Prólogo
Prólogo
Passos ecoavam no corredor deserto de Hogwarts. A única luz que havia era de uma varinha que era segurada por uma mão trêmula e suada. A pessoa caminhava apressada e como era alta passava rapidamente pelos quadros. Não escutava quando os quadros pediam para apagar a luz da varinha. Queria fazer o que estava pronto a fazer. Pensara muito e tomara uma decisão. E esperava não encontrar o que estava indo ao encontro. Irônico, não? Aquela carta ainda devia estar em cima da cama com as roupas. A carta chegara por meio de uma coruja às 22 h. Achara estranho, e o conteúdo da carta foi o que mais lhe intrigou. Agora estava ali com medo de ser pego pelo Sr. Filch por andar nos corredores depois da meia noite. Mas precisava ter certeza do que estava escrito na carta. E se tivesse certeza o que faria? Ele parou. Era melhor voltar. Mas ficaria na dúvida. E passar o resto da vida na dúvida? Ele seguiu em frente. Parou na frente de uma parede e respirou fundo. Imaginou o que poderia ter por trás daquela parede. A Sala Precisa. Colocou a mão na porta.
“Já que você já está aqui. Termine logo com isso!”, pensou ele.
Empurrou a porta com a força de vontade que surgiu naquele momento. E o que viu fez com a varinha caísse da sua mão extremamente suada. Ele por inteiro suava e respirava com dificuldade. Ele acordaria na sua cama. Aquilo não podia estar acontecendo. Era um pesadelo. Um terrível pesadelo...
A Sala Precisa estava transformada em um lindo quarto. Havia cortinas vermelhas nas janelas onde nevava. Uma enorme cama de casal com uma mesinha de cada lado. Nas mesinhas havia abajur. Havia também uma penteadeira com um lindo arranjo de flores do campo. Mas ele não prestava atenção em nada daquilo, ele só via na sua frente. O casal que estava na enorme cama. Eles estavam abraçados como se tivessem passado por uma maratona de sexo selvagem. Ele apertou o punho com força cravando as unhas na palma da mão e mordeu os lábios com força. Ele sentiu o sabor de sangue na boca. Estava com vontade de chorar, mas se conteve. Como ela podia fazer isso com ele depois de tudo? Uma enorme raiva surgiu como o vulcão prestes a explodir e jorrar larvas para todos os lados. Ele deixou a voz escapar da garganta...
Tudo acabado, não te vejo nunca mais
Simplesmente,sem palavras, apenas um adeus
O que era tão lindo
De repente se perdeu
Um pro outro, toda vida, nós dois perante Deus
Um jeito de amar que o tempo esqueceu
-Sua...!-gritou ele com a voz trêmula.
Ela mexeu-se confortavelmente na cama. Aconchegando-se nos braços do outro com um sorriso. Ele não se conteve e deu outro grito.
-Acordem! Seus...
O outro se espreguiçou na cama. Escutara o grito. Abriu os olhos. Olhou ao redor.
“Onde estou?”, se perguntou.
Sua visão parou em um homem alto que estava na sua frente. Ele o olhava com um ódio mortal. Ele teve vontade de dar um murro bem no nariz do outro, mas se permitiu a não fazer isto, pois não queria sujar as mãos de sangue do outro. Sangue sujo.
-O que... ?-perguntou o outro.
Sentiu alguém enlaçar sua cintura e olhou para o lado.
-O que... ?
Tentou sair da cama, mas percebeu que estava sem roupa.
“Como eu vim parar aqui? O que ela está fazendo aqui? O que eu estou fazendo aqui?”, se perguntou o outro.
Mesmo que eu esconda tudo aquilo que senti
Não pergunte não responde,
Eu posso até mentir,
Sei que foi um grande amor, mais devo desistir
Te amando, para sempre, sem nunca compreender
Como um infinito amor foi se perder
Ela fez uma careta ao senti-lo se afastar. Ela tentou puxá-lo de volta. O outro se afastou.
-Acorde!-dizia o outro, sacudindo ela pelos ombros.
Mas ela continuava a dormir.
-Eu sei como acordar esta...-disse ele se aproximando da cama.
Apontou a varinha para o rosto dela.
-Não-gritou o outro.
-Aguamenti.
Água saiu da varinha molhando o rosto dela. Ela acordou-se irritada.
-Ei, o que... ?
A voz morreu na garganta quando ela olhou para seu lado e sua frente. Ela fechou os olhos e acordaria na sua cama. Ela abriu novamente os olhos, mas nada mudara. Ela tentou se levantar, mas sentiu uma mão no seu braço.
-Eu não faria isso se fosse você.
Ela olhou para o outro, questionadora. Ele apontou para o lençol com o olhar. Ela levantou o lençol. Estava só de calcinha. Manteve o lençol bem junto de si.
-Oh, não-ela exclamou-Como... ?
Está escrito lá no céu
Qual de nós seria o réu,
Merecemos tanta dor,
Um castigo tão cruel
Vem de Deus a punição
Ele um dia colocou
Um paraíso em nossas mãos
E logo nos tirou
-Eu que pergunto como! Como você tem coragem de fazer isso comigo?-perguntou ele, gritando.
-Não é o que você pensa...
-Não? Minha namorada na cama com outro. E logo quem...!-disse ele com ar de repulsa.
-Eu não sei como viemos parar aqui!-gritou ela-Você sabe?-perguntou ela, olhando para o outro.
O outro ia responder quando escutou:
-Ele é cafajeste. Você é uma...
-Não!-gritou o outro-Ela não tem culpa de nada. Ninguém aqui tem culpa de nada.
Ele olhava incrédulo para o outro.
-Certo-disse ele com um sorriso cínico-E vocês querem que eu acredite que aqui não aconteceu nada?-perguntou ele olhando ao redor.
-Não aconteceu nada-gritou ela-Acredite em mim-disse ela quase sem voz, suplicante.
-Faça um favor para mim-disse ele olhando ela com desprezo.
-Qual?-perguntou ela, olhando avidamente.
-Se você tiver vergonha na cara... não olhe para mim pelo resto da sua vida.
Ele se virou.
-Rony!-gritou ela.
Nada vai pode mudar
Não há nada a decidir
Sem saída, sem mais chances, não há pra onde ir
Sei que foi um grande amor; mas devo desistir
Escondendo o que sinto,
Não quero mais criar um castelo de ilusões
Pro vento desmanchar
Ele se virou, os olhos azuis cruzaram os castanhos pela última vez.
Ele saiu, deixando Hermione a soluçar... Draco tentou consolá-la...
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