CAPITULO TREZE



CAPITULO TREZE


 


Tudo aconteceu de forma bem tranqüila até a sua viagem ao mercado Birmingham, de coisas usadas. Ao voltar, ela reparou que estava sendo seguida. Seria paranóia?


Novamente estava ela, olhando por cima dos ombros, saltando a cada sombra. Era como estar de volta quatro anos atrás, aos dias em que teve de limpar o próprio sangue da porta; quando, ao respirar, sentia dor, graças à sua costela quebrada. Mas ela não deixaria o medo dominar sua vida novamente.


A pretexto de remexer em suas sacolas, olhou em volta. O rapaz estava alguns passos atrás. Sua espinha ficou gelada. E se ele fosse...? O que ele queria com ela?


Resolveu entrar em uma loja. Folheou algumas revistas. Comprou um jornal. E saiu.


Ele ainda estava lá.


Ela praguejou e retornou à loja.


Então? Chamaria a polícia? Não adiantaria. Quando o carro da patrulha chegasse, ele iria embora.


Pegar um táxi? Não. Ele poderia segui-la, descobrir onde ela morava e espreitá-la. Quando ela saísse...


Como ousava intimidá-la daquele jeito? Por um momento, pensou em sair, encará-lo e testar seu aprendizado em artes marciais.


Mas talvez ele não estivesse sozinho. E Harry estava certo, ela não era faixa-preta.


Decidiu então chamar o celular de Harry, rezando para que ele não estivesse no tribunal.


Ele não estava.


- Oi, Gina.


- Oi. Sabe aquela promessa que eu fiz?


- Onde você está?


- Numa loja de revistas em Camden. - Ela deu o endereço. - Acho que tem alguém me seguindo.


- Tem a descrição? - perguntou Harry.


- Sim.


- Ótimo, chame a polícia. Estou a caminho. Permaneça aí dentro.


Quando a polícia chegou, o homem havia sumido, e Gina sentiu-se estúpida.


Harry, porém, explicou a situação ao policial.


- Sei que, sem uma ameaça concreta, vocês não podem fazer nada. Mas quero que registrem assim mesmo. Intimidação de testemunha. Usaremos isso no tribunal.


Gina forneceu os detalhes, incluindo uma descrição minuciosa do homem suspeito de tê-la seguido.


Quando Harry chamou um táxi, deu-lhe o endereço de seu apartamento.


- Não discuta, Gina. É pela sua segurança. Diga o que precisa de seu apartamento e eu irei buscar. Se discutir, terei de pedir a Luna que a convença. Ela sabe o que aconteceu, não é mesmo?


- Ela foi uma das pessoas que me levaram ao hospital.


- Não sabia que havia ficado em um hospital.


- Não fiquei, de fato. Os médicos apenas me examinaram, tiraram chapas de raios x por causa das contusões e me prescreveram analgésicos. Não se pode curar costela quebrada. Dói por algumas semanas e depois sara.


- Isso não vai acontecer de novo, Gina. Vamos pegá-lo dessa vez. Ele não vai ter uma estada fácil na prisão. Eles lá têm uma espécie de código de honra, aqueles que machucam mulheres e crianças... digamos que ele não terá a simpatia de seus companheiros de cela.


Foi muito estranho dar a Harry a chave de seu próprio apartamento. E mais estranho ainda ficar no apartamento dele sozinha. Não conseguiu se concentrar em um filme. Também não conseguiu ouvir música. Sentia-se presa numa armadilha.


E ele estava no apartamento dela. E se tivesse alguém lá? Se o ferissem? Só nesse instante deu-se conta de que o amava. Talvez dissesse a ele aquela noite.


Estava lendo no jardim do terraço quando ouviu um barulho na porta. E então ouviu Harry chamar seu nome.


- Aqui fora. - respondeu. Ele entrou no terraço.


- Como vai?


- Bem. - E, estranhamente, ela não se sentia mais presa numa armadilha. Não enquanto estivesse nos braços dele.


- Seu apartamento estava em perfeito estado. Nenhum sinal de problema. Mas quero que fique aqui por mais uns dois dias. Então, meu quarto de hóspedes é todo seu. Quer uma ajudinha para arrumar suas coisas?


- Eu... - era um momento sério, ela estava entrando na casa dele. - Não, tudo bem. Só me diga o que posso usar.


- O apartamento inteiro está à sua disposição. Coloque suas coisas onde quiser.


- No seu quarto de hóspedes. No meu quarto. - esclareceu ela.


- Eu bem que preferiria que você escolhesse dormir em outro lugar. Mas sim, o quarto é seu. Pelo tempo que precisar.


Aquilo estava ficando cada vez mais sério. Eles nunca haviam passado uma noite inteira juntos. Ela se acovardava e o mandava para casa ou chamava um táxi quando estava no apartamento dele. Passarem a noite juntos significava cruzar a fronteira do território do relacionamento.


Ele deve ter visto a preocupação nos olhos dela, pois acrescentou suavemente:


- Sem pressão. Fica a seu critério.


O que a fez sentir-se ainda pior. Ele já dissera que a amava. Mas ela, se dissesse naquele momento, poderia parecer que era somente porque ele a havia resgatado de uma situação complicada.


Mas ela poderia mostrar.


- Tudo bem. Vou arrumar minhas coisas.


- Importa-se se eu trabalhar um pouco?


Ela já havia tomado mais da metade de seu dia. E ele era ocupado.


- Claro. Finja que não estou aqui.


Quando ela terminou de arrumar as coisas, teve um pensamento bem travesso. Isso o iria desconcentrar do trabalho, mas seria o melhor jeito de mostrar a ele o que realmente queria que ele soubesse. Com o seu corpo.


Ele fizera um comentário apaixonado sobre o agasalho vermelho. E outro sobre ela assoviar e ele vir correndo...


Bom. Ela se despiu. Enrolou-se no agasalho de plumas, acomodou-se no sofá e assoviou.


Harry levantou os olhos do livro que estava segurando e viu o que ela estava usando.


- Quer me matar do coração?


Não era bem essa a reação que Gina havia esperado. Envergonhada, murmurou.


- Sinto muito. Vou me vestir.


- Não! Não se mova! Não ouse se mover. - Ele fechou o livro. Não sem antes marcar a página com um pedacinho de papel. E num instante estava junto dela. - Da última vez em que estava usando esse agasalho, tinha uma tiara nos cabelos.


- Bem, se não me contar todos os detalhes, como poderei realizar corretamente suas fantasias, Senhor Potter?


- Creia-me, Gina, você personifica todas as minhas fantasias. E se não estivesse chovendo, eu a carregaria até o terraço.


- Quem liga para chuva?


- Isso é um desafio, Gina Weasley?


- Você não aceita desafios.


- Não?! - Ele a pegou nos braços e foi em direção ao terraço.


- Harry, seu terno ficará arruinado.


- E quem se importa?


- Eu me importo. É um tecido bom, merece ser tratado adequadamente.


- Pedante.


Ele a colocou no chão. Tirou o terno. E a levou para o jardim.


- Satisfeita agora?


- Ainda não. Mas acho que vou ficar.


- Isso, eu garanto.


Harry pegou uma ponta do agasalho e Gina girou em piruetas para se desenrolar dele.


Estaria sendo louca de fazer amor num terraço londrino? Havia uma certa vibração ilícita no que eles estavam fazendo. A camisa de Harry estava inteiramente molhada, grudada como uma segunda pele. A musculatura estava claramente delineada. A bermuda de jérsei estava igualmente colada, ela viu como o pênis de Harry estava duro e ereto.


- Vou precisar desembrulhar você?


Ele abriu os braços. Ela retirou a camisa e a bermuda. E, quando Harry estava completamente nu, levantou-a, encostando-a na treliça e penetrou-a beijando sua boca ardentemente. Ela envolveu a cintura dele com as suas pernas.


Gina nunca havia feito algo parecido antes. Fazer amor debaixo de chuva num jardim. Levantar a face para o céu e deixar que a chuva abençoasse enquanto seu amante a penetrava. De algum modo, a exposição aos elementos da natureza derrubou outra barreira entre eles. No momento em que Gina atingiu o clímax, olhando nos olhos de Harry, leu o que estava escrito neles. O mesmo que diziam seus olhos. A mesma emoção.


Eu te amo.


Uma semana depois, Harry estava no escritório estudando alguns casos quando o diretor abriu a porta e perguntou:


- Harry, você se esqueceu do baile de caridade?


- Baile de caridade? Tenho estado tão ocupado que esqueci.


- Eu sei. Estamos gostando do seu trabalho. Mas estou preocupado com o caso Burrows. Não acha que está além da sua conta?


- Ela é amiga de uma amiga. É importante para mim.


- Há um conflito de interesses?


- Esse é o motivo de eu estar apenas supervisionando.


- Não acumule muitos casos. Lembre-se do baile de caridade. Você irá recepcionar uma das mesas.


- Posso levar uma convidada?


- Não vejo por que não. Não deixe de ir. - Thimothy, o diretor, sorriu e se despediu.


Um baile faria bem a Gina, pensou Harry. Iriam dançar, beber champanhe. Ele a convidaria naquela noite, depois do jantar.


Ele estava no sofá ouvindo música com Gina.


- Você parece estar no paraíso.


- Minha suíte favorita de Bach tocando, e minha mulher favorita nos braços. Eu estou no paraíso. Só preciso de um favor seu.


Ela não se lembrava de ele ter lhe pedido qualquer coisa. E havia feito tanto por ela. Como ela poderia recusar?


- Preciso ir a um baile de caridade do qual minha empresa é a patrocinadora principal.


- E precisa de vim traje antigo. Vou providenciar.


- Não. Preciso é de uma vendedora de roupas antigas. Para me acompanhar.


Gina levantou a sobrancelha.


- Mas você não teria de ir com uma advogada?


- Quero ir com você. Acostumei-me a não ser mais solteiro. Quero ter uma vida além do trabalho. Quero ter você por perto.


- Isso está ficando sério.


- Então, você vem ao baile comigo? - Gina respirou fundo.


- Tentei ser advogada, mas falhei.


- Você não falhou. - corrigiu Harry. - Encontrou sua vocação em outro lugar.


- Eu não vou me sentir bem. - argumentou Gina.


- Claro que vai. Você estará comigo.


Ela sorriu. Isso era o que a assustava. Estar com ele fora do mundo dele era uma coisa, ele a tomava pelo que ela era. Mas estar com ele no mundo dele... as falhas apareceriam. Tudo começaria a dar errado.


- Então, você irá ao baile comigo?


Ela só pôde pensar numa coisa para distraí-lo.


- Eu te amo.


- Você o quê?


- Eu disse que te amo.


- Acho que não ouvi direito.


- Eu disse que te amo.


Ele inclinou-se para beijá-la e falou bem perto dela.


- Eu ainda não ouvi você direito. - Sabendo que ele brincava disse:


- Mentiroso!


- Ok, admito. Eu só queria ouvir de novo. Tão bonitinho. Diz de novo, por favor?


Ele era completamente irresistível.


- Eu te amo, Harry Potter.


- E irá ao baile comigo?


- Vou pensar.


- Então precisa ser persuadida.


Ele beijou a mão dela e, com pequenas mordiscadas, subiu pelo braço até chegar ao lóbulo da orelha.


- Vai ao baile comigo, Gina?


- Vou pensar.


- Jogo duro, é?


Ele se levantou e a carregou até o quarto. Tirou a roupa dela, peça por peça, beijando cada centímetro de pele que deixava a descoberto. Beijou seu corpo todo, menos o lugar pelo qual ela ansiava, seu sexo. Ela se contorceu na cama esperando que ele trouxesse o alívio almejado. Mas, quando ele chegava perto, desviava. Ela pensou que fosse enlouquecer.


- Harry! Isso é injusto.


- Vai ao baile de caridade comigo?


Um baile de caridade lotado de advogados. Um lugar ao qual ela não se ajustaria.


- Vou pensar.


- Então vou jogar sujo.


E assim foi. Acariciou-a, lambeu-a e provocou-a até que ela estivesse fervendo.


- Harry, por favor. - ela implorou.


- Você sabe o que tem de dizer. - Ela sabia quando desistir.


- Tudo bem, vou ao baile com você.


Harry alcançou uma camisinha e a colocou.


- Eu te amo, Gina Weasley, e isso vai ficar cada vez melhor.


Quando ele a penetrou, ela sentiu um alívio.


- Oh, assim é muito melhor. Vou tentar me lembrar que você sempre está certo.


Então começaram a se movimentar em direção ao paraíso.


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Grace Black: se você já leu como T/L então já sabe como é boa a historia, por isso que eu adaptei depois de ter lido a historia, simplesmente não resisti, que bom que está acompanhando. Beijos.


 


Feh: o Malfoy com  certeza não presta, ferrou com a Gina e com a outra mulher agora, mas ele vai ter o que merece. Quanto a sua amiga, comentou sim e muito obrigado por ter indicado a fic, isso me anima a atualizar mais rápido. Rsrsrsrsrs. Brincadeira. Mas mais uma vez obrigado pelo que você disse. Beijos.


 


issis: não levei a mal mesmo. Não sei se você já voltou, mas a fic já foi atualizada, espero que goste. Beijos.


 


Ginny M. W. Potter: eu duvido que o Malfoy consiga fazer alguma coisa contra a Gina agora, principalmente com o Harry a protegendo. Mas quanto ao que vai acontecer, espere para ver... eu sou mal. Na verdade, o Draco nem terá tanta participação assim, afinal a outra mulher é quem vai entrar na justiça contra o Draco, a Gina apenas se ofereceu para testemunhar a favor dela, mas a coisa vai engrossar no baile em que o Harry vai levar a ruiva. Pode deixar que ainda essa semana eu vou passar na sua fic, pois eu ainda não a tinha visto. Na verdade nos últimos tempos eu mal estou acompanhando as fics que eu sempre leio, afinal preciso manter as minhas atualizadas, senão já viu... mas vou arrumar um tempinho esse final de semana e dar uma olhada. Beijos.


 


 


 

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