Conhecimento



Capítulo 3-Conhecimento


 


Hermione estremeceu ao contato. Ela se lembrou do tempo que namorava com Rony e do modo como ele a abraçava. Do modo como a tocava... ela balançou a cabeça para dissipar as lembranças. Tinha que se afastar.


Rony se lembrou do tempo em que Hermione ficava rendida nos seus braços, mas aquele tempo passara e ele conhecera a verdadeira Hermione... e agora ela estava noiva. Ele escutou uma voz como se vindo de longe.


 


-Poderia me soltar?!


 


Rony olhou para Hermione que tinha um rosto que não demonstrava nenhuma emoção. Ele aproximou mais o rosto do de Hermione e segurou-a com mais força junto ao seu corpo. A expressão de Hermione mudou para choque.


 


“Eu poderia beijá-la e...”, pensou Rony.


 


“Hermione, você tem que fazer alguma coisa. O que ele está tentando fazer é deixá-la abalada”, pensou Hermione.


 


Hermione sentiu a mão de Rony deslizar por sua cintura. Ela não poderia permitir aquilo. Ela estava noiva!


 


-Por favor, poderia me soltar, Sr. Weasley-disse Hermione, empurrando Rony pelos ombros com relutância.


 


Rony fingiu não escutar. Ele aproximou mais o rosto do de Hermione. Ela percebendo a intenção dele. Deu um beliscão no braço dele com a unha.


 


-Ai-disse Rony, soltando Hermione.


 


-Isso é para quando eu dizer uma coisa você me obedecer-disse Hermione, autoritária.


 


Rony riu.


 


-Não me diga que você não gostou?-perguntou Rony com um sorriso.


 


-Não, eu não gostei!-disse Hermione, séria.


 


-Hummm...


 


-Eu sou noiva-disse Hermione, mostrando a aliança dourada no dedo-E você sabe disso-disse Hermione, irritada.


 


Hermione ajeitou a blusa de mangas compridas branca de botões e a saia azul marinho que ficava um pouco abaixo dos joelhos. Sapatos de bico fino e salto alto, pretos. Os cabelos soltos que ficava na metade das costas.


Rony vestia calça jeans preta e camisa azul que combinava com os olhos. Calçava tênis branco. Os cabelos estavam ligeiramente bagunçados.


Rony passou a mão pelo cabelo. Ela tinha que lembrá-lo que estava noiva.


-Você poderia agradecer se não fosse eu, você teria caído... Talvez tivesse quebrado um braço ou uma perna-disse Rony, mudando de assunto.


 


Hermione revirou os olhos e disse:


 


-Que drama! A probabilidade disso acontecer por causa de um esbarrão seria...


 


-Não gosto de probabilidades-disse Rony com desdém-Saber a probabilidade que eu tenho de ganhar ou perder um jogo... Isso é mentira!-disse Rony, convicto.


 


Hermione levantou uma sobrancelha.


 


-Isso é uma questão de sorte, destino, sei lá... Menos probabilidade.


 


-Se você pensa assim... Eu não tenho como fazê-lo pensar o contrário... se eu não consegui antes, não será agora que eu conseguirei esta façanha, não é?


 


-Certíssima, Granger-disse Rony, olhando fixamente para Hermione.


 


Hermione que queria sair dali, disse:


 


-Eu preciso ir. Tenho uma reunião e...


 


-Eu sei uma reunião com os chefes das seções e com o Ministro... Pelo menos agora eu sei que você não está fugindo...


 


-Eu não fugi de você-disse Hermione, indignada.


 


Empty spaces fill me up with holes/ Espaços vazios me enchem de buracos

Distant faces with no place left to go/ Faces distantes sem nenhum lugar para ir

Without you within me I can't find no rest/ Sem você dentro de mim, não posso encontrar descanso

Where I'm going is anybody's guess/ Para onde vou não é da conta de ninguém


 


-Não fugiu porque seu noivo apareceu-disse Rony com desprezo.


 


-Por que eu tenho que pedir todo dia paciência?!


 


-Para agüentar seu noivinho tem que pedir mais que paciência... tem que pedir sanidade-disse Rony, irritado.


 


-Draco vale mais do que muitos homens que têm por aí... que fica pulando de mulher e mulher... de cama e cama-disse Hermione, audaz.


 


Os dois estavam muito irritados. Rony segurou o pulso de Hermione. Ela sentia seu batimento cardíaco aumentar. Ele ia lhe dar uma resposta, mas ao som de passos Rony soltou Hermione. Ela agradeceu mentalmente, não sabia o que teria acontecido se ninguém tivesse aparecido. Ambos viraram para a direção onde escutaram os passos e viram um homem se aproximando. O homem parou de frente a eles e disse:


 


-Sr.Weasley o que faz aqui? Nossa reunião é de 10h. Bom dia, srta. Granger.


 


-Bom dia, Sr. Boston-cumprimentou Hermione.


 


William Boston era chefe da seção de Esportes Mágicos do Ministério. Um senhor alto, magro que tinha olhos castanhos amigáveis.


 


-Eu vim antes porque tinha outras coisas a fazer.


 


“Com certeza ver as ‘amiguinhas’, pensou Hermione com desdém.


 


-Já que o senhor está aqui poderia ir a reunião conosco-disse Sr. Boston em tom amigável.


 


-Mas a reunião é só para os chefes de seções-disse Hermione, espantada.


 


-Eu sei, mas o que eu irei falar na reunião interessa ao Sr. Weasley e a Srta. também.


 


Rony olhou para o Sr. Boston curioso e Hermione impaciente. Não precisava depois de cinco anos ver Rony em todas as esquinas. Até no Ministério...


 


-Eu vou voltar a sala porque a reunião irá começar-disse Hermione, bruscamente.


 


-Eu também vou. Deixou-me curioso, Sr. Boston.


 


-Então vamos os três-disse Sr.Boston com um sorriso no canto dos lábios.


 


Os três foram para a sala de reuniões ao entrarem os olhares foram direcionados para Rony. Harry foi o que mais se assustou. Hermione sentou ao lado de Harry. Rony acenou para o amigo. Harry deu um pequeno sorriso.


 


-O que ele faz aqui?-perguntou Harry, curioso.


 


-Não sei. O Sr.Boston disse que essa reunião interessaria a ele-disse Hermione, indignada.


 


Harry fez um gesto como se perguntasse a Rony o que ele fazia ali. Rony que agora estava sentado ao lado do Sr.Boston respondeu que não sabia também por gestos.


O Ministro da Magia entrou na sala. A sala que estava com vários burburinhos ficou rapidamente silenciosa. Todos se levantaram. O Ministro sentou-se na cadeira que encabeçava a mesa.


 


-Bom dia-disse o Ministro, arrumando alguns papéis.


 


-Bom dia-disseram os presentes e em seguida sentaram-se.


 


-Tem algum assunto especial para começarmos a reunião de hoje?-perguntou o Ministro com a expressão curiosa, olhando para Rony-O que traz o famoso jogador de quadribol Rony Weasley nesta reunião?


 


Rony fitou o Ministro a sua frente. Ele teve uma enorme vontade de rir. Era estranho ter que tratar o próprio irmão de um modo completamente diferente de como tratava fora do Ministério. Todos da família já estavam acostumados a separar o lado profissional do fraternal que quando falavam no Ministro nem tocavam no nome de Percy. Falavam somente Ministro.


Percy conseguira o cargo de Ministro um ano antes por causa que era um dos funcionários mais dedicados e leais ao Ministério. Conhecia bem o Ministério por ter trabalhado diretamente com outros Ministros. Ele comandava bem o Ministério. Era muito justo.


Rony engoliu o riso e encarou o irmão. Ele se mexeu desconfortavelmente da cadeira. Não gostava de estar em um lugar sem saber o que fazer. Rony deu um pequeno sorriso para espantar seu nervosismo.


 


-Nem eu sei, Sr.Ministro. Eu tenho uma reunião marcada às 10h com o Sr.Boston e quando eu o encontrei no corredor ele me disse que me interessaria muito esta reunião.


 


-Então me diga Sr,Boston o que um dos melhores jogadores de quadribol faz aqui?-perguntou Percy, olhando de esguelha para Rony. Tinha orgulho do irmão.


 


-O senhor lembra-se da nossa última conversa?


 


Percy confirmou com a cabeça, sério.


 


-Então-o Sr. Boston olhou para todos os presentes e voltou seu olhar para Percy-Como alguns sabem... eu vou me aposentar e eu posso indicar um nome para a eleição. Para o chefe da seção de Esportes Mágicos e eu indico Rony Weasley.


 


-O que?-perguntou Rony, assustado.


 


Hermione era a mais chocada na mesa. Não, ela não poderia ter contato diário com Rony. Ela iria se casar.... Ela não poderia deixar aquilo acontecer.


Percy gostara muito da indicação do Sr.Boston. Seria ótimo Rony deixar de ser boêmio. Mas ele como Ministro ele não podia se deixar levar pelo lado pessoal, então falou com seriedade:


 


-Mas o que faz o senhor indicar o Sr.Weasley? Ele é um famoso jogador de quadribol, eu sei. Mas não diz que ele seja o mais indicado ao cargo...


 


“Com certeza não é o melhor indicado! Pelo menos um aqui tem que ter juízo. Mesmo que seja o irmão dele”, pensou Hermione, desdenhosa.


 


Rony olhou para Hermione. Ela tinha um sorriso zombeteiro no rosto, mas ela batia a caneta na mesa. Ele conhecia bem Hermione para saber o quanto ela estava nervosa.


 


“O que ela faz com uma caneta?”, se perguntou Rony.


 


-Não acho que o Sr. Weasley seja a melhor pessoa a ser indicada-disse Hermione de repente.


 


Ela mordeu os lábios depois. Ainda não acreditava que tinha dito aquilo. Percy e Harry olharam curiosos e assustados para Hermione. Ela não era de agir por impulso.


Rony sorriu irônico e perguntou:


 


-Porque a Srta. Granger acha que eu não sou o mais indicado ao cargo?


 


Hermione mordeu a tampa da caneta contendo seu nervosismo. O que poderia responder? Que não o queria perto dela? Que ele a fizera mal e ainda fazia? Que era melhor manter distância de mais cinco anos ou melhor pelo resto da sua vida? Não poderia dizer nada disso.


 


-Não acho que seja bom candidato ao cargo porque não é um homem sério. Que não assume responsabilidade. Não é estável-disse Hermione, olhando para Rony desafiadoramente.


 


Rony passou as mãos nos cabelos. Não gostava de saber que ele a conhecia tão bem.


 


I've tried to go on like I never knew you/ Eu tentei continuar como se nunca tivesse te conhecido

I'm awake but my world is half asleep/ Eu estou acordado, mas meu mundo está adormecido

I pray for this heart to be unbroken/ Eu rezo para este coração se curar

But without you all I'm going to be is incomplete/ Mas, sem você, incompleto é tudo que eu serei


 


“Sabe o porquê de eu ser assim? A culpa é sua, Granger. Totalmente sua”, pensou Rony, irado.


 


-Penso que a Srta.Granger não me conheça bem...-mentiu Rony-Eu assumo responsabilidades... quando quero é claro.


 


Rony riu. Hermione queria ter um tijolo para jogar na cabeça de Rony.


 


-Como ele pode ser tão cínico?-perguntou Hermione para si, mas Harry escutou.


 


-Hermione é melhor você se acalmar. Você está diante do Ministro...-sussurrou Harry.


 


Hermione olhou para Percy que a olhava levemente espantado. Ela corou um pouco e desviou o olhar. Ela sempre tivera um bom relacionamento com todos os Weasleys mesmo depois de ter deixado de falar com Rony. Ela se conteve. Não gostava de discussões, não na frente dos outros.


 


-Ele faz isso para me contrariar. Ele não gosta de responsabilidades, Harry-disse Hermione com a voz baixa, mas pouco fora de controle-Ele não pode aceitar!


 


Rony percebeu a ‘conversa’ entre Harry e Hermione. Harry parecia preocupado, Hermione nervosa. Rony saiu do transe quando escutou:


 


-Por que o Sr.Weasley?-perguntou Percy, olhando para o Sr.Boston-Draco Malfoy, Melkin Parkinson, Michel Cannon também são ótimos jogadores tanto quanto o Sr.Weasley-disse Percy, olhando atentamente para Rony.


 


Hermione olhou com interesse para Percy quando o nome de Draco foi falado. Rony fez uma pequena careta. Rony ao ver seu irmão o olhando tão atentamente, deu uma piscadela para o irmão. Percy teve vontade de rir, mas se manteve sério.


 


-Eu pensei em todas as possibilidades, Sr. Ministro. Eu fiquei mais na dúvida entre o Sr. Malfoy e o Sr.Weasley. Mas eu soube que o Sr.Malfoy largou o quadribol e trabalha agora em Hogwarts. É verdade, srta. Granger?


 


Todos olharam com atenção para Hermione. Rony era o mais prestativo.


 


-É sim. Draco é o novo professor de Poções de Hogwarts. Ele ocupou o cargo do prof.Slughorn.


 


-E os outros?-perguntou o Ministro.


 


-Melkin Parkinson vive nos jornais por causa das confusões que arranja. Michael Cannon vai trabalhar com os trouxas, ele disse que queria ficar mais perto da família. Já que a família dele é trouxa.


 


-Certo, certo. Desculpe perguntar Sr.Weasley-disse Percy, olhando para o irmão.


 


Rony que olhava atentamente para Hermione, olhou para o Ministro. Percy continuou:


 


-O senhor largaria sua vida de viagens, festas e...-Percy pigarreou-Mulheres... para trabalhar no Ministério?


 


Glace, a chefe de Transportes Mágicos olhou curiosa para Rony. Hermione percebeu e fechou os punhos de raiva. Glace já tinha saído com Rony e para ela foi uma das melhores saídas dela. Ele era fantástico. Sabia satisfazer uma mulher como ninguém...


 


-Eu não sabia que para trabalhar no Ministério, eu teria que virar santo-disse Rony, brincando.


 


-Não é isso, Sr.Weasley. Mas o Ministério preza pela reputação de seus empregados-disse Percy, sério.


 


-Mas Ministro, eu...-disse Rony, olhando para Hermione.


 


Rony viu que Hermione tinha um sorriso de vitória nos lábios. Que lábios!


 


“Ela pensa que eu não vou aceitar”, pensou Rony.


 


-Eu pensava seriamente em largar o quadribol e me fixar. E chegou a hora esta oportunidade. Eu quero me candidatar ao cargo...


 


Hermione olhou para Rony em estado de choque. Aquilo não poderia está acontecendo. Ela abriria os olhos e veria que aquilo era um horrível pesadelo.


 


-Hermione, acalme-se. Você vai esmagar meu braço se continuar apertando desse jeito.


 


Hermione nem percebera que apertava o braço de Harry com força tamanho seu nervosismo. Ela soltou o braço dele.


 


-Desculpe, Harry.


 


Harry segurou a mão de Hermione para confortá-la. Rony reparou no gesto. Lembrou que Gina lhe dissera que depois do ocorrido a cinco anos atrás, Harry e Hermione que já eram muito próximos, se tornaram mais próximos ainda. Que ele a apoiara. Gina dissera que Hermione ficara mais carinhosa e amorosa. Hermione começou a deslizar o dedo carinhosamente pela mão de Harry. Rony desviou o olhar. Não gostava da aproximação do melhor amigo com a ex-namorada. Tinha que falar com Harry sobre o assunto.


 


Hermione se sentiu mais confortada, mais calma.


 


-Obrigada, Harry. Por que eu não me apaixonei por você?-perguntou Hermione, sussurrando.


 


-Porque você é inteligente.


 


Os dois sorriram.


 


-Não fale assim-disse Hermione, carinhosa-Já estava escrito: Harry e Gina.


 


Percy que olhava alguns papéis enquanto pensava se era bom mesmo seu irmão se candidatar ao cargo, olhou para o irmão e perguntou:


 


-Você quer mesmo se candidatar, Sr. Weasley?-perguntou Percy.


 


Hermione olhou para Rony. Ela nem piscava, ele deu um sorriso em direção a ela e em seguida disse, calmamente:


 


-Sim. Sou o novo candidato a chefe da seção dos Esportes Mágicos.


 


Voices tell me I should carry on/ Vozes me dizem que eu deveria seguir em frente

But I am swimming in an ocean all alone/ Mas eu estou nadando em um oceano completamente sozinho

Baby, my baby/ Amor, meu amor

It's written on your face/ Está escrito em sua cara

You still wonder if we made a big mistake/ Você ainda se pergunta se cometemos um grande erro


 


-Vamos ver quem mais se candidata e faremos a votação daqui a uma semana. Todos os chefes novamente aqui às 8h, o mesmo horário que a reunião de hoje-disse Percy, olhando para todos a mesa-Iremos falar sobre os gastos e quem irá querer mais verbas...-disse Percy, olhando para alguns papéis.


 


-Desculpe, Sr.Ministro.


 


Percy olhou para Rony, questionador.


 


-Eu posso ir embora? Tenho outras coisas a fazer...


 


“Um dia ele irá mudar”, se perguntou Percy.


 


Hermione revirou os olhos e olhou para os papéis a sua frente. Tinha que pedir mais verbas para seu setor e naqueles papéis estava tudo explicado. Só não sabia se conseguiria falar sobre finanças depois do que acontecera naquela reunião.


 


-Pode ir, Sr.Weasley. Obrigado-disse Percy, olhando o irmão se levantar.


 


-Obrigado. Obrigado a todos-disse Rony com um sorriso.


 


-Sr.Weasley, a nossa reunião é às 10h pode ser que eu me atrase um pouco, mas eu preciso falar com você.


 


-Certo. Até logo-disse, olhando para o Sr.Boston-Um bom dia a todos-disse Rony, olhando para todos.


 


Rony olhou para Hermione com um brilho estranho no olhar e saiu. Hermione tentou se concentrar nos números nos papéis a sua frente.


 


 


 


Minerva McGonagall se levantou da imponente cadeira de diretora de Hogwarts.


 


-Bom dia! Hoje estamos reunidos além de tomar café também para apresentar o novo professor de Poções de Hogwarts.


 


Burburinhos correram pelas quatro mesas.


 


-Silêncio!-disse a diretora McGonagall com autoridade.


 


Todos se calaram.


 


-O prof. Slughorn deixou o cargo de professor de Poções para aproveitar a sua aposentadoria e em seu lugar ficará o prof.Draco Malfoy. Ele é ótimo em Poções e teve aulas de Poções aqui em Hogwarts com o falecido professor e diretor Severo Snape.


Acho que o cargo não poderia ficar em melhores mãos. Agora eu deixarei o prof.Malfoy falar com vocês antes que deliciem o café da manhã.


 


Draco se levantou da cadeira e foi a frente da mesa para falar com os alunos. O que ele viu foram olhares atentos e ao mesmo tempos curiosos.


 


“Eles pensam que eu sou aquele famoso jogador de quadribol”, pensou Draco.


 


-Bom dia! Queridos alunos, em primeiro lugar eu quero dizer que aqui eu não sou o famoso jogador de quadribol. Larguei o quadribol e vou me dedicar ao ensino de Poções. Então, por favor, não me peçam autógrafos-disse Draco, vendo alguns alunos fazerem expessões de desapontamento-Desculpe desapontar vocês... Hum... É tão bom voltar a Hogwarts, eu vivi sete anos da minha vida aqui. Eu sei o que vocês passam e passaram aqui entre estas paredes-disse Draco, olhando ao redor.


 


-Seria bom ficar entre quatro paredes com ele, Kate-disse Joyce a amiga, fascinada.


 


-Ele é professor-disse Kate, indignada.


 


-Mas não deixa de ser homem!


 


Kate revirou os olhos e continuou a prestar atenção no que o professor falava.


 


-...eu gostaria de me tornar amigos de todos. Se vocês se encherem de mim, eu vou dar uma folga a vocês daqui a um mês já que vou me casar e irei para lua de mel...


 


-É mesmo! Eu vi a reportagem no jornal-lembrou-se Joyce-Ele está noivo de uma chefe de uma seção do Ministério...me esqueci quem é.


 


-Hermione Granger, chefe da seção dos Direitos bruxos e das criaturas mágicas.


 


Joyce olhou assustada para Kate.


 


-Desde quando você ler as partes de fofocas dos jornais?


 


-Não leio, mas quando Hermione Granger assumiu o cargo, eu li a reportagem que ela namorava ele e quando o casamento foi marcado, saiu nas capas dos jornais. Como se não tivessem nada de útil para noticiarem... Casamento do ano... Grande coisa!-disse Kate com desdém.


 


Joyce estranhou a reação da amiga, ela não era de ficar irritada, principalmente com alguém que não conhecia.


 


Kate voltou a olhar para o professor. Apesar dele querer se mostrar como um homem de respeito e sério. Ele não estava conseguindo aquele efeito. Ele parecia um garotão com aqueles cabelos caídos pela testa displicentemente. Ela ouvia algumas garotas suspirarem em cada palavra do professor. Ela não podia negar, ele era muito bonito. Loiro, alto, olhos claros, corpo bem feito... mas ele lhe causava calafrios. Nunca antes tivera aquela reação ao conhecer qualquer pessoa. Ele a deixava com medo. Um medo estranho, diferente. Ela prometeu a si mesma ficar afastada dele.


 


-Obrigado a todos pela atenção-disse Draco, lançando um olhar enviesado para a mesa da Lufa Lufa, principalmente para Kate-Bom café da manhã.


 


Draco sentou. Se duas alunas não prestavam atenção a ele quando falara pela primeira vez, piorou na sala de aula. A pior deveria ser aquela de longos cabelos negros, ela era a que mais falara. Mas eles iriam se encontrar em breve...


 


-Quando teremos aulas de Poções?-perguntou Joyce, curiosa.


 


-Amanhã, primeira aula. Se eu fosse você não ficaria tão ansiosa... Ele é novo e não sabemos se é um bom professor.


 


-Eu sei, mas ele é um famoso jogador de quadribol-disse Joyce, entusiamada.


 


-Ele é o nosso professor e não é mais um jogador de quadribol-disse Kate, exasperada.


 


-Não se irrite. Quem poderia ter essa reação era a noiva dele e não você-disse Joyce, brincando.


 


Kate corou.


 


-É cada uma que eu tenho que escutar. Já basta o Diogo dizer que as mulheres são menos inteligentes que os homens...


 


-Você sabe que ele fala isso, brincando. Já que você é muito inteligente e ele não quer ficar por baixo. Falando nele... Cadê o Diogo?


 


-Em algum lugar escuro com uma garota de 13 anos?-perguntou Kate, irônica.


 


-Ele tem 17 anos!-disse Joyce, levemente irritada.


 


-Mas tem cabeça de 10.


 


-Você está muito estressada, Kate. O que aconteceu?-perguntou Joyce, olhando atentamente para a amiga.


 


-Não sei. Talvez seja a TPM. Eu vou dá uma volta-disse Kate, se levantando.


 


-Você não vai tomar café?


 


-Depois, eu como. Estou sem fome.


 


-Quer que eu vá com você?


 


-Não, eu quero ficar um pouco sozinha.


 


Joyce conscentiu. Ela sabia que, às vezes, a amiga gostava de ficar sozinha sem ninguém para ficar falando no seu pé de ouvido. Kate saiu do Grande Salão sob olhares atentos. Ela caminhava pelos corredores quando escutou um barulho estranho. Olhou para o lado e viu seu melhor amigo, Diogo grudado em uma garota do quinto ano. Ela olhou para frente e seguiu seu caminho. O seu amigo não mudaria. Talvez sim. Se encontrasse uma garota que o colocasse no eixo. Lembrou-se de como conhecera seus melhores amigos...


 


FLASHBACK...


Uma garotinha de 11 anos andava pelo corredor do Expresso que a levaria ao seu primeiro ano em Fliphart. Ela tinha cabelos negros lisos que chegavam na metade das costas, olhos azuis suaves. Carregava uma mala com as pequenas mãos. Tudo para ela era desconhecido. Ela procurava uma cabine para poder ficar. Ela abriu pela quarta vez uma porta. Nesta cabine ela ficou assustada pelo que viu.


 


-Me dar isso, seu chato!-gritava uma garotinha loira de trancinhas.


 


A garotinha pulava na frente de um garotinho de cabelos castanhos, gordinho. A garotinha na porta reparou que o garotinho segurava uma varinha que a garotinha tentava a todo custo pegar.


 


-Devolve minha varinha!-gritou a garotinha loira.


 


-Se você conseguir pegar...-disse o garotinho com desdém.


 


A garotinha em uma atitude ousada, empurrou o garotinho. Ele caiu deitado no banco.


 


A garotinha com uma expressão séria se aproximou do rosto do garoto e disse:


 


-Se você não devolver minha varinha agora, eu...eu...


 


O garotinho escondera a varinha nas costas.


 


-Você o que?-perguntou o garotinho rindo.


 


-Eu... eu beijo você.


 


O garotinho olhou para a garotinha assustado, depois riu.


 


-Você não beijaria... beijar é algo muito íntimo.


 


A garotinha levantou a sobrancelha e perguntou:


 


-Como você sabe disso?


 


-Um dia eu escutei minha mãe falando isso para minha prima.


 


-Não sei a diferença de um beijo no rosto para um beijo na boca. Mas se você não me devolver minha varinha, eu vou te beijar-disse a garotinha, decidida-Eu quero minha varinha!-gritou a garotinha, autoritária.


 


-Então me beije porque eu não vou devolver sua varinha.


 


A garotinha aproximou mais o rosto do garotinho. Ele percebendo que ela não estava de brincadeira, disse:


 


-Tome sua varinha!-disse o garotinho, estendendo a varinha-Não quero que você me beije. Prefiro beijar minha tia Mafalda!


 


A garotinha pegou a varinha e guardou no cós da saia e sorriu.


 


-Não beijaria você nem sob tortura. Ainda estou esperando meu príncipe encantado.


 


-Não existem príncipes encantados. Isso só é conto de fadas.


 


A garotinha na porta falara sem ao menos notar. Os dois que estavam na cabine olharam para ela, curiosos.


 


-Quem é você?-perguntou a garotinha loira.


 


-Kate Lillyston-respodeu a garotinha de cabelos negros-E vocês são?


 


-Sou Joyce Petterson-disse a garotinha loira.


 


-E eu sou Diogo Pryston-disse o garotinho gordinho-Quer dividir a cabine conosco?


 


-Quero sim. Obrigada. Essa já é a quarta cabine que eu tento uma vaga-disse Kate, entrando.


 


-Será bom você ficar conosco. Agüentar esse garoto sozinha é um ó-disse Joyce.


 


-Ela diz isso porque me ama-disse Diogo, abraçando Joyce-Agora a pouco estava doidinha de vontade de me beijar-disse Diogo, olhando para Joyce.


 


Joyce empurrou Diogo.


 


-Não queria beijar você. Como eu disse estou esperando meu príncipe encantado mesmo que a Kate não acredite.


 


Kate balançou a cabeça, resoluta.


 


-Vocês se conhecem a muito tempo?-perguntou Kate, curiosa.


 


-Não, nos conhecemos hoje na estação de trem-disse Diogo.


 


-Não exatamente na estação de trem. Foi quando eu estava entrando no trem, ele me empurrou. Eu reclamei. E ele saiu me arrastando até essa cabine. Depois pediu para ver minha varinha quando eu mostrei, ele tomou de mim. E a única escolha que eu tive foi dizer que ia beijá-lo, mas eu preferia perder minha varinha do que beijar esse garoto...-disse Joyce com desdém.


 


-kkkkkkk-disse Diogo, forçando uma gargalhada.


 


-Mudando de assunto... De que família bruxa você é?-perguntou Joyce a Kate.


 


-Nenhuma.


 


-Nenhuma?-perguntou Diogo, curioso.


 


-Sim. Eu sou nascida trouxa. Só descobri que era bruxa ao receber a carta pela coruja.


Apesar que minha tia achava que eu era diferente por fazer coisas consideradas ‘estranhas’. Tem algum problema de eu ser trouxa?


 


-Por mim nenhuma.


 


-Será legal ter uma amiga nascida trouxa-disse Diogo, empolgado-É verdade que as fotos de vocês são paradas?


 


-Sim.


 


-Nossa!-disse Joyce, espantada.


 


-Como será em Fliphart?-perguntou Kate.


 


-Disseram-me que é a melhor escola de Magia de Nova York-disse Diogo, entusiasmado.


 


-Pode ser a melhor de Nova York porque a melhor escola de Magia que existe é Hogwarts na Inglaterra-disse Joyce, colocando as trancinhas para trás.


 


-Hum...É eu li sobre isso-disse Kate.


 


-Eu queria ter sido chamada para estudar lá, mas como sou dos Estados Unidos e também está acontecendo coisas estranhas em Hogwarts...-disse Joyce, sombria.


 


-Coisas estranhas em Hogwarts?-perguntou Kate, levantando a sobrancelha.


 


-É-disse Diogo, sombrio.


 


-Mas eu tenho esperança que Harry Potter vai salvar os bruxos e também os trouxas-disse Joyce, esperançosa-Eu acredito nele.


 


-Você acha?-perguntou Diogo, incrédulo-Ele é um adolescente.


 


-Vai sim-disse Joyce, convicente-O amor vence tudo! É o que dizem...


 


Kate olhou para a nova amiga e pegou o jornal que estava sobre o banco. Ali estava estampado a foto de um garoto de cabelos pretos desalinhados, magro. Embaixo da foto podia-se ler: “Coisas estranhas acontecem em Hogwarts. O que Harry Potter tem a ver com os acontecimentos?”. Ele parecia tão perdido quanto ela naquela foto. Ela lembrou-se de tudo que sofrera até ali. Ele também sofrera, mais do que ela. Ela lembrou-se do que a tia sempre falava: “O sofrimento que temos na vida é só o que podemos carregar, querida. Quem procura outros meios para se livrar do sofrimento é fraco”.


 


Kate acordou do devaneio ao escutar Joyce lhe chamando.


 


-Kate. Você quer sapo de chocolate?-perguntou Joyce, estendendo um pacotinho para ela.


 


Kate pegou e agradeceu. O resto do caminho para escola foi bem calmo e tranqüilo. Só, às vezes, que Diogo implicava com Joyce. Kate ficava a rir das discussões dos amigos.


FIM DO FLASHBACK...


 


Kate estava sentada embaixo de uma árvore enquanto tinha aquela boa lembrança. O vento fazia o cabelo roçar pelo seu rosto. Não sabia porquê, mas sua vida mudaria.


 


 


“Tem algo estranho aqui...”, pensou Joyce, enquanto saía do Grande Salão.


 


-Onde está Diogo quando se mais precisa dele?-perguntou Joyce para si, enquanto andava pelos corredores. Que naquela hora estava vazio já que os alunos ainda tomavam café.


 


Joyce lembrou: ”Em algum lugar escuro com uma garota de 13 anos”, dissera Kate.


 


Sabia da fama de pegador do amigo. E não gostava daquela fama, não mais. Ao dobrar para outro corredor, encontrou Diogo tentando dá um nó na gravata. Os cabelos em desalinho.


 


-Onde você estava?-perguntou Joyce, exasperada.


 


-Dando um passeio.


 


-Mentira! Quem você estava pegando dessa vez? Quem era a garota estúpida?-perguntou Joyce com os olhos faiscantes.


 


Diogo olhou para a amiga assustado, enquanto passava as mãos nos cabelos.


 


-Por que Kate e você pegam tanto no meu pé?-perguntou Diogo, indignado-Você mais do que ela...-disse Diogo, mais para si.


 


Joyce escutou a segunda frase do amigo e corou furiosamente.


 


-Você tem que ser mais responsável! E aprender a dar um nó na gravata-disse Joyce, mudando de assunto.


 


-Eu sei dá um nó na gravata, mas na frente do espelho-disse Diogo, tentando sem sucesso dá um nó na gravata.


 


-Deixa, eu te ajudo.


 


Joyce ajeitou a gravata no colarinho de Diogo e começou a dá o nó na gravata.


 


-Terminei-disse Joyce, levantando a cabeça.


 


Só percebeu a proximidade quando Diogo colocou o cabelo dela que caía no rosto atrás da orelha dela.


 


-Gostei do seu novo corte de cabelo...


 


Joyce riu.


 


-Não precisa mentir para mim, Diogo. Eu sei que você gosta de garotas de cabelos longos. A maioria dos homens gosta de mulheres de cabelos longos...


 


-Eu não minto para você.


 


-Mentiu quando disse que estava passeando...


 


-Eu estava passeando, mas... aconteceu de... você sabe...-disse Diogo, constrangido.


 


Diogo sempre contara sobre as suas ficadas para Joyce, mas naquele ano as coisas entre Joyce e ele mudaram. Ele não sabia dizer o que era, mas falar de outras garotas para ela, não era como antes.


 


-Eu não curto garotas de cabelos curtos, mas eu gosto deles em você-disse Diogo, alisando o cabelo de Joyce.


 


Diogo levemente puxou a nuca de Joyce para si. Ela ainda tinha a mão na gravata dele. Eles estavam tão próximos...


 


-Então vocês estão aqui!-disse Kate se aproximando-Temos que pegar nossas coisas para a aula.


 


Kate não achara nada estranho encontrar os amigos tão próximos. Eles viviam se abraçando ou se atracando... Mas um gesto a deixou intrigada.


 


“Por que quando eles ouviram minha voz se afastaram tão rapidamente? Por que Joyce está corada? Por que Diogo está desconfiado? Aqui tem...”, pensou Kate, astuta.


 


-Obrigado-agradeceu Diogo, passando a mão na gravata. Onde a pouco estava a mão de Joyce.


 


-Não foi nada-disse Joyce sem encarar o amigo.


 


-Desculpe! Eu perdi alguma coisa?-perguntou Kate, olhando desconfiada para os amigos.


 


-Nada-disseram os dois juntos.


 


“Resposta rápida demais”, pensou Kate.


 


-Sei...Acho melhor irmos-disse Kate, desconfiada.


 


Kate preferiu não insistir no assunto. Joyce não sabia o que acontecia com ela. Não gostava mais de saber que Diogo ficava com outras garotas. Eles foram ao Salão Comunal da Lufa Lufa onde pegaram suas mochilas com pergaminhos, livros, pena e tintas. Ao chegarem perto da sala de aula, um garoto alto, loiro, bonito se aproximou de Joyce. Kate saiu puxando Diogo para o outro lado do corredor.


 


-Oi, Joyce. Eu posso falar com você?


 


-Oi, Marc. Agora? Eu terei aula com o prof. Flitwick.


 


-Pode ser amanhã depois do almoço no lago?


 


-Está bem.


 


Marc deu um beijo no rosto de Joyce.


 


-Te vejo amanhã-disse Marc, alisando o rosto de Joyce.


 


Ela sorriu e Marc se foi.


 


Diogo e Kate que estavam ali perto olharam aquela cena interessados. Kate sorriu ao saber que a pouco tempo Joyce ficaria com um dos garotos mais cobiçados da Corvinal. Diogo tinha o punho fechado tamanho a sua raiva.


 


-O que este loiro da Corvinal quer com a Joyce?-perguntou Diogo, mal humorado.


 


-Desde quando você se preocupa com os garotos que a Joyce saí?-perguntou Kate, curiosa-Você era o que mais dizia para ela sair e aproveitar.


 


-E ainda acho-disse Diogo, relutante-Mas ele não é para ela.


 


-Não acho. Ele tem a fama de ser um dos melhores garotos da Corvinal, além de ser bastante inteligente.


 


-Inteligente... Corvinal é a casa dos mais inteligentes ou não?


 


-Sim, mas...


 


-Só você que ficou na casa errada porque deveria ter ficado lá na Corvinal...Muita inteligência para uma garota baixa como você.


 


Kate mostrou a língua para Diogo.


 


-Eu tenho uma altura considerada normal. Não tenho culpa que você cresceu demais-disse Kate, olhando para os 1,85m do amigo.


 


-Olha, olha a comportada Kate Lillyston me mostrou a língua. Que coisa mais feia. Isso merece um castigo.


 


-Não, Diogo-disse Kate, se lembrando que o castigo do amigo era lhe fazer cócegas.


 


Não adiantou de nada. Diogo começou a fazer cócegas na amiga. No meio da brincadeira e gargalhadas de Diogo e Kate... Joyce se aproximou. Diogo percebendo a presença da amiga ficou sério e parou a brincadeira.


 


 


-O que aquele cara queria com você?-perguntou Diogo, frio.


 


-Não sei. Vou me encontrar com ele depois-disse Joyce, displicentemente.


 


-Não sabe? Joyce está na cara que ele quer ficar com você-disse Kate com um sorriso zombeteiro.


 


-Ele é bem bonito e...


 


-Não saía com ele-interrompeu Diogo.


 


-Por que?-perguntou Joyce, olhando para o amigo.


 


-Porque ele não é o cara certo para você-disse Diogo, sério.


 


-Não me venha com essa-disse Joyce, apontando o dedo para o peito de Diogo.


 


Algumas pessoas começaram a notar a discussão entre os dois amigos.


 


-Eu não me intrometo com quem você saí, então não se intrometa na minha vida!-disse Joyce, indignada.


 


Kate e Diogo se assustaram com o modo de Joyce. Todos sabiam das discussões que havia entre os dois amigos, mas ela não falava de envolvimentos na frente de outras pessoas. Ela devia está muito irritada. Joyce do trio era a mais bem humorada.


 


-O que há com você?-perguntou Kate.


 


Joyce não respondeu, entrou na sala que o prof.Flitwick acabara de abrir. Todos se sentaram nos seus lugares e aula começou... Joyce nem prestara atenção na aula perdida em pensamentos...


 


FLASHBACK...


-Eu consegui-gritou Diogo.


 


-Que bom!-disse Kate com um sorriso, entusiasmada.


 


-Finalmente-disse Joyce, revirando os olhos.


 


-Parece que você não fica contente por mim, Joyce-disse Diogo, abraçando a amiga pelo ombro.


 


-Claro que fico, seu idiota.


 


Kate escondeu um risinho.


 


-Só que você é muito lerdo para conseguir as coisas-disse Joyce, tentando se afastar do amigo.


 


Mas Diogo a apertou com mais força.


 


-Nem sempre, você sabe, nem sempre.


 


-Eu não sei de nada, Diogo. As outras garotas é que sabem...


 


-E agora o que será de Fliphart sem o famoso... Diogo, o predador?-perguntou Kate, sorrindo.


 


-Não é Diogo, o predador é Diogo, o pegador-disse Diogo, olhando para Kate.


 


-Certo, certo. Para mim, você me parece mais um predador... espreitando a presa antes de dar o bote.


 


-Nossa, Kate. É isso que você pensa do seu melhor amigo aqui?


 


Kate fez um muxoxo.


 


Os três amigos mudaram... Diogo não era mais aquele garotinho gordinho. Ele se tornara um rapaz alto. Os cabelos lisos castanhos caiam-lhe pela testa e às vezes, ele ajeitava para não bater no olho. Olhos castanhos esverdeados. Um sorriso irresistível. A maioria das garotas de Fliphart tinha o sonho de dar ao menos um beijo em Diogo, e as garotas que conseguiam queriam repetir a façanha. Felizarda era a garota que ele ficava mais de um vez com ele. Era super popular em Fliphart porque além de bonito era jogador de quadribol. Os treinos desde o terceiro ano o fizeram um garoto forte e desejável. Mas tinha uma garota que na maioria das vezes estava nos braços do desejado jogador de quadribol e era invejada pelas outras garotas. E essa garota era...


Joyce era a melhor amiga de Diogo e as outras garotas a matavam com os olhos. Ela não tinha culpa de Diogo viver pendurado no seu pescoço. O relacionamento deles era de uma verdadeira e pura amizade. Eles viviam em pé de guerra, mas depois sempre faziam as pazes. Alguns pensavam que entre Diogo e ela havia uma amizade colorida ou um namoro aberto. Ela ria ao escutar. Ela podia ser bem moderna, mas quando tivesse um namorado... ele seria exclusividade dela. Não sairia dividindo o namorado com as outras por aí. Além de ser invejada por andar com um dos garotos mais bonitos de Fliphart de cima para baixo, ser popular, também era invejada pela beleza. Os cabelos loiros lisos mudavam constantemente de corte, os cabelos estavam cortado em camadas que chegavam a metade das costas. Os vívidos olhos verdes olhavam para todos perspicazmente. Um corpo bem feito que fazia os garotos olharem para trás para não perderem nenhum momento de não olharem para ela, enquanto ela passava. E isso piorava quando estava com sua amiga...


Kate era uma das garotas mais inteligentes, simples e ao mesmo tempo irônica de Fliphart. Conversar com Kate era difícil, pois poucas pessoas sabiam quando ela falava ou não ironicamente. Sua inteligência era considerada acima da média por isso, quase não conseguira uma transferência para Hogwarts. Fliphart não queria se ver livre de uma aluna tão inteligente quanto Kate Lillyston. Ela crescera e tinha formas de uma linda mulher. Os longos cabelos negros que chegavam no final da costas com os olhos lindos azuis piscina é o que mais atraíam a atenção dos garotos para ela. E o mistério que ela irradiava por onde passava. Kate era uma garota quieta, mas simpática. Era popular, mas não ligava para esse rótulo. Agora estava ansiosa para saber como seria em Hogwarts.


 


-Quase não iríamos a Hogwarts por causa de você-disse Joyce, tentando novamente se livrar do amigo.


 


-Ei, eu não tive culpa de quase me ferrar em Poções-disse Diogo, indignado-E quase não queriam dar a transferência para Kate. Por que você só dar a bronca em mim?-perguntou Diogo se afastando de Joyce.


 


-Porque a razão de Kate foi uma razão completamente diferente da sua-disse Joyce, massageando os ombros-Ela foi por causa da inteligência fora do normal e você porque não gosta de fazer poções.


 


-Não gosto mesmo e pronto. Só faço poções porque... porque é uma matéria muito importante se não eu já teria me livrado dela a tempos. Não sou obrigado a gostar de tudo, Joyce-disse Diogo, irritado.


 


Kate estava de novo no meio na discussão de seus dois melhores amigos. Todos aqueles anos e isso não mudara. Joyce e Diogo discutiam por qualquer motivo, principalmente motivos fúteis. Ela chegara a pensar que os dois eram apaixonados um pelo outro por causa de tanta briga, mas conforme o tempo passara... e os dois se envolviam com pessoas diferentes Kate percebera que o que pensara não tinha fundamento. Que eles só brigavam porque eram parecidos e muito amigos. Ela própria já brigara com os dois amigos, mas mesmo assim, os três eram inseparáveis. E iriam juntos para Hogwarts.


FIM DO FLASHBACK...


 


A agora estavam no sétimo ano em Hogwarts. Continuavam bonitos, populares e melhores amigos. O que mudara foi o colégio que não era Fliphart e os sentimentos (?). Ah, e o corte de cabelo de Joyce (N/A: Quase a autora ia esquecendo um fato tão importante... o corte de cabelo de Joyce é fundamental para a história...kkkkkkkkk). Agora Joyce usava um cabelo curto com franja de lado.


 


A reunião acabara de 10h20min. Hermione se despediu de seus colegas de trabalho e foi para sua sala. Tinha muito trabalho a fazer, queria deixar tudo organizado antes de sair de lua de mel. Precisava de um tempo para descanso, principalmente agora que talvez Rony fosse trabalhar no Minsitério. Ainda não acreditava que sua vida mudara e poderia mudar mais ainda em questão de dias. Rony não podia ganhar aquela eleição, mas ele já tinha quatro votos garantidos. Do Sr.Boston, da idiota da Glace, de Harry que com certeza votaria no melhor amigo e do Ministro porque apesar de Percy esconder muito bem, não passara despercebido para Hermione que o irmão de Rony gostara da indicação do Sr. Boston. Talvez ele pensasse que se Rony ganhasse, aquilo faria Rony entrar nos eixos. Hermione balançou a cabeça, incrédula. Ela pensou em como Glace olhava para Rony na sala de reunião.


 


“Ela o comia com os olhos. Ridícula! Com certeza ele deve levar as mulheres a loucura. Ele me fazia ir a loucura. Não acredito que estou pensando nisso”, pensou Hermione, envergonhada.


 


Ela sentiu um calor súbito e abriu os dois primeiros botões da blusa. Ela amassou uma folha de papel. Poderia manipular o resultado, falar com os outros chefes e mostrar como Rony era. Mas isso seria muito sujo da parte dela. O que fosse para ser...


 


“O tempo tudo diz”, pensou Hermione.


 


Hermione olhou para a foto que tinha no porta-retrato em cima de sua mesa. A foto de Draco e Hermione se abraçando, felizes.


 


“Oh, Draco. Eu queria tanto que você estivesse aqui”, pensou Hermione.


 


Escutou uma batida na porta.


 


-Será a força do pensamento?-se perguntou Hermione, sorrindo.


 


Ela abriu a porta, mas o sorriso morreu em seus lábios.


 


-Você!-disse Hermione, assustada e indignada.


 


I don't mean to drag it on, but I can't seem to let you go/ Eu não quero arrastar isso, mas parece que eu não consigo te deixar partir

I don't wanna make you face this world alone/ Eu não quero fazer você encarar este mundo sozinho

I wanna let you go alone/ Eu quero deixar você partir sozinho


 


-Eu não sabia que você estava tão ansiosa para me ver-disse Rony com um sorriso cínico nos lábios.


 


Incomplete/Incompleto


 


 


Música: Incomplete/Backstreet Boys

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