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aléatoire durable;
'acaso durável'
S/M
- por Nah Black #







Aquele cheiro forte de perfume de mulher o deixava louco, ainda mais quando estava tão perto de suas narinas que podia roçar o nariz pelo pescoço dela lentamente, sentindo o arrepio e o cheiro a torturá-lo ainda mais. Marlene riu, satisfeita.

- Você não está tornando as coisas fáceis... – ele suspirou em seu pescoço, e então beijou sua orelha devagar.

- Eu nunca disse que queria fazer isso – a voz dela dançou em seus ouvidos.

- Você tem alguma noção do que está fazendo comigo?

- Bem, se é o que eu estou pensando...

- Não seja perversa – ele interrompeu, virando a cabeça para encontrar seus olhos escuros e profundos. – Você sabe do que eu estou falando.

Marlene mordeu o lábio inferior nervosamente, e passou a mão pelos cabelos, desviando o olhar do homem. Soltou-se do corpo quente dele e virou-se para olhar a rua escura que quase fundia-se com as sombras das árvores, e quase que por um segundo se arrependeu de ter se afastado, por causa do vento frio da noite. Sirius era quente, muito quente.

- Não vamos entrar nessa conversa de novo, por favor.

- Marlene... Você não tem idéia de como é. Eu fico louco.

- Eu tenho alguma idéia, sim. Não é só você que sente. Mas eu já tomei uma decisão.

- Uma decisão feita exclusivamente por você...

- Lógico. Fui eu quem acreditei em você da primeira vez e me dei mal.

- Eu sempre acreditei em você, Lene.

- Mas eu nunca traí você, Sirius.

- Bem, você está certa, essa é uma diferença relevante.

Marlene bufou, irritada, e virou a cabeça. Odiava voltar àquele assunto. Era o mesmo que lembrar-se que podia ter tudo, e ele havia botado tudo a perder. E bem, tinham perdido, mesmo.

- Você realmente não consegue considerar o que eu te disse sobre aquela noite?

- Isso foi há muito tempo atrás, Sirius... Vamos esquecer. Estamos aqui, agora.

- E isso é um fim.

- Não. O fim foi há quase um ano quando estávamos em Hogwarts. Isso é um acaso.

- Um acaso... È assim que você está me vendo agora.

- Eu estou tentando não achar um motivo para não sair da sua vida de uma vez, porque é o que vai acontecer quando eu me levantar e dar as costas.

Os olhos dos dois se encontraram, e ambos com um brilho que continha um misto de desejo e raiva.

- De novo, você vai levantar e dar as costas – ele sussurrou, com o rosto tão próximo que ela pôde sentir seu hálito.

- De novo, você vai pensar que eu vou acreditar nessa sua carinha de cachorro que caiu da mudança, Six – ela estreitou os olhos, a voz tão macia quanto a dele.

- De novo, você vai ignorar o que está sentindo.

- Eu não estou sentindo nada.

- Eu posso ouvir seus batimentos, Marlene.

- É só raiva.

- Raiva? – Os braços dele tornaram a esquentá-la, e ele puxou-a para uma proximidade perigosa. – Então porque não pára de olhar pra minha boca desse jeito safado?

- Você é um idiota, sabe disso?

- Sei tanto quanto sei que você está com raiva de mim.

- Convencido.

- Eu sei que ainda mexo com você, Marlene – ele inclinou-se novamente para o seu pescoço, e mordiscou a pele atrás de sua orelha. – Eu sei que você me deseja, tanto quanto antes.

- E o meu orgulho continua tão grande quanto antes – ela fechou os olhos, suspirando.

- Você não pode ser tão resistente.

- Exatamente por isso que eu estou aqui, sentada nessa maldita escada, enquanto você me beija.

Ele riu, aquela risada de latido que ela não escutava há tempos, e isso fez com que se derretesse com aquele som em seu ouvido. De repente, lhe veio a lembrança do dia em que podia ouvir aquela risada a todo instante, mesmo que ele estivesse muito longe.

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Marlene voltava da detenção na sala do Filch cansada, com os cabelos longos puxados para trás em um alto rabo de cavalo, a blusa branca do uniforme puxada para os braços e por fora da saia curta de pregas. Era verão e Filch havia feito com que limpasse uns aparelhos estranhos que tinha na sala dele, sem a varinha, e ela estava exausta.

- Hey, amor – era ele.

Sirius Black vinha correndo pelo corredor, atrás dela. Ela apenas riu do apelido, e tentou por um instante lembrar-se de como havia se tornado amiga dele. Ah, sim. Os dois estavam acompanhados por alguém e entraram no mesmo armário de vassouras, na mesma noite. Ela não podia deixar de admitir que ele era lindo, tinha cabelos negros e sedosos e olhos azuis acinzentados que a deixavam absorta.

Sirius correu para acompanhá-la. Ele estava sem uniforme, cheiroso como se tivesse acabado de sair do banho e exibia um enorme sorriso de dentes brancos e perfeitos que se enfileiravam.

- Está me seguindo, Sirius?

- Não. Incrível coincidência desse inexplicável destino...

- Sim, você está me seguindo.

Ele deu aquela risada de latido, alta e folgada, como se não estivessem fora da hora pelos corredores.

- Filch pegou pesado com você, hãn? Sua roupa está toda colada e... Porque todas as meninas não usam saias curtas como as suas?

- Elas usam saias do mesmo tamanho da minha, idiota – ela riu baixinho.

- Ah, sim, é que são as suas pernas que dão a diferença. Deus... Porque todas as meninas não tem pernas como as suas?

Marlene parou de andar no corredor, um sorriso malicioso no rosto. O que ele estava fazendo não era nada com que não estivesse acostumada.

- O que você quer, afinal?

Mas o que aconteceu não foi algo com que ela realmente estivesse acostumada. Six deu um sorriso torto e devagar enquanto se aproximava, e segurou sua cintura com as mãos, puxando-a para colar seu corpo ao dela. Lene não conseguiu se mexer, surpresa ou deslumbrada pelo cheiro dele ou pela cor dos olhos daquela maneira tão próxima. A três ou dois dedos de distância.

Imediatamente, soube o que aquele folgado queria. E o que poderia fazer? Ela queria também.

- Sabe... Nós já nos conhecemos e tal, eu acho você realmen...

- Pule a introdução – ela pediu, sussurrando.

- Eu estou louco pra beijar você.

O nariz dele tocou o dela, roçando devagar.

- Eu não vejo motivos para deixar que faça isso.

- E nem motivos para não fazer – ele retrucou, um pouco contrariado, mas mesmo assim sem se afastar nem um milímetro.

- Então porque você não cala a minha maldita boca?

E ele a beijou. E várias vezes depois, pelos corredores, quente, até se enfiarem em alguma sala vazia e escura.


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- Eu também não resisto à você, Marlene – ele estava dizendo em seu ouvido, despertando-a da lembrança.

- Você não resiste a mulher alguma.

- Mentira. Você sabe muito bem o que faz comigo e porque.

- Então porque me traiu com Rebecca Goslow, Sirius?

- Diabos, eu já te falei! – Ele se exaltou, e se afastou dela, indelicado. – Eu era apenas um adolescente idiota descobrindo uma coisa enorme que eu julgava que nunca sentiria em toda a minha vida!

- Essa coisa nunca teve nome pra você, não é? E como você pôde descobrir isso nos braços de outra? – A voz dela elevou-se alguns pontos, e ele se levantou.

Começou a andar de um lado para o outro. Marlene estremeceu de raiva, e passou a mão pelos cabelos novamente. Quase um ano. Nunca havia entendido nada daquilo, só que não estava realmente tentando entender. Era um caso encerrado e ninguém podia mudar: Sirius Black seria um eterno cachorro, independente do quanto ele fingisse que levasse alguém a sério.

|flashon|


- Eu nunca... Em toda a minha vida idiota... Senti isso por alguém – ele murmurou.

Marlene apenas riu, sentindo o abraço quente dele por trás, e a cabeça dele logo encostou-se em seu ombro.

- Isso é tão clichê, Sirius.

- Eu sei que é. Por isso eu não consigo acreditar que estou mesmo sentindo isso.

- Acho que eu sinto também.

Marlene nem percebeu direito quando ele moveu-se com uma rapidez incrível e já estava em sua frente, segurando seu rosto entre as mãos, atiçando seu olhar, e então inclinou-se para tomar seus lábios com uma urgência e verocidade que derrubavam todas as defesas dela, que lhe assolava e invadia seu corpo inteiro com uma espécie de fogo.


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- Não se faça de inocente, Sirius – ela conseguiu cuspir. – Esse papel nunca vai lhe cair bem.

- Marlene, pelo amor de Deus, fui eu quem te contei sobre o caso com a Rebecca, como pode dizer que eu estou me fazendo de inocente?

- Você está furioso comigo agora sem razão alguma.

Ele parou de andar.

- É só que você não entende.

- Eu não entendo, porque você não diz. Você nunca disse, você só me usou como fez com todas as outras porque você tem um poder de sedução muito mais potente do que um homem normal, Sirius! E eu, que nunca imaginava que pudesse me apaixonar por alguém como você, porque eu sabia qual era o seu jogo, logo eu que saí com tantos garotos que nem consigo me lembrar, assim como você e suas garotas, simplesmente me esqueço do que conheço do mundo e dou uma trégua a resistência!

- Que maldita resistência, Marlene? Do que você está falando?

- De você! Estou falando que eu me apaixonei por você, Sirius, como uma idiota que você usou e depois desculpou-se quando traiu. Isso é bem típico de você. Até hoje eu não sei como diabos eu pude me entregar a você e sentir todas aquelas coisas sem nexo...

- Você era apaixonada por mim – ele falou, a voz baixa, os olhos em guarda, como se de repente estivesse raciocinando. – Você se apaixonou por mim, Marlene?

- Nós chegamos a namorar! Como alguém em boas condições mentais poderia namorar com Sirius Black? É claro que eu me apaixonei por você, imbecil!

- Droga, tudo bem... er... – ele fechou os olhos com força, e os punhos também.

Marlene conseguiu desenhar seu peitoral sob a camisa azul e praguejou contra o físico perfeito dele, os braços fortes e as mãos grandes.

- Qual era o nome? – ele sussurrou de repente.

- Hãn?

- Qual era o nome do sentimento?

E quando ele abriu os olhos, ela encontrou-se sem reação alguma, encurralada nas próprias palavras. Não podia dizer a ele. Ele saberia que aquilo era para sempre, então não havia possibilidade alguma de dizer. Sua expressão sumiu do rosto quando ele se ajoelhou na sua frente, e segurou suas mãos, os olhos muito brilhantes.

- Sirius, o que você está fazendo?

- Eu tenho que saber o nome, Marlene.

- Eu não vou dizer.

- Eu preciso saber... Pra ter certeza que é tão grande quanto o que eu sinto por você.

Entao ela fraquejou sob aqueles olhos imensos, perdida. Do que diabos ele estava falando? Ele havia beijado Rebecca, e havia ido atrás de Marlene para contar, e levado vários tapas na cara enquanto ela gritava um monte de palavrões para ele. E mesmo assim, só de sentir a mão dele em suas costas, o calor de sua pele, ela se entregava. Como ele não podia ter alguma idéia?

- Amor é o nome do sentimento.

Os olhos de Sirius brilharam tanto que ela jurou que a estrela cujo nome ele carregava estava dentro deles, e não pensou em erguer os olhos para o céu para conferir, porque o pensamento que havia verbalizado tinha sido totalmente insano, idiota e doetio. Tudo bem que era a verdade, mas ele agora sabia que tinha o coração dela nas mãos.

Incapaz de pensar em nada, os olhos dela marejaram, mas as lágrimas não escorreram.

- Oh, Deus – um fio de voz seu sussurrou, e ela soltou a mão da dele para segurar a própria garganta.

- Eu te amo – ele falou com profundidade, puxando a mão dela de volta, olhando bem no fundo de seus olhos. – Eu te amo desde que te beijei toda suada por aquele corredor, Marlene.

- Você não tem nenhum direito de fazer isso comigo – ela falou, a voz mais embargada do que pretendia. – Não tem mesmo.

- Marlene, você tem que saber... Eu fui atrás da Rebecca – ele falou.

Uma lágrima escorreu pelo rosto da mulher, e ela franziu a sobrancelha, odiando Sirius mais do que nunca.

- Guarde suas conquistas para você, seu idiota!

- Eu fui atrás dela porque eu estava desesperado! – Ele apressou-se em explicar, erguendo a voz. – Desesperado porque eu não conseguia parar de pensar em você, nos seus beijos, no seu corpo, na sua risada, no que você me fazia sentir quando simplesmente estava comigo!

- A nossa atração é realmente perigosa – ela desdenhou, e outra lágrima desceu por seu rosto.

- Oh, não, Marlene. Eu estava te amando, te amando como eu nunca havia amado ninguém em toda a minha vida idiota, eu estava desesperado porque não conseguia falar disso para nenhum dos meus amigos, e desesperado por não saber se você sentia o mesmo!

- Que bom que o desespero passou quando você a beijou, não é?

- Sim, o desespero passou – ele falou, um pouco amargo, e ela se encolheu. – Passou porque me deu uma certeza absoluta. É você quem eu amo e você não vai conseguir mudar isso nem que me ignore pro resto da sua vida, porque com mulher nenhuma eu sinto o que você me faz sentir em todos os sentidos.

Ela ficou em silêncio, pensando sobre aquilo, os olhos bem longe dos dele.

- E olha que eu tenho uma vasta experiência com mulheres.

Ela ignorou esse último comentário. Sirius havia acabado de dizer que a amava. O seu coração batia tão rápido que parecia ter explodido, e ela tinha certeza que ele podia ouvir.

- Você sabe que isso não vai mudar nada entre a gente, não é? – Ela perguntou, em um sussurro, ainda sem olhá-lo, porque tinha certeza de que se olhasse, não teria coragem alguma.

- Sei que você pode escolher me dar uma nova chance ou simplesmente ignorar os seus e os meus sentimentos por causa do seu maldito orgulho.

- Eu já lhe disse que ele é imenso, Six.

Ela soluçou, baixinho, e outra lágrima escorreu pelo seu rosto. Sirius se aproximou ainda mais e beijou sua testa, para em seguida abraçá-la.

- Então me diga como eu posso te esquecer.

- Só se você também me disser isso.

- Eu te amo – ele sussurrou em seu ouvido. – E eu não quero te esquecer nunca, Marlene.

- Mas eu quero.

- Você não se esforça o suficiente – ele beijou seu pescoço, carinhoso.

- É porque eu não quero me esforçar. Eu quero apenas que passe a dor.

- A dor vai aumentar vários graus se você me deixar, Lene.

- Que diagnóstico egocêntrico.

- Me deixa te fazer feliz, de uma vez por todas.

Ela fechou os olhos. Felicidade. Ter o verdadeiro amor ao seu lado. Aquilo era tão clichê que ela quase se lembrou de algum filme que tinha as mesmas falas.

- Grande demais, grande demais... – repetiu baixinho para si mesma.

- Por que você simplesmente não enfia nessa sua cabeça que não tem como a gente não ficar juntos?

- Por que você me traiu?

- Desespero puro.

- Eu não enfio na minha cabeça porque doeu demais.

- Ah, droga... Eu nunca mais vou te machucar. Eu juro.

- Sirius, pare de fazer promessas.

- E o que diabos você quer que eu faça? – Ele tirou o rosto do pescoço dela para encontrar seus olhos.

Ela havia parado de chorar, e isso fez com que ele se sentisse de repente bem demais. O perfume dela embriagou-o completamente, da mesma forma absurda de antes. Furacão, era o que pensava, enquanto aqueles olhos negros procurava qualquer vestígio de mentira nos seus azuis, você devasta minha vida. De repente, ela sorriu doce para ele, e puxou-o para mais perto pela gola da camiseta.

- Eu quero que você me beije e pare de falar um pouco.











n/b: OIOI eu sou beta :D Bom, digamos que eu eu amei a short ♥ Ficou muito fofa e romântica e fofa e linda e fofa :B Eu já não amo nem um pouco Sirius/Lene ... bjs bjs.

n/a: bem, essa foi a fic mais fofa que eu já escrevi. HEUSAHESI :D obrigada, beta! por ficar me ouvindo e me aturando *---* prometo qe serei boazinha hahaha. ah, eu gostei :) espero que gostem também ou foooooooorca ou td bem :D --' /cortaoálcool.
carpe diem ♪ e.. besos.

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