the cliché stuff.



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Nah Black # ® Tão Clichê - You are my only one (all rights reserved.)
shortfic narrada por: Marlene McKinnon
"Então, foi isso que aconteceu. Mais ou menos."
...





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"And someway I knew,
everything was wrong without you"




Oh, God. Eu sou TÃO tapada. Por que diabos os meus pés não estão se mexendo? Tudo bem, Marlene, respira, inspira. É só o último dia na escola, sua formatura, a despedida. Só isso, oras, você não vai morrer. E nem eles. James, Lily, Alice, Emmeline, Remo, Pedro, todos eles vão continuar em Londres, como planejado. Ok, eu não disse o nome DELE. É porque eu sempre soube (embora ele tenha confirmado): Sirius Black não vai ficar em Londres. Provavelmente vai pra algum raio de cidade distante, com pessoas esquisitas e com um governo corrupto. Nada contra países com governos corruptos. Só que… eu não sei por que, só não quero pensar que ele vai estar tão longe.

Eu não gostava dele. Na boa, não desse jeito. A gente tem uma espécie de caso; caso de anos. A gente se pega direto, às escondidas, nas salas vazias, corredores escuros, e passagens secretas que nem são mais tão secretas assim (?), entre brigas idiotas, beijos ardentes e traições certas – das duas partes; é, e isso já dura uns três anos. Eu sei que a gente tem mesmo um caso porque ele não sai comigo só na escola (como faz com as suas milhaares de peguetes) – felizmente (sem maldade! :O) eu moro na casa do lado do James. E daí? Bem, James é meu primo. Sim, porque diabos uma irmã tem que morar do lado da outra? Eu não sei, as pessoas às vezes tem atitudes estranhas, mas na dúvida perguntem pra elas. Minha mãe e a mãe de James são gêmeas, fato. Quando a mãe de James mudou pra Londres, a minha só TEVE que mudar pra casa do lado. Ah, por que? Mano, sei lá! Elas quiseram! :) Mas o que isso tudo tem a ver com a história Six/caso/tapada? Bem, Sirius ‘só’ está morando na casa do Jay agora. Ele disse que ia ficar lá só até terminar os estudos – não sei porque, o idiota NEM se dedica! – e depois ia vazar. Isso mesmo, ia pra algum aeroporto idiota escolher um paísinho idiota pra curtir a sua vidinha de aventureiro idiota.

Eu nunca havia me deixado enganar por ele. Eu sempre soube que nunca daria certo. “Mas que porra é essa aqui, Marlene!?”; eu me lembro muito bem da cara do James quando me encontrou beijando Sirius no quarto dele. Era a primeira vez que a gente se beijava. O James ficou furioso; é que assim, ele era só um bebê :D um bebê lindo e cheiroso e gostoso! :D mas é claro que ele entendeu depois, que a gente se atrai. Bem, ele meio que TEVE que entender, depois que nos encontrou pela segunda vez enroscados no sofá, no maior amasso.

Eu nunca havia percebido como minhas pernas ficam bambas quando ele me abraça por trás e sussurra coisas provocantes em meu ouvido. Sim, eu sou uma tapada, já disse isso? Uma tapada das grandes, tá loco. Sirius tem uma espécie de íma. Não, não. É mais como uma sedução que corre pelas veias dele, e sai na voz, nos gestos, no cheiro, na risada de latido. Sim, ele sempre me provocou, e eu sempre o provoquei. Mas diabos, eu nunca havia percebido. E ele vai embora, amanhã, porque o idiota é retardado apressado. E eu não vou mais vê-lo, talvez nunca mais.

Mas tudo bem. Eu tenho que sair dessa fossa – e CARACA, é o último dia na escola! Hogwarts com certeza não vai ser a mesma sem mim *-* (MUAHAH) /momentotongaoff. Bem, voltando (?), como a tia Minerva vai ficar? Sem as milhares de detenções por dia. Como? Como o Pirraça vai aprender a cantar sem a gente? Diabos, como o Filch vai trabalhar? Droga, eu já voltei a pirar aqui. Melhor eu descer logo.

(Suspira, vai pra frente do espelho). Huum, ajeitei um pouco minha franja, e joguei meu cabelo castanho lisíssimo pra trás, ajeitei o decote que deixava meus peitos saltando e alisei o vestido na altura da cintura. Ok, tinha combinado. Vermelho, há. Bem sexy. Eu sei o que você está pensando, mas eu não sou uma vadia que vai à formatura com os pais e tals com um vestido hot desses. É que a formatura já acabou, agora é só a festa. Não que eu vá para as festas como uma vadia ¬¬ só que eu curti esse vestido, porra poxa. Já passa da uma da manhã, e já é a segunda vez que eu me arrumo essa noite. Perfume, aquele que eu sei que ele gosta. Droga, eu não posso viver essa noite em função de Sirius!, ok, dá uma espirrada daquele outro também, vai.

Suspira de novo, desce as escadas. Agora é a balada \o/

Lá estão eles. James está beijando Lily (oh, God, eles são tãaaaaaao fofinhos juntos!) meio separado dos outros, Emme está sentada no colo de Remo segurando o vestidinho branco pra não mostrar a calcinha pro Six, que está na frente deles, rindo de alguma coisa. Pedro está brincando com os desenhos da mesa (?). Alice com certeza deve estar com Frank se agarrando como uma enguia louca e sensual em algum lugar reservado.

Foi mais ou menos quando eu cheguei no último degrau que nossos olhos se encontraram. Azul com castanho, bem intenso, bem a cara dele. Sirius, não faz isso comigo. Eu acabei de descobrir que eu sinto alguma coisa além de tesão amizade colorida por você.

A Lily parou de beijar o James e sorriu, e meu primo olhou com uma careta pro tamanho do meu vestido, antes de eu lhe mandar um beijo. Jaay, qual é, papai não tá vendo (A).

- Curto. – foi o comentário dele, fazendo Lílian e Emme rirem.

- Ou seja, perfeito – foi o comentário do cachorro, gargalhando.

- Só se for pra outra pessoa, né, Six. – eu pisquei, sorrindo, indo pra porta/quadro – vamos logo.

Remo vaiou o Six, rindo, e eles vieram atrás de mim. Sigam-me os bons (?). No corredor, Emme veio do meu lado, e segurou o meu cotovelo. Os olhos dela estavam meio inchados.

- Eu sei – eu falei, emocionada – eu sei como é. Estou sentindo.

- Oh, Lene, isso é tão triste! – ela me abraçou.

Oh, shit. Emme? Tem mesmo que ser tão sensível?

- Mas, sabe – eu tentei consolá-la, me controlando pra não chorar, ainda no abraço, ajeitando uma mecha do louro perfeito dela atrás de sua orelha – tudo vai ficar bem, você vai ver. A gente ainda vai continuar juntas lá fora. – e sorri quenemumadébil.

Só que o sorriso escorregou devagar do meu rosto quando eu percebi a expressão do Sirius por cima do ombro dela. Sei lá, de repente ele pareceu mais maduro, com um ar mais sério, mais cansado. Mas ele não me engana, hahá.

- Aaai, gente – Lily pulou em cima da gente – parem com isso!

Nós rimos, e os meninos logo vieram também, abraçando-nos. É claro que Sirius veio me abraçar primeiro. Ele tocou no meu ombro, e eu me virei e o agarrei no abraço no mesmo instante. Ele não disse nada. Eu esperei aquele hálito quente no meu ouvido, alguma coisa que me provocasse e me fizesse responder, afiada. Mas ele apenas me abraçou por um longo tempo, e meu coração ficou desabaladamentelouco meio descompassado quando ele deixou um beijo atrás da minha orelha e me soltou. Quente. Ah, Six...

Depois, Remo me abraçou e disse que não sabia o que ele teria feito sem mim.

- Ah, na boa? – eu respondi, meio no ouvido dele – teria feito tudo.

Ele riu. EU consegui juntá-lo com a Emme, eu e a Lils. Bem, ele é gostoso muito lindo, e é tipo meio-irmão, sabe? Mas Six também era meio-irmão até o quinto ano. Então eu tento ficar um pouco afastada, por causa dos instintos animais e suas unhas afiadas ciúmes da Emme, mas eu nunca beijaria o Remo, por mais HOT que ele seja :)

Quando James me abraçou, eu chorei. Maldito, ele também chorou, e me apertou mais forte. Eu não sei por que, se nada ia acontecer: a gente ia continuar morando em Londres em apartamentos badalados perto do Ministério. Mas é que me apertou o coração; eu havia crescido com James, e ele comigo. Eu sabia de tudo que ele aprontava, e era sua confidente desde que ele descobriu as coisas mais retardadas da vida dele. E droga, eu acho que ele ainda vai se casar com a Lílian, a minha melhor amiga, e esse laço vai se afrouxar até que se perca, e...

- Hey, Lene – ele sussurrou no meu ouvido, me reconfortando – relaxa, cara. Você sempre vai ser a minha irmãzinha pirralha. – desde quando ele lia pensamentos? Duas vezes maldito.

Eu consegui soltá-lo, e olhei para cima para não borrar a maquiagem, sentindo as lágrimas correrem bem livremente pelo meu rosto. Meus olhos estavam vermelhos, e eu os abanei. Remo sorriu, e Emme se juntou a mim de novo. Ela e Lily me ajudaram, com os olhos úmidos também, e com magia, a retocar a maquiagem rapidinho, e nós finalmente sem mais nenhuma putaria fomos para o salão principal.

Aaaaaaaaaaaaaaaaah, FESTA! Na boa, a nossa formatura vai ser a melhor ever. Primeiro, que o Dj ta tirando todo mundo das mesas, e a pista tá [ironia] só lotada [/ironia] de alunos e alguns parentes mais hots que ficaram pra festa, e segundo que as luzes estão piscando muito psicodelicamente (?), de todas as cores, e tem uma fumacinha bem massa no ar :D tuntz, tuntz.

O meu corpo começou a relaxar, e entrou no ritmo da música quando a gente tava na metade do caminho pra pista. Lily e Emme vieram dançar comigo, e os meninos se misturaram no povo. Eu nem sei quantas músicas a gente dançou, só sei que Alice largou o chiclete do Frank e foi dançar com a gente, e foi MUITO divertido. /não tipo, dãdãdã, eu tô feliz. Cara, divertido :D A melhor festa de Hogwarts, mesmo.

Alice estava com uma baita aliançona de ouro no dedo de compromisso (?) da mão direita. NOIVA. Eu comecei a gritar quando percebi, e Lil e Em logo viram também, e nós ficamos feito loucas gritando. Algumas pessoas nos olharam com uma cara de “Fujam, frangas loucas”, mas a gente nem ligou. Alice gargalhou até chorar, e contou como Frank havia sido romântico, levando-a para os jardins naquele puta frio, e fazendo o pedido. Oh, God. Só agora eu percebi. Alice, Lílian. Elas iam se casar, cara. Lílian não era certeza, mas do jeito que James estava apaixonado por ela e do jeito que a Dona Jota escreveu a história, eles iam sim; ou até que eu organizasse um casamento sem a autorização deles, mas isso é outra história. E Emme estava namorando com Remo há algumas semanas; preciso repetir o quanto eles combinavam? Mas que droga. Eu sou mesmo uma encalhada.

De repente, me deu aquele maldito frio na barriga, e eu parei de dançar, pensando naquilo pensativa (?). Elas tinham quem ficasse com elas, e apoiassem, e a amassem do jeito que elas eram. Elas tinham encontrado um cara legal /coringaon. / MUAHAHAHA. Eu to me sentindo como a garota daquele filme besta, “Nunca fui beijada”, ou coisa assim... mas ah, acreditem, eu fui (66)’ demais ;D MUAHAHAHA que coisa tosca ¬¬. Oh, Gosh, quanta seriedade! MUAHAHAHHAHAHAHA LET’S PUT A SMILE ON YOUR FACE? /coringaoff./. Mas que droga, e o meu cara legal?

Outro frio na barriga. Mas agora é a mão quente de Sirius na minha cintura, e o nariz dele no meu cabelo, procurando meu pescoço. Ah... (suspiro) droga, Sirius, cuidado com as minhas pernas.

- Demorei pra te achar, princesa – ele murmurou no meu ouvido.

- Você nem estava procurando, canalha – eu ri, dançando no ritmo que ele me levava, em uma erótica estranha dança de abraçados por trás (?).

- Não faz assim... – Sirius mordeu meu pescoço, e eu me arrepiei – você é a única da minha vida.

Eu ri. Gargalhei mesmo, sem dó. Eu sei, a carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança dele foi a mais fofa ever. Mas que droga¹²³. Quando eu me virei, ele sorriu, ainda com as mãos entrelaçando a minha cintura:

- Eu sei que você não acredita, mas é sério.

- Você tem que brincar menos com essas coisas, Six, elas podem machucar.

Da onde eu tirei aquilo? Sabe-se lá Merlin! Aquela merda saiu da minha boca e eu vi ele hesitar, pensando no que eu havia dito. Hora perfeita pra tirar as mãozinhas grandes e quentes, as malditas dele da minha cintura, dar as costas e não ter que responder mais nada.

Eu vi Pedro conversando com uma guria da Sonserina, e quase voei lá pra salvá-lo, mas ele parecia à vontade, então nada de salvar Pedros hoje (?). Bem, eu desviei de todo mundo, abraçando um ou outro no caminho, gente que eu tinha certeza que não ia mais ver. Gente que eu via todo santo dia, que copiava tarefa, que pagava detenção comigo. Gente até que dormia no mesmo quarto que eu, e tacava o chinelo na minha cara quando eu tava atrasada. Tudo bem, acho que desses eu não vou sentir muita falta x)

- Que inferno – eu xinguei baixinho pra mim mesma quando saí pela portona principal.

Tinha uns casaisinhos se agarrando pelos corredores, umas gurias chorando ali, outros brigando aqui. Bem, eu nem sabia pra onde queria ir, só que tinha que sair dali. Andei até o pátio abraçando meus próprios braços, tentando me aquecer. Fui sozinha até uma parte meio elevada na encosta do morro (?), tipo uma sacada de pedra que tem, sabe? A gente costumava ficar ali às vezes, eu e as meninas, quando James e os outros insistiam em voar de lá de cima, como uma queda na vassoura. Uma vez, eu fui com Sirius, e ele me levou por toda a extensão da escola, até um pouco na floresta. É claro que a gente pegou detenção, e se agarrou na detenção, e pegou outra. Mas isso não vem ao caso.

O que vem ao caso é que eu não vou mais ver ele amanhã, e ficar pensando nisso freneticamente me assusta. Ainda mais que tá de madrugada, um puta frio aqui fora, e tá escuro pra caramba.

- Eu não entendi, Lê. – era ele, bem atrás de mim, tocando meu cabelo – o que você quis dizer?

- Retardado – eu murmurei baixinho depois que me assustei.

Eu podia ver todo aquele abismo até o lago. Me imaginei em um mergulho até as profundezas. Um arrepio.

- Oi? Não ouvi a sua resposta – ele tornou a dizer, indo para o meu lado, deixando o braço colado ao meu, só pra ficar bem perto. O vento frio fez ele ficar com as bochechas coradas, e eu me demorei nelas um pouco aaaaai que coisa linda, deixa eu morder(6.

- O que você perguntou mesmo?

- O que você quis dizer com “você tem que brincar menos com isso”?

- Essa coisas.

- Hãn?

- Eu disse “essas coisas”, não “isso”.

- Ah, Lene... – ele suspirou – pára de correr da pergunta.

- Você sabe o que eu quis dizer, Six.

Eu observei enquanto ele se aproximou e colocou uma mão na minha cintura, e outra no meu rosto, acariciando minha bochecha. Minha mão instintivamente foi para a sua barriga ohgosh,quetanquinhoéessehahahaha.

- Nada mais vai ser como antes, não é?

- Nada. – eu consegui sussurrar – agora você está entendendo.

Ele segurou o meu rosto com uma mão, como se fosse me beijar, e pela primeira vez Sirius Black hesitou em beijar uma garota.

- Seus olhos – ele falou, estreitando os próprios olhos um pouco – estão tão tristes hoje, Lene. Eu não gosto de te ver assim.

Eu ri baixinho. “Como um espelho”, era o que minha mãe dizia, “eu sei que você está escondendo alguma coisa, Marlene, seus olhos são o espelho da sua alma”, sim, ela é bem profunda. Mas que diabos, EU ESTOU MESMO TRISTE. E é por causa dele, e por causa de mim mesma.

- Eu só estou... droga, isso é difícil. – e meus olhos se encheram de lágrimas, e Sirius me abraçou, beijando minha testa antes.

- Eu sei como é.

- Ah, Six, você não tem idéia.

- Fala, Mah – só ele me chamava assim – eu sei que você tem algo a me dizer.

- É coisa besta – eu disse, ainda com o rosto afundado em seu pescoço e o seu cheiro MARA doce me embriagou completamente – de verdade, é toda essa coisa de último dia e tal.

- Eu estou me sentindo tão mal, também – ele revelou no meu ouvido, num sussurro com sua voz de veludo – você não faz idéia de como é deixar tudo pra trás, Marlene.

Tá, eu tenho que admitir. A parte do “tudo pra trás” foi bem demais pra mim. Eu solucei, e me agarrei à ele como uma criança que perdeu um brinquedo. Mas que droga²³³, eu não queria que ele fosse. Ele tinha que saber. Que porra! é essa que eu estou sentindo? Meu coração está apertado, como se estivesse encolhendo. Está doendo tanto! Oh, God. Agora eu sei. Sim, aquilo que eu ignorei esses anos todos. As pernas bambas.

Eu estou apaixonada por Sirius.

Sabe-se lá há quanto tempo? E eu só consigo chorar, e me agarrar ainda mais a ele. Eu devo mesmo ser uma idiota infantil. Mas o que eu posso fazer? Ele vai embora.

- Lene... – ele afagou meus cabelos, com a voz um pouco embargada, como se segurasse as emoções – por favor, não fica assim.

- Você queria que eu ficasse feliz, certo? Que eu estivesse rindo à toa? – eu me afastei dele, devagar, sem sair dos braços dele e nem tirar meu corpo colado ao dele nem um centímetro, e encontrei seus olhos apreensivos.

- Não, eu não queria.

Os meus soluços foram parando devagar. Eu encontrei a segurança que estava precisando nos olhos dele. A minha base, cara. Aqueles malditos olhos azuis, cheios de nuances cinzas, insinuando seu temperamento instável.

- Eu vou sentir sua falta, Sirius – eu disse, sem raciocinar direito com os olhos dele sobre mim – vou sentir muita.

Ele segurou o meu queixo, e dessa vez foi sem hesitar. Inclinou a cabeça na minha direção e eu fechei os olhos, correspondendo o beijo doce que ele me deu. Devagar e doce. A maciez perfeita. O toque quente. Ele me puxou mais contra ele, nossos corpos estavam mais colados do que nunca – eu já não sentia frio algum. Aquele beijo durou um tempo curto demais, mas marcante demais. Eu não tinha certeza se era o que eu precisava: um beijo de despedida. Algo pra ficar remoendo nas próximas semanas.

Sirius continuou com os olhos fechados quando se afastou, colando as nossas testas. Eu fiquei tentando [como uma idiota tapada, já disse isso hoje? Ok, se não, eu sou uma idiota tapada (y)] imaginar o que ele estava pensando; mas é claro que eu não sabia bulhufasdovôkico(?) de nada. Nem passou pela minha cabeça que ele ia abrir aqueles grandes olhos azuis brilhantes, me hipnotizando, e dizer bem claramente:

- Eu te amo, Lene.

Eu estanquei. Ok, Sirius vivia dizendo que me amava. Mas dessa vez foi beem diferente. E não é porque eu descobri que sou uma louca apaixonada por ele, não – é bem porque ele está olhando bem dentro dos meus olhos, a um centímetro do meu rosto, sincero. Se tem uma coisa que esse garoto preza, é a sinceridade. Eu sei disso. Ah, QUE MERDA EU ESTOU PENSANDO? EU AMO ELE TAMBÉM!

Eu comecei a rir. SIM, RIR. Uma energia bem louca passou pelo meu corpo, me deixando mais hiperativa que o normal, e eu joguei os braços pelo pescoço dele. Porque diabos eu estava preocupada? SIRIUS ME AMA!

- Eu te amo também, Six – eu sussurrei, sorrindo torto pra expressão confusa dele.

Sirius abriu um de seus melhores sorrisos eu-sou-gostoso-beijo-bem-e-meus-dentes-são-brancos-e-perfeitos-vem-me-pegar-gatinha ;D e eu suspirei. Afinal, este sorriso é meu agora.

- Cara, isso é tão estranho – ele falou. Sirius nunca foi muito jeitoso pra colocar em fala seus pensamentos –-‘ só quando ele me disse que me amava :D – eu nunca amei ninguém, só meus amigos mas você sabe que isso é totalmente diferente, eu falo, uma garota. Eu nunca tinha gostado de uma garota desse jeito, Mah, você é a primeira. Eu tinha que te contar antes de ir embora e te perder de verdade.

- Eu sei – eu comecei a falar, estreitando os olhos um pouco – é estranho pra mim também, eu nunca tinha pensado que um dia eu sentiria algo assim por você... quer dizer, com o nosso hístórico, isso é bem... dubitável. É como se fosse proibido... - ah, como se eu não soubesse que era do proibido mesmo que ele gostava.

- Eu achava que você me pegava pra provocar o James. – ele deu aquela risada de cachorro, baixinha, perto do meu ouvido; preciso falar que eu me derreti? *-* - no começo, mas depois, quando a coisa começou a esquentar mais e mais eu me toquei, cara. Demorou pra me tocar, por causa daquele lance de nunca ter amado ninguém... mas você é mesmo a única garota da minha vida.

Ok. Eu estava tão acostumada quando ele dizia aquilo brincando, me dando mordidas ou puxando meu cabelo, que foi... estranho. Mas que droga, tudo está estranho ;# mas quer saber? Eu tô amando essa estranheza.

- Ah, Six, você é tão cachorro!

Ele riu, alto, e me inclinou para trás de supetão. Desgraçado, eu me desequilibrei de verdade e quase que nós dois caímos na porra do chão, mas ainda bem que ele tem braços fortes *-* e mãos grandes *-* e corpo quente (6. E agora está me olhando daquele jeito que ele faz pra me provocar, sexy, mordendo os lábios com um sorriso torto.

- Cachorro, eh? – ele sussurrou bem perto da minha boca, e colou seus lábios nos meus para continuar: – eu sei que é disso que você gosta.

Uh-lá-lá.

- Muito cachorro – eu respondi – mas sim, é disso que eu gosto.

Sirius não esperou um segundo, e me puxou pra cima e me beijou; e sei lá, meio que me transportou pra outro planeta. Eu mergulhei naquele beijo no mesmo instante, correspondendo aos toques quentes e à ousadia que me fazia suspirar. A mão dele estava apertando as minhas costas com desejo, e a outra, mais abaixo, na base da minha cintura quase escorregando pra baixo (6, por cima do vestido, me mantinha bem colada à ele. E quer saber? Eu podia desaparecer, ou fagocitar (?). Aquele beijo me levava aos céus.

Eu escorreguei entre os seus braços depois que ele me soltou, e ele me seguiu até a cerquinha de segurança (?) de pedra, ta ligado? Que ficava bem na beira do abismo. Não sei como a gente tinha se afastado tanto. Ele colocou as mãos na cerquinha, me prendendo pelo corpo dele. Sirius Black é um idiota completo. Ele mal imagina como as minhas pernas ficam fracas quando ele faz isso (tudo bem que eu descobri há pouco tempo também, mas merda, ele devia saber): agora, ele está cheirando os meus cabelos, e mordeu a minha orelha.

- O que vai acontecer, agora? – eu perguntei. É claro que eu tinha que fazer a maldita da pergunta que tava latejando na minha mente!

- Oras, que pergunta idiota – ele ralhou – você vai comigo pro mundo, Marlene.

- Não mesmo – eu respondi imediatamente, e sem pensar.

Mas sinceramente? Nada era mais atrativo. Leia-se: ficar em um apartamento fazendo curso de auror a maior parte do tempo quase sem tempo pra curtir? E ainda mais SEM o Sirius pra me tirar da fossa?

- Não mesmo? – ele perguntou, sorrindo, percebendo a minha hesitação.

- Minha mãe vai te matar. – eu murmurei – pra onde você quer ir?

- Eu estava pensando nos Estados Unidos, primeiro – ele contou com uma voz sonhadora, por cima do meu ombro – Vegas. New York. Curtir mesmo, sabe.

- Hmmm, sei.

- Não vai ter graça se você não for.

- Vai ter graça pras dançarinas nas boates dos cassinos, Six.

- Não vai ter graça nenhuma pra mim.

- Duvido.

- Ok, vai ter um pouquinho. Mas bem pouquinho, poxa. – ele completou quando eu dei uma cotovelada fraca nas suas costelas.

- E depois?

- Depois? Huum, voltar. Com outro nome, outros sonhos.

- Voltar pra Inglaterra? – eu perguntei, sem acreditar – sério?

- Depois de alguns anos, sim. Não vou agüentar não ver todo mundo, Lene...

- Todo mundo. Certo.

- Você vai comigo, pequena, esqueceu? – ele beijou minha bochecha, rindo.

Vou? – eu perguntei pra mim mesma. Diabos. Sirius e seus sonhos. Rodar o mundo, esquecer de tudo e de todos. Eu tinha que entender, a família dele não dava apoio ou amor nenhum. Mas EU tinha meus pais, e era louca por eles. Beeem frangona mimada mesmo, coisa de filha-única! Não quero nem pensar na minha mãe sem mim. Mas que droga³³³. E quanto aos meus sonhos? Eu tinha que seguir a minha vida agora. De qualquer jeito eu me separaria de meus pais. :’) E dar a volta ao mundo...

- Ok. – eu concluí, me virando para olhar para ele, só pra ter certeza se era mesmo o que ele queria.

- Ok?! – ele arregalou os olhos, feliz e surpreso. “Como um espelho, Lene”, a voz de minha mãe ecoou pela minha cabeça.

Foi aí que eu entendi tudo. Eu e Sirius éramos uma espécie de almas gêmeas. Eu sei, isso soou TÃO PAIA MEU MERLIN!! tipo, feitos um pro outro mesmo. Eu soube, de alguma maneira, que os braços dele se encaixavam perfeitamente em torno de mim porque havia sido feito para que fosse assim; eu entendi porque diabos a gente era tão inconseqüente e mesmo assim acabava voltando um pros braços do outro. E agora que tudo estava dito e feito, nada poderia nos separar. Eu disse nada.


(...)



Bocejei, arrastando meus pés vestidos de meias grossas pelo chão de madeira, ouvindo a casa toda ranger. Fui até a janela, só pra me certificar que sim, a maldita chuva estava piorando e o céu parecia desabar lá fora, cheio de riscos (?) de relâmpagos e barulhos de trovões. Eu estava com um moletom enorme do Sirius, cinza, e uma xícara grande de chocolate quente nas mãos.

“Escócia”, os olhos dele brilharam quando eu disse “dizem que é um lugar bonito, e não é longe da Inglaterra”. Sim, nós já fomos dar a volta ao mundo. A melhor experiência de toda a minha vida. Agora, estávamos morando juntos neste país acima do nosso de verdade (?), em uma casinha de madeira bem isolada do mundo, num vale verde. Parecíamos dois velhos aposentados, mas fuja louco. Isso é BEM provisório, mas caraca, é TÃÃÃÃO romântico *-*

Um trovão me fez saltar. Eu voltei para o sofá fofo, na frente da lareira, e virei a xícara nos meus lábios. Quente, desceu pela minha garganta. “Eu gosto do inverno, princesa” Sirius me disse certa vez “porque você me esquenta muito bem”. Ri baixinho.

- Heei, autista – ele gritou pra mim da cozinha – vem aqui comigo, droga.

Eu ri mais ainda, e saltei do sofá. Ele estava debruçado no fogão, fazendo a janta.

- Quer alguma ajuda? – eu perguntei, chegando perto.

O cheiro estava bom. Eu estava perguntando só pra me certificar, o maldito sabia cozinhar melhor que eu –-‘

- Nem pensar – ele falou – quero que você fique aqui comigo, amor!

Eu o abracei por trás e dei uma mordida em seu pescoço, me aninhando em suas costas. Tão quentinho :*

- Eu liguei pra Lily ontem – contei, brincando com a gola do suéter dele – ela me disse que se não chegarmos amanhã à tarde vamos nos ferrar.

- Ook, Mah, o Harry pode esperar. Já fomos pra Londres não faz nem dois meses.

- Não pode, Six! – eu ralhei – Harry não vai esperar nada. Ele é nosso afilhado, não é fofo?

- Oh, querida... – ele suspirou, mexendo na comida que borbulhava em uma panela no fogão – você vai querer voltar pra Londres.

- Só por uns tempos – eu sorri abertamente, beijando seu pescoço.

- Um mês é o meu tempo máximo.

- Um mês, sim, senhor. – brinquei idiotamente – por isso que eu te amo!

Ele desligou o fogão de repente, e de uma vez virou-se e me agarrou. Maldito. Agarrou minha cintura e me empurrou com rapidez para o balcão que tinha no meio da cozinha, me pressionando contra o seu corpo com força e afastando com o braço as coisas que estavam lá em cima e derrubando quase tudo no chão pra me sentar lá em cima. Eu ri, sentindo as mãos quentes dele pelo meu corpo, entrando pelo moletom, me esquentando também. Hot (6). Meu Sirius Black, me deixa louca.

- Você anda muito brincalhoninha pro meu gosto – ele murmurou, me provocando.

- Que vocabuláriozinho vagabundo, hein, Six.

- Eu vou te ensinar um vocabulário bem sujo, Marlene – e inclinou-se para beijar o meu pescoço.

Ui. Quando ele me chama de Marlene desse jeito firme e provocante e decidido e sexy, que só ele consegue, eu piro. Eu piro mesmo. Sentindo os beijos dele subirem para a minha orelha, eu entrelacei as pernas em seu corpo, colando-o ao meu por completo, e fui enfiando as mãos por dentro do suéter dele também, erguendo-o e arrancando por cima da sua cabeça. Oh, god. Podem passar mil anos e ele não vai perder esse físico maravilhoso que me deixa louca demais.

- Quer um pedaço? – ele perguntou, sexy, com os olhos faiscando, percebendo meu olhar em seu corpo.

- Porque não tudo?

Um trovão soou lá longe, e nós nos esquecemos do resto do mundo e até da maldita chuva.

E bem, foi isso que aconteceu. Mais ou menos. :)





n.a: maldito f&b. hahaha ah, brincadeira, sem rancor, mas é que esses dias eu tava relendo aqui (siim, eu releio minhas próprias fics ;B) e percebi que tinha SIMPLESMENTE SUMIDO metade. --' ah, fiquei meio revoltada, e rezando pra achar ela no pc e voalá! aqui está ela! :D
besos ;*

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