Capitulo 2 - Oh, No!
Lilian Evans
- Mas mãe, é uma festa importante para a Marlene! Eu preciso esta lá, com ela! – Eu falei.
- Não quero saber. Você não vai e pronto. – Disse minha mãe, sem me olhar.
Petúnia saiu de seu quarto, e já estava tocando na chave da porta quando eu gritei.
- Quer dizer que ela pode sair, a hora que quiser e o momento em que ela quiser? – Falei, olhando pra minha mãe.
Minha mãe revirou os olhos.
- Você só tem 17 anos, Petúnia já tem 21, e já é responsável o bastante para se cuidar.
- Assim é a vida pirralha, então não enche o saco. – Falou Petúnia, e então saiu.
Meus olhos ficaram marejados, corri para o meu quarto tentando controlar a raiva que sentia. Bati a porta com força e me joguei em minha cama, batendo nas almofadas com força. Alguns segundos depois eu percebi que não era a única no quarto.
- Megan saia do armário, AGORA! – Gritei, me levantando.
A porta do armário foi aberta com força, batendo em meu rosto e me fazendo cair no chão. Minha ‘priminha’ que por acaso é um clone imperfeitamente perfeito da minha irmã ridícula saiu do meu quarto, correndo, e rindo do meu nariz – que por acaso estava sangrando.
Me levantei, morrendo de raiva e fui em direção ao banheiro do meu quarto. Lavei meu rosto, tirando o sangue, e coloquei rapidamente o remédio - antes que meu nariz pudesse começar a inchar.
Deitei-me novamente em minha cama, começando a espancá-la quando meu celular começou a tocar. A musica de Hillary Duff começou a tocar e eu cantei um trecho dela – porque eu não estava com a mínima paciência de falar com Emmeline de novo só para ouvir ela perguntar se ela fica melhor de vermelho ou de rosa.
Só que eu acabei lembrando que aquela música me lembrava música porque ela era uma música, então obviamente lembrava música (?), que por acaso lembrava a festona que eu ia perder hoje.
Peguei o celular com raiva, e olhei para o visor. Bem, eu havia errado, não era Emme que estava me ligando e sim, Marlene. E como Lene mora no mesmo prédio que eu...
Isso mesmo, premio para você! Sim, sim, Lene é minha salvação. *-*
Atendi ao telefone um pouco mais feliz.
- Lilian Evans aonde você pensa que está? Eu estou te esperando a treze minutos e cinqüenta e sete segundos, e nada de você dar as caras. O que você pensa que esta fazendo? – Gritou Marlene, me fazendo afastar o telefone do meu ouvido.
- Marlene se acalma. – Eu falei baixinho, para minha mãe não perceber que eu estava falando com alguém. – Olha, aconteceu um imprevisto e você terá que me ajudar... Vou resumir. Minha mãe não quer me deixar sair, e eu não posso deixar de ir à abertura dessa boate por vários motivos que você reconhece. Então para resolver os meus e os seus problemas... Eu irei fugir.
- Não estou gostando nada dessa conversa... – Ela falou com uma voz desconfiada. – Como eu vou te ajudar?
Eu olhei para o meu quarto, tentando fazer com que alguma idéia aparecesse em minha cabeça. Abracei o meu lençol com raiva, enquanto nenhuma idéia sur... ESPERAI! Isso mesmo! Lençol!
- Vá até a área da piscina, e olhe para a janela do meu quarto.
- Lily... O que você vai fazer?
- Bem... Vou descer. – Eu disse, sorrindo.
- Mas você mora no QUARTO andar! – Ela gritou.
- Eu sei Lene, eu sei.
Desliguei o telefone antes que ela pudesse falar algo. Peguei todos os lençóis do meu guarda roupa, e comecei a amarrá-los. Sorrindo com minha inteligência. (?)
Passaram-se alguns minutos, mas em fim eu consegui amarrar todos eles. Coloquei algumas almofadas debaixo da minha fronha, ajeitando-as para parecerem uma garota bonita e de formas perfeitas. Não, não, se minha mãe entrasse em meu quarto e supostamente visse algo que parecesse com uma garota perfeita, ela com certeza saberia que essa garota não sou eu. u.ú
Mexi nas almofadas para elas parecessem com uma garota um pouco gordinha... Não, ainda não parecia eu. Deixei um pouco mais gordinha... Agora sim, rechonchuda o suficiente para parecer comigo.
Tranquei a porta do quarto – esperai... Se eu ia trancar a porta do quarto antes de sair então por que eu arrumei as almofadas daquele jeito? ¬¬.
Me olhei no espelho. Nossa que bom que eu já havia me arrumado antes de perguntar para minha mãe se eu poderia ir. A bata soltinha e de ombro caído, me deixou mais magra, e a calça skinny com o meu scarpin me davam um ar sofisticado. Ah, fala sério eu estava bonitinha... Ta, vamos falar a pobre verdade... Eu estava parecendo uma porca ruiva com cara de idiota, bem, só uma plástica resolveria, mas como não tenho dinheiro...
Balancei minha cabeça negativamente, tentando tirar os pensamentos idiotas de minha cabeça. Olhei para fora de minha janela, lá embaixo vi uma cabeleira negra. Marlene olhou para mim, com uma cara brava. Eu sorri, prendi meus lençóis – depois de muito esforço – debaixo do meu super- mega - ultra pesado guarda roupa.
Joguei a outra pondo dos lençóis para fora da janela.
- Lene – Falei em um tom que eu esperava não ser tão alto. – Pega essa ponta e amarra naquela árvore ali, mas segura lá.
- Lily, o que você vai fazer? – Ela gritou.
- Shii, fala baixo! E eu só vou conseguir sair de casa. – Eu dei de ombros.
Ela balançou a cabeça negativamente, correu para a árvore, amarrou os lençóis e fez sinal de ok.
Meu coração disparou de adrenalina, comecei a ficar nervosa. Joguei minha bolsa pela janela, peguei uma calça jeans, colocando-a ao redor da minha corda improvisada, segurei com força. Coloquei uma perna para fora, depois a outra e... Tropecei.
Mordi meu lábio para não gritar, enquanto o vento gélido batia em meu rosto. Minha mão começou a suar, segurei com força na calça.
Oh, no! Oh, no! Oh, NO! A árvore, eu vou bater na árvore! AH!
Meu corpo foi ricocheteado, batendo com força na árvore, enquanto Marlene me olhava com aquela cara de débil mental, sem entender nada.
Minha mão escorregou, me fazendo cair em cima da Lene, essa gritou.
Passei a mão em meu rosto. Graças a Morgana ele não estava sangrando.
- Lily... - Marlene falou com uma voz sufocada.
- Ah é. Desculpa Lene! – Eu comecei a me levantar.
- Não tudo bem. – Ela disse me fuzilando com os olhos e depois começou a gritar.
Me virei para ela, assustada.
- O que? O que?- Eu falei, alarmada.
- Sua blusa... Ela, ela... RASGOU!
- O quê? – Gritei. – Aonde? Aonde?
- Atrás! – Marlene gritou.
Tirei minha blusa – sim eu fiquei só de sutiã, e não eu não estou com medo de algum tarado estar me olhando pela janela de seu apartamento.
Circunstâncias extremas pedem medidas desesperadas. – Olhei-a com os olhos cheios de lagrimas, a parte de trás da blusa estava totalmente rasgada, dou dez reais – sim eu sou pobre – pra quem apostar comigo que meu sutiã fica aparecendo com esse rasgo.
Eu vesti a blusa, e dei de ombros.
Agora que se <s>fudesse</s> danasse. Porque a questão era ou eu não ia mais para a festa ou então eu ia e me divertia pra caramba, aliás, seria pior se eu estivesse seminua (y’. Eu não havia amarrado vários lençóis por nada, valew?!
- Lily, você tem quantos lençóis em casa? Pelo amor de deus, deve ser uns quinhentos pra você ter conseguido fazer com que sua corda improvisada fosse tão grande. – Ela fez uma cara estranha, esquecendo-se completamente da minha blusa.
Eu cocei minha cabeça.
- Acho que uns cem só para o meu quarto. Ah, Lene não me olha com essa cara – ela estava com uma expressão assim : O.O – você sabe muito bem como minha mãe é exagerada.
- Pior que eu realmente sei. – Marlene lembrou de algo. – Ah, sua blusa? Você vai assim mesmo, não é? – Ela perguntou, como se minha blusa não fosse importante.
Eu balancei a cabeça, afirmando.
Nós saímos do prédio, oito minutos depois – nós já estávamos chegando ao ponto de ônibus – um carro que realmente deveria estar num museu, parou ao nosso lado.
Marlene olhou para mim, com medo.
- E se for o tarado da machadinha? – Ela sussurrou.
- A gente corre! – Eu sussurrei de volta.
A janela do carro-que-deveria-estar-num-museu foi abaixada. Marlene saiu correndo antes mesmo do talvez-tarado-da-machadinha mostrar sua cara. Eu a olhei com uma cara de débil mental e depois olhei para o carro, dando de cara com ninguém menos que JAMES POTTER.
Foi ai que antes que ele pudesse falar algo, eu sai correndo. Por quê? Por quê? Bem, eu tenho medão do James, porque ele realmente tem cara de Tarado da Machadinha, aliás, se ele não fosse o tarado, então por que ele estava andando com um carro de museu com vidros escuros em um dia de sexta?
Ta, ta, eu já sei que você vai dizer “Ah, pelo simples motivo dele ser um adolescente de dezessete anos”, mas vamos abafar o caso.
Consegui alcançar a Lene, esta me olhou com uma cara de medo.
- E ai, era o Tarado da Machadinha, mesmo? Ou apenas um tarado? – Ela perguntou.
- Acho que os dois. – Eu respondi. – Na verdade era o James.
Marlene parou se supetão, me olhando com uma cara de ódio. Eu dei de ombros, o que eu podia fazer se eu realmente odeio o James, e acho que ele pode ser realmente o Tarado da Machadinha?
Lene foi andando em direção ao meio fio, eu a segui.
- Você é uma burra mesmo! Você realmente acha que ele pode ser um Tarado da Machadinha? – Ela revirou os olhos.
- Claro que sim! – Eu respondi, com raiva.
O carro-que-deveria-esta-em-um-museu foi se aproximando de nós.
- Lene, eu acho que o James não estava sozinho. – Eu comentei.
- Ah, será que ele esta com o Edgar? – Perguntou.
- Acho que não.
- Então você acha que ele esta como quem? – Ela perguntou temerosa.
- Sirius Black. – Respondi displicentemente.
Lene me olhou com aquela cara de novo. – O.O – Depois eu só pude vê-la correndo e gritando alguma coisa semelhante a “AAAAH O TARADO DA MACHADINHA”. Algumas pessoas que estavam na rua olharam-na como se ela fosse louca. Eu sorri.
James parou ao meu lado com uma expressão de raiva.
- Lily... – Ele começou a falar.
- Evans para você, Potter. – Falei friamente.
Sirius empurrou o James.
- Por que Marlene saiu correndo? – Ele perguntou, com uma cara confusa.
- E por que você saiu correndo? – James empurrou Sirius de novo.
- Ah, é que nós pensamos que vocês eram os Tarados da Machadinha. – Eu sorri para eles.
Sirius fez uma expressão bem estranha e do nada começou a gargalhar com uma risada que mais parecia um latido. Eu realmente pensei que o James também ia rir, mas ele não riu, só continuou me olhando com uma expressão de raiva. MEDÃO! Vai ver ele realmente é o tarado e esta com raiva de mim porque revelei seu segredo.
- É... – Ele começou a falar. – Com essa roupa que mais parece que você esta sem nua, eu não me surpreenderia se um tarado realmente aparecesse. – Ele falava com os dentes trincado.
Eu revirei os olhos.
- E isso não seria da sua conta, não? E em primeiro lugar isso é o que se recebe por fugir de casa. – Falei.
A expressão do James passou de raiva para duvida e depois para alivio. (?)
- Ah, então esse rasgo atrás da sua blusa não é por que você queria usar uma roupa sexy para impressionar alguém, e sim porque você fugiu de casa e algo fez sua blusa rasgar e deixar seu sutiã vermelho aparecendo? – Ele perguntou, agora com uma cara safada. – Aliás, adorei esse sutiã.
Acho que fiquei parecendo um tomate de vermelha. Para disfarça olhei para o lado e depois estirei língua para ele. Maldita hora em que minha blusa foi rasgar.
- Hey, onde esta a Lene? – Sirius perguntou.
Eu olhei para a calçada, e corri até um pequeno beco. Marlene estava lá, serrando as unhas.
- Eles já foram embora? – Ela perguntou.
Eu revirei os olhos, e puxei-a pela orelha até o carro dos meninos. Sirius começou a rir, e logo foi acompanhado por James. Marlene me olhou novamente com aquela cara de raiva.
- Sim, idiotas, aonde vocês vão? – Perguntou Marlene, bruscamente.
- Pra uma boate que abriu outro dia. – Falou o Sirius, displicentemente.
Eu e Marlene nos encaramos, desconfiadas.
- Onde fica essa boate? – Perguntei.
- Perto da casa do Edgar. – James falou sorrindo.
Balancei a cabeça com raiva.
- Idiotas. Vocês escutaram a nossa conversa hoje na sala e agora ficam nos seguindo para complicarem as nossas vidas! – Falei.
- Na verdade duas amigas nossas nos chamaram, por isso nós estamos indo. – James começou a abaixar o vidro de trás, como ele havia colocado vidro elétrico naquele carro de museu? Só deus sabe.
Quando o vidro abaixou por inteiro, eu pude ver duas garotas semi-nuas e ridiculamente bonitas, nos encarando.
Fiquei em estado de choque, aliás, quem James Potter pensava que era?
Concentrei-me em adquirir um rosto sem expressão.
- Ah, claro. – Disse Marlene, sorrindo. – Graças a Freud vocês estão saindo com essas garotas, porque isso significa que eu e a Lily poderemos ficar agarradinhas com nossos ficantes, sem vocês para nos encherem o saco. – Ela se virou para as duas garotas. – Sério, muito obrigada, por tirarem esses dois garotos chatos, idiotas, estúpidos e principalmente apaixonados por nós duas aqui, de nossos pés. E é realmente bom garotos, que vocês procurem o bagaço para se divertirem, já que não podem ter o fruto.
Eu comecei a rir, enquanto as vadias garotas nos olhavam com uma expressão de raiva.
- Não, eu realmente não tenho nada contra vocês duas. – Marlene falou para as garotas.
Sirius tinha uma expressão indignada e James uma de raiva.
Eu sorri para eles, mandando beijinhos, e então eu e Marlene fomos andando em direção ao ponto de ônibus.
- James, nós vamos dar carona pra elas, não? – Escutei o Sirius falando.
- Se elas entrarem, nós saímos. – Disse uma das garotas.
- É, e sem falar, Black, que se nós as chamarmos, com certeza elas não virão. – Respondeu o James.
Nossa, pela primeira vez na vida, James acertou em alguma coisa.
Marlene McKinnon
A multidão começou a aplaudir e gritar e claro que eu fiz o mesmo.
- Garotas, garotas, eu sei que sou gostoso, mas acalmem-se, tem The Black para todas. – Falou The Black, o amigo do Matt.
As pessoas começaram a rir.
A musica começou a tocar.
- Hoje eu irei dedicar essa musica para uma pessoa bastante importante. – Disse Matt, olhando para mim.
Eu ruborizei, e mandei um beijo para ele.
Eles começaram a tocar, as luzes apagaram e o jogo de luz foi ligado. Eu comecei a dançar, algumas pessoas olharam para mim.
A Lily estava dançando ao meu lado. Eu não fazia a mínima idéia de onde estavam Dorcas e Emmeline.
- Posso dançar com você? – Pediu um loiro, olhando para mim e segurando minha cintura.
Me afastei dele, tirando suas mãos de minha cintura.
- Desculpe, mas estou acompanhada. – Eu falei.
- Não vejo ninguém lhe acompanhando. – Falou olhando desdenhosamente para os lados.
Revirei os olhos e apontei para o palco.
- Esta vendo o vocalista? – O loiro assentiu. – Ele está me acompanhando.
- Mas ele não esta aqui agora, então não vejo problema em você dançar comigo.
- Mas eu vejo, desculpe-me, mas realmente não quero dançar com você.
Eu já estava saindo, eu realmente não queria ficar perto daquele tipo de gente. Mas meu braço foi segurado com força.
- Você vai dançar comigo, querendo ou não. – Aquele cara loiro idiota, cujo não aceita que uma garota não queira dançar com ele, falou.
- Me solta. – Eu falei, tentando empurrar aquele cara.
A Lily finalmente olhou para mim, um tanto assustada. Ela já estava vindo em minha direção quando eu escutei uma voz... Conhecida.
- Ela mandou você solta-la. É melhor você obedecê-la. – Sirius falou com uma voz autoritária de dar medo, fazendo o homem me soltar.
O loiro olhou para Sirius com medo.
- Black? Ela é sua amiga? Desculpe, eu não sabia. – O loiro que estava com medo do Sirius, falou com a voz tremula, e saiu de perto da gente.
Eu me virei para Sirius, com uma cara de duvida.
- De onde você o conhecia? – Perguntei.
Sirius estava com uma cara carrancuda, olhando para o lugar onde o homem estava antes de sair correndo. Ele olhou para mim, tirando a expressão carrancuda para adquirir uma divertida.
Eu realmente estou ficando com medo.
- Ah, de nenhum lugar, de nenhum lugar. – Ele sorriu. Aquele sorriso é de matar qualquer uma... Menos eu, claro.
Ele fez um sinal de despedida e se distanciou, sumindo na multidão.
Olhei para Lily, que me encarava com duvida.
Sirius estava escondendo alguma coisa, e com certeza eu faria de tudo para descobrir o que era.
- Lene! – Gritou Matt, se aproximando de mim.
Eu sorri pra ele.
- Matt! Vocês tocam muito bem. Olha, a boate ta cheia de gente só por culpa de vocês!
A música eletrônica estava tocando. Lily dançava com Steve. Matt segurou minha mão, me levando para um lugar mais silencioso. Por algum motivo eu senti que estava sendo observada.
Matt estava me encarando com intensidade. Sorri timidamente.
- Se lembra que eu disse que eu precisava te perguntar uma coisa? – Ele falou.
Eu o olhei curiosa, e assenti. Ele começou a ruborizar. Que gracinha. *-*
- Você sabe que nós já estamos ficando há muito tempo e eu gosto muito de você... E você disse que gosta de mim também... Então, ah, não sei, você pode não aceitar... Mas... Você quer namorar comigo? – Ele perguntou.
Ele estava tão lindo perguntando aquilo, que meu sorriso ficou bastante largo, meus olhos deve ter brilhado.
Matt estava nervoso, me encarando com seus olhos amendoados.
Eu já estava pronta para responder, quando de repente... Escutei uma gargalhada que mais lembrava um latido.
- Marlene? Namorar alguém? Faz me rir. – Sirius Black falou, enlaçando seu braço em minha cintura.
Fiquei em choque.
- Marlene não é de um homem só, como você pode ver. Ah, vocês estavam ficando? Não me diga! Então temos isso em comum. Há quanto tempo você estava com ela? Bem, deve ser mais tempo do que eu, porque eu estou com ela há uns sete dias. Ela também se queixou para você de um ficante ‘fraco’ dela que já estava com ela uns dois meses. – Sirius Black falou com a cara mais sínica do mundo.
Continuei em choque. Sem entender nada.
Só podia ser uma brincadeira do Sirius, é realmente só podia ser isso. Provavelmente ele iria desmentir tudo antes de levar um soco ou algo parecido, aliás, o Sirius é assim, um garoto que gosta de brincar, tirar uma com a cara das pessoas.
Matt adquiriu uma expressão raivosa. E antes que eu pudesse fazer algo, ele deu um soco na cara do Sirius.
Por que o Sirius não falou a verdade? Esperai, ele precisa falar a verdade. Ele tem que falar a verdade, desmentir tudo que ele disse.
- Eu não esperava isso de você, McKinnon. – Matt se virou para Sirius. - E você ai, considere-se um homem morto. – Ele falou e depois sumiu no meio da multidão.
Meus olhos se encheram de lagrimas, eu finalmente compreendi tudo. Sirius estava armando aquilo desde que ele ouviu falar sobre o show.
Olhei para ele com raiva. As lágrimas caindo descontroladamente de meu rosto.
Ele estava me encarando, sorrindo.
Meu ódio aumentou consideravelmente.
- Calma Lene. Você sabe que eu te fiz um favor. – Ele disse sinicamente.
- Black eu te odeio com todas as minhas forças. Não ouse me olhar, não ouse dirigir sua palavra a mim, você é ridículo, eu realmente te odeio! – Eu gritei, chorando.
Me aproximei dele, com raiva. Dei um tapa em seu rosto, arranhando-o logo em seguida.
Ele arregalou os olhos, mas continuou sorrindo.
Eu me afastei dele, eu precisava procurar o Matt, explicar que tudo aquilo não passou de uma armação, uma mentira do Sirius. Atravessei a multidão, procurando-o. Avistei uma mecha azul no meio da multidão. Eu me aproximei.
- The Black... – Falei, chamando a atenção do amigo de Matt. – Você viu o Matt? – Perguntei.
- Ah, ele estava um pouco bravo, acho que ele foi para lá...
- Obrigada.
Sai correndo na direção que o The Black havia falado. Avistei Lily com uma expressão de raiva, Dorcas tentava acalmá-la, o que estava acontecendo?
Ah, então se Dorcas já estava aqui, então Emme provavelmente deve estar também e como sempre ela vai me ajudar a resolver esse problema, aliás, a Emme sempre me ajuda com essas coisas.
- Dorcas, você viu a Emme? – Perguntei.
Dorcas parou de tentar acalmar a Lily e me encarou.
- Ah não Marlene, você também estava chorando? Não, eu não vi a Emme, mas por quê?
- Ah, eu preciso falar com ela.
Ela assentiu. Eu me distanciei, olhei para os lados.
Foi então que eu a vi. Mas ela não estava sozinha. Emmeline Vance estava beijando o meu futuro-ex-namorado, isso mesmo, a minha amiga estava beijando o meu quase futuro-ex-namorado, Matt.
Matt parou de beijá-la. Emmeline sorriu para ele. Mas ele não conseguiu retribuir, pois seus olhos encontraram-se com meus, que a esse momento já estavam banhados de lágrimas, novamente.
Emmeline olhou para mim, sem entender muita coisa. Engoli a seco e me aproximei deles. Matt me encarou com fúria.
- Aquele cara, que diz ter ficado comigo é Sirius Black, um garoto idiota que esta sempre tentando arruinar minha vida. Você pode não acreditar, mas eu não tive e nunca terei nada com ele. Agora percebo que nós nunca teríamos dado certo, já que você acredita na palavra de qualquer idiota antes mesmo de me escutar. – Falei, tentando controlar minhas lágrimas.
Emmeline se soltou de Matt, olhando para nós dois com os olhos arregalados. A expressão no rosto de Matt passou de raiva para culpa, ele me olhou com os olhos arregalados.
Virei-me para Emmeline.
- Obrigada por me mostrar a verdadeira amiga que você é, Vance.
Me virei em direção a saída, o que eu menos queria agora era ficar no meio daquela multidão. Senti uma mão segurando o meu pulso, olhei por cima do meu ombro.
- Matt, deixe-me ir, ok? – Falei, fazendo-o me soltar.
Corri em direção a saída.
Sai da boate. Vesti meu casaco, senti o vento gélido batendo em meu rosto.
- Marlene! – Falou Emmeline, ela estava me seguindo. – Eu não sabia que ele era...
- Deixe-me sozinha, por favor. Eu não quero falar com você nesse momento. Nem por um bom tempo, pensei.
Ao longe pude ver Sirius Black agarrando-se com uma garota em um beco escuro. Aquele egoísta, hipócrita, tudo o que havia acontecido fora culpa dele. Agora eu sabia, eu o odiava profundamente.
Emmeline Vance
Vesti uma roupa qualquer. Eu sei. Você deve estar pensando “Emmeline, aquela que sempre veste umas trezentas roupas antes de sair de casa?”, mas depois do que aconteceu na noite passada eu não estou com paciência para escolher roupas. Pode ser bem estranha escutar isso de mim, mas o que posso fazer?
Eu estou com tanta raiva! Eu não sabia que aquele era o ficante da Marlene, se eu soubesse, eu nunca haveria caído no papo dele. Certo que ele era um gato e panz... Mas mesmo assim! Eu nunca trairia uma amiga!
Mas mesmo que ela não queira falar comigo, eu irei falar com ela. E graças a Deus aquele trabalho sobre Rutherford, na casa do James, irá ajudar bastante.
Só que tipo... Nós vamos estar na casa do JAMES, ontem ele havia me dado carona em um carro de museu, então a casa dele deve ser bem pior que isso, não duvido nada se tiver paredes caídas e podres. Então vai ficar meio difícil falar com a Lene e prestar atenção nos besouros e germes ao mesmo tempo.
Coitada da senhora Potter...
- Pai! – Gritei. – Avisa pra mãe que eu sai, ok?
- Vai voltar? – Perguntou meu pai, agora prestando atenção em mim, e não no jogo que passava na TV.
-. Vou, claro. – Eu disse, revirando os olhos.
- Então pode ir.
Meu pai voltou a prestar atenção ao jogo.
Era isso que eu gostava em meu pai, ele não queria saber para onde eu ia, ou o que eu ia fazer. Ele me deixava livre para voar (?), e isso porque ele tinha o conceito de que eu tinha que aprender com minhas próprias experiências. E também que por conta do seu trabalho ele não tinha muito tempo pra querer saber a onde eu ia ou algo do tipo...
Ah, quem eu estou querendo enganar? Meu pai mal me da atenção! Eu tive uma infância só com as babás e panz. Meu pai e minha mãe nunca se importaram de verdade comigo, e eu os odeio por isso, mas odeio mais a mim própria por eu ser praticamente um clone de minha mãe ausente.
Não gosto de pensar nisso.
Meu telefone começou a tocar, enquanto eu pegava o meu carro rosa – sim eu dirijo.
- Alô? – Falei.
- Emme? Aqui é o Sirius, tem como você avisar ao pessoal no cafofo do James que eu irei chegar mais tarde?
- Claro, Six. Agora me responde por que você vai chegar mais tarde? – Manobrei o carro em direção aos portões de saída.
- Minha prima deixou a filha dela aqui, e saiu com meus pais e meus tios, daí só estou aqui com meu irmão e minha prima de segundo grau. Estou de babá. – Ele gargalhou.
- Nossa! Evoluiu em Sirius? – Eu ri. – Ta, eu aviso para eles. Beijos.
- Tchau Loira.
Desliguei o telefone.
Levei meu carro em direção ao colégio, Remus havia dito para nós nos encontramos lá para depois irmos à casa do James, pois nós não sabíamos o caminho.
Parei meu carro em frente ao colégio. Marlene, Lily, Edgar, Remus e Dorcas já estavam lá.
Desci do carro.
- Gente, nós temos dois carros, e agora só falta o Sirius, não é? - Falou Dorcas, quando eu me aproximei.
- É bom que ele tenha sido atropelado. – Resmungou Marlene.
- Sirius não importa, ele conhece o caminho. – Remus disse ates que eu pudesse falar onde o Sirius estava.
Dei de ombros.
- Então, quem vai com a Emme, no carro dela? – Perguntou o Remus.
- Eu irei no carro do Ed. – Disse Marlene.
- Eu também. – Disse Lily, olhando-me como se estivesse pedindo desculpas.
- Ta, então eu e a Dorcas vamos com a Emme. – Remus falou.
Nós nos dirigimos para nossos devidos carros.
- Ela esta realmente com raiva, Emme. – Dorcas falou para mim, quando nós entramos no carro.
- Por que ela não entende que a culpa não foi minha? – Eu perguntei, batendo minha cabeça no volante.
- Aquilo aconteceu rápido demais, deixe-a digerir tudo isso, Ok? – Pediu Dorcas.
Ah, fala serio, se o que aconteceu com a Lene tivesse acontecido comigo, eu não precisaria ‘digerir’ nada, eu simplesmente daria risada de tudo aquilo.
Mas ai eu tenho que lembrar... E se a Lene estivesse apaixonada pelo Matt? Bem, eu sei que eu não ficaria bolada como a Lene ficou porque eu não consigo – e nem quero – me apaixonar por ninguém.
O namoro mais ‘firme’ que eu tive foi com o Remus, nós tínhamos muita ‘química’ e panz, mas mesmo assim eu não consegui me apaixonar por ele e acho que foi por isso que nós acabamos. Além de nosso relacionamento ser mais de amigos do que namorados.
Mas eu sinceramente não acho que a Lene seja apaixonada por aquele garoto, tudo bem que ele beija bem e panz, pelo que eu vi ontem, se ela gostasse mesmo dele e ele dela, então ele não iria se importar que ela quisesse ir embora, ele teria ido pedir desculpas mesmo que precisasse se ajoelhar. E todos sabemos que ela parece ter uma quedinha pelo Six.
Continuei seguindo o carro do Edgar. Remus e Dorcas conversavam sobre algo que eu não fazia a mínima idéia do que era.
Ed parou em frente de uma casa com um portão enorme. Eu já estava começando a achar que ele errara o caminho, quando eu finalmente vi uma pequena casa com algumas paredes caindo. Aquela sim, devia ser a casa do James.
Desliguei o carro, e desci do mesmo. Remus e Dorcas fizeram o mesmo. Edgar estava no telefone, provavelmente avisando pro James que nós já havíamos chegado na pequena – minúscula – casa.
Lily conversava com Marlene, ambas tinham uma expressão de fúria. Fui para perto do Edgar.
- Ed, e então, ele já esta vindo? – Perguntei, enquanto ele desligava o cel.
Ele me olhou confuso, enquanto tentava por o celular em um bolso de enfeite que tinha na sua calça. ¬¬
- Quem? – Perguntou.
Eu dei um tapa na cabeça dele.
- O James, é claro!
- Ah, o James. – Ele fez uma cara pensativa.
Eu realmente odiava a mente lerda do Ed. (y)
- Sim, ele disse que já esta saindo.
Fiquei olhado pra casinha pequena, mas ninguém saiu de lá. Fiquei surpresa quando os portões de ouro – se não me engano – da mansão se abriram. Mas não fui só eu que fiquei surpresa, acho que só o Remus e o Ed não ficaram surpresos.
- Por... Por que os portões dessa mansão se abriram? E por que o James não esta saindo de dentro daquela casinha miserável? – A Lily perguntou.
Remus olhou para ela, rindo.
- O James não mora naquela casinha. Ele mora nesta casinha. – Ele apontou para a mansão.
Meu queixo caiu.
N/A – Antes de tudo, quero esclarecer que tanto o primeiro cap quanto o segundo são introdutorios para o climax da historia
Amores da minha vida! Desculpem a demora do cap... Tipo eu estava tendo varias provas e panz, e ainda ando bastante ocupada com a SACC.
Bem, mas pelo menos o cap esta aqui, demorou mais veiio :D
Pra vocês terem ideia, nem mandei esse cap pra minha beta :x, ela vai querer me matar. (Y)
Ah, sabe no cameço quando a Lil’s usou os lençois pra fugir?
Eu me inspirei na minha infancia para escrever aquela parte *-*. Onde eu morava tinha uma montanha que quando você a subia tinha uma árvore e um campo de futebol, e lá em baixo tinha um monte de árvores. Daí eu e mais dois amigos pegavamos umas cordas azuis - que na época usavam pra fazer balanços - e amarravamos a corda na árvore em cima da montanha e a outra ponta, numa árvore qualquer que tivesse lá embaixo, daí nós pegavamos nossos casacos e usavamos de apoio pra sair deslizando *-*.
Bons tempos.
Ksoaksaoskoaskaoskasoa’.
;*
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