Mocinhos Ou Vilões?



Capítulo XVII – Mocinhos ou Vilões?


 


“MOCINHOS OU VILÕES?


Como obviamente todos já sabem, o lorde das trevas atacou ontem, e seus alvos foram Hogsmeade, Ministério da Magia, Gringotes e Beco Diagonal. Aparentemente, era para ser uma chacina generalizada, mas nos três últimos lugares citados depois de alguns minutos de ataque os Comensais aparataram embora. Medo? Pouco provável. Eles foram era para Hogsmeade.


Por que? A briga lá estava feia. Literalmente. Uma coisa que ninguém vai acreditar, é que haviam opositores aos Comensais, um estranho grupo – segundo os que os viram – que enfrentaram os Comensais e ao mesmo tempo protegeram todas as pessoas presentes. Era para ser uma tragédia, pois Hogsmeade estava cheia de estudantes, professores e aurores, além dos habituais moradores. Mas este estranho grupo que tinha por uniforme roupas trouxas pretas, capuz e máscara metálica em forma de lobo (similares às dos conhecidos Comensais da Morte) impediu a destruição total de Hogsmeade. Era como se eles estivessem esperando o ataque dos Comensais, pois não demorou dez segundos que os Comensais apareceram (segundo os presentes) eles saíram de seus esconderijos bem planejados e deram combate a eles.


Mas então, por chamá-los de vilões?


Por mais que eles tenham salvo toda a vila de Hogsmeade mais um bocado de pessoas, eles mataram, e devo dizer de formas terríveis, todos os Comensais que puderam. Estima-se que cerca de cinqüenta Comensais foram assassinados durante a batalha, por este grupo. Mas as baixas não param por aí não. Cerca de dez Aurores do Ministério perderam suas vidas também no ataque, e por mais que seja difícil de acreditar, eles morreram prensados em uma bola de escombros que um dos Comensais estranhamente projetou. Outro ponto importante: segundo alguns presentes, quatro destes Comensais não usavam varinhas!


“Foi muito estranho”, disse Minerva McGonnagal, professora de Transfiguração em Hogwarts, “apenas apontando a mão um deles fez todos os aurores levitarem, e depois sorrindo sarcasticamente levitou os escombros e fez um ‘sanduíche’ com todos os aurores, e depois os arremessou contra aqueles estranhos combatentes. Uma pena que eles não puderam salvar os Aurores”.


Mas, como eles poderiam usar magia sem usar varinha?


“Eu sinceramente não tenho nenhuma teoria. É tecnicamente impossível que um bruxo possa usar magia sem uma varinha, um mago muito poderoso talvez, mas não existem tantos assim e seriam facilmente indentificáveis. É um fato curioso, que devemos apurar para podermos nos defender destes quatro estranhos Comensais”. Nos comentou Alvo Dumbledore, que dispensa apresentações.


Agora, voltando ao assunto principal, quem são estes estranhos combatentes? Trouxas eles não são, pois usavam magia, e daquelas bem avançadas. Qual seria seu interesse contra você-sabe-quem? Será que eles não sabem que quem faz justiça é o próprio Ministério, que negou veemente estar envolvido com estes guerrilheiros. Quem poderá saber? Só nos resta esperar a próxima aparição destes macabros justiceiros. Rita Skeeter, jornal Profeta Diário.”


 


 


SALÃO PRINCIPAL, LOBOS DA NOITE E HARRY POTTER, UM DIA APÓS O ATAQUE


 


-O que acharam da matéria? – Perguntou Harry rindo aos seus amigos.


-Eles disseram que as máscaras são similares às dos Comensais! – Protestou Gina indignada.


-E são mesmo... – Conformou-se Rony.


-Mas mesmo assim. Estes, justiceiros, salvaram a pátria ontem. – Comentou Hermione.


-No fim das contas, isto é o de menos. – Finalizou Harry. – Agora, vou dar um tarefa a todos vocês. – Harry lançou um feitiço de sigilo em volta deles. – Também tenho um pedido. Eva, você gostaria de me ajudar no treinamento dos Lobos?


-Como assim? – Questionou ela.


-Você, graças as suas origens e a seu tempo de vida, está obviamente num patamar muito mais poderoso do que os demais Lobos. Talvez você gostaria de compartilhar com eles seus conhecimentos.


-Seria um prazer. – Sorriu ela.


-Muito bem. Eu quero que para o nosso próximo treino, todos vocês façam para mim uma lista de feitiços úteis em combate, que podem ter variações mortais.


-Cada um fazer uma lista? – Perguntou Simas.


-Não. Todos em conjunto. Cada um irá escolher um feitiço, que eu os ensinarei a criar feitiços e a variar os já existentes. Vocês irão aprender a transformar uma rosa em uma espada... – Riu Harry da expectativa no rosto de seus colegas.


-Legal! – Exasperou-se Dino.


-E tem outra coisa. Hoje à noite, eu e Draco iremos sair para resolver um assunto particular, então não se assustem.


-Onde irão? – Perguntou Gina.


-Nós iremos caçar... – Hesitou Harry. – Lúcio Malfoy.


-E você sabe onde achá-lo? Não precisa de ajuda? – Preocupou-se Hermione.


-Para vocês saberem, a exigência de Draco para entrar nos Lobos foi que eu matasse seu... Digo, Lúcio Malfoy. Então, como sou honesto, consegui monitorar ele o suficiente para prever onde ele estará hoje a noite, com quem estará e por que estará. – Explicou Harry.


-Aonde ele está então? – Indagou Neville.


-Bem, ele estará numa das bases de Tom. Uma mansão muito bonita... A Mansão Malfoy.


-Lá tem uma base de Tom? – Questionou Simas surpreso.


-Sim. Nós vamos resgatar Narcisa e destruir tudo depois. – Disse Harry sombrio.


-E como vai explodir o lugar? Com Bobarda? – Perguntou Dino.


-Com C4, sem dúvida. – Sorriu Harry.


-C4? – Perguntou Rony.


-Claro, armamento trouxa. Explosivo mortal e muito perigoso, eles nem vão saber quem entrou lá embora a culpa vai recair naturalmente sobre mim. O que por um lado é positivo, eles terão medo de mim. E de qualquer jeito, iremos sozinhos sim.


-Certo então. – Disse Simas.


Draco ficou em silêncio o tempo todo, olhando o infinito.


 


 


CÂMARA SECRETA, 21 HORAS, CONTROLADOR E ALPHA-UM


 


-Testar comunicação. – Disse o controlador.


-Checado. Comunicador.


-Testar equipamento.


-Checado. Pistola, óculos de visão noturna, e de visão de calor.


-Testar uniforme.


-Checado. Uniforme completo.


-Pronto para irmos?


-Sim. Vamos lá.


O controlador não deixou de perceber a apreensão de Alpha-Um.


 


 


RUA TRISTAN GARDEN, FRENTE À MANSÃO MALFOY, CONTROLADOR E ALPHA-UM


 


Harry concentrou-se e utilizou sua Visão Perfeita. Dez Comensais na casa, mais Lúcio, Narcisa e...


-Tem alguém a mais ali. – Preocupou-se o Controlador.


-O que? – Perguntou Alpha-Um.


-Tem alguém a mais. Uma criança, pelo que me parece. Alguma idéia?


Alpha-Um ficou calado.


-Alpha-Um, responda minha pergunta. Se quer ser ajudado, ajude-me.


-Ela é... Ela... É minha irmã.


-Uma irmã? Como? Ela tem idade de estar em Hogwarts.


-Ela jamais poderá ir lá... Meu pai a escondeu, por vergonha.


Era só o que me faltava. Pensou o Controlador.


-E por que isso agora?


-Ela é... Um aborto.


Filho da mãe, Lúcio, você me paga. Pensou o Controlador.


-Alpha-Um, vou lhe dizer só uma vez: não existem abortos! Com o jeito certo, eles aprendem magia sim, e são muito mais capazes do que os bruxos normais. Sabe por quê eles são condenados? É porque se os bruxos comuns ensinassem magia a eles, logo seriam ultrapassados e seriam dominados por eles. O que se conhece por “aborto” é apenas uma espécie diferente das raças de bruxo. Naturalmente, você não sabe, mas existem três raças de humanos vivendo hoje sobre a terra: o Homo Sapiens Sapiens, que são os trouxas; O Homo Sapiens Arkanus, ou seja, os bruxos em geral, e a sua evolução, o Homo Sapiens Espectrus.


“O Espectrus é uma evolução do Arkanus, pois o nível de magia que eles conseguem chegar supera, em média, o Arkanus, além de eles terem um tipo adicional de magia. Vou lhe contar uma coisa agora, Alpha-Um, e que seja para toda sua vida e será um segredo entre os Lobos da Noite: Tom descobriu que os trouxas nos descobriram, e os trouxas começaram a fazer experiências secretas com as outras duas raças: Homo Sapiens Arkanus e Homo Sapiens Espectrus, e eles descobriram o caminho para o que eles tanto sonharam, os ‘super poderes’. O Homo Espectrus é capaz de produzir um estimulante em seu cérebro que faz com que eles desenvolvam habilidades sobrehumanas. Os trouxas descobriram isso, e assim o Tom. Ele logo percebeu que esta seria a chave para ganhar sua guerra, e então ele roubou as pesquisas dos trouxas, não sem antes assassinar todos os que sabiam do projeto, e por conseguinte, da existência dos bruxos. É incrível não é? Aquele bastardo salvou o Sigilo. De qualquer forma, ele teve que continuar as pesquisas, escravizando cientistas trouxas, imagino eu. Até que ele chegou num ponto onde ele implantava o estimulante no sistema sanguíneo dos seus protótipos para ensinar seu cérebro a produzir o estimulante, mas como isso se trata de evoluir a força uma raça em outra, os efeitos colaterias são muito altos. A maioria não sobrevive. Ainda falta muita pesquisa dos trouxas para criar um método mais seguro de evolução. Entendeu agora? Os seus ‘abortos’ são na verdade o futuro do mundo. Agora nunca mais se refira a um bruxo de aborto.”


Alpha-Um estava incapaz de responder, ou de sequer imaginar nas implicações de tudo isso. Mas pelo menos na sua irmã estava sua salvação.


-Naturalmente, só Tom sabe sobre o projeto todo, então não tem mesmo como seu pai saber sobre sua irmã, a verdade sobre ela. De qualquer forma, nós vamos ter de levar elas para nossa base... Pelo menos por um tempo.


Alpha-Um provavelmente imaginara a Câmara Secreta, mas a base era na verdade, bem outra.


-Sim, controlador. E agora?


-Nosso plano será simples: primeiro iremos resgatar sua mãe e sua irmã, sem sermos percebidos. Depois aparatamos aqui para fora e eu bloqueio as aparatações lá de dentro, e assim eles não poderão fugir, e nós entramos e pegamos todos eles, só com Avada, não se esqueça. Será importante fazer os trouxas acreditarem que foi um ataque terrorista. Depois de todos mortos, eu ativo a bomba e agente some daqui. Entendido?


-Sim.


O controlador largou sua capa de invisibilidade por cima dele e de Alpha-Um. E assim ambos aparataram no porão da casa dos Malfoy, onde estavam escondidas Narcisa e a irmã de Alpha-Um. Seria difícil convencer-las a segui-los, mas eles não poderia se indentificar. Eles saíram de baixo da capa e o controlador teve de fazer um feitiço de silêncio para não alertar o pessoal com o grito que Narcisa proferiu.


-Minha senhora – Disse o controlador. – Vocês devem vir conosco. Viemos salvar vocês antes de matarmos todos os monstros acima.


-Mas, vocês são... – Começou Narcisa com voz fraca e trêmula, mas não conseguiu completar.


-Somos os Lobos da Noite, os assassinos de Comensais que apareceram nos jornais, sim. Mas sabemos que vocês não têm nada a ver com isto, e nós não somos monstros, nós jamais faremos algum mal a vocês. Mas vocês precisam ir com agente, pois logo esta casa irá explodir e vocês não devem pagar pelos crimes deles. – Disse Alpha-Um seguro.


-Mas, aonde vão nos levar? Ele sempre irá nos encontrar!


-Na verdade, nossa base é acho eu o único lugar onde ele nunca irá encontrar vocês. É o lugar mais protegido do planeta, eu posso afirmar. E até porque, mesmo se ele soubesse aonde é, se borrarria de medo de entrar. – respondeu o controlador.


-Muito bem então. – Disse Narcisa decidida.


-Por favor, fiquem todos em volta de mim. – Disse o controlador.


Todos fizeram, e logo haviam aparatado na frente da casa.


-Agora nós vamos entrar, e vocês, por favor, não sumam. Se vocês fugirem, nós não teremos como proteger vocês de Tom. – Disse o controlador.


-Eu conheço vocês? Qual seu nome? – Perguntou Narcisa desconfiada.


-Sim, conhece. Nossos nomes são controlador e Alpha-Um. Agora não é hora de revelar nossa identidade secreta.


O controlador riu alto e depois ele e Alpha-Um foram para dentro da casa. Todos os Comensais estavam na sala de estar da casa. O controlador bloqueou as aparatações e ambos seguraram firmes suas varinhas.


-É agora. – Disse o controlador.


-Sim. – Respondeu Alpha-Um.


E então o controlador abriu a porta levemente e ambos adentraram a sala caminhando tranqüila e perversamente, já bradando suas sentenças:


-Avada Kedavra!


-Avada Kedavra!


Dois comensais caíram inertes, os outros olharam atônitos para as duas figuras que adentravam a sala, paralizados por não estarem entendendo o que estava acontecendo.


-Avada Kedavra!


-Avada Kedavra!


Mais uma rodada de maldições mortais e mais dos comensais mortos ao chão. Finalmente os demais comensais perceberam o que estava acontecendo e se levantaram e pegaram suas varinhas, mas não a tempo de evitar a terceira rodada:


-Avada Kedavra!


-Avada Kedavra!


Novamente outros dois comensais vitimados.


Os cinco comensais restantes perceberam que iriam morrer se ficassem, e então tentaram aparatar, mas nada aconteceu.


-Avada Kedavra!


-Avada Kedavra!


Só restaram três comensais. Eles estavam apavorados, eles viram a encarnação do demônio vindo puni-los por seus crimes terríveis, horrendos demais até para serem mencionados.


-Avada Kedavra!


-Avada Kedavra!


Mais dois mortos. Só restou seu prato principal.


-Espere! – Disse Lúcio Malfoy. – Faço o que você quiser. Qualquer coisa, mas não me matem. – Ele jogou sua varinha longe. – Não me matem, por favor. Eu me rendo!


-Eu sei que você se rende. – Disse o controlador. – Alpha-Um, a decisão é sua, ele é todo seu. Mas primeiro seria interessante pegar dele o que ele sabe.


-Faça seu serviço, que depois faço o meu. – Respondeu por fim Alpha-Um, depois de ponderar um tempo.


-Muito bem. – Então o controlador tocou a mente de Lúcio e viu que estava zelada por uma poderosa Oclumência. – Isso não vai salvar sua vida, nem de longe.


Então o controlador forçou a mente de Lúcio, com toda a sua força, e arrancou (além de gritos agonizantes de sua presa) muitas informações úteis aos Lobos, e o resto simplesmente ignorou. Por final, Lúcio (ou o que sobrara dele), ficou ofegando sôfrego ao chão, e o controlador disse:


-Feito.


Então Alpha-Um apontou sua varinha para Lúcio Malfoy e disse.


-Saiba, bastardo, que seu assassino se chama Draco Malfoy. Desruptus!


O controlador ficou pasmo com o feitiço escolhido por Alpha-Um. Ele com certeza era mais do que demonstrava. O feitiço “Desruptus” estava classificado pelo controlador como ‘mortal, torturante e cruel’, na sua classificação mental de feitiços que ele usava.


Lúcio urrou como nenhum ser humano pudesse urrar, enquanto todas as céluas do céu corpo eram partidas ao meio pelo feitiço de Draco. E esses meios foram se partindo, e assim por diante, até que ambos estavam frente a uma “pasta hidratada”, o que um dia fora um ser humano.


-Use a bomba, controlador. – Disse Alpha-Um com a voz alterada.


Os efeitos colaterais, pensou o controlador. Agora era hora de concluir a missão. Plantou o C4 bem no meio da sala, e ativou-o para cinco segundos. Depois eles aparataram para onde estavam Narcisa e a irmã de Alpha-Um. Sob um escudo do controlador, eles puderam assistir à explosão da residência dos Malfoy. Logo depois, sem pedir permissão, o controlador os aparatara para sua base. A “sua” base.


 


 


QG PRINCIPAL DOS LOBOS, ALASKA (EUA), CONTROLADOR, ALPHA-UM, NARCISA E KAREEN


 


-Que lugar é este? – Perguntou Narcisa, antecipando a pergunta de Alpha-Um.


-Este é o mais novo Quartel General (QG) dos Lobos da Noite. –Anunciou o controlador. – Completamente seguro, não só por seus equipamentos e feitiços, mas por ser no meio da neve do Alaska, nos Estados Unidos, um lugar que Voldemort teme por ser muito frio.


-E por que ele teme? – Perguntou a irmã de Alpha-Um, que o controlador soubera se chamar Kareen.


-Porque ele por si só já é uma pessoa muito fria, e então ele detesta o frio, uma questão física também, pois a associação com sua cobra Nagini o fez frio feito um réptil, então seu corpo humano tem pouca produção de calor, que ele precisa mais do que o normal. É mais ou menos isto.


-Controlador, podemos dar uma palavra em particular? – Perguntou Alpha-Um.


-Claro.


E os dois foram para uma outra sala.


-Harry, que lugar é este? Base nova? – Draco estava confuso.


-Exatamente. Quando vim no início do ano, mandei que ela fosse construída, e aqui ela está, equipada até para uma guerra nuclear.


-E os trouxas com os seus satélites?


Opa. Pensou o controlador. Como ele sabe tanto sobre os trouxas?


-Eu dei meus jeitos. Eles não sabem de nada, e nem vão saber.


-Quantas pessoas cabem aqui?


-Cerca de trezentas, com comida para todas elas para três meses, e também armamentos e munição, varinhas, poções, ingredientes, computadores, biblioteca, tudo que se pode precisar.


-Nossa. Deve ter custado uma nota.


-Sim, mas isso nem fez cócegas. Você não tem idéia, mas o dinheiro que tenho daria para financiar sozinho umas dez guerras de países pequenos... – O controlador fez uma pausa. – Mas agora está na hora de falar sobre coisas que realmente importam. Sua mãe e irmã vão ficar aqui.


-Sozinhas?


-Não, Zook vai ficar com elas.


-Zook? – Perguntou Draco.


-Ele é um duende. Meu assessor de confiança, e muito leal a mim. Ele cuidará delas, não faltará nada. E sempre que eu puder vou vir aqui ensinar Kareen a usar a magia.


-Está certo. Vamos contar a elas quem somos?


-Sim, agora.


Os dois tiraram as máscaras metálicas e foram para a sala onde estavam Narcisa e Kareen.


-Mérlin! Eram vocês dois? – Espantou-se Narcisa.


-Somos nós, sim. – Respondeu Draco e abraçou sua família.


-Mas, como vocês conseguiram tudo isso? – Perguntou Kareen. Como Harry previra, ela era muito inteligente.


Narcisa atentou-se para a explicação.


-O Harry teve um treinamento durante as férias, e está nos ensinando como nos defendermos. – Respondeu Draco.


-E os outros, também são alunos? – Perguntou Narcisa.


-Sim, todos eles.


-E seus pais não sabem?


-Narcisa, nós só contamos a você porque sabemos que você é confiável, e não teria nada a ganhar nos traindo, entende? Os outros não são assim. – Respondeu Harry firmemente. – Vocês ficarão aqui até que queiram, serão assistidas por Zook meu amigo e assessor, um duende dos mais leiais que se pode ter no mundo. Sempre que eu puder, virei aqui ensinar Kareen a usar sua magia.


-Mas como? Eu sou... Um aborto...


-De modo algum! Você é, resumindo a história, um tipo diferente e muito especial de bruxo, e você só precisa do método correto para usar magia. – Disse Harry.


-Que legal! – Gritou Kareen de animação, e Narcisa sorriu também.


-Mas vocês devem concordar em ficar aqui, não são prisioneiras.


-Nós aceitamos. – Disse Narcisa.


-Ótimo. Agora nós devemos voltar a Hogwarts, Zook logo virá e as ensinará o funcionamento deste lugar, para que vocês não corram o risco de se perderem por aqui. Até mais. – Disse Harry e aparatou levando Draco consigo.


 


 


CÂMARA SECRETA, HOGWARTS, DIA SEGUINTE, LOBOS DA NOITE E HARRY


 


-Vou ensinar vocês a variar feitiços. – Disse Harry animado com a expectativa de seus discípulos. – A teoria é simples: “A mente domina a matéria”, ou seja, vocês devem treinar sua mente para fazer o que vocês querem, utilizando da magia.


“Como vocês fizeram a lista, vou ensinar, um por um, a fazer isto na prática. Vocês irão escolher primeiramente o que farão com sua variação, mas não tentem fazer uma variação de ‘Incendio’ lançar jatos de água, e outras estupidezas deste tipo. Depois de decidirem o que farão, irão lançar o feitiço-base até que consigam sentir o fluxo da magia indo de vocês para o canalizador (sua varinha) e depois ser liberado no feitiço. Para alguns feitiços, o fluxo é invisível, como no ‘Reparo’ e no ‘Levicorpus’, e em outros é visível, como no ‘Impedimenta’ e no ‘Avada Kedavra’. Uma vez sentindo o fluxo, vocês irão aprender a lançar este feitiço em silêncio, e posteriormente irão lançar o feitiço em silêncio e tentar com sua força de vontade, alterar o fluxo, para que ele faça exatamente como vocês querem. Depois que vocês acertarem, poderão batizar o feitiço, tornando ele verbal ou não-verbal, mas aviso que não-verbal é bem mais difícil. Não se esqueçam que seu feitiço variado passará a ser sua logomarca no grupo. Vamos começar.”


A primeira da lista era Hermione. Seu feitiço-base era o ‘Crucio’, e ela queria inverte-lo, ou seja, fazer com que ele causasse extremo conforto na pessoa afetada pelo feitiço, algo como um revigorante extremo, para que ela pudesse usar ele de modo a ajudar seus companheiros em batalha, ou até se eles estiverem doentes. Ela queria também que o efeito fosse mais do que instantâneo, ou seja, uma vez aplicado, o feitiço agiria por bastante tempo.


-Muito inteligente da sua parte Mione, como sempre... – E muito boazinha, também. Pensou Harry. – Mas quanto ao tempo de efeito dependerá da energia que você gastar para usar o feitiço e do domínio que você terá sobre ele. Vamos começar.


Eles fizeram todo o processo conforme Harry havia dito (N/A: Não vou entrar em mais detalhes pois senão o capítulo não acabará nunca), e conseguiu, mais rápido do que Harry previra.


-Agora o nome. – Disse Harry.


-Sim. – Ela se concentrou e batizou seu feitiço. – Êkstazheum!


E assim ela testou seu feitiço em Harry, que sentiu o feitiço e quase explodiu de tanta alegria. Pois tanto bem estar, e tanto prazer que aquele feitiço dava fazia a pessoa ficar em êxtase, bem como sugere o nome do feitiço.


-Um controle maior sobre o feitiço requer maior prática, lembre-se disso. – Disse Harry. – E lembre-se de uma coisa: use com extrema precaução este seu feitiço. De imediato, parece uma jóia, a maravilha das maravilhas, mas pode acabar se tornando um vício e uma fonte de muita tristeza se for usado em demasia. Pois uma vez que se provou do paraíso, o que não vem de lá não tem mais graça. Jamais se esqueça.


-Sim. – Mione afastou-se e foi treinar seu feitiço.


Agora era a vez de Gina. Seu feitiço era o ‘Incendio’, e ela queria transfirmá-lo num jato de bolas de fogo que atacaria (e se necessário perseguiria) seu alvo e que manteria o ataque até quando ela quisesse ou agüentasse.


-Muito perversa. – Disse Harry sorrindo. – Esta é a minha ruiva. – E beijou-a apaixonadamente.


-Acho que vai combinar com o meu cabelo. – Disse ela após o beijo.


-Não acredito que pensa nisso numa hora dessas... – Riu Harry.


-Não tenha dúvidas.


E depois de muito sacrifício e tentativas de desistência por parte de Gina, ela conseguiu realizar o feitiço. Harry tinha que admitir, este era um feitiço muito poderoso. Gina deu o nome de ‘Crematis Corpus’ (queime, corpo!).


O próximo na lista era Draco. Ele usaria o ‘Lumus’ para lançar várias bolar de luz concentrada que ao tocar em algo se rompem causando queimaduras e ofuscando quem a ver, exceto ele. Harry gostou da idéia, que era muito útil. Draco não teve dificuldades, pois só teve de aumentar o fluxo e comprimi-lo o máximo que conseguia. Batizou o feitiço de ‘Solaris’, pois segundo ele os raios do sol não hesitavam em ofuscá-lo e queimar sua pele. Todos riram dele, naturalmente.


Cho escolheu o feitiço da desilução para fundi-la às sombras, e de forma que ela pudesse andar nelas sem ser notada. O feitiço foi não-verbal (o primeiro deles, o que surpreendeu Harry), e se chamou ‘Kundum’.


Neville escolheu o ‘Protego’ para criar um feitiço reflexivo específico, que refletia qualquer feitiço contra o seu usuário inicial, aumentado sua intensidade no dobro. Sucedeu batizando-o de ‘Reflectus’.


Rony gostou da idéia de transformar um ‘Petrificus Tottalus’ em um flash de luz que paralisava todos que o viam, e o batizou de ‘Gorgonflash’ (Flash das Górgonas) de acordo com alguns mitos que ouvira de Hermione.


Dino usou o ‘Bombarda’ para lançar a bola de energia contra seus alvos (de preferência eles estando em um grupo) e fazer o feitiço fazer o efeito contrário: ao invés de explodir, ele iria implodir, e sugar para perto qualquer coisa no seu raio, e depois sim, explodir com uma energia superiormente intensificada. Morte certa para qualquer um que fosse atingido pelo feitiço. O nome dado foi ‘Bombarda Extrema’.


Mas, de todos os feitiços, o de Simas foi o mais perverso de todos. Ele transformou o ‘Avada Kedavra’ numa caveira verde que soltava fumaça (também verde) ao voar (ao invés de um flash de luz verde), de apróximadamente um metro de tamanho, que ao tocar seu alvo sugava toda a energia vital dele e depois retornava dando esta energia ao seu usuário inicial. Chamou-o de ‘Ceifum Integra’. Harry ficou pensativo com Simas. Será que estaria criando um demônio, um futuro Lorde das Trevas? Pois nem mesmo Voldemort fora capaz de criar uma arma tão efetiva. Teria de confiar, pelo menos por enquanto, pois por mais que não quisesse admitir, este feitiço seria muito importante na linha de frente.


-Simas, que este seu feitiço seja usado com extremo cuidado e que jamais seja passado adiante.


-Sim, Harry. – Concordou Simas.


Harry não contou a eles que graças ao poder de Galanodel, ele pudera ampliar os feitiços e torná-los únicos, e de propriedade extremamente pessoal e hereditária, ou seja, os descendentes dos Lobos já nasceriam sabendo este feitiço, herdado genéticamente de seus pais, e jamais outros poderiam utilizá-los.


 


 


 


OFF: Meus queridos leitores, terei de adiar o encontro com Isaac para o próximo capítulo, pois este estava se tornando extenso em demasia. Espero que gostem deste aqui, pois ele será muito importante no decorrer dos demais caps. Um abraço.

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