Prólogo
HOGWARTS – juventude a flor da pele
Prólogo
Ou aquele que vem antes do 1º capítulo.
BRUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUFT!
- PUTA QUE PARIU! – gritou Marlene tampando o nariz – QUEM FOI?
- Não olha pra mim... – disse Peter indignado.
- Esse foi o do James... – disse Sirius com uma voz engraçada – Depois de seis anos dividindo o banheiro com ele, é impossível não reconhecer essa mistura de ovo cozido, repolho, peixe estragado e tudo que há de fedido.
- James, - disse Emmeline saindo de perto dele – você fede!
- HEY! – disse James indignado – Quer dizer que o seu peido é cheiroso.
- Garotas não peidam, James. – disse Dorcas revirando os olhos.
- Elas soltam pum. – completou Remus rindo da própria piada.
- Whatever... Vamos achar uma cabine logo... – disse Lily sem paciência.
Os oito andaram quase quatro vagões inteiros para acharem uma cabine.
- Mas essa vai ser a nossa cabine? – perguntou Dorcas decepcionado.
- Você quer ir procurar outra? – perguntou Remus levantando uma sobrancelha.
- Não, mas... Ela é tão pequena. – reclamou Dorcas.
- Entra logo, criança. – disse Remus, empurrando Dorcas para dentro.
- Seu... Grosso! – ela disse indignada.
- Você não tem idéia. – disse Remus, fazendo todo mundo rir.
- Irc. – disse Dorcas fazendo uma caretinha.
REMUS LUPIN
Cabine 128
Cara, eu não acredito em como eles podem ser tão... Imaturos. Quer dizer, qual é, quem é que não consegue colocar um fucking malão na cabine? Não estou dizendo que, nossa, como eu sou forte, mas como é que pode alguém não conseguir enfiar um malão numa merda de um compartimento, porra.
- Nossa, como vocês são ágeis. – eu disse revirando os olhos, olhando para a fila de pessoas que queria procurar cabines sobrando no resto do vagão.
- Tem como você ser mais inútil? – eu acho que a Marlene está sendo sarcástica.
- Realmente, seria super legal se você mexesse essas suas super pernas até lá e ajudá-las a colocarem os malões lá. – alguém atrás de mim disse. Ah, legal, agora além da minha amiga estar me chamando de inútil, alguém que eu nem sei quem é está fazendo comentários sobre as minhas super pernas... Isso porque ela ainda não viu as pernas do Sirius.
Foi aí que Dorcas enfiou a cabeça para fora da cabine e disse:
- EI! Escuta aqui, quem você pensa que é para falar assim com meu amigo? Você pode ser loira, peituda, mas eu sei que isso aí é enchimento, e mesmo assim, isso não te dá o direito de falar assim com os outros não! Então agora você me faz o favor de mexer essa sua bunda celulitosa e vazar da minha frente. – uau, depois dessa eu fiquei com medo.
A garota loira que estava atrás de mim começou a chorar. Bom, a Dorcas é malvada.
- Dorcas! Você a fez chorar! – eu falei.
- DÁ-LHE DORCAS! – Marlene gritou ainda tentando por a porra do malão do maleiro.
- Deixa que eu ponho. – Sirius disse, pegando o malão da mão de Marlene.
- Ui, desculpa então, Sr Músculos. – disse James. Sabe, às vezes, eu me envergonho de ser amigo deles.
- Sabe que eu sou todo seu, gatão. – disse Sirius rebolando bem nas fuças de James enquanto colocava o malão.
Meu Deus. Eu fico horrorizado.
- SURUBA! – gritou Peter me abraçando, no que eu tentava me livrar dos braços dele... Ah, eu mencionei as pernas dele em volta da minha cintura?
- OH-MY-GOD! MY EYES! THEY BURN! – gritou Emmeline tampando os olhos, mas enxergando entre os dedos.
- Vocês querem privacidade? – perguntou Lily, segurando o riso.
LILY EVANS
Cabine 128
Eles são, de longe, as pessoas mais crianças que eu já vi em toda a minha vida, incluindo a minha irmã e meu priminho de 5 anos. Qual é, eu nunca pensei que iria viver o dia em que eu veria dois dos meus amigos esfregando a bunda na cara de outro. Eles estão corrompendo a minha inocência juvenil, olha só para isso.
- Lily, faz alguma coisa! – Dorcas gritou para mim. Coitadinha, tão inocente. Então eu a empurrei para o meio deles (da suruba, quero dizer).
Marlene começou a rir, e Dorcas ficou tão vermelha quanto a cortina do dormitório da Grifinória.
- Pelo amor de Deus! A Dorcas vai ter um infarto fulminante se ela continuar ali. – Emmeline falou, tentando chegar perto dela. – ASSOPRA! ASSOPREM ELA!
Meu Deus, que vergonha. Ninguém merece isso, isso é o cúmulo do patético, e eu não quero viver nesse meio.
- ACODE! – Emmeline continuava gritando.
- Cala a boca, Emmeline. – todos disseram juntos, olhando para ela.
- Ah, que foi? Ela ia mesmo ter um infarto.
- Você bebeu o que? – eu perguntei para ela.
- Café com conhaque? – Peter perguntou.
- Basicamente. Só que sem o café. – ela respondeu. Eu mereço isso, não é? Será que eu grudei chiclete na varinha de Merlin?
- O que? – James indagou incrédulo.
- Sua bêbada! – Marlene falou finalmente se sentando.
- Caralho, Peter, para de pisar no meu pé. – Dorcas disse se sentando na janelinha.
- Mas não sou eu!
- Sou eu. – Remus disse se sentando em cima dela.
- Sai de cima de mim! Você vai me esmagar. Eu vou virar uma barata, sai, Remus! Sua vara!
- O Sirius é mais alto que eu! – ele disse ultrajado.
- Isso é porque eu sou gostoso.
Certo, isso foi a coisa mais egocêntrica que eu já ouvi dentro de dois anos.
- Quem te disse isso, sua avó? – HAHA! Toma! Por isso que eu amo o Remus.
- Meu, minha avó me chama de vagabundo imprestável, ah, de quinta categoria. – Sirius falou com um falso pesar na voz.
A família do Sirius é meio... Estranha, sei lá. A mãe dele então! É uma megera, e espero que ela não saiba que ele anda com uma nascida trouxa, se não é capaz dela me assassinar, me cortar em pedacinhos e dar para o cachorro comer! Claro, depois de fazer isso com Sirius. Mas na verdade, Sirius está “hospedado permanentemente” na casa dos Potter, legal né?
- Ok, crianças, estão todos acomodadinhos? – que gay o James falando assim. Haha, parece até meu tio avô Brandon, falando com meus primos – Certo, então nós, os adultos, vamos para a cabine dos monitores, está ok?
Foi aí que Sirius jogou uma meia dobrada em forma de bola na cara do James e eu ri, fazendo ele olhar para mim.
- O que foi?
JAMES POTTER
Cabine dos Monitores
- Oi Jammie... – uma menina do sexto ano me cumprimentou, se não me engano o nome dela é Stephanny, Stella, Julia? Mas quando ela conseguiu aqueles peitos? Se o Peter os visse... Ele iria querer fazer uma bela de uma espanhola neles.
- Oi linda. – eu disse sorrindo, vendo o Remus rir, e Lily revirar os olhos.
- Então, Jammie... – ela disse se aproximando de mim ao ponto de sentir a respiração dela bater levemente no meu pescoço, para então começar a fazer pequenos desenhos em meu peito com seu indicador e sussurrar em meu ouvido – O que você acha da gente ir lá aos fundos e sei lá, a gente podia fazer aquilo que a gente fez da última vez...
- Então linda, eu adoraria... – eu disse fazendo uma voz rouca – Mas eu preciso ir a uma reunião dos monitores, sabe como é... Quem sabe da próxima vez.
- Você que sabe... – ela disse, e eu a puxei para perto de mim e a beijei rapidamente – Até mais, Jammie...
- Até mais, linda. – eu disse a vendo ir embora, era incrível como ela não deslocava os quadris rebolando daquele jeito.
- Você não lembra o nome dela, não é? – Moony disse abrindo a porta da cabine dos monitores.
- Nope. – eu disse rindo, sentindo os olhos da Lily queimarem minhas costas enquanto entrávamos – O que foi, ruiva? – eu perguntei depois que ela se sentara a meu lado, e Remus ao lado dela.
- Você é uma vadia! – ela disse incrédula, e eu comecei a rir.
- Sabe como é, ruiva... Enquanto procuro a certa, eu me divirto com as erradas. – disse galantemente, passando o braço pelos ombros de Lily, fazendo Remus ter um acesso de risos.
- Qual é o seu problema? – ela disse me encarando como se eu fosse um estuprador ou algo assim, qual é, Lils?
- Você... – eu disse fazendo uma cara falsa-sexy, e Lily arregalou os olhos – Você é tão fácil de enganar, Evans.
- Você é retardado... – ela disse pasma, e eu ri ainda mais.
- Ah, cala a boca,ruiva. – eu disse.
- Você viu o que ele fez? – ela perguntou revoltada para Remus.
- O James é mesmo inescrupuloso... – Remus disse fazendo com que Lily soltasse uma bufadinha.
- Ah, Lils... Fica assim não, você sabe que eu sou muito cabeça dura. – eu disse maliciosamente.
- EEEEW! – Lily gritou se levantando, eu realmente não esperava que ela entendesse – Ele é seu amigo, você senta ao lado dele. – Lily disse para Remus, ok... Agora não sou mais amigo dela também, uhu!
- Você está imprestável hoje... – Remus disse para mim, sentando-se no lugar de Lily enquanto a mesma tomava posse do seu.
- Eu sei. – eu disse sorrindo, começando a rir.
- Olha só, alguém dormiu com o Boso! – disse McNair, um aborto que foi escolhido para ser monitor da Sonserina.
- Não sabia que você chamava sua mãe de Boso, McNair. – eu disse sorrindo.
- O que? – ele disse se aproximando de mim com a varinha na mão.
- Sossega o facho, McNair. – disse Lily se levantando e colocando a mão no peito dele, que nojo... Ela vai pegar gripe suína desse jeito – Você não quer que a Sonserina comece o ano com pontos negativos, quer?
- Vai se fuder, Evans. – ele disse bravinho, e eu levantei.
Só eu posso zoar a Lily, valeu?
- Se ela for, pode ter certeza que não vai ser com você e essa sua varinha minúscula. – eu disse sorrindo, colocando Lily para trás de mim.
- Vou te mostrar a varinha minúscula! – ele disse todo bravinho, ui nega.
- Ui... Sinto lhe informar, mas eu não gosto da sua fruta, Mc... – comecei a dizer.
- Estupe...
- Experlliearmus! – eu disse, fazendo com que a varinha dele voasse das mãos dele – O que dizia?
O cara conseguia ser mais estúpido que um trasgo montanhês, como isso é possível?
Aberração da Natureza, não há outra resposta.
- A propósito... – eu disse me aproximando dele com a varinha em punho, para depois dar uns tapinhas em seu ombro e dizer – Não adianta a varinha ser grande se você não souber como usá-la!
As pessoas que estavam na cabine riram, mas eu não tinha certeza se todas haviam entendido.
- Obrigada, James. – Lily disse baixinho e rindo, e eu a abracei pelos ombros.
- De nada, ruiva. – eu disse beijando o topo da cabeça dela, e ela se afastou para se sentar ao lado de Remus que estava vermelho de tanto rir.
- Cara, alguém me assopra... Que eu vou infartar! – Remus disse rindo ainda mais com a piadinha besta que fizera.
- É... Hoje eu estou imprestável. – eu disse sentando ao lado dele, e batendo fortemente em suas costas.
- Vai se ferrar... – ele disse parando de rir, e me dando um pedala – Por que você fez isso?
- Pra você parar de rir. – eu respondi rindo.
- Sabe, não é assim que você vai conquistar a Lils. – ele disse com um sorriso, e eu parei de rir.
Oi? O Moony é esquisito.
- Bom dia, vamos ao primeiro tópico da reunião... – disse a monitora chefe da Corvinal, já peguei.
SIRIS BLACK
Cabine 128
- Vocês dois estão tão fodidos... – Emmeline disse jogando uma carta no monte, fazendo com que as minhas cartas e as de Peter explodissem.
- Cacete... – Peter reclamou, passando a mão no olho que estava incrivelmente vermelho, acho que um pouco de cinza voou nele.
- Não sei por que vocês insistem em jogar com a Emmy... – disse Marlene, finalmente saindo da conversa “para quem vamos olhar, agora que o Amos Diggory se formou” que mantinha com Dorcas.
- A esperança é a última que morre. – eu disse piscando para ela, fazendo com que ela ficasse ligeiramente corada e risse.
- Eles devem gostar de perder, dê uma chance a eles, Emmy. – disse Dorcas, fazendo com que Peter fechasse a cara e lhe mostrasse o dedo médio e indicador1 – Grosso!
- Melhor de sete? – Emmeline perguntou embaralhando as cartas com um sorriso no rosto.
- Nah... – eu disse me levantando do chão e me sentando ao lado de Marlene.
A Emmeline deve roubar nesse jogo, ela nunca perde... Nunca MESMO! Viada (sem ofensas).
- Cansado de perder? – ela perguntou toda pimpona.
- Azar no jogo, sorte no amor. – eu disse soltando uma frase clichê, e ela me mostrou a língua.
- Fique sabendo que quando eu era criança meu primeiro namorado chegou a pedir para casar comigo! – todos rimos.
- O Simons? – perguntou Dorcas.
- Exato! – Emmeline disse feliz.
- Ele está tão lindo agora... – Marlene disse babando ao meu lado.
- Queria não ter terminado com ele. – Emmeline disse suspirando.
- Bah, se não tivesse terminado com ele não teria ficado com o Prewett.
- Verdade.
- Pads, você não sabe... – disse Peter se empolgando, tirando meu foco da conversa das garotas – Sabe o Fenwick?
- O do cabelo meio roxo? – eu perguntei para ter certeza.
- Esse mesmo, ele pegou chatos2 de uma mina nessas férias. – Peter disse sorrindo.
- Sério? – eu perguntei rindo – De quem, velho?
- De uma francesa lá, ele descobriu quando mandou uma coruja para garota terminando tudo, e ela respondeu falando que tudo bem e que ela tinha chatos. – Peter disse rindo – Ele ficou desesperado, você não tem noção.
- Se fosse eu, matava a garota... Que nojo, Wormy. – eu disse fazendo uma careta, mas rindo – Mas e aí, você nem me falou pegou a Tiles?
- Peguei parcialmente... – ele respondeu ficando vermelho, e vendo minha cara confusa, mas inquisitória, continuou – Não achei o buraco.
- O QUE? – eu perguntei rindo muito, e as meninas até pararam de falar para saberem do que eu ria tudo.
- O que aconteceu? – perguntou Marlene colocando a mão na minha manga me chacoalhando levemente.
- Minha barriga tá doendo... – eu disse entre os risos com a mão na barriga – Estou imaginando você “cadê, cadê?”, porque só pro negócio ser uma selva pra você não achar.
- É, ele está falando merda... Ignorem. – disse Peter com descaso, ele não queria que as meninas soubessem o que tinha acontecido.
- Passou? – Dorcas perguntou sorrindo, e eu confirmei parando, mas logo continuando a rir.
- Acho que não. – Emmeline respondeu, querendo rir.
- CARALHO MARLENE! – eu disse bravo, virando para a Marlene. Ela havia batido nas minhas costas, por pouco meus pulmões não saíram do meu peito.
- Você devia me agradecer, se eu não tivesse feito isso, você ia acabar ficando sem ar de tanto rir. – ela disse bravinha também.
- Então, eu preciso agradecer por você ter me batido? – eu disse cético – Ah, vai se foder.
- Vai se foder porra nenhuma, Black! – ela disse se levantando – Eu não tenho culpa se você faz escândalo, porque não aguenta um tapinha.
- Um tapinha? Você tem noção de como a sua mão é pesada, garota? Não tenho culpa se você é uma Maria Macho. – eu disse indignado me levantando, fazendo com que eu ficasse a menos de 5cm de distância dela.
Ah não, olhem os olhos dela! Ela vai chorar, caralho, Marlene não chora! Eu odeio quando ela dá de começar a chorar, eu odeio ver qualquer mulher chorando, mas ver a Kinnon chorando me destrói.
- Desculpa, Kinnon... – eu disse, secando uma lágrima que caíra de seus olhos – Não chora!
- Você é um idiota, sabia? – ela disse afastando a minha mão de si.
- Aprendi com a melhor, Kinnon. – eu disse a puxando para um abraço. Eu sabia que ela gostava quando eu a chamava pelo apelido que a dera quando havíamos nos conhecido há quase dez anos atrás, quando ela se mudara da Escócia para a Inglaterra.
- Eu te odeio, babaca. – ela disse me abraçando mais forte, e eu a tirei levemente do chão rindo.
- Awn, ti meigo! – zombou Peter, levando tapas de Dorcas e Emmeline – É um complô agora?
- Sempre foi, Peterusco. – Emmeline respondeu revirando os olhos, e o Peter fez uma careta.
- Não faz assim que eu me apaixono. – Dorcas disse colocando as mãos no coração.
- Para que mentir? Eu sei que já está apaixonada. – Peter disse rindo.
- Conquistador barato. – Marlene disse baixinho só para que eu ouvisse.
- É... – eu disse me sentando, puxando-a para que ela sentasse em meu colo e mordendo sua bochecha.
- Por que você fez isso? – ela perguntou extremamente vermelha, eu ri.
MARLENE McKINNON
Carruagem
Se tem uma coisa que eu acho interessante é observar o comportamento humano. Digo, olha só esse pessoal de Hogwarts, eles só não são mais estranhos porque são bruxos, digo, não há como ser mais estranho que um bruxo num mundo sensato.
Estávamos eu, Sirius, Lily, Remus, Frank e Edgar esperando uma das ultimas carruagens, já que o Remus achava isso muito necessário para poder observar a todos, sério, ele conseguia ser pior que a Dorcas e a Emmeline (bêbada) juntas. Depois mulher que fofoca sobre a vida dos outros.
Entramos na carruagem, e o Remus começou a falar sobre o décimo terceiro namorado do ano de uma das garotas da Corvinal. Ou era na Lufa-lufa? Tanto faz.
- Ela tá namorando? – Sirius sibilou para mim, e eu dei de ombros. Como se eu quisesse realmente saber da vida dela.
- Ela está, por quê? – Edgar perguntou meio interessado no assunto.
- Haha, o namorado dela é corno. – comentou Sirius, começando a rir.
- Como você sabe? – eu perguntei mesmo que eu já desconfiasse de qual seria a resposta. Eu queria confirmar, ué.
- Porque, bom, você sabe, eu tenho minhas necessidades. – Sirius falou e eu revirei os olhos, sem poder controlar uma pontada de ciúmes.
- Nossa, você pegou ela? – Frank falou esbugalhando os olhos, e eu jurei por um momento que os olhos dele fossem saltar as órbitas. Sirius assentiu com a cabeça, e eu virei para observar o caminho que eu já estava cansada de ver.
- Por que o interesse, Frank? Vou contar para a Alice! – Lily falou brincalhona, eu ri.
- Para Marlene! – Sirius reclamou, e eu me virei para ele como quem dissesse “qual é o problema?” – Você está me chutando.
- Para de reclamar, senão eu chuto mais forte.
- Chata.
- Me magoou. – eu falei me fingindo de vitima, e foi a vez dele de revirar os olhos.
- Você... Tem problema, sério. – ele falou rindo e eu ri junto.
A carruagem parou e Remus continuava falando sobre a vida de alguém, mas eu já tinha perdido metade da conversa, quando percebi que ele e Lily estavam discutindo.
- ... É claro que não, Remus! Presta atenção, primeiro ela ficou com o Amos, depois com o Gideon... – Lily dizia como se fosse muito óbvio, enquanto saíamos da carruagem.
- Claro que não! Ela ficou com o Gideon no Halloween e com o Amos no Natal! – ele insistiu revirando os olhos, quando eu vi Lily cerrando o punho, pronta para dar um soco nele.
- Ele tem razão, Lily. – Sirius disse suspirando.
- Como ele sabe que ele tem razão? – eu murmurei mais para mim mesma do que para algum deles.
- Ele é Sirius Black, Lene. – eu ouvi alguém falando no meu ouvido, e eu não contive um arrepio.
- O que você está fazendo aqui, Regulus? Achei que você não fosse um dos maiores fãs do seu irmão. – eu disse virando com uma cara de conteúdo e rindo.
- E eu não sou. – ele riu e deu de ombros, e eu sorri de volta.
A verdade é que o Regulus podia ser o escrotinho que fosse, mas ele era um fofo comigo, e eu não ia tratá-lo mal ou whatsoever por causa do que as outras pessoas pensam dele. Na verdade, eu o achava até legal, o suficiente para termos uma conversa legal quando quiséssemos, sem muito esforço.
- O que você quer? – Sirius falou entrando entre mim e Regulus, como se Regulus fosse uma criatura repulsiva e perigosamente armada (ok, ele tinha uma varinha, mas eu também tinha, haha), numa tentativa de me proteger. Como se eu precisasse me fazer de Bella Swan, que merda.
Se bem que a vista daqui é privilegiada, uau! Que saúde. Adoooooooooooooooooooooooooooooooro!
- Eu nada, mas eu acho que seu amigo ali precisa de um pinico. – Regulus disse, e eu demorei algum tempo até entender o que ele quis dizer.
Eu olhei para a entrada do saguão de entrada e o Peter estava se contorcendo e fazendo caretas por algum motivo desconhecido.
PETER PETTIGREW
Saguão de Entrada
Fodeu...
...
...
...
- Você está bem, Pete? – Dorcas perguntou colocando a mão no meu ombro, e eu a olhei com a maior cara de quem comeu merda nesse mundo – Comeu merda?
- Fofa... – eu disse sarcasticamente, fazendo com que ela revirasse os olhos.
- O que aconteceu? – Emmeline perguntou, e antes que eu pudesse abrir a boca, Docas falou.
- Comeu merda.
Oi?
- Próximo... – Filch pediu, e Emmeline foi lá toda serelepe pimpona. Como ela consegue?
E pra que isso afinal de contas? Pra que nos revistar? Por acaso eles acham que eu tenho cara de homem bomba? Eu sou bruxo! Eu nem sei como fazer uma bomba (que não seja de bosta, é claro)!
Eu tentei ir até ao fim da fila disfarçadamente, por isso mesmo, obrigado James, valeu, depois que eu sou o lerdo dessa porra!
- AONDE VOCÊ ESTÁ INDO, WORMY? – ele gritou, saindo de perto de um grupinho de meninas do terceiro ano, que tentavam violá-lo ou algo assim.
Eu parei estaticamente, cagando nas calças e rezando para que Filch não olhasse para cá e me visse andando rapidamente para o fim da fila, sendo seguido por um James que corria em minha direção.
- Que aconteceu, Wormy? Você precisa... Hum, você sabe? – e eu o encarei sem entender – Hum, você sabe...
- Não, eu não sei. – eu disse sem entender, e ele revirou os olhos.
- Sabe, - ele disse rindo – você precisa, tipo, se aliviar?
- Se eu preciso ir ao banheiro? – eu perguntei sem entender, e James me encarou cético – Ah, o outro aliviar?
- Exatamente... – ele disse, quando Sirius, Marlene, Lily e Remus se juntavam a nós – Hey ruiva!
- Nem vem... – ela disse, e James riu... Que mané – O que aconteceu, Pete?
- Por que todo mundo acha que aconteceu alguma coisa, que merda! – eu disse, soando mais desesperado do que desejava.
- Amor! – Héstia disse surgindo de lugar nenhum, se pendurando no meu pescoço e mordendo minha orelha – Senti saudades...
- Eu também senti... – eu disse um pouco desconfortável.
- O que aconteceu? – ela perguntou preocupada.
- ARGH! – eu disse irritado, por que eles precisam me conhecer tão bem? Eles não podiam ser amigos negligentes por cinco minutos?
- Peter, derrete! – Marlene demandou.
- Derrete o quê? – eu perguntei sem entender.
- Fala pra gente o que está te incomodando. – Sirius disse com a paciência que só Sirius Black tem.
- Aquela merda de revista que o Filch está fazendo. – eu disse mal-humorado.
- Você trouxe algo que não devia? – Remus perguntou me censurando, ele até parece a Lily quando me olha assim.
- Algumas coisas... – eu disse baixinho.
- O que você trouxe? – Lily perguntou preocupada.
- Peter... – Héstia me repreendeu.
- Hãn, só umas bebidinhas... – eu disse coçando a cabeça.
- Quais e quantas? – Sirius perguntou curiosamente.
- Sirius! – Marlene o repreendeu.
- Quero dizer, isso não se faz, Peter! – ele tentou concertar, e eu ri.
- Mas e aí, quais? – James perguntou com os olhinhos brilhando.
- Firewhisk e algumas garrafas de... – eu disse diminuindo o tom de voz.
- Garrafas do que? – Remus perguntou.
- Green Fairy. – eu disse baixinho.
- Sério? Faz muito tempo que eu queria um absinto bom, onde você comprou? – Marlene perguntou curiosamente.
- MARLENE! – Lily a repreendeu, e ela se encolheu.
- Você precisa esconder as garrafas. – James concluiu brilhantemente, e todos o encaramos com a maior cara de “sério?”.
- Onde elas estão? – Lily perguntou, e eu lhe mostrei a mochila nas minhas costas.
- Eu posso escondê-las na minha barriga se quiserem... – Sirius disse, e eu lhe mostrei o dedo – Você não quer que a gente enfie todas as garrafas pelo seu toba que nem nos filmes trouxas, quer?
- Oi? – eu perguntei incrédulo, enquanto os outros caras riam.
- Passa as garrafas... – Lily pediu, e eu a olhei sem entender – Eu vou devolvê-las, relaxa.
- Certo... – eu disse, lhe entregando minha mochila hesitantemente.
- O que você vai fazer? – James perguntou, e ela o ignorou, pois aparentemente enfeitiçava minha mochila, ou as bebidas, não sei.
- Isso não vai alterar o efeito da bebida, né? – eu perguntei preocupado.
- Não. – ela disse rindo.
- Isso funciona mesmo, ruiva? – James perguntou preocupado.
- Não James, não funciona. – ela disse sarcasticamente para depois se voltar para mim – Relaxa, o Filch jamais saberá o que tem dentro da sua mochila.
- Espero. – eu disse inseguramente.
- Eu não acredito que você realmente fez isso, se arriscar tanto... – Héstia começou, me dando um sermão.
- Héstia... – eu disse a interrompendo.
- Que é? – ela perguntou, cruzando os braços.
- Eu te gosto. – eu disse lhe dando um selinho.
DORCAS MEADOWES
Salão Principal, Banquete
Qual é o problema deles? Além do Peter ter comido merda, parece que os outros comeram lesma, pelo amor de Deus! Será que é tão difícil assim dar 50 meros passos até a porcaria do salão? Ah, esqueci, eles estavam com algum problema com a revista. Deve ser por isso que o Peter estava enrolando. Ah meu Deus, o que será que ele trouxe dessa vez? Não que ele já tenha trazido algo muito cabuloso, mas enfim...
- O que você acha que foi dessa vez?
- Eu apostaria em bombas de bosta. – eu falei pensativa, levando os dedos às têmporas.
- Pó de arroto.
- Não que ele precise do pó para arrotar, ou algo do tipo. – ela falou séria.
- É. – eu concordei, e começamos a rir.
O Peter tinha necessidade de trazer essas coisas, assim como de ficar lambendo a Héstia por aí. Não lambendo no sentido literal da palavra, mas sabe, ficar alisando, beijando, agradando. Será que ele já ouviu falar que quando um namorado começa a agradar demais é porque ele tem culpa no cartório?
É meio tenso pensar nessas coisas, quero dizer, eu, Dorcas, mais encalhada que baleia no deserto, devo estar com ciúmes. Ei, não ciúmes porque eu e o Peter... Eew, não, o Pete é amigo, só isso. Acho que não é ciúme, acho que é inveja... Invejinha, ok?
Mas ok, admito que tenho uma quedinha pelo Remus. Tudo bem, eu minto muito mal. Eu tenho uma super queda pelo Remus, eu diria que é um mega precipício ou qualquer coisa do gênero, não que você queira saber da minha vida, mas fazer o que?
- DORCAS! – Emmeline gritou estalando os dedos na minha frente.
- Oi?
- O que você tanto pensava? Ui, você estava encarando o Remus? Espera, você estava encarando o Remus? MENTIRA! – ela disse super empolgada, batendo palminhas e eu corei. – Não acredito, como que eu não pensei nisso antes? Estou chocada! É claro! Os dois sozinhos por tanto tempo... Hum, vocês iam fazer um casal lindo, OMG! Eu não acredito, preciso pensar em alguma coisa...
Ela dizia enquanto Filch nos empurrava para dentro do salão em ordem de ano. Eu bufei e enfiei o chapéu na cabeça. Ótimo, agora eu ia ficar ouvindo Halo na minha cabeça o resto da “cerimônia”. Digo, Halo era a música que eu costumava pensar como minha e do Remus, é, eu sei, idiota, mas eu sempre ouvia essa música para dormir, e para dormir eu precisava ter flashbacks sobre momentos com ele, então, quando eu me dei conta dessa “queda”, eu pensava em Halo como nossa música.
Uma palavra: tenso.
Halo, halo, halo, I can see your halo, halo halo, ecoava na minha cabeça enquanto o resto do pessoal ocupada o lugar ao nosso lado, como éramos o último ano e os últimos a entrarem, ficamos todos juntos.
- Ok, por que você não me contou nada, Dorcas? – Emmeline sussurrou enquanto todos estavam envolvidos em enfiar as pernas em baixo da mesa que estava ficando pequena para alguns de nós. O que não era meu caso, nem o de Lily... Nem o de Marlene. Tanto faz, os meninos eram altos, ah, e a Emmeline devia ter uns 2km de perna, e eu me sentia a própria anã de jardim perto deles.
- Porque não há absolutamente nada para eu te contar, você está fantasiando, Emmy, sorry. – eu falei revirando os olhos e voltando minha atenção para onde Dumbledore falaria daqui a minutos.
- Então por que eu acho que você ficou mal humorada depois que eu descobri seu segredo super secreto? – ela perguntou.
- Segredo? Que segredo? Segredo super secreto? Estou nessa. Conta tudo. – Remus falou, e eu quase tive um infarto quando ele enfiou a cabeça na minha frente e quase me deu uma cabeçada no nariz.
- É sobre o... Frango que... Não é 100% natural. Sabia que ele é cheio de hormônio? – eu falei e ele me olhou com uma cara do tipo “conta outra...”.
- Conta outra que essa não colou, Dorcas. Se você não quer contar fala, você sabe que eu detesto fofoca. – Remus disse, e eu revirei os olhos rindo.
- É que... Hum... Olha, o Dumbledore vai falar, presta atenção. – eu falei me virando para Dumbledore, que permanecia sentado no mesmo lugar em que estava desde o começo, parado, feito um cava-charco. Se bem que ele está bem enrugadinho... Parece um pedaço de madeira! Igual a uma cava-charco! OMG! Eu não presto.
- Ele não vai falar, Dorcas. – ele disse, e eu comecei a coçar o nariz.
Coçar o nariz era meio que um sinal entre nós, garotas, do tipo “SOS”. Ou seja, se uma de nós coçasse o nariz, outra teria que sair gritando fogo ou mostrando os peitos. Ok, esquece a última parte.
Emmeline olhava para mim e ria do meu desespero, enquanto eu coçava o nariz cada vez mais forte. Merda, eu vou tirar sangue do nariz. Ótimo, com uma amiga dessa, que se recusa a me ajudar, eu não preciso de inimigo nenhum. Olhei para o lado, e Lily parecia pensar na morte da bezerra-apaixonada e nem por um decreto me olhava. Reuni todas as minhas forças e lhe tasquei um chute na canela.
Ela olhou para mim horrorizada, com uma careta de dor, e se eu não estivesse numa pior, eu sentiria dó. Eu cocei o nariz mais uma vez enquanto eu olhava fixamente para os olhos dela, e ela massageava onde eu havia chutado. Então horas depois ela pareceu entender o sinal, enquanto Remus me encarava.
- Você tem alguma coisa no nariz? – ele indagou confuso, e eu neguei.
- Ah, falando em narizes, lembrei de uma piada muito boa! – Lily falou. – REMUS! Olha aqui, me deixa contar a piada!
Ele se virou para ela, e eu ri, sibilando “obrigada”. Ela olhou pra mim em pânico, provavelmente tentando achar alguma piada, e eu fiz um “pff” do tipo “se vira agora”.
- Então, tinha um irlandês e um inglês né... Daí eles combinaram de um dia fazer um mergulho na costa da... Costa do Marfim para encontrar um... Um... A Atlântida. E daí quando eles estavam lá em baixo do mar, o inglês disse para o irlandês: “tô ficando sem ar”; e o outro disse: “se vira pocotó do mar?” – ela conseguiu inventar a pior piada que eu já ouvi na vida. Mas ok, eu estou rindo feito uma idiota agora.
- Haha, foi boa! – eu falei, tentando incentivar Remus que tinha uma careta estranha no rosto e olhava para Lily cético.
- E o que o nariz tem a ver?
- Irlandeses têm narizes, né? Dãr. – ela explicou como se fosse óbvio, e eu fiz um jóia para ela, que me encarou feio e sibilou “eu.te.mato”.
Então, finalmente, o Dumbledore cortou as raízes (há, pegou?) e foi até a frente:
- Silêncio! Vamos dar inicio a cerimônia de início de ano. – disse, indo se sentar novamente, e todos começaram a se silenciar.
Os garotinhos do primeiro ano começaram a entrar no salão com aqueles rostinhos aterrorizados. É impressão minha ou os primeiranistas vão encolhendo a cada dia que passa?
- Eu nunca fui desse tamanho! – James disse, fazendo uma careta.
Sinto muito informar-lhe, mas você já foi inclusive menor que eles, Jamsey.
Os garotinhos fizeram um bolinho ali na frente, esperando pelo Chapéu, que começou a cantar. Como se não bastasse ter sua vida mudando completamente aos 11 anos, a primeira coisa que você vê quando chega numa escola de bruxos é um chapéu que fala e que, detalhe, é velho, feio, remendado, podre, caindo aos pedaços...
Posso não ser muito belo, mas não julguem um livro pela capa
Rirei até rasgar, se um de vocês ousar procurar um chapéu tão—
- Ah, pelo amor de Deus, alguém me acorda quando essa musica terminar. – Sirius disse enterrando a cara nos braços cruzados sobre a mesa.
Eu ri, mas eu era educada o suficiente para não dormir enquanto um... Chapéu fala. Pensando bem...
- Boa noite.
EMMELINE VANCE
Salão Comunal da Grifinória
As cerimônias estão cada vez chatas. A cada ano que passa. Sem nenhuma bebida alcoólica, não rola. De jeito nenhum. Sem contar que aquele chapéu canta musicas totalmente sem. Sem rima, sem ritmo, sem noção, sem tudo. Haha, essa foi boa!
Estávamos subindo as escadas aos tropeços, já que eu odeio pessoas lerdas para andar na minha frente, eu sempre acabo chutando os pés delas. Não de propósito, qual é, eu não sou tão malvada assim, mas algumas vezes é inevitável, sobe aquela vontade louca de dar um chutinho no calcanhar só para a pessoa tropeçar. Ui, que bruxa má que eu sou.
BURP!
- QUE NOJO, PETER! QUE MERDA! – eu gritei, quando ele arrotou bem no meu ouvido, e ele começou a rir.
- Cara, está ficando cada vez mais forte. Acho que já podemos começar a competir. – James falou rindo da minha cara cética.
- Eu não acredito que vocês ainda fazem isso. Nojento, totalmente no.jen.to. – eu falei com uma careta e eles riram mais ainda de mim.
Eles entraram rindo alto no salão comunal e se jogaram no sofá. Cheguei perto do sofá, tirei os pés de Peter de cima do sofá e os joguei no chão.
- Tenha modos, garoto! – eu falei séria e ele riu chegando perto de mim.
- Eu tenho modos, Emmeline. – ele falou bem perto do meu rosto, e eu o empurrei.
- Haha, engraçadão.
- Sabe o que eu acho? – Peter disse e eu dei de ombros. – Que você precisa de uma Green Fairy.
- Como se você tivesse uma. – eu falei, revirando os olhos.
- Accio Green Fairy. – ele murmurou, e uma garrafa parou direto na mão dele, e eu fiquei boquiaberta. Arranquei a garrafa das mãos dele, enquanto ele ria de mim.
- MENTIRA! Como você entrou com isso aqui? Chocada, Pete! Você é um gênio, te amo! – eu disse lhe dei um beijo na bochecha.
Incrível, como ele tinha entrado aqui com uma Green Fairy, e ninguém tinha visto? Como? Quero dizer, nunca tentei entrar com garrafas no primeiro dia de aula, claro que tinha trazido depois ou encomendado para vir por corujas, mas no primeiro dia de aula, acho incrível, esperto e sagaz.
- Você não vai beber isso agora, Emmy. Esquece. – Lily falou tirando a garrafa da minha mão.
- Não te garanto nada quando eu estiver lá em cima. Eu ainda tenho os meus bombons de rum. – eu falei, sentindo salivar.
- Emmeline, qualquer dia você dá PT. – Remus comentou com os olhos arregalados, e eu dei de ombros.
- Eu sou forte. – falei, e eles começaram com conversas paralelas e eu me concentrei em... Nada. Me concentrei em nada.
É meio estranho, não é? Quero dizer, há pouco tempo atrás eu estava no lugar daqueles primeiranistas e agora eu estou no sétimo ano. Uau, como eu estou ficando velha. OMG! Posso ver as rugas. NÃO! Quando eu era pequena e estava no primeiro ano, eu nem tinha TPM, e hoje eu pareço aquele filme “carga explosiva”. Eu sei, péssima comparação, mas eu mal posso acreditar.
Não, mentira que eu vou começar a chorar! Mentira! Ugh, odeio TPM.
- Emmy, você está chorando? – Marlene me perguntou, e eu solucei assentindo. – Por quê? O que houve, garota? Ah não, Lily, devolve a garrafa!
- Não! É que... Eu estou ficando velha, Lene!
- A síndrome da Bella Swan está me perseguindo hoje, enfim, continua...
- Eu não quero ficar velha que nem a McGonnagall! – eu lamentei, e o Peter veio se sentar do meu lado.
- Mas a Marlene é mais velha que você quase um ano e quase não dá para perceber as rugas ou os cabelos brancos.
- EI! Foi só um cabelo branco, ok?! E eu nem tenho rugas! – Marlene retrucou.
- Mas você está super bem, Lene, magina! Eu daria 12 anos para você! – Pete falou, e eu comecei a chorar mais.
- Mas a expectativa de vida da sua família é mais alta, Lene! – eu disse – Minha tataravó morreu só com 165 anos! Eu já vivi quase... Ok, deixa para lá.
- Emmy, para com isso, você está super bem, eu te daria 13 anos!
- MAS VOCÊ DISSE QUE DARIA 12 PARA A LENE! – eu surtei, e a Lene olhou mortalmente para o Peter e fez um sinal para ele sair de perto com o dedo.
- Fica calma, tudo bem? Você está linda ainda, na flor da idade.
- Só se for na flor murcha da idade! Eu estou acabada, Lene! Você acha que é a bebida? Olha só, meu braço é flácido! – eu disse fazendo tchauzinho. – Ew! Estou com nojinho de mim mesma! Será que eu vou cheirar como velho também? – continuei e cheirei minha roupa – Não! NÃO!
- O que foi agora?
- Eu já cheiro como velha! – eu disse – Dorcas, eu cheiro como velha, vem aqui, me cheira!
- QUE? – Dorcas perguntou assustada.
- O que está acontecendo? – Remus perguntou baixo para o Peter, mas não o suficiente para eu não ouvir.
- É TPM. – Peter respondeu, e eu tive que engolir a minha resposta.
- Você já teve seu período, Emmy? – Sirius me perguntou super prestativo, me adulando.
Então eu vi Lily vindo para cima de mim, e por um momento eu fiquei com medo. Eu comecei a chorar mais; e o Sirius me olhava ficando mais assustado a cada segundo que se passava.
PAFT!
- Aaaaaaain! Por que você fez isso? – eu perguntei parando de chorar, e Lily virou para o James.
- Eu disse que ia funcionar, James! E você, para de chorar agora! – ela disse colocando o dedo indicador na minha cara, e eu assenti engolindo o choro.
Então a primeira noite do último ano dos nossos garotos em Hogwarts não foi nada além do normal...
Emmeline se embebedou com seus bombons de rum, antes de dormir, com a desculpa de que a fariam dormir melhor.
Peter demonstrou todo o “amor” que tinha para dar para Héstia no quarto dos meninos.
James, Remus e Sirius conversavam sobre a próxima lua cheia, enquanto assistiam a um filme totalmente absurdo sobre magia num canal trouxa da TV.
Marlene foi ao corujal pegar a primeira leva de cartas de encomendas do ano, e quase fora pega pela Mrs Norris3 enquanto voltava para o salão comunal.
Dorcas relia a saga Twilight, grifando com marca-texto rosa de cheirinho todas as partes em que Jasper aparecia, fazendo coraçõesinhos todo final de página.
Lily estava meditando em cima da cama ouvindo o mantra Ham-as e repetindo em voz baixa ham-sa milhares de vezes.
1mostrasse o dedo médio e indicador: esse gesto é considerado uma ofensa na Grã Bretanha, e corresponde ao gesto de mostrar o dedo do meio.
2chatos: piolhos do púbis. :x
3Mrs Norris: Madame Nora
N/G.: Demoramos, eu sei D: E eu não tenho desculpa nenhuma para isso, porque eu não vou tentar usar desculpas que não existem, tipo as esfarrapadas, mas eu não sei vocês, mas eu adorei esse prólogo, eu só preciso achar o resto do planejamento da fic. Eu perdi, é. Tenso. Culpa minha, me culpem. Briguem comigo também porque foi eu quem parou de escrever e era a minha vez de escrever, mas eu escrevi e está aí, bjotchau.
Gih Meadowes
N/L.: É isso aí, esse é o prólogo... Espero que vocês tenham gostado e... Bom, eu não sei o que escrever de verdade, então aqui me vos despeço, porque senão eu só vou escrever coisas que são nada com nada aqui. xoxo,
Miss Laura Padfoot
ps: again, FeB 20 x 0 Gih
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