Soldier of Love




Soldier Of Love


Há muito tempo sentia seu coração apertado dentro do peito, muitos não conseguiam entender, mas ele entendia perfeitamente, um erro, poderia ter tido uma vida repleta de acertos mas um mero erro era capaz de destruir tudo, isso foi o que descobriu do pior jeito.


O mundo era injusto com ele e não poderia reclamar, não tinha com quem reclamar! Tentava apenas agora conviver com as regras, e as regras eram não estrague tudo, mas não foi isso que ele fez.


De tantos erros que poderia ter cometido o que cometeu foi fazer a pessoa que mais amava chorar, a única que sempre esteve do seu lado mesmo quando ele não a percebia.


Com revolta se perguntou o porquê havia tantas formas de se magoar uma pessoa e tão poucas as que pudessem arrumar tudo.


§
Olhos verdes fitavam a porta arregalados, sentindo o desespero começar a tomar conta de si, suas entranhas se remexiam revoltada implorando que tomasse alguma atitude, por alguns segundos tinha se esquecido de como era andar enquanto algo mais parecido como um nó invisível o sufocava roubando seu direito de respirar e falar.


Alguém segurou seu queixo e tentou puxá-lo para baixo sem sucesso, afinal seus olhos não conseguia desgrudar da figura parada na porta.


Lágrimas escorreram pela face branca dela e isto fez com que seu coração se contrai-se, sentindo-se mais do que miserável conseguiu cambalear alguns passos em direção a porta, mas havia sido lento demais por que a última coisa que viu foi os cabelos flamejantes balançarem para longe dele enquanto uma última lágrima caia no chão.


Teve vontade de correr atrás dela e tentar explicar o que havia acontecido, mesmo que não tivesse idéia de como explicar, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa algo, ou melhor, alguém segurou seu cotovelo o impedindo de prosseguir, se virou para protestar, mas antes que pudesse reagir sentiu seus lábios serem pressionados pelos de uma morena.


Naquele momento sentindo-se enojado pelo toque da garota a empurrou com força para longe de si, esta assustada pela sua atitude não conseguiu se manter em pé e acabou por cair e soltar um gemido de dor enquanto sua mão ia parar no tornozelo, por mais irritado que estivesse pelo que tinha acontecido não pode deixar de admitir que havia uma pequena mais ainda assim existente parcela de culpa pelo que tinha acontecido e somente por isto que foi capaz de se controlar momentaneamente.


-Deixa eu te ajudar. –Falou estendendo a mão a contragosto.


A garota fez uma leve careta mais aceitou sua ajuda, se agarrando a ele quando se levantou.


-Graças a você, Potter, eu torci meu tornozelo. –Falou a garota caminhando em passos lentos em direção a saída da sala.


Harry foi incapaz de segurar um rangido de dentes, que declarava o quanto irritado estava com aquela situação.


-Graças a você, Chang, eu magoei a pessoa mais importante da minha vida. –Falou Harry a levando até a ala hospitalar.


A oriental revirou os olhos com puro descaso.


-Me agradeça depois. –Disse com a voz sarcástica.


Harry que até agora estava se esforçando para não perder a paciência não foi mais capaz de se segurar com o que havia acabado de ouvir, se soltou da garota de forma brusca fazendo esta ter que se apoiar na parede para não cair novamente.


-O que raios você pensa...


-Quem você pensa que é garota? –Gritou Harry furioso a interrompendo. –Quem te deu o direito de falar assim da minha namorada?


O corredor estava vazio, mas Cho Chang poderia jurar que quem estivesse andando pelos corredores daquele andar havia ouvido o grito do moreno.


-Namorada? –Debochou Chang rindo como louca. –Que namorada Potter? Aquela Weasley fêmea que saiu chorando há dez minutos? –Perguntou a garota se esforçando para apoiar o peso do seu corpo em um pé só. –Lamento informá-lo queridinho, mas algo me diz que vocês dois nunca mais ficaram juntos.


Os olhos verdes brilharam em ódio por um momento, enquanto sua mão apertava cada vez mais forte a varinha em seu punho, Harry tinha plena consciência de que estava tremendo de raiva naquele momento, tanto que seria capaz de cometer uma enorme besteira se naquele exato minuto não estivesse sido atingindo por um enorme murro na face, sentiu o vidro estraçalhado do óculos lhe cortar a face enquanto algo quente começava a escorrer por sua face.


Foi erguido pela gola da camisa e tentou se soltar, porém só conseguiu isto quando suas costas se chocarem fortemente com a parede.


-Rony, Harry! –Falou Neville se aproximando dos dois para separá-los.


-Parem vocês dois AGORA! –Mandou Hermione se aproximando com alguns alunos da grifinória.


Simas e Dino correram para ajudar Neville na missão de separar os dois melhores amigos, apesar da dificuldade enfim conseguiram carregar Rony para longe de Harry enquanto Neville ficava parado perto do moreno esperando a hora que este fosse para cima do amigo, mas estranhamente isto não aconteceu.


O grupo de alunos no local era cada vez maior, ninguém acreditava no que estava vendo Rony Weasley e Harry Potter estavam MESMO brigando.


-Eu avisei Harry, eu juro que te avisei! –Gritava Rony tentando se soltar dos amigos de quarto. –Eu confiei minha vida a você, a minha família, minha IRMÃZINHA e você nos trai deste jeito?! Você é mesmo um DESGRAÇADO!


Harry todo o tempo manteve a cabeça baixa, seus cabelos que ele havia deixado crescer para esconder a cicatriz caia em sua face impedindo a todos menos Neville de vê-lo, o amigo de quarto foi o único que viu que em meio às gotas de sangue haviam caído algumas lágrimas de sua face.


-Eu não queria isto... Me perdoe. –Pediu o moreno ainda sem levantar a cabeça.


Neville viu Rony rugir em frustração enquanto voltava a tentar se soltar, desviou sua atenção para Hermione que olhava de Harry para Rony indecisa, assistiu o olhar dela mudar de direção para algo a sua direita, depois disso os olhos dela adquiriram um brilho de raiva que não tinha, após isto a garota foi na direção do ruivo ao qual disse meia dúzias de palavras e passou a arrastá-lo para longe dali.


Harry sabia que todos estavam olhando para ele quando se levantou, queria sair dali o mais rápido possível, Cho fez menção de vir em sua direção, mas fez questão de dirigir o olhar mais frio possível em sua direção o que a fez se virar e sair com a ajuda de uma amiga que estava assistindo a cena.


Apoiou-se na parede e passou a caminhar lentamente para longe dali, havia perdido os óculos e o sangue corria em sua face dificultando ainda mais a sua visão, tropeçou em alguma coisa que não tinha visto quando sentiu alguém o ajudar, ao olhar na direção se surpreendeu com o borrão que havia visto.


-Vamos eu te ajudo. –Falou Neville. – Você tem que ver a Madame Pronfrey.


Harry apenas negou com a cabeça.


-Mas Harry...


-Não quero ir lá agora Neville! –Falou o moreno irritado.


Neville por mais que não concorda-se com isto suspirou e voltou a ajudá-lo a andar, mas parou assim que se lembrou o por que havia demorado para ajudar o moreno.


-Ah quase me esqueci. –Falou o garoto tirando algo do bolso e entregando ao moreno. –Isto irá te ajudar com certeza.


Harry ficou imensamente grato pelo amigo quando este entregou os óculos já reparados, rapidamente o moreno o colocou grato por poder ver um pouco melhor agora.


-Obrigada Neville. –Agradeceu sinceramente.


O garoto deu um sorriso tímido enquanto coçava o queixo.


-É o mínimo que posso fazer para quem vive me ajudando. –Falou o garoto.


Depois disto Harry voltou a agradecer Neville e sem graça pediu um favor ao garoto, este aceitou prontamente, em questão de minutos havia voltado com a capa de invisibilidade e o mapa do maroto.
§


Depois que Neville havia lhe entregado a capa de invisibilidade havia o agradecido e fugido para a passagem que dava a casa dos gritos, e foi lá que passou os próximos três dias, no segundo dia “desaparecido” Minerva havia ordenado que Dobby encontra-se Harry e quando este o havia feito o moreno tinha dado ordens especificas para que o elfo não revelasse a ninguém onde estava.


Dobby havia sido fiel em não revelar o seu pedido, Minerva quando soube pelo elfo que o próprio o tinha proibido de revelar seu sumiço o mandou ficar colado a si levando comida consigo, é óbvio que todos deveriam estar doidos atrás dele já que estavam no meio da guerra, mas naquele momento tudo o que ele queria era poder voltar no tempo e não ter magoado tanto as pessoas que amava.


Foi no final do terceiro dia de desaparecido que o moreno se assustou ao escutar passos vindos da passagem que levava a Hogwarts, o moreno se enfiou em baixo da capa de invisibilidade e mandou que Dobby desaparece-se com todas as evidencias e só volta-se a aparecer quando este o chama-se.


O que ele não esperava é que aquela pessoa seria Dumbledore.


Mesmo tendo se passado três meses ainda se lembrava perfeitamente da conversa que haviam tido naquele dia.


§
O diretor adentrou o local com o mesmo olhar curioso de sempre. Seus olhos azuis por trás dos óculos fitavam diretamente o local onde Harry estava escondido por debaixo da capa sem dizer qualquer palavra.


O moreno suspirou se dando por vencido e retirou a capa de si, tendo plena consciência de que o diretor deveria saber onde estava desde o primeiro dia em que havia desaparecido.


-Ola Harry. –Cumprimentou o diretor calmamente.


-Professor Dumbledore. –Falou o moreno envergonhado.


Dumbledore deu um leve sorriso e com um aceno leve da varinha fez surgir duas poltronas, este se sentou com toda tranqüilidade que possuía em uma e fez um leve gesto para que o moreno fizesse o mesmo.


Ainda confuso com tudo aquilo o moreno aceitou o convite.


-Professor eu...


Dumbledore levantou a mão em um gesto que pedia educadamente que se cala-se, o que o moreno fez.


-Se não se importa eu tenho algumas coisas a dizer antes que você comece a se explicar. –Falou Dumbledore no que Harry concordou com um aceno. –Harry eu temo ter que dizer que isto foi uma das coisas mais inconseqüentes que você já fez, fugir de todos para um lugar onde você estaria desprotegido quando Voldemort e todos seus comensais estão em sua caçada não foi nada esperto, você poderia ter sido facilmente descoberto.


-Eu não ligo! –Respondeu Harry sendo mais sincero do que esperava. –Queria mais que ele fizesse isto.- Confessou se surpreendendo com o que dizia.


Dumbledore suspirou e conjurou uma mesa de centro e dois chocolates quentes.


-Pegue um. –Falou oferecendo no que o moreno aceitou. –Não sabe o quanto me deixa angustiado e decepcionado por escutar a sinceridade por trás de suas palavras Harry. –Começou a dizer tomando cuidado. –Mas acho que você não sabe principalmente o quanto estaria magoando seus amigos se isto acontecesse.


Naquele momento Harry deixou de lado o copo de chocolate e se virou em direção ao diretor.


-Magoá-los? Professor, acho que é tarde demais para isto, pois foi exatamente o que eu fiz a três dias atrás! –Falou irritado.


Dumbledore tomou um leve copo do seu chocolate quente e voltou a olhar o aluno.


-Se estiver falando do incidente que ocorreu com a senhorita Chang já estou ciente. –Falou Dumbledore com tal calma que Harry era capaz de enlouquecer por ele. –Entendo que você esteja nervoso pelo que ocorreu Harry, mas lembre-se que você é humano assim como eu, e como tal temos o direito de errar e por mais que tentamos fazer com que isto não aconteça às vezes vamos decepcionar as pessoas que amamos.


Harry encostou a cabeça na poltrona e fechou os olhos enquanto revivia toda aquela cena.


-Eu gostaria que tudo isto não estivesse acontecido. –Confessou Harry.


-Mais aconteceu, o que importa agora é o que você vai fazer Harry? –Perguntou o diretor olhando diretamente para o aluno.


Ficaram alguns minutos em silêncio onde Harry não conseguia encontrar uma saída.


-Não sei. –Confessou por fim irritado.


Dumbledore suspirou.


-A resposta esta dentro de você Harry, mas esta aqui. –Falou Dumbledore tocando seu próprio coração. –Só ele ira te dizer o que fazer nesta hora de indecisão.


Harry voltou a fechar os olhos e passou a tentar buscar uma resposta.


-Decepcionei meus amigos e principalmente a mulher que amo, a única coisa que posso fazer é tentar mostrá-los que sou merecedor da confiança deles novamente, não importa exatamente como, seja o que for preciso eu farei. –Falou o moreno voltando abrir os olhos.


Dumbledore lhe sorriu e concordou com um aceno.


-Esta é a resposta Harry. –Falou com um largo sorriso, e logo concluiu. –E que resposta! –Seus olhos brilharam ao falar isso ao mesmo tempo em que bebia mais um gole de sua bebida.


Minutos depois Dumbledore o fez prometer que iria voltar ao castelo, no começo Harry estranhou o fato do diretor não ter revelado como o tinha descoberto e nem o que iria ter que fazer antes de voltar ao castelo, mas como sempre o diretor era misterioso no que fazia, só podia confiar que o professor estava certo que o melhor seria parar de se esconder como um covarde que parecia ser e agir.


Durante todo o caminho de volta a imagem da ruiva ao se deparar com ele e Cho juntos o perseguia, o brilho do olhar se perdendo enquanto a traição atingia seus olhos era de fazê-lo perde o sentido.


Deponha suas armas
e renda-se a mim.
Deponha suas armas
e me ame pacificamente, sim.
Use seus braços para abraçar e afagar
aquele te ama tanto...


§
Assim que adentrou no castelo Harry teve vontade de voltar a fugir, não havia percebido que era hora do jantar e naquele momento todos os alunos deveriam estar se dirigindo ao salão principal, o pior era que Pirraça mais uma vez deveria ter bloqueado a enorme porta que dava a ele já que TODOS os alunos estavam do lado de fora, esperando que alguém desse um jeito no fantasma.


Deu as costas rapidamente e já estava saindo de lá quando alguém esbarrou nele e o derrubou, em seguida ouviu seu nome ser gritado em felicidade enquanto Colin o ajudava a se levantar, antes que pudesse pedir para este falar baixo todos já haviam voltado sua atenção para ele.


-Potter esta de volta! –Exclamou um aluno.


-O que será que aconteceu com o Potter? –Perguntou outra aluna.


Envergonhado passou a andar em direção as escadas que o levaria em direção a Torre da Grifinória, mas foi quando viu os cabelos flamejantes e a dona deles que tanto amava de braços cruzados o analisando que estancou no lugar, seus olhos passaram por ela que estava com a face um pouco pálida e surpresa, buscou os olhos castanhos dela, mas estes estavam analisando seus estado o que o fez criar esperança, porém estas se foram assim que seus olhos se encontraram com os seus e naqueles momentos eles disseram tudo o que as palavras não poderiam expressar.


Ela estava muito machucada por dentro e o culpado era ele!


-Gina...


Deu um passo na direção dela, mas esta havia dado as costas para ele no mesmo tempo em que surgia Rony que lhe deu um breve olhar antes de seguir a irmã, Hermione por sua vez se demorou um pouco mais o olhando, parecia querer ajudá-lo, mas ao escutar a voz de Rony a chamando suspirou e foi na direção do garoto.


Neville apareceu não sabe-se da onde e novamente o ajudou a sumir daquele lugar, desta vez ele havia dito da ala hospitalar e Harry por mais que não gosta-se da idéia de passar a noite naquele lugar preferiu que fosse assim, afinal deste jeito poderia evitar um pouco mais a conversa com os amigos.


-Por que esta me ajudando tanto Neville? –Perguntou o moreno depois que a enfermeira já havia cuidado dele.


-Por que eu sei como é estar sozinho no meio de tanta gente e principalmente sei o quanto é importante quando alguém nos ajuda. –Falou Neville com um suspiro, Harry nunca havia pensado no colega de quarto daquele jeito. –Devo isto a você, Rony, Gina, Hermione e Luna.


Depois disso Harry não disse mais nada, apenas agradeceu e se despediu do amigo enquanto tomava a poção que a enfermeira havia dado para que ele pudesse dormir.


Naquela noite sonhou com os vários momentos que teve com Gina quando eram namorados, lembranças que gostaria que voltasse a ser real.
§


Isto tudo havia ocorrido um mês antes de ficarem de férias, se lembrava que todo o mês de aula suas únicas companhias havia sido Neville, Luna, Simas e Dino, porém não era a mesma coisa, nunca seria, Neville e Luna haviam com certeza se tornado amigos preciosos, porém não poderia negar que eles nunca substituiriam a falta que o quarteto fantástico fazia em sua vida.


Harry havia perdido das contas das cartas, bilhetes, e recados que havia pedido que entregassem a Gina, a última delas havia sido no último dia de aula do seu sexto ano.


§
Havia tentado se aproximar da ruiva de todas as formas possíveis mais a garota estava sempre cercada por suas amigas, passou por volta de um mês esperando encontrá-la sozinha, porém quando viu que isto seria impossível decidiu por pedir para conversar com ela na frente de todos mesmo, porém nas duas vezes que havia feito isto a garota havia recusado seu pedido dizendo estar ocupada demais com coisas mais importantes...


Quantas vezes mandou recados marcando encontros e ficava até alta hora da noite esperando esperançosamente que ela se encontra-se com ele, então como último recurso passou a deixar bilhetes em seus livros que encontrava as noites jogados pelo salão, mas ela passou a balançá-los em cima do lixo do salão comunal sem lê-los na sua frente de propósito.


Mas não podia desistir e por isto passou a mandar cartas pelas corujas de Hogwarts, mas elas sempre voltavam intactas.


Na noite anterior havia passado boa parte acordado escrevendo todo o mal entendido de um mês com Chang, de quando fugiu com ódio de si mesmo e de cada sentimento que teve com as rejeições dela.


Se havia dormido duas horas teria sido muito, já que acordou primeiro que todos para ir ao corujal, sabendo que esta só poderia entregar no café da manhã quando estivesse olhando.


Ficou esperando a ruiva entrar para tomar o café da manhã e qual não foi a sua surpresa quando viu a garota entrar sendo acompanhado pelo seu cão de guardar particular, também conhecido como Rony Weasley, Hermione e um garoto que ele não fazia a mínima idéia de quem se tratava.


Algo se remexeu dentro dele furiosamente, o garoto tinha cabelos pretos compridos e olhos azuis, vestia as trajes da corvinal, mas havia se sentado ao lado de Gina na mesa da grifinória, nenhum deles fora Hermione havia percebido seu olhar, esta o olhou por alguns segundos até que desviou o olhar para o seu prato onde ficou a mexer sem vontade de comer.


Naquele dia eles pareciam não ter se importado realmente com a sua presença, por que sentaram apenas seis bancos distante dele; Neville e Luna o olhavam com pena, mas ele fingia não ver, ocupado demais entretido em seu próprio prato.


Só levantou a cabeça quando viu as corujas invadirem o salão principal entregando as correspondências, Edwiges voou direto em direção a ruiva, de soslaio a viu bufar olhando a carta ao lado do seu prato, esta engoliu um gole do suco e pegou a varinha, o babaca ao lado dela olhava diretamente na sua direção, mas não era nele que prestava atenção e sim nela.


Gina levitou a carta e fez com que esta pega-se fogo no ar virando cinzas.


-Belo feitiço Gi! –Falou o garoto ao lado dela empolgado, no que ela agradeceu timidamente.


Mas o garoto não satisfeito beijou a face esquerda da ruiva carinhosamente enquanto falava algo em voz baixa a fazendo corar.


Sem agüentar mais assistir aquela cena se levantou em um sobressalto e saiu da mesa da grifinória indo em direção a saída do castelo.


Ouviu os gritos de Luna e Neville, entretanto os ignorou, depois pediria desculpa, mas agora precisava de um tempo só para ele.
§


Não existe motivo para você declarar guerra
Àquele que te ama tanto
Então esqueça dos outros rapazes pois
meu amor é real,
Saia do seu campo de batalha.


Passou o resto do dia escondido debaixo da sua capa de invisibilidade no campo de quadribol como o covarde que era, quando encontrou com Minerva ela lhe informou que na volta às aulas teria que cumprir detenção por ter matado aula, mas nada do que pudessem dizer iria lhe importar.


No trem por falta de espaço Rony, Hermione, Gina, e o idiota corvinal que descobriu se chamar Ótavio, tiveram que dividir a mesma cabine com Neville, Luna e ele, Harry Potter o ignorado.


Afinal tinha passado metade do caminho o ignorando tirando Neville e Luna que às vezes tentavam incluí-lo na conversa, e Hermione que apesar de não falar diretamente com ele não tentava excluí-lo da conversa assim como os outros estavam fazendo, por isso houve um momento em que tinha dado a desculpa que iria ao banheiro e só voltará uma hora depois, sendo obrigado a escutar piadas sem graças do Otavinho, mas isso não era o pior e sim o fato de quase enlouquecer cada vez que via a atenção que Gina dirigia ao Otário, desistindo de se torturar passou a fingir que dormia enquanto imaginava formas de torturar o garoto de nariz empinado.


Seus tios como sempre o tinham ido buscar de forma amável, e pela primeira vez nunca havia ficado tão feliz em vê-los, fato este que foi percebido por eles, já que tio Valter tinha feito questão de alertá-lo que se estivesse aprontando alguma coisa iria ser expulso. O que não retrucou por que estava com uma enorme pressa de sumir dali.


No seu aniversário de 17 anos tinha recebido presente um caixa de biscoitos de Hagrid, Neville tinha lhe mandado uma planta rara, Luna tinha feito um medalhão que dizia protegê-lo de algum bicho estranho que ele nem conseguia pensar em pronunciar o nome, Lupin e Tonks tinham dado um livro de Defesa Contra as Artes das Trevas e um casaco da Sr. e Sra. Weasley, junto dos presentes havia um carta onde diziam estarem vindo buscá-lo as sete da noite.


Por fim havia um pequeno embrulho roxo sem nome do remetente com um colar de ouro onde havia um dragão como pingente, sem saber quem tinha mandado mas torcendo para que tivesse sido um dos amigos colocou o colar o escondendo por de baixo da camisa.


As sete em ponto a companhia tocou e Lupin junto de Tonks e mais dois aurores que sabiam pertencer da ordem adentraram a casa de seus tios se lembrava até agora da cara deles de quando havia dito que preferia ficar na casa dos tios.


§
Após abraçar a Lupin e Tonks e dar os devidos parabéns pelo namoro dos dois, fato que deixou os dois corados Harry não agüentou a curiosidade e teve que perguntar.


-Para onde estão me levando agora? –Perguntou o moreno torcendo os dedos para que fosse não à casa dos Weasley.


Tonks que vinha descendo com as bagagens de Harry trocaram um leve olhar com Lupin.


-Vamos para A’Toca Harry. –Informou o homem receoso, provavelmente todos já deveriam saber do que estava se passando entre eles.


Pensou em Arthur e Molly, e todos os outros cinco Weasley’s que deveriam ter tido ciência do que se passara na escola entre ele e os dois Weasley caçulas há alguns meses atrás, provavelmente deveriam estar decepcionados assim como Rony havia lhe dito, tinha traído a confiança deles e agora iria pedir abrigo? Não iria obrigá-los a conviverem por pena, não merecia isto e muito menos eles.


-Eu não vou! –Disse seriamente no que todos ficaram boquiabertos, inclusive seus tios. –Se for para voltar para A’Toca me deixem aqui... Peço desculpa por ter os feito vir até aqui por nada


-Você ficou louco de vez moleque? –Perguntou tio Valter. –Como assim prefere ficar aqui ao invés da casa daqueles estranhos? Você nunca deu valor ao que nós fizemos por você e agora quer ficar aqui para sempre?


Harry teve que respirar fundo algumas vezes para não responder o tio de forma mal educada.


-Não é para sempre tio Valter, apenas até ir para a escola, depois prometo cuidar pessoalmente de ir para bem longe daqui, onde vocês não terão que me ver nunca mais. -Falou o moreno se voltando para os aurores e amigos que assistiam a tudo pasmos. –Como estava dizendo agradeço a vocês e aos Weasley’s pela piedade, mas vou ter que recusar.


Lupin finalmente pareceu entender o que Harry queria dizer e sem que o moreno pudesse impedi-lo, fez um feitiço ao qual fez sumir suas malas. O moreno fez questão de protestar, mas o ex-professor e amigo foi mais rápido.


-Dumbledore nos mandou levá-lo A’Toca Harry e é o que iremos fazer no momento, entendo que você não queira ficar lá, mas não serei eu que irei dizer isto a Molly e sim você, se você não mudar de idéia até o final da noite te levamos até a sede da ordem e você fica lá comigo e o monstro.


Depois disso Harry não teve mais o que argumentar, antes que pudesse se dar conta estava sendo empurrado para dentro da casa dos Weasley, assim que a porta se abriu foi abraçado fortemente por Molly, depois que esta se afastou dele foi a vez de Arthur o abraçar, quando o casal se afastou o moreno pode ver que estavam todos os Weasley na sala mais Fleur e Hermione espalhados no sofá e no chão.


Não pode deixar de notar que Gina estava no meio dos dois irmãos mais velho e Rony estava sentado no chão aos pés da garota, esta se mantinha olhando para as mãos e Rony olhava um quadro.


-E onde estão as suas malas Harry? –Perguntou Arthur chamando a atenção do moreno.


Harry olhou para Lupin pedindo socorro, mas este balançou a cabeça de forma negativa, no que Tonks o acompanhou.


-Er... na verdade elas foram mandadas para a sede da ordem. –Falou Harry atrapalhado.


-Mas por quê? –Perguntou Molly o olhando intensamente.


Harry ficou alguns minutos abrindo e fechando a boca balbuciando algumas palavras sem nexo enquanto bagunçava os cabelos rebeldes.


-Harry vai passar o resto das férias lá Molly. –Falou Tonks em auxilio ao moreno.


Molly olhou para o moreno que desviou o olhar para os pés.


-É verdade isto Harry? –Perguntou no que ele confirmou com um simples sim. –Mas você vai se sentir tão sozinho naquele lugar. –Protestou a mulher.


O moreno respirou fundo e disse:


-Sra. Weasley, fico grato pela atenção que a senhora me dá, me tratando como um filho seu, mas eu prefiro que seja desta forma. –Falou o moreno sabendo estar magoando a mulher.


Molly pensou em protestar, porém os braços do marido a enlaçaram pela cintura a impediram de dizer algo.


-Se ele prefere assim não vamos pressioná-lo Molly, querida, Harry sabe o que é o melhor para ele. –Falou Arthur no que a mulher concordou com um breve aceno.


Mais uma vez se sentindo miserável se despediu deles e falou um breve tchau ao resto sabendo que todos o seguiam com o olhar foi em direção ao enorme jardim da casa dos Weasley.


Naquele momento escutou o barulho de alguém aparatando e segurou a varinha em direção de onde vinha, para a sua surpresa e fúria era o mesmo garoto da corvinal de antes.


-Potter o que esta fazendo aqui? –Ele perguntou com a voz irritada.


Apesar da vontade de acertar um feitiço no meio da cara daquele corvinal metido Harry deu as costas a ele e passou a caminhar em direção a casa dos Weasley. Molly, Arthur, Lupin e Tonks conversavam em um canto enquanto todo o resto dos Weasley não parecia se mexer, assistiu Hermione se levantar e começar a caminhar em passos lentos em sua direção, apesar de querer muito voltar a conversar com a amiga tinha urgência em sair dali antes daquele garoto começar a dar em cima da ruiva.


-Lupin! Tonks! –Chamou com a voz transparecendo a urgência.


Os dois se viraram em sua direção no mesmo momento em que alguém bateu na porta.


-Sim, Harry? –Perguntou o homem.


-Será que não dá para irmos logo? –Perguntou impaciente.


-Harry você lembra o que nós conversamos na casa dos seus tios...


-Eu sei Lupin. –Falou Harry ao mesmo tempo em que ouvia passos se aproximando e parando nas suas costas.


-Então vamos ficar até o jantar, é o mínimo Harry depois de todo o trabalho que Molly teve para fazer um bolo para você. –Falou Lupin seriamente no que a Sra. Weasley corou, só naquele momento ele percebeu o papel idiota que estava fazendo novamente.


-Eu... er não sabia. –Falou sinceramente. –Me desculpe Sra. Weasley, a senhora não precisava ter se preocupado.


-Não foi nada Harry querido, afinal de contas você é como um filho nosso. –Falou a matriarca dos Weasley indo o abraçar, quando se separaram seu olhar foi parar na pessoa as costas dele. –Oh... Otavio como vai?


A sra. Weasley se afastou e foi abraçar o garoto, e o punho do moreno semi-cerrou apertando a varinha que começou a expelir leves faíscas no chão, com os olhos fechados viu os ruivos se levantarem de seu lugar e ir na direção dele, porém antes que alguém fosse capaz de se aproximar Harry deixou que a varinha caísse no chão com um baque e deu uma desculpa qualquer saindo para tomar ar.
§


No final daquela noite o moreno agradeceu ao Sr. e Sra. Weasley e saiu de lá o mais rápido possível, o mês de agosto inteiro Harry havia passado se dividindo em cuidar de Bicuço e treinar feitiços, na maior parte das vezes os fazia sozinho, porém as vezes em que Remus, Tonks ou Melinda, uma auror que era quatro anos mais velha que ele, ficavam na sede para cuidar dele sempre o ajudavam ensinando feitiços novos, naqueles momentos ficava pensando no quanto Hermione ficaria orgulhosa em saber que havia estudado todo o seu tempo livre, praticamente já conhecia toda a matéria de transfiguração e defesa contra as artes das trevas.


Agora mais uma vez estava deitado no quarto em que pertencia a Sirius e fitava o teto com ar cansado.


Era incrível como sua vida tinha ficado tão monótona após ter perdido sua ruiva.


Deponha suas armas e
renda-se a mim.
Sim, deponha suas armas
e me ame pacificamente.
Sim, use seus braços para abraçar e afagar
pois é desse jeito que tem que ser


Foi pensando nela que adormeceu no dia 30 de agosto e qual não foi sua surpresa ao acordar no dia 1 de setembro se lembrando da face rosada da ruiva de seus sonhos, mas logo se lembrou que só poderia tê-la em seus braços nos sonhos.


Irritado terminou de juntar suas coisas e desceu as escadas se deparando com a imagem de Jéssica chorosa no sofá, os dois ficaram um bom tempo conversando onde ela lhe contou que havia tido uma briga com o namorado e os dois tinha terminado, Harry acabou confidenciando a garota o que tinha acontecido no ano passado em sua vida amorosa, e os dois passaram a se lamentarem juntos.


Depois da conversa os dois tomaram um rápido café da manhã e saíram em direção a estação, atravessaram faltando meia hora, tempo suficiente do moreno guardar as malas e voltar para conversar com eles, foi quando estavam conversando com Melinda que Harry viu Gina atravessar a passagem sendo seguida de Hermione, Rony e os pais. Estes que também o tinha visto passaram a arrastar os dois filhos a contragosto em sua direção.


-Então estamos combinamos assim? –Perguntou a mulher loira mexendo em uma mecha do cabelo distraidamente enquanto o olhava esperando uma resposta.


Harry ia desviar sua atenção da família ruiva para garota, porém foi praticamente impossível fazer isto quando viu Otavio o Otário se aproximar dele assim como os ruivos.


-O que foi Harry? –Perguntou Melinda o estranhando.


Soltou um longo suspiro se esquecendo do fato que os ruivos estavam cada segundo mais próximo deles, podendo já escutar a conversa deles, mesmo sendo com um pouco de dificuldade.


-Apenas se lamentando por ter que voltar. –Falou desanimado. –Tem certeza que não posso pular este sétimo ano e ir direto para a academia?


A auror riu e fez um gesto negativo com o dedo e depois colocou as mãos na cintura.


-Acha justo que eu tenha que ter estudo durante 7 sofridos anos para você chegar e ir pulando assim 1 ano? Tesc...tesc... nada feito! –Falou divertida.


-Cof, cof. –Fez um leve som com a garganta alguém nas costas da mulher chamando a atenção deles.


Os dois se viraram para eles, Melinda abriu um grande sorriso simpático para eles que foi retribuído pelo casal mais velho, enquanto os mais novos principalmente Gina analisavam de forma indiscreta. O sorriso da loira sumiu por alguns segundos enquanto buscava ajuda do moreno com os olhos, mas estava levemente distraído analisando as feições da ruiva mais nova.


-Harry? –Chamou Melinda finalmente o despertando.


-Oh, me desculpe... –Falou finalmente voltando sua atenção para eles, logo tratou de abraçar os dois mais velhos e dar um leve aceno em direção aos três. –Esta aqui é Melinda Landon, uma auror amiga da Tonks. –Falou apontando para a auror. –E estes são Molly e Arthur Weasley, seus filhos Ginevra e Ronald, e esta é a amiga da família Hermione Granger. –Falou apresentando os últimos rapidamente com extrema formalidade.


-Prazer. –Disse Melinda, trocando um olhar de compreensão ao escutar o nome da garota ruiva.


-Prazer. –Responderam todos juntos.


Como já estava se tornando um habito Otavio o Otário chegou naquela hora, cumprimentando todos e olhando especialmente para a loira, que revirou os olhos impaciente.


-Não vai me apresentar sua amiga Potter? –Perguntou Otavio bastante interessado.


Harry que estava acenando para Neville e Luna ignorou o garoto e esperou os dois amigos se aproximarem, apenas quando estes o cumprimentaram ele se virou na direção do corvinal com a sobrancelha arqueada.


-Por que eu deveria apresentar pessoas inúteis, como você? –Perguntou o analisando de cima a baixo, todos tiveram o trabalho de morderem o lábio inferior para não rirem da face contrariada do garoto, todos menos Luna, Melinda e Harry que riam descaradamente.


-HARRY! –Exclamou a Sra. Weasley contendo o sorriso assim como o marido.


-Desculpe Sra. Weasley, mas é a verdade. –Falou o moreno voltando a sua atenção para o casal de amigos que tinha chegado. –Estes aqui são Neville e Luna amigos de Hogwarts. –Falou apontando para o casal de amigos enquanto olhava a loira, logo apontou para ela e os olhou. –E esta é a Melinda, auror e amiga.


Se sentindo humilhado o corvinal se afastou sem dizer nada, ninguém havia feito questão de ir atrás dele, e Harry ficou extremamente feliz em ver que Gina também tinha agido do mesmo jeito.


-Então Harry gostou da planta? –Perguntou Neville timidamente.


Todos estavam no expresso de Hogwarts indo em direção ao castelo, assim como no final do ano passado Gina, Rony e Hermione dividiam a mesma cabine com eles e o ignorava.


-Oh é mesmo Neville tinha me esquecido de mandar uma carta agradecendo. –Falou o moreno levemente corado. –Peço desculpa por isto, e a você também Luna. –Falou no que os dois coraram timidamente.


Mal tinha passado três dias no castelo e Minerva já havia lhe feito cumprir a detenção por ter matado o último dia de aula, já se passava da uma da manhã quando adentrou o salão comunal, cansado por ter limpado boa parte da biblioteca sobre a vigilância da própria diretora de casa se arrastou em direção a poltrona de costume, fitou o fogo da lareira ao mesmo tempo em que escutava uma leve bufar.


Ao se virar se deparou com a dona de todos os seus pensamentos sentada no sofá ao lado, incrédula por vê-lo ali.


A garota se levantou pronta para voltar ao seu dormitório quando Harry finalmente viu sua oportunidade brilhar na sua frente, este se ergueu e a segurou pelo braço.


-Me solta, Potter. –Mandou a garota aborrecida.


O moreno a segurou ainda mais firme com as duas mãos, eliminando qualquer possibilidade dela fugir, a fitando nos olhos finalmente disse:


-Não posso, se eu fizer você vai fugir de mim sem me escutar. –Falou Harry sendo sincero. –E se para você me escutar eu tenha que fazer a força, sinto muito Gina, mas você vai ficar bem aqui.


-Weasley para você Potter, você não é nada meu para me chamar assim. –Falou Gina irritada.


-Ótimo eu sou Potter, você Ginevra, e aquele otário é apenas Otavinho. –Falou o moreno demonstrando o ciúme que tinha guardado consigo todo este tempo.


-Ciúmes Potter? –Perguntou Gina irônica.


-Por que pergunta se sabe que a resposta é sim. –Respondeu o moreno a deixando sem fala por alguns segundos, afinal toda aquela sinceridade abalou a defesa da garota.


-Mas você é muito cara-de-pau mesmo Potter, primeiro se agarra com a Chang quando esta namorando com a idiota aqui e depois vem dizer com quem eu me envolvo ou deixo de me envolver? –Falou a garota furiosa. –O pior de tudo quando você mesmo esta se envolvendo com outra mulher!


Naquele momento o moreno a encarou com incompreensão, tentando se lembrar da última vez em que ficou perto de uma garota sem que fosse Luna, Sra. Weasley, Tonk e Melinda, e foi quando seus pensamentos chegaram a auror loira a qual havia virado amigo que a compreensão finalmente alcançou seus olhos.


Desde o primeiro momento havia estranhado a forma fria como Gina tinha tratado a auror e agora sabia exatamente o porquê, assim como ele a ruiva também havia sentido ciúmes! Esta descoberta fez com que um largo sorriso fosse parar em seus lábios.


-Posso saber por que esta rindo Potter? –Perguntou Gina furiosa. –Argh! Mas você é um filho da...


Porém o que ia dizer a garota não terminou por que Harry a puxara para mais perto e capturou seus lábios, a principio teve que exigir que a ruiva entreabri-se os lábios, quando estava praticamente desistindo disto a garota para sua felicidade começou a corresponder ao beijo da mesma forma intensa.


Mas o barulho de algo á suas costas pareceu ter trago a razão da garota de volta, já que esta o empurrou para longe dela com toda a força proferindo um tapa em sua face, correndo em seguida para seu dormitório sem dar chance para qualquer reação por parte dele.


Harry se deixou jogar no sofá que a ruiva estava sentada sentindo todo o cansaço voltar a dominá-lo ao mesmo tempo em que o lado esquerdo da sua face ardia pelo ataque sofrido. Não demorou mais de um minuto para descobrir que o barulho havia vindo de Dobby que tinha aparecido para limpar o salão comunal, logo que viu a cena o elfo voltou a desaparecer voltando dois minutos depois com um saco de gelo.


-Para Harry Potter, senhor, Dobby não tinha a intenção de atrapalhar o senhor Harry Potter e a menina Weasley. –Falou o elfo se desculpando.


O moreno teve que dar uma ordem para que ele não se castiga-se antes de agradecendo pelo gelo subir as escadas.


Arrastou-se dormitório adentro e se jogou em sua cama, no mesmo momento que ouvia o mexer da cortina da cama de Rony, levantou a cabeça tempo o suficiente para ver o ruivo lhe dirigir um olhar duro e voltar a fechar as cortinas.


Logo tratou de ignorar o ruivo, afinal apesar de tudo o que estava acontecendo nestes dias aquele tinha sido um dia realmente importante, alias havia descoberto algo extremamente importante, a ruiva ainda o amava, coisa que ela demonstrou em seu beijo na noite naquela mesma noite em que se revelava com ciúmes, e foi com esta certeza que prometeu a si mesmo que não iria voltar a desistir de ficar com a garota que tanto amava.


As armas que você está usando estão me
machucando seriamente
Mas algum dia você vai recuar.
Porque o meu amor, baby,
é o mais sincero que você já encontrou.
Eu sou um soldado do amor, que é
difícil de derrotar.


Harry acordou e sua face já tinha voltado ao normal, o saco de gelo estava jogado no chão e agora só havia água que molhava o piso do lugar, a sua volta todos os amigos já tinham levantado menos Neville, falou um rápido bom dia a Dino e Simas e caminhou em direção a cama do colega adormecido, depois de acordá-lo foi tomar banho, alguns minutos depois adentravam o enorme salão principal conversando felizes como a tempos não fazia.


Harry tinha acordado incrivelmente disposto pelo que tinha acontecido na noite anterior, assim que alcançou a ponta da mesa o moreno passou a buscar a ruiva com os olhos, o que se arrependeu logo que seus olhos verdes pousaram na garota, sua felicidade e esperança que estava sentindo durante toda a madrugada e manhã desabou, enquanto assistia pasmo a cena a sua frente desejando silenciosamente que tudo aquilo não passa-se de uma grande ilusão, mas cruelmente sabia que estaria se enganando se o achasse.


Sentado mais ou menos no meio da mesa da grifinória ao lado de Gina estava Otávio, junto com Rony, Hermione, Simas e Dino, porém o que tinha feito com que os olhos do moreno se arregalassem ao mesmo tempo em que sentia seu coração ser apertado foi o fato do garoto se curvar na direção da garota e roubar um beijo de seus lábios vermelhos, lábios estes que na noite anterior havia dado esperanças.


Deu as cotas e saiu de lá sem saber por quanto tempo agüentaria ver aquilo, Neville não ousou chama-lo, sabia que ele precisava de tempo para si.


Sem rumo andou pelos corredores de cabeça baixa dividindo se em ver a cena do beijo dele e da ruiva na noite anterior e a dela com o maldito corvinal, sem acreditar na dor que a garota estava o causando.


“-Foi você quem começou idiota!”


O lembrou uma voz muito parecida com a da ruiva.


Ainda distraído não percebeu que alguém vinha na direção oposta a dele e acabou esbarrando nesta pessoa. Ao levantar a cabeça se deparou com Dumbledore que vinha em sua direção.


-Oh professor, me desculpe eu estava distraído. –Falou o moreno envergonhado.


O diretor se limitou a analisá-lo por um momento antes de dizer qualquer coisa.


-Digamos que isto vem sendo cada vez mais comum não é mesmo Harry. –Falou o diretor fazendo um gesto para que o garoto o acompanhar, o que foi aceito prontamente. –As aulas mal começaram Harry e venho recebendo algumas queixas sobre sua falta de atenção nas aulas desde sua briga com a senhorita Weasley.


Harry abaixou a cabeça envergonhado, mas em nenhum momento tentou se defender.


-Sabe Harry quando lhe dizem que é extremamente com o seu pai, não estão dizendo isto apenas pelo seu físico. –Comentou Dumbledore chamando a atenção do moreno. –Sabe a sua história com a senhorita Weasley é muito parecida com a do seus pais, por isto que acredito tanto em vocês dois, por que sei que assim como Thiago e Lilian foram capazes de superar vocês também serão. –Confessou o diretor parando em frente a uma porta de sala. –Creio que agora o senhor deva estar atrasado a sua aula de transfiguração.


Harry concordou com a cabeça, sem saber o que dizer, com um último olhar adentrou a enorme sala de aula, Minerva não ficou feliz ao vê-lo chegar atrasado e por causa disso havia descontado cinco pontos da grifinória.


Passou a aula toda sentindo as pessoas o olharem de forma curiosa, afinal agora deveria ser de saberia de todos que estava morrendo de ciúmes de Gina com o corvinal, ao decorrer da aula tinha ganhado 30 pontos para grifinória por saber toda a matéria, mas tinha se arrependido amargamente ao ver que isto só tinha servido para que o olhassem com mais curiosidade se possível.


Fez questão de se demorar ao máximo em sair da sala, querendo evitar todos, porém antes que fosse capaz de sair ouviu uma voz conhecida o chamar, se virou surpreso reconhecendo a voz de Hermione, esta caminhou até ele de forma tímida, hesitante.


-Ola. –Falou a garota envergonhada.


-Ola. –Respondeu Harry sem saber o que dizer.


Os dois começaram a andar lentamente em direção a saída lado a lado, o moreno não pode deixar de notar o desconforto da garota e o olhar irritado que Rony às vezes dava quando se virava para olhá-los.


-Eu queria conversar com você há algum tempo. –Começou a dizer a garota respirando profundamente.


-Eu sei. –Respondeu simplesmente.


Era raro às vezes em que via Hermione Granger sem saber o que fazer ou dizer e aquela era uma delas.


-Então por que não me procurou para conversar? –Perguntou a garota olhando para as próprias mãos.


Foi a vez de Harry respirar fundo e abaixar a cabeça, sabia que não teria coragem de olhá-la.


-Você estava melhor com eles, apesar de querer muito que vocês voltem a confiar em mim eu não sou digno disto. –Falou Harry com toda a tristeza guardada até então. –Apesar de ser um egoísta e tentar mudar esta situação, não posso deixar de imaginar que talvez isto seja o melhor para nós.


-Harry! –Repreendeu a garota imaginando onde o garoto queria chegar.


Os dois pararam um pouco longe da porta já que Rony estava de braços cruzados na mesma esperando a garota ou o momento em que teria que se intrometer na conversa, Harry desviou o olhar deste sentindo a dor da desconfiança do amigo que realmente não acreditava mais nele.


-Rony estava certo este tempo todo Hermione, eu sou um desgraçado e como tal o melhor é ficar sozinho. –Falou o garoto adentrando a sala, sem dar oportunidade para ela retrucar.


Duas semanas tinham se passado e desde o dia em que conversaram Hermione havia voltado a conversar com ele normalmente, no primeiro dia tinha sido estranho vê-la acenando para ele na mesa, mesmo que timidamente, lembrou do quanto feliz Luna e Neville haviam ficado ao perceber que pelo menos a morena havia mudado de comportamento com ele.


E quem Harry estava enganando? Ele também estava mais do que feliz em ter a melhor amiga de volta, mas sabia que ainda devia explicar para ela o que tinha acontecido naquele fatídico dia em que Chang o beijou.


-Nem acredito que você já fez todo o seu dever de transfiguração. –Falou Hermione orgulhosa.


Naquele momento estavam voltando para o salão comunal junto de Neville, Gina e Rony. Apesar dos dois últimos só terem ficado após o olhar ameaçador da morena.


-Eu tinha um tempo livre. –Disse Harry sem jeito.


Neville que até então estava calado decidiu se intrometer na conversa.


-Pare de ser modesto Harry e confesse logo para Hermione que você estudou toda a matéria nas férias. –Falou o garoto, fazendo com que todos arregalassem os olhos enquanto moreno corava e desviava o olhar para longe.


-Como disse Neville, tive um tempo livre. –Falou Harry não gostando da atenção que estava chamando.


Hermione abriu um largo sorriso e abraçou o moreno, carregada em orgulho.


-Estou tão orgulhosa de você Harry, em pensar na guerra que eu tinha para conseguir fazer você e Rony fazerem o dever. –Falou a morena andando ainda abraçada ao amigo. –E o que mais você fez nas suas férias?


Por alguns segundos Harry ficou olhando a amiga bobamente em duvida se seria uma boa hora para contar, mas a voz de Gina novamente soou em sua cabeça.


“–O pior de tudo quando você mesmo esta se envolvendo com outra mulher!”


Seu olhar foi parar nos ruivos e especialmente na ruiva, ambos estavam prestando atenção na conversa, apesar da garota ter desviado o olhar ao perceber que ele tinha a flagrado o olhando sabia que mesmo tendo desviado sua atenção ainda estava na conversa deles.


-Bom como sempre passei dias felizes no Largo Grimmauld, cuidei do Bicuço, aproveitei para estudar a matéria de Transfiguração e Defesa Contra as Artes das Trevas tendo a ajuda de Lupin, Tonks e Melinda. –Falou o moreno notando a leve careta que a ruiva fez quando escutou o último nome. –Apesar de tudo foi melhor do esperava estas férias. –Sua voz soava indiferença. – Pude conhecer Melinda, ela é realmente uma pessoa maravilhosa, foi bom ver que eu não era o único com problemas de relacionamento e melhor ainda poder ajudá-la.


-Melinda é aquela loira da estação não é mesmo? –Perguntou Hermione no que Harry concordou com um aceno. –Ela não parecia estar com problemas.


-Melinda nunca iria demonstrar, ela assim como algumas pessoas que conheço são muito orgulhosas em revelar seus verdadeiros sentimentos. –Falou jogando uma clara indireta a ruiva que semicerrou seus punhos. –Nessas férias Melinda brigou com o namorado e digamos que tentei ajudá-los, pelo visto meus conselhos deram certos já que em sua última carta ela me revelou que os dois haviam voltado.


-Ah. –Foi a única coisa que Hermione disse.


Poderia ser impressão de Harry mais Gina tinha ficado corada com o que tinha dito? Isto não conseguiria saber já que esta olhava para os pés enquanto andava.


Antes que pudessem passar pela mulher gorda um garotinho do primeiro venho correndo em sua direção, dizendo que Dumbledore precisava falar com ele.


-Ele disse que a senha é a mesma da semana passada. –Falou o garoto antes de entrar.


Todos os quatro que estavam o acompanhando o olhou para ele esperando alguma reação além daquela cansada.


-Você tem falado com Dumbledore? –Perguntou Hermione finalmente.


Pensou em negar o fato, mas sabia que não podia mentir para eles, com um suspiro respondeu:


-Constantemente, Voldemort parece estar cada vez mais impaciente. –Respondeu o moreno diretamente os arrepiando.


-Harry, por que você não nos disse nada? –Perguntou Hermione preocupada.


O moreno sem querer acabou dirigindo um olhar impaciente a amiga.


-Não é óbvio Hermione? –Perguntou com impaciência. –Este é o meu carma e não o de vocês. Se o cara-de-cobra fizer algo eu quero vocês fora disso.


-Mas...


-Agora tenho que ir Hermione, depois nós conversamos. –Falou o moreno partindo.


Novamente Harry só tinha voltado tarde da noite, assim que a passagem se abriu e entrou encontrou o olhar choroso de Gina se voltando na sua direção, ver aquelas lágrimas novamente fez com que o moreno ficasse desesperado.


-Gi. –Falou o moreno se aproximando desta, mas a garota por sua vez se levantou.


-Weasley, Potter! –Falou a garota irritada, tentando secar as lágrimas com as costas da mão.


-Que seja! –Exclamou Harry preocupado se adiantando em sua direção. –Por que esta chorando?


Gina se virou de costas para o moreno e começou a caminhar em direção a janela ao mesmo tempo em que respirava fundo tentando controlar as lágrimas.


-Não é da sua conta Potter! –Respondeu finalmente um pouco controlada.


-Me diga, por favor? –Pediu o moreno a olhando seriamente.


-Para que você quer saber, Potter? –Falou a garota tentando soar fria.


Harry se aproximou mais dois passos dela, porém deixou uma distância segura entre os dois, afinal iria respeitar o desejo dela de se manter distante dele.


-Por que irei acabar com a raça daquele que te fez chorar! –Falou com raiva. –Ninguém tem o direito de fazer isto com você.


-E você tem Potter? –Perguntou se virando finalmente para ele, a fúria brilhava em seus olhos.


A garota deu três passos duros em sua direção parando na frente dele, passando a cutucá-lo com o dedo a cada palavra que dizia o fazendo recuar.


-Quem é você Potter para querer dar uma de vingador? –Perguntou irritada. –Quer se vingar de quem me faz chorar? Então comece com você se jogando desta janela!


Como se só pudesse se dar conta do que tinha dito agora a garota tampou a boca com horror, seus olhos arregalados em surpresa pela própria audácia, Harry ficou parado olhando a ruiva por alguns segundos, mas logo abaixou os olho e respirou fundo, quando voltou a fita-la tinha um sorriso triste.


-Não posso fazer isto. –Falou Harry com a voz carregada em tristeza. –Mas quem sabe alguém não o faça por você.


Gina queria ter dito algo, mas todo o seu orgulho Weasley não permitia.


Quando estava nos pés da escada para o dormitório o moreno sem se virar disse:


-Você pode não acreditar em mim Gi...Ginevra, mas eu te amo e não importa o que você faça eu sempre estarei aqui para você, mesmo que seja para ouvir suas verdades.


Depois disso partiu para o dormitório, deixando uma soluçante ruiva para trás.


Deponha suas armas e
renda-se a mim.
Deponha suas armas
e me ame pacificamente, sim
Use seus braços para me abraçar bem apertado
Baby, eu não quero lutar mais.


O primeiro jogo de quadribol da grifinória seria contra corvinal e o moreno mais que nunca tinha pegado pesado nos treinos, tinha sede de vitória e isto se devia ao fato de que o novo apanhador da casa rival era Otavio o otário, que estava substituindo Chang que tinha se formado ano passado.


Gina e Rony só conversavam com Harry o necessário sobre o time, mas quando eles saiam da quadra se tratavam com toda a frieza possível, voltando por tanto a fingir que este não existia.


Hermione às vezes ficava na arquibancada estudando esperando a hora em que o treino acabasse para voltarem todos juntos ao castelo.


Harry observava os seus jogadores quando seus olhos caíram na imagem de um moreno vestido de preto e azul observando Gina atentamente, fazendo uma fúria crescer nele.


-Weasley mais força neste braço! –Gritou Harry chamando a atenção de Gina.


Até mesmo Hermione que estava na arquibancada se virou para olhá-lo, afinal por mais que a garota pedisse para que a chama-se pelo sobrenome ele nunca o havia feito.


-Se acha tão fácil assim Potter por que não vem aqui fazer?! –Gritou a garota de volta.


O grifinório resmungou alguns palavrões e guiou sua vassoura para cima, tendo consciência de que estava sendo observado por todos, 30 segundos depois estava de volta com o pomo preso nas mãos e um olhar duro.


-Treino encerrado por hoje! –Gritou quando seus pés pisaram no chão do enorme campo.


Harry estava caminhando em direção ao vestiário quando escutou a voz provocante do seu rival de casa.


-O que foi Potter, esta de TPM? –Debochou o garoto.


Harry fechou os olhos com força e respirou profundamente, há exatamente um mês estava mais nervoso do que nunca, o que vinha lhe rendendo detenções diárias com o Seboso. O mundo parecia ter caído em suas costas e mesmo assim as pessoas a sua volta parecia querer testar a sua paciência.


-O que esta fazendo aqui seu verme? –Falou Harry largando a vassoura e andando na direção do garoto.


Otavio se desfez da sua pose sarcástica e olhava o moreno em desafio enquanto segurava firmemente a varinha esperando um ataque.


-Você sabe o que estou fazendo aqui, vim atrás de Gina, minha Gina! –Disse com um sorriso provocativo.


Todos os jogadores desceram de sua vassoura e se aproximaram deles prontos para interromper qualquer briga, ambos se encaravam em desafio.


-Sua Gina? –Perguntou com fúria, seu olhar se virou para a garota que estava parada sem saber o que fazer. –Isto é verdade Weasley?


Harry tentava se controlar de todas as forças, mas a idéia de ter perdido Gina para sempre era demais para suportar. Não estava dando a mínima para o que os outros iriam pensar sobre ele, apenas queria receber a resposta da boca dela, afinal quando contou a Hermione tudo o que tinha acontecido a garota havia lhe garantido que entre os dois só tinha ocorrido aquele único beijo no salão principal que a ruiva tinha considerado como um erro.


-Desiste Potter, você teve sua chance e a desperdiçou! –Falou o corvinal chamando a atenção do grifinório. –Gina esta comigo e é comigo que ela irá amanhã a Hogsmeade e não com você!


Harry novamente olhou para Gina, olhos verdes mergulhando nos castanhos desvendando a verdade por trás deles, o silêncio vindo da garota confirmava para o moreno a suposta verdade ao mesmo tempo em que ele deixava transparecer a tristeza.


-Você esta certo, eu perdi. –Falou o moreno desviando o olhar para o corvinal.


Otavio sorriu triunfante ao mesmo tempo em que todos inclusive Gina ficavam pasmos.


-Fui um burro que cometeu um erro grave, erro que infelizmente não importa o que eu faça nunca irei conseguir mudar. –Falou o garoto voltando a olhar diretamente a ruiva. –Merlin sabe o quanto eu gostaria de ter voltado ao tempo, mas não posso. –Viu com tristeza os olhos da garota que amava marejarem. –Mesmo que você não queira, eu ainda irei cumprir o que disse há um mês.


Depois disso deu as costas a todos e caminhou em direção ao castelo, precisava conversar com Dumbledore, pois tinha muita coisa para fazer.


O despertador soou sem necessidade já que o moreno havia passado a noite inteira fitando o teto, com um grande suspiro desanimado, se ergueu da cama e começou a fazer vários feitiços recolhendo qualquer pertence seu e o guardando em sua mala.


Pegou a gaiola de Edwiges e com um aceno de varinha fez com que a mala o seguisse flutuando.


Sua garganta tinha um grande nó e seus olhos estavam marejados, seu coração a cada passo que dava se apertava mais no peito, como se estivesse perdendo algo muito importante, descendo as escadas se lembrava de cada momento que tinha passado naquele castelo, cada sentimento e amizades conquistadas...


Passou pelo salão comunal encontrando alguns alunos que o observava atônicos carregar suas malas em direção a saída.


-Não esperava que fosse embora tão cedo Sr. Potter. –Falou a mulher gorda.


O moreno se virou para ela e fez um leve gesto de cabeça em cumprimento.


-Nem eu. –Respondeu com tristeza.


Por todo o caminho encontrou olhares curiosos dos alunos, Dumbledore havia o mandado partir neste horário de propósito esperando que o fato dele ter que partir na frente dos amigos o pudesse fazer mudar de idéia.


Assim que chegou ao topo da escada que levava a enorme saída do castelo, viu todos os alunos animados do lado de fora do castelo esperando pela carruagem que os levaria a Hogsmeade.


Respirou fundo e com um último olhar aquele lugar passou a caminhar em passos lentos para as carruagens, todos pararam automaticamente o que estavam fazendo para olhá-lo.


-Harry! –Gritou Hermione.


A morena correu em sua direção sendo seguida por Neville, Luna, Rony e Gina, todos os cinco transmitiam preocupação no olhar e isto realmente surpreendeu o moreno.


-O que esta acontecendo? –Perguntou Hermione assim que chegou.


Harry ficou em silêncio tentando escolher as palavras, não queria que ninguém tivesse dó dele, muito menos os ruivos, estava fazendo isto por ele e por isso tinha que escolher a melhor forma de dizer, porém antes que pudesse dizer algo Hagrid apareceu choroso.


-Não acredito que esta nos deixando Harry! –Falou o guarda de caça.


Todos estavam atônicos e não era por menos.


-Eu tenho que fazer isto Hagrid, sem falar que você sabe onde me encontrar. –Falou o moreno tentando soar indiferente, mas havia falhado miseravelmente.


-Você... esta partindo? –Perguntou Rony por mais óbvio que fosse.


Aquela havia sido a primeira pergunta que o ruivo havia feito em meses ao moreno sem ser realmente obrigado a isto.


-Estou. –Respondeu simplesmente.


-Mas, por quê? –Insistiu o ruivo sem entender.


Harry pensou por um momento enquanto escutava Minerva pedir a Hagrid que carrega-se suas malas na carruagem.


-Eu tenho que fazer isto. –Falou o moreno sério. –Tenho que cumprir meu destino.


-Mas você não pode sozinho! –Falou o ruivo bagunçando o cabelo aflito. –Eu vou com você!


Os olhos do moreno marejaram com o que o amigo disse, mas para que ninguém percebe-se virou a face na direção oposta a dele e fez um leve barulho com a garganta, já que esta parecia entalada.


-Agradeço pela sua lealdade Ronald, mas não posso te pedir isso, não depois de...


Rony deu um passo a frente e tocou levemente o ombro do moreno, o fazendo se virar na sua direção.


-Eu sei de tudo... Hermione me contou o que você disse sobre Chang. –Falou Rony no que Hermione confirmou na suas costas. –Ela vinha tentando me contar a história a um bom tempo, mas apenas ontem que ela conseguiu me dizer tudo, er... eu sinto muito Harry, não fui um bom amigo para você estes meses. –A voz do ruivo demonstrava toda a vergonha que vinha sentindo. –Mas nada disso importa agora, o que importa é que eu não vou deixá-lo fazer isto sozinho.


-Nem eu! –Disseram Hermione, Neville e Luna juntos.


Com a visão prejudicada pelas lágrimas que segurava Harry se virou na direção dos amigos com um sorriso agradecido, porém não pode deixar de desviar sua atenção para Gina, a garota olhava tudo atordoada.


-Eu... agradeço, mas ... não! –Falou o moreno se lembrando da sua decisão na noite anterior. –Esta missão é minha.


-Missão de suicida! –Falou Gina reagindo pela primeira vez a tudo.


-Que seja, não faz diferença para você não é mesmo?! –Falou Harry despejando um pouco de toda a raiva guardada na garota.


Gina arregalou os olhos com o que ele disse, sua face ficou perigosamente vermelha e suas mãos tremiam quando esta se aproximou dele ficando a um passo de distância.


-Mas você é muito idiota mesmo, Harry Potter! –Falou a garota furiosa.


Harry deu um passo na direção da garota, suas faces estavam a centímetros de distância, suas respirações alteradas se misturavam enquanto os olhos verdes mergulhavam nos castanhos imersos de sentimentos.


-Idiota? Para que isto agora? Confesse Weasley que você quer que eu suma da sua vida! –Falou Harry magoado. –Então qual é a maldita diferença entre pular da torre da grifinória e partir agora?


O que os dois não tinham percebido é que a muito tempo estavam sendo a atração principal do local, todos permaneciam no mais absoluto silêncio tentando escutar cada palavra que eles diziam.


Enquanto falava Harry percebeu quando os olhos da garota se arregalaram com suas palavras para logo brilharem com as lágrimas que queriam fugir, mas mesmo assim a garota se manteve firme sem desviar o olhar.


-E você acha mesmo que eu vou ficar feliz em saber que você esta correndo risco de vida? Por algo incrivelmente idiota! –Falou a garota.


Aquelas palavras fez com que Harry vacila-se por alguns breves instantes, então ela achava que seus sentimentos era algo idiota?


-Idiota? Okay, admito esta machucou. –Falou o moreno fazendo a ruiva vacilar com seu olhar. –De qualquer forma Weasley, dispenso seu sentimento de culpa ou pena, o que faço a partir de agora é por minha causa.


Depois disso deu as costas e se afastou da garota praticamente correndo em direção as carruagens.


Lágrimas escorreram por sua face enquanto assistia Hogwarts, seu lar, se tornar um ponto distante e inalcançável.


Use seus braços para me abraçar bem apertado
Baby, eu não quero lutar mais.
Baby, deponha suas armas,
Por favor, baby, deponha suas armas...


Um mês se passou desde a partida de Harry Potter o castelo nunca mais foi o mesmo, todos se perguntavam onde estava o Eleito e o que este estaria fazendo, mas ninguém se preocupava mais do que uma certa ruivinha que se mantinha distante de todos.


Naquele dia especifico Gina tinha se trancado na sala precisa, Hermione tinha lhe contado o que Harry havia lhe dito logo após que ambos voltaram a conversar o que realmente tinha ocorrido entre ele e Chang.


§
- O que você quer me contar Hermione? –Perguntou Gina mal humorada.


Hermione nada disse apenas arrastou a ruiva em direção a sala precisa e a trancou após puxar a jovem ruiva para dentro da mesma.


-Hermione! –Chamou novamente a garota irritada.


A morena apenas fez um sinal para que a amiga á segui-se e esta concordou mesmo sem saber de nada.


-E então vai me dizer o porquê de tudo isto ou não? –Perguntou a ruiva aborrecida, coisa que não era rara ultimamente.


A garota apenas suspirou antes de sentar e se virar para ruiva.


-Acho que esta na hora de você finalmente escutar a versão de Harry sobre o que aconteceu sobre Chang. –Falou Hermione.


As reações da ruiva foram como sempre a mesma, a garota semicerrou os punhos enquanto sua face voltava a se tingir de vermelho ao mesmo tempo em que seus olhos brilhavam em raiva.


-Não quero saber sobre isto! –Falou a garota dando meia volta.


-Ah, mas você vai ouvir ruiva! –Falou Hermione indo até ela e a puxando de volta em direção as poltronas.


Gina abriu a boca para retrucar mas Hermione foi mais rápida.


-O Harry não beijou o Chang! –Despejou de uma vez.


Gina ficou mais vermelha do que antes e se ergueu indignada.


-Não minta para mim Hermione! Eu vi! –Exclamou a garota revoltada.


Hermione também se levantou e se aproximou cautelosa da amiga, sabia que a reação dela seria algo parecido com aquilo, Gina tinha o maldito orgulho Weasley que muitas vezes não os deixava fazer o que queria sem contar o ciúme que tinha a deixado cega para qualquer outra opção.


-É verdade! –Disse pegando na mão dela e a levando para o sofá. –Chang falou com Harry que precisava de ajuda em umas matérias do sexto ano de Defesa Contra as Artes das Trevas e ele acreditou, quando os dois se encontraram foi para ele ensiná-la, porém ela começou a falar sobre Cedrico, você sabe como este assunto mexe com o Harry não é mesmo?


-E ai ele resolveu beijá-la para consolá-la? –Perguntou Gina irônica.


Hermione revirou os olhos e depois dirigiu a ruiva um olhar que dizia claramente para ela calar a boca.


-Não! Ele a ABRAÇOU enquanto ela chorava em seu ombro, ele disse que estava falando coisas como Cedrico era corajoso e ele não sofreu quando ela se inclinou e o beijou, ele jurou que não correspondeu ao beijo, estava se afastando dela quando você entrou... –Falou a morena a olhando de forma esperançosa.


-Você sabe que é difícil para mim acreditar nisto não é? –Perguntou Gina sem olhar a amiga. –Além do mais do que adianta eu saber disto agora? Ele fugiu para longe de mim pensando que eu quero que ele morra...


Hermione se aproximou da amiga e a abraçou fortemente, esta no começo relutou um pouco em mostrar seus sentimentos, mas logo deixou que as lágrimas caíssem em quanto dizia que estava sentindo todo este tempo.


-Ele foi embora Mione e acha que eu quero vê-lo morto! –Desabafou a ruiva soluçando. –Se algo acontecer eu nem...


-NÃO... Harry é forte e ele vai voltar para você Gina. –Falou Hermione decidida. –Ele não consegue ficar longe de você.


Depois disto as duas ficaram em silêncio um bom tempo até que a ruiva pediu para a amiga deixá-la sozinha.
§


Foi difícil para a ruiva acreditar, mas depois de passar a tarde toda pensando no comportamento do moreno só conseguia ver a possibilidade de que estava errada este tempo todo e que agora Harry estava se arriscando de alguma forma incrivelmente imbecil por que achava que ela não o queria mais por perto.


Totalmente perdida sobre o que fazer e se sentindo faminta decidiu que estava na hora de encontrar com os amigos, se estivesse sorte todos estariam jantando ainda.


Adentrou o salão principal sentindo todos os olhares sobre si, ficou corada, mas mesmo assim caminhou rapidamente para a mesa da grifinória procurando os amigos, foi neste momento que ouviu seu nome sendo gritado por um Neville ofegante.


-Mas o que foi que...


-Gina...o...Harry...ala...machucado...


Mesmo Neville não lhe explicando direito o que havia acontecido Gina tinha entendido muito bem a parte em que Harry estava na ala hospitalar machucado e foi com um grito assustado e com as lágrimas escorrendo por sua face que correu o mais rápido que pode em direção a ala hospitalar.


Sem pedir permissão escancarou a porta da ala hospitalar correndo em direção ao aglomerado de professores, viu Hermione chorando no ombro de Rony enquanto estava sentada em seu colo, o irmão orgulhoso como sempre fazia carinho nos cabelos da morena enquanto olhava para a maca a sua frente ao mesmo tempo em que lágrimas escorriam pela sua face.


-E agora Alvo? –Perguntou Lupin com uma raiva crescente na voz.


-Temos que esperá-lo acordar, mas creio que o óbvio é inevitável. –Falou Dumbledore abatido.


Acordar então o moreno estava vivo sentiu o coração mergulhar em esperanças, por um momento tinha pensado que o pior havia acontecido e que ela tinha chegado tarde demais para dizer aquele moreno que o amava demais para perde-lo.


-Professor... –Chamou a ruiva com a voz fraca se aproximando, desde que pisara na ala seus passos se tornaram lentos e receosos.


-Senhorita Weasley. –Falou o diretor com um leve sorriso que a ruiva não pode deixar de perceber que era forçado.


-O Harry... ele...er... esta...be bem... não é mesmo? –Perguntou gaguejando.


Lupin olhou para ela ao mesmo tempo em que sentia uma raiva o dominar, sem se conter deu um murro na parede que fez com que sua mão lateja-se, mas não deixou que nem um som de dor escapa-se de seus lábios.


-Professor Lupin? –Perguntou a garota.


Lupin se virou para ela com lágrimas escorrendo pelos seus olhos.


-Me desculpe Gina eu falhei! Falhei com você... com Harry... com o James.


-Remus o que aconteceu não é sua culpa, tenho certeza que quando Harry acordar ele não vai gostar de vê-lo se culpando desta forma. –Falou Tonks se aproximando.


Lupin se afastou da mulher e gritou de raiva.


-A culpa é minha! Eu não o devia ter deixado sair atrás de mim, e agora por minha culpa ele viverá eternamente uma agonia! –Falou o homem descontrolado. -E o amor dos dois? –Perguntou apontando para a ruiva e o moreno.


Gina se encontrava totalmente perdida olhando os dois a sua frente.


-Mas o que esta...


-Tenho certeza que Gina assim como eu não irá se importar com isto! –Falou Tonks tentando se aproximar do amado.


-Mas eu me importo com você! E Harry irá se importar com Gina! –Falou o homem voltando a socar a parede.


Hagrid se aproximou dele e o impediu de continuar com aquela cena.


-Acho melhor você se acalmar Remus. –Falou o meio gigante.


Lupin abaixou a cabeça envergonhado se soltando do meio gigante foi em direção a janela onde ficou com as mãos apoiadas e de cabeça baixa, Tonks se aproximou dele e sussurrava algo para ele enquanto este ainda tentava se acalmar.


-Professor? –Perguntou Gina receosa, sem saber o que dizer.


-Senhorita Weasley, acho melhor você se sentar. –Falou Minerva se aproximando da grifinória.


-O que aconteceu com o Harry?! –Exigiu saber a ruiva.


-O Sr. Potter não corre nenhum risco de vida se é o que quer saber. –Falou Snape.


-Eu quero saber o que o professor Lupin estava dizendo! –Falou a ruiva perdendo a paciência.


Depois disso a garota se aproximou do moreno e seu olhar foi parar na coxa do moreno que estava descoberta, ao ver o machucado um brilho de compreensão foi parar em seus olhos, ao mesmo tempo em que as lágrimas começavam a saírem.


Harry não merecia mais isto!


Desde que soubera da verdade a ruiva tinha ficado ao lado do moreno, seus pais tinham aparecido e tentando convencê-la a comer algo, mas Gina estava desesperada demais para ficar longe do moreno, tinha travado uma grande batalha com o sono que a atingia, porém quando o relógio marcou as 3 da madrugada acabou pegando no sono.


De olhos fechados sentiu o sol bater em seu rosto, mexeu levemente o pescoço e sentiu um dor incomoda que a fez recordar de onde estava, arregalou os olhos e olhou diretamente para o moreno, este se mantinha acordado a observando, sua face estava mais séria que nunca e os olhos verdes estavam estranhamente mais escuros.


-Harry! –Falou a ruiva se jogando nos seus braços. –Me desculpa! Me desculpa!


A garota seguiu pedindo varias vezes enquanto beijava na bochecha e o abraçava ao mesmo tempo em que suas lágrimas molhava a camisa do moreno.


-Gina... –Chamou o moreno com a voz rouca. –O que esta fazendo aqui?


Aquilo com certeza chamou a atenção da garota, tentando se controlar a garota se afastou dele um pouco e olhou diretamente nos seus olhos verdes.


-Eu... er... você não me quer aqui? –Perguntou a garota demonstrando todo o medo que estava sentindo.


Harry piscou algumas vezes e logo tocou a face da garota de forma carinhosa.


-Como pode pensar nisto Gina? –Perguntou o moreno . –Eu só não acho que deveria te querer aqui!


Gina não disse nada apenas voltou a se jogar nos braços dele, colando seu corpo o máximo possível no dele, querendo ele soubesse que sempre estaria ali por ele. Se afastou um pouco e roçou seus lábios nos dele querendo provocá-lo, mas logo sentiu a mão dele em sua nuca a puxando para si ao mesmo tempo em que a outra enlaçava sua cintura.


Os dois se beijaram de forma ardente tentando apagar toda a saudade daqueles meses separados.


Quando se separaram os dois ficaram com as testas encostadas sentindo a respiração ofegante um do outro se misturar, os olhos verdes mergulhados nos castanhos.


-Eu virei um monstro Gina... –Falou Harry com os olhos verdes mais escuros.


-Nunca mais diz isto Harry. –Falou a ruiva tocando seu lábio com o dedo o silenciando.


Harry respirou profundamente e desviou o rosto para o lado direito.


-Mas é isto que sou! –Falou com a voz rouca. –Se antes eu te colocava em risco imagine agora, onde quem pode te machucar sou eu!


Gina puxou a face do moreno para si e tampou sua boca com sua mão, sabia que seria inútil isto se ele quisesse, mas este não tentou mudar a situação e ela se aproveitando disso começou a dizer.


-Você não sabe como foi difícil pensar que você preferia a Chang ao invés de mim, como foi difícil me manter longe de você, como eu chorei todas as noites por não poder te ter, como seus olhos magoados me faziam sentir perdida, como eu necessitava estar perto de você mesmo achando que não era o suficiente e principalmente como minha vida pareceu não ter mais sentido quando pensei que você estava...


Lágrimas escorreram pela face da ruiva, lágrimas que foram secadas pelas mãos do moreno.


-Eu não quero te perder de nenhuma forma Harry! Eu não posso... –Falou a ruiva se agarrando ao moreno.


Harry a abraçou e deixou que as lágrimas escorressem por sua face também.


-Por que isto tinha que acontecer Gina? –Perguntou o moreno com a voz embargada. –Por que não podíamos simplesmente descobrir que estávamos errados e nos reconciliar como qualquer casal normal?


-Quem disse que não podemos ser assim? –Perguntou a garota subindo na cama do moreno e deitando ao seu lado.


-Isso é loucura. –Sussurrou Harry sem estar certo disto.


-Que ótimo. –Falou a garota roçando seus lábios no dele. –Por que eu sou completamente louca por você!


Depois disso não tinha como continuar negando o fato de que amava aquela ruiva e que não conseguia ficar longe dela, não importava o que fosse acontecer dali por diante os dois estariam juntos para enfrentar qualquer dificuldade fosse Voldemort ou o fato de que agora Harry Potter teria que enfrentar o lobo dentro dele.




N/A: Ola a todos, de novo.


Pois é, mais uma vez estou eu aqui, reescrevendo, fiz umas pequenas mudanças, espero que desta forma agrade um pouco mais vcs leitores, essa song tem uma continuação que também esta sendo reescrita assim como a song, só que irei postar quando terminar de escrever já que estou escrevendo uma outra fics ao mesmo tempo em que tento terminar esta.


Enfim gostaria de agradecer a todos que leram e comentaram, os que adicionaram no favoritos e deixaram nos alerta também.


Esta fics é dedicada a duas amigas especiais, minha melhor amiga Déia (parceira para todas as horas) e minha fiel leitora Dressa Potter.


Agradecimentos em especial por comentarem para :


Carolzynha LF


Lilian-Castro


Pedro Henrique Freitas


Déia


Danda jabur


Fl4v1nh4


Ju e Rê


Obrigada e até a próxima Postagem!!! #^.^#



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