus cabelos sedosos, suas mãos em minha cintura... Sua língua invadi minha boca sem pudor algum, movimentos ora lentos ora selvagens, um beijo único, o beijo dele...


- Onde estamos? Pergunto assim que ele tira a venda de meus olhos. - Em casa. Olho em seus olhos tentando entender a resposta, ele apenas sorri pelo canto da boca e me vira de costas para ele. O lugar é esplendido, o mar avança lentamente sobre a areia branca, o sol mancha a água com sua tonalidade alaranjada, a casa tem uma linda varanda onde me imagino observando as estrelas, a tinta é azul clara e nas janelas existem vasos de amor – perfeito... Estou realmente em casa...


- Gostou? Ele me pergunta passando a mão ansioso pelo cabelo que volta a cair nos olhos.


- Amei, eu gosto de qualquer lugar contando que você esteja presente. Respondo sinceramente. Abandonei tudo... Amigos, família, emprego, guerra... Tudo por ele, por nós... Não me importo com a opinião de ninguém, a guerra está no auge, pessoas morrem todos os dias, o sangue é derramado sendo puro ou ruim... Qual a diferença se eu tiver lá ou não? Sinceramente eu não pretender perder minha vida numa guerra imoral, posso estar sendo uma anti – Grifinória ou apenas se conseqüência de se namorada de um Sonserino, não importa mais...


- Venha Hermione. Ele me puxa pela mão, a dele fria a minha quente. Entramos na casa é tudo tão simples e ao mesmo tempo lindo. As paredes são brancas, os móveis azuis, vejo alguns aparelhos trouxas e dou uma gostosa gargalhada imaginando a cena dele comprando tais objetos.


- Do que tanto ri? Ele me pergunta com a sobrancelha erguida. - Você simplesmente não combina com coisas trouxas. Respondo ainda rindo.


- Claro que combino se não como amaria você, minha trouxa. Ele responde e me beija afetuosamente. Derreto com tais palavras, ele tem razão eu sou dele... E sei que ele é inteiramente meu, e quem ousar toma – lo vai pagar muito caro.


- Você é feliz Draco? Pergunto olhando no fundo de seus olhos que no momento estão num azul claríssimo, olhos que me instigam quando sentem raiva fica negro feito carvão, quando calmo tomam uma coloração azul acinzentada, olhos que mudam de acordo com as emoções esses olhos que me dizem hoje que me amam.


- Eu sou feliz Hermione, sabe por quê? Ele me pergunta com um sorriso enigmático no rosto.


- Não, mas estou morrendo de curiosidade de saber. Falou colocando as mãos na nuca dele e fazendo uma suave carícia, o vejo arrepiar.


- Se você quiser saber é melhor parar com isso meu amor. Ele me dá um suave beijo. – Sabe como é eu perco a concentração. Ele sorri convencido e tira meus braços de seu pescoço, porém, coloca seus braços em torno da minha cintura. – Eu sou feliz porque eu não sou mais um escravo do meu sobrenome, porque eu descobri que é nas pequenas coisas que fazemos que conseguimos nosso valor, porque eu tenho a coragem de abandonar tudo por uma causa totalmente egoísta mas muito mais prazerosa a minha alegria, porque eu sou alvo de inveja constate do “Santo Potter” que deseja a única coisa que não pode ter o amor da minha mulher e principalmente porque eu tenho a mulher da minha vida nos meus braços, sou amado e a amo intensamente. Ele termina com aqueles sorrisos espetaculares. Minhas pernas tremem, meus olhos marejam e minha voz simplesmente não sai só ele tem o dom de fazer isso comigo.


- Já disse que te amo. Falo antes de beija – lo com voracidade, esse loiro é minha perdição, meu remédio e minha vida e hoje posso dizer sou feliz apesar de tudo... ______________________________________________________________________________________________________


Foram meses de felicidade, meses onde só recebemos visitas de pessoas realmente amigas e leais Ron, Blaise, Luna e minha sogra Cissy, muitas vezes éramos nós dois e o mar a nossa frente. Caminho descalça sobre a praia, a areia tão branca fora maculada com o sangue puro do meu amor, minhas lágrimas caem intensamente por meu rosto. Dói. Éramos tão felizes, vivíamos um para o outro e isso nós bastava. O mundo lá fora não gostou. Malditos! Eu odeio a todos, eu só o queria aqui comigo falando besteira ou me beijando. Eles me tiraram ele! Tiraram minha vida de mim, tiraram minha alma, meu amor...


- Hermione! Escutou meu nome ser chamado, mas não é a voz de Draco, não me interessa então. – Olhe para mim Hermione! Vira – me bruscamente e só vejo os olhos esmeralda de Harry nos meus.


- Me largue Potter, não acha que já tem sorte demais de estar vivo se quiser manter essa condição se afaste de mim! Falei baixo, meus olhos mostrando toda repulsa que eu sentia por aquele que outrora fora meu melhor – amigo.


- A guerra acabou! Eu sei que está sofrendo, mas vai passar Hermione, eu sei que vai passar. Eu sinto muito mesmo, mas você precisa segui em frente, eu posso te ajudar, me deixe ajuda – la? É incrível a hipocrisia dele, a culpa de minha alma estar despedaçada é dele, ele ainda me pede que o deixe participar do resto que sobrou dela. Não! Eu odeio Harry Potter, a morte é pouco para ele...


- Sabe Harry. Minha voz está infantilizada, me solto dos braços dele. – Essa dor não vai passar, e aquela Hermione que você conheceu morreu junto dele, eu não quero você perto de mim nunca mais, eu espero sinceramente que você sofra muito nessa sua vida miserável e não me importo se essa maldita guerra acabou porque ela custou um preço alto demais, ela custou à vida da pessoa que eu mais amei no mundo! Eu te desprezo Potter a morte é pouco pra você, eu quero que viva sabendo que por sua culpa meu filho não vai conhecer o pai, eu quero que viva sabendo que você apesar de não ter executado o feitiço no Draco foi responsável pela morte dele, eu quero que viva sabendo que eu odeio você! Digo tudo com uma tristeza tão grande, com uma dor coloco a mão na minha barriga de oito meses e acaricio, lembranças invadem minha mente e a dor é insurpotável.


Flashback:


Hermione estava deitada no colo de Draco olhando o céu, o loiro acariciava a exuberante barriga da esposa, eles estavam felizes.


- Como ele vai chamar Draco? A morena perguntou unindo sua mão com a do loiro em cima de sua barriga.


- Scorpius. Ele falou simplesmente, a morena o olha interrogativa querendo saber o porquê de um nome tão exótico. – Sabe meu amor, temos uma tradição na minha família, digo na família Black! O loiro deu um sorriso orgulhoso. – Todos têm nomes de estrelas, constelações. Hermione faz cara que começava a entender. – Andrômeda, Bellatrix, Sirius, Draco são todos nomes de estrelas e Scorpius é o nome da minha constelação predileta. Draco termina com um grande sorriso.


- Está certo, nosso filho será Scorpius Granger Malfoy. Hermione responde sorrindo, o loiro a beija, mas são obrigados a se separarem pelo som de uma risada cínica.


Ora então é aqui que o casalzinho se escondeu esse tempo todo? Como pode me abandonar na guerra Granger? Como pode ter escolhido ele? Harry falava friamente, a varinha apontada para Draco que já estava em pé na frente da mulher de forma protetora.


- Potter acho que ninguém te convidou pra conhecer nosso paraíso particular, eu ficaria agradecido se deixasse minha esposa, meu filho e eu em paz. Você ainda não entendeu Hermione não te ama! Vá lutar naquela sua guerra inútil e faça o favor de morrer por lá! Draco falou irritado, a morena já estava em pé ao lado do marido.


- Você está grávida?! Um filho dele?! Harry ignorou totalmente o loiro e olhava furioso para a barriga protuberante da moça.


- Como nós encontrou Harry? Pensei que não tinha deixado nenhum vestígio. Hermione perguntou secamente algo lhe dizia que não era bom rever novamente o moreno. – É claro que o filho é dele, está vendo alguma outra pessoa aqui. Draco é meu marido e pai do meu filho, você veio fazer o que aqui Harry? Perguntou com um suspiro cansado.


- Eu tenho minhas fontes Hermione, eu vim lhe buscar já está na hora de parar de brincar de casinha com o inimigo. Aquele não era mais o mesmo Harry de tempo atrás, ele tinha um brilho insano e parecia não enxergar a realidade. Draco soltou uma risada irônica.


– Você quer leva – la?! Potter a minha mulher é feliz comigo. Vá embora logo, o único inimigo aqui é você! Draco já estava no fim de sua paciência, pegou sua varinha também.


- Estupefaça! Harry gritou transtornado. – Ela vai comigo!


- Protego! Draco falou prontamente. Hermione entre na casa e não sai! O loiro mandou ainda a protegendo. Hermione entrou na casa, seu coração apertado. Pegou sua varinha e foi até a janela observar o equilibrado duelo que acontecia, foi quando viu várias pessoas aparatando, seu coração disparou e lágrimas começaram a se formar em seus olhos eram Comensais da Morte. Deu um suspiro pesado ao ver a Ordem da Fênix e os Aurores também aparecerem. Sua mente ágil logo definiu a situação, mesmo longe da guerra continuava uma hábil guerreira, ali seria a última batalha e tudo por culpa de Harry, por que ele tinha que vir ali?


Fim do Flashback.


Dói. Coloca a mão na barriga. Sangra. Uma tontura a arremede e ela grita. Dói. Seu filho, seu pequeno Scorpius que vir ao mundo no dia que seu pai partiu dele. Dói. Harry ver o que se passa, mas não dá um passo para ajuda – la. Ao longe Blaise e Ron vêem o que acontece correm em socorro à amiga.


- Saí daqui Potter! Blaise berra em fúria. Ron a pega no colo e corre em direção a casa. – Vá comemorar sua maldita vitória e faça um favor ao mundo. Olhou com nojo ao moreno que perdia – se olhando Hermione gritando de dor no colo do ruivo. – Morra por lá! E sem nenhuma outra palavra o ex - Sonserino correu atrás da amiga. Precisava cuidar dela. Tinha que protege – la. Proteger a mulher que seu meu melhor – amigo sempre amou. Deixou uma lágrima descer, iria sentir tanta falta de Draco. Tanta falta.


Flashback:


Duelava com Nott, mas não desviava o olhar da casa onde Draco lutava com Potter.


- Já chega disso. Disse impaciente. – Avada Kedrava. O corpo do Comensal caiu inerte no chão. Correu até onde o moreno e o loiro duelava, tinha que parar com aquilo em breve colocariam feitiços anti – aparatação e fechariam as Chaves de Portais e Draco não conseguiria tirar Hermione dali. - Petrificus Totalus. Falou apontando para a costa de Harry que enrijeceu no mesmo instante, olhou para o melhor – amigo que ofegava e estava bem. Sorriu pra ele. – Vá proteger sua menininha, até o fim da batalha meu amigo. Era bom ver o amigo na ativa. Virou – se para o Grifinório. – Escute bem Potter, eu vou fazer o contra feitiço e você vai terminar a porcaria dessa guerra e depois vai sumir de nossas vidas! Falou lentamente tendo certeza que o homem assimilará cada palavra. Virou para Draco, mas ele já havia entrado em casa. Sorriu. Desfez o feitiço de Harry e saiu para lutar sem antes ter certeza que o moreno iria à procura de Voldemort. Mal sabia ele que era a última vez que veria seu amigo vivo...


Fim do Flashback.


Hermione respirava fundo, mordia o lábio inferior sufocando inutilmente os gritos. O parto era improvisado, já que as chaves de portais ainda não haviam sido reativadas e aparatação tava fora de questão. Lágrimas corriam por sua face. Luna e Minerva tentavam fazer o bebê vir o mundo. Ron e Blaise mantinham nervosos ao lado da amiga.


- Força Hermione. Luna incentivava quando viu a cabecinha aparecer. – Empurre! A morena gritava e empurrava, as dores do parto eram horríveis ainda mais do modo natural e trouxa.


Ahhhhhhh! Deu um último grito levando embora suas forças, não ouviu nem o choro forte do bebê. Minerva deu os primeiros socorros ao neném, Luna chorava emociona nos braços de Ron e Blaise segurava a mão de uma desfalecida Hermione, exatamente como Draco faria.


Flashback.


Luna entrou no quarto, seu braço sangrava, mas ela não se importava. Parou ao ver uma comovente cena. Draco beijava a barriga de Hermione e sussurrava algo ao neném. Merlin, por que aquela batalha tinha que ser logo ali? Pensava inconformada.


- Os feitiços foram ativados. Falou quebrando o momento, não havia tempo para aquilo, uma guerra rolava do lado de fora. Draco olhou profundamente para Luna e ela entendeu ficaria com Hermione e a protegeria com a vida se preciso.


- Cuide – se bem meu amor. Falou com o rosto da morena entre as mãos. – Eu te amo. Sua voz saiu trêmula. – Por favor, não saia daqui, eu vou lutar. Falou beijando as lágrimas que ela derramava. – Lutar por você e por Scorpius. Selou seus lábios nos delas. – Eu te amo nunca esqueça isso. E antes que desistisse saiu feito um furacão pela porta. Armado com toda sua astucia e valentia. Lutaria até suas últimas forças para que Hermione vivesse. Luna viu a amiga cair na cama, às lágrimas cada vez mais intensas. Abraçou - a com força e lançaram inúmeros feitiços protetores no cômodo. Esperariam por Draco, esperariam por um milagre.


- Como isso veio acontecer logo aqui? Hermione perguntou revoltada. – Como eles sabiam desse lugar?! Luna suspirou e respondeu.


- Eles estavam vigiando Harry e quando perceberam que ele estava transtornado aproveitaram para atacar de surpresa. Respondeu baixo. – Como a Ordem também vigia o Harry, logo que soubemos que ele vinha pra cá viemos também.


Fim do Flashback.


Continua...


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Uma short com mais de um capítulo. É eu consegui... rsrsrs... Espero que estejam gostando... E comentem... É muito importante saber o que estão achado da fic... Até o próximo capítulo...


Srta. Zabini...


 

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