O jogo contra a Sonserina



 N/A: Oi queridos amiguinhos!  Eu acho que o capítulo passado foi demais para alguns, porque eu recebi uns seis ou sete e-mails de pessoas histéricas que estavam irritadas porque o James não fica com a Ivonne. Tem duas coisas que eu queria dizer. Primeira: é a vida! Às vezes a gente tem uma paixonite puramente física, às vezes a gente gosta de uma pessoa, e eventualmente acaba superando. A Ivonne não vai se livrar assim tão fácil das desvencilhadas Jenthro quanto das cantadas do James, e eu honestamente não sei o que vai acontecer, então eu vou inventando à medida que vou escrevendo, mas posso-lhes dizer o seguinte: o que vocês querem (e esperam) não vai acontecer. Segunda coisa: Agradeço os e-mails que me mandaram, mas tentem falar em língua de gente, eu não sei o que "ftiunh" significa!


 


 


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Depois de eu ter conhecido a família do Scorpius, e meu pai ter dado boas-vindas ao Scorp à nossa família, não tinha nada que me abalasse. Tudo estava perfeito. Sério. Sem exceções.


É claro que não ia durar para sempre, mas pelo menos durou mais uma semana.


Eu e Scorpius estávamos cada vez melhores, assim como Claire e Hector.


O resto estava uma droga, vou te dizer!


Hugo cometeu o erro de dizer que ele e a Anne só estavam 'se divertindo' e que ele não via necessidade de alianças ou compromissos para 'diversão', o que a fez ficar muito chateada, e pra melhorar, depois disso ele ainda disse "vai dizer que não está com outras pessoas também ." Ela pirou com esse 'também'.


Eles terminaram, mas o Hugo está pedindo ajuda para reconquistá-la, então acho que eles vão ficar bem.


Melanie e Jason: Ah, esses dois! Eles são pessoas complexas, então eu só vou explicar as razões principais deles terem brigado.


Melanie: é tão ciumenta que quando uma menina do primeiro ano vai perguntar para ele onde é a sala de feitiços, ela grita para ela sair de perto do namorado dela. Quando a menina retruca, dizendo que só está pedindo direções ela grita mais alto ainda para ela pedir para outra pessoa. Sim, isso aconteceu.


Jason: é mulherengo até quando namora. Às terças a Grifinória tinha História da Magia com a Corvinal, e como a Mel e eu éramos sempre as últimas a sair, ele ficava nos esperando no lado de fora da sala. O passatempo dele? Cantar as meninas que passavam antes da gente.


Eu sempre soube que ele faria m*rda algum dia.


Eu não sei se ele está fazendo alguma coisa para se redimir com a Mel (eu admito que ela também foi criancinha, mas ele foi o maior idiota de todos os tempos) mas eu só sei que, mesmo a Melanie ter brigado com o cara que ela gosta há quatro anos, ela está muito bem.


Aí só nos sobra o outro casal.  Por alguma razão, Jenthro não gostava de ficar perto da Ivonne em lugares públicos. Na verdade ele não gostava de ficar perto dela em um cômodo com outras pessoas além da nossa turminha de sempre.


Mas aí vem a surpresa: nem era a Iva que ficava p*ta com isso. Era o James. Leiam só um trecho da nossa conversa de ontem:


###FLASHBACK DE QUARTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO, 14:26, DURANTE O INTERVALO###


"É como se ele não quisesse ser visto com ela! Ele age como se tivesse algo de errado com ela! Como se ser bonita, inteligente, engraçada, divertida, simpática e demais para ele não fosse o suficiente! Ele é um idiota, eu sempre disse que ele não prestava, Rose!" James exclamava enquanto andava de um lado para o outro na minha frente. Eu, encostada na figueira enorme do jardim sul, olhava o lago, desinteressada na conversa dele.


"O lago está bonito hoje. Seria um bom dia para nadar. Ou jogar quadribol." Foi aí que me ocorreu. "Caramba, o primeiro jogo é em uma semana!"


"Valeu." Ele se sentou ao meu lado.


"Você sabe que eu te escuto primo, mas às vezes você tem que relaxar. Pense assim: quanto mais eles brigarem, mais chance você tem com ela." Eu tentei animá-lo, mas ele suspirou.


"Você não entende." Ele sentou levantando o joelho, e apoiando o braço no mesmo e olhando para as mãos. "Ela não quer saber de mim." Eu inclinei a cabeça e ele sorriu desanimado. "O jeito que ela fala dele para mim enquanto estamos preparando poções, o jeito que ela olha para ele depois de um dia inteiro de aulas exaustivas e deprimentes, o jeito que ela parece desapontada quando ele diz que 'tem que ir' ou que ' vai conversar com os amigos dele' e não volta." Ele levantou o olhar para o lago cinzento, mas incrivelmente verde hoje. "Ela está se apaixonando por ele."


"E você por ela." Ele voltou o olhar para as mãos. "Você já viu SkyHigh, super escola de herois?" ele me olhou com cara de quem olha para alguém vestido de Garibaldo* no meio da avenida. * (O Garibaldo da Vila Sésamo)


"Como?" eu o olhei, pedindo que simplesmente respondesse. "Não."


"O cara do mal trabalha num restaurante chinês. Ele dá um biscoito da sorte para a garota. A mensagem no biscoito da sorte é 'manter um verdadeiro amor escondido é o caminho mais rápido para a tristeza'." Ele assentiu. "E eu acho que ele está certo."


"Bem, eu acho que isso é o que eles chamam de carma." Ele se levantou e saiu.


E eu voltei minha atenção para as águas verdes do precioso Lago Negro.


Será que dá para nadar?


###########################FIM DO FLASHBACK##########################


Er... Esse foi um pensamento meio egoísta, mas eu não vou ficar me torturando com os problemas dos outros.


Anyway, esqueçam que eu disse isso.


Essas coisas de Ivonne/Jenthro/InLove realmente estavam distraindo o James, porque ela me acompanhava todos os dias nos treinos de quadribol e ele estava jogando tão mal quanto na final da Copa das Casas. Talvez até mais. Aí o Oliver ficou preocupado e resolveu trocar ele pela Ivonne, mas ele vai ficar no banco de reservas.


Também tem a crise dos pais do Scorp. A mãe dele estava com câncer(?) e eles estavam fazendo tratamento com células tronco em Paris.


Eu mandava flores para ela todo o dia, e a cada dia ela gostava mais de mim.


Scorpius, por outro lado, estava bem abalado. Se não fosse eu o distrair, ele ficaria tentando fugir da escola para ir ver a mãe dele. Ele tomou um calmante para o jogo e agora ele deveria estar melhor.


Minha vida estava uma bagunça. Mas era uma bagunça boa. Como a Tyra Banks diz: Humano é lindo. Perfeito é chato.


Minha vida estava tão humana quanto o possível, e eu estava adorando.


E eu tive tempo para tanta reflexão por que eu estou no vestiário da Grifinória, com a Ivonne cantarolando Happy, da Leona Lewis ao meu lado. Essa música, particularmente, era muito calmante e a Ivonne canta muito bem.


"Canta mais alto." eu disse, sem tirar os olhos da porta.


"Ai, desculpa Rose." ela achou que era sarcasmo.


"Não. É sério. Eu gosto de ouvir música. Me acalma. Essa música é fofinha, e sua voz fica bonita. Pode cantar mais alto." eu disse, ainda olhando os entalhos Barroquinos na porta de aveleiro.


Ela sorriu e começou a cantar desde o início.


"Ah, James, aí está você!" Oliver sorriu aliviado ao ver que o Jamie ainda não tinha se matado. "Cara, você está legal?"


Ele sorriu. "Tô sim, mano. Desculpa aí, por ter perdido a cabeça nos treinos."


"Nem esquenta." Oliver apontou a Ivonne. "Ela é tão boa quanto você, cara. Mas você ainda faz falta."


Ele sorriu para a Ivonne. "Não deixa eles ganharem."


Ela se levantou. "Nunca."


Ele sorriu e entregou um frasquinho com uma poção verde-limão. "É bom beber isso."


"O que é?"


"Para tontura." Ela o olhou. "Jogar com a Sonserina não é um treino. Eles são agressivos e intensos. O Denner vai ficar de olho em você. Ele é o batedor e é o que 'tomava conta de mim' quando eu jogava, agora com certeza ele vai tentar te nocautear o quanto antes. Se você não tomar isso, a pressão do ar mais as possíveis batidas em aros, balaços e outros jogadores pode e vai fazer você desmaiar, então toma." Ele deu o frasco para ela.


Ela sorriu, envergonhada. "Obrigada."


"De nada , italiana." Ele bagunçou o cabelo dela e se virou para mim. "Roselina, faça uns gols por mim, sim?"


"Claro." Eu sorri.


"Ah, James!" Oliver chamou-o. "Você não viu a Heidi? Era para ela estar aqui há vinte minutos."


"Sim. Ela estava na ala hospitalar. Aparentemente ela entrou em uma briga com uma ex-namorada do Oscar e as duas estão mal. Eu vim avisar."


Parecia que Oliver ia ter uma síncope. Ele ficou todo duro, a mão dele se transformou em um punho e ele cerrou os dentes.


"Cara, calma." James riu da reação dele. "Se quiser eu posso jogar." Ele disse, descontraído.


"Há! James Potter, você salvou a Grifinória! Você tem exatamente treze minutos para se trocar. Vaaaii!!" Oliver gritou, eufórico.


Dados seis minutos, todos estávamos prontos, esperando para entrarmos em campo.


"E agora," ouvimos o locutor anunciar. "vamos dar as boas-vindas para o time da Grifinória!" ouvimos aplausos e gritos. "Goleiro: Gregor; Artilheiros: Weasley, Stevens, e substituindo Allen, Potter!" a multidão simplesmente ficou louca e eu pude ouvir James rir. "Apanhadora: Bac-- Bac... Ba...qui, ãh! Baquiari!" alguns riram do atrapalhamento do locutor. "Batedores: O'Malley e Weasley."


"E representando o time da Sonserina. Goleiro: Bone; Artilheiros: Carmichael, Schneider e Keppler; Apanhador: Malfoy; Batedores: Denner e Petri!"


Devo admitir que fiquei meio ciumenta quando as meninas gritaram eufóricas ao som do nome do apanhador sonserino, mas logo o jogo começou e eu fiz seis gols seguidos. LOL!!


"Weasley é estréia no time leonino, mas já se provou melhor do que muitos veteranos! Sério, Sonserina, CADÊ A OFENSIVA?" a arquibancada verde urrou e vaiou ao comentário do locutor.


Cada passe que Allison não conseguia interceptar sobrava para o Oliver, que acabou sofrendo cinco gols, mas fazendo defesas espetaculares.


James e Allison estavam marcados, não tinha ninguém para quem eu pudesse passar, e para piorar, tinha um balaço e o time adversário inteiro vindo para cima de mim. Sem pensar duas vezes, mergulhei até chegar a alguns metros do chão, então parei e segui rente ao solo. Passei por entre as torres, e consegui despistar quase todos os artilheiros.


Depois, tentei chegar o mais perto o possível dos aros e senti alguém tocar minha vassoura. Olhei para trás e vi que o tal de Keppler estava 'escalando' a minha vassoura. Ah, eu não ia desistir da posse tão fácil assim.


Então eu fiz algo que nem se eu quisesse eu faria tão bem quanto fiz: acertei velocidade máxima, apertei a bola bem forte contra mim e comecei a voar em espiral. Sim, voar em espiral. O cara não largava da minha vassoura então eu, sem ver nada, simplesmente joguei-a para frente e fiz um gol! É sério!


"E Weasley marca!!!! Cento e trinta a cem para a Grifinória, já com vantagem para o próximo jogo contra a Corvinal, no próximo dia quin--UAU! PUXA, PARECE QUE DEPOIS DESSA, POTTER VAI DESISTIR DE JOGAR!" Ah, cara!


Eu virei para trás apenas a tempo de ver um balaço atingir James uma, duas, três vezes. Um pouco adiante, Ivonne caía da vassoura, com a perna sangrando bastante. James parecia estar resistindo com o braço apontado para Ivonne, que agora levitava graciosamente até o chão. Finalmente quando o quarto golpe atingiu James com força no peito, e Ivonne estava segura deitada no chão quente e seco, ele caiu da vassoura. Meu queixo caiu, eu tentei ir até ele antes de ele bater o chão, mas O'Malley e Hugo já tinham-no agarrado pelos braços enquanto sua cabeça balançava molemente. O juiz parou o jogo e eu fui rapidamente até onde eles estavam.


"JAMES!" Eu gritei ao sair cambaleando da vassoura. "James!" como eu imaginava, ele estava desacordado.


Eu não sabia o que fazer então dei um tapa forte na cara dele. Ele grunhiu.


"James." Repeti. "Você está bem?"


"PARECE QUE AS COISAS VÃO MAL PARA O TIME DA GRIFINÓRIA. TALVEZ A VANTAGEM NÃO DURE TANTO TEMPO ASSIM!"


"Eu vou matar esse cara." Ele disse, sentando.


"James, o que houve?" minha voz estava esganiçada e extremamente alta.


"O balaço estava indo para a Ivonne e ela não pode deixar de pegar o pomo." AH, NÃO. O DESGRAÇADO NÃO SE JOGOU NA FRENTE DE UM BALAÇO ENFEITIÇADO!


"Seu idiota, por que você fez isso?" eu me levantei.


Ele se levantou, apanhando a vassoura. "Eu não queria que ela se machucasse."


"Você não teve muito sucesso, mas ela foi levada à enfermaria." Ele tirou a areia da vassoura e então montou novamente, voando à minha volta.


"Conseguem se virar sozinhas? Eu tenho um pomo para pegar." Ele subiu com um estalo o jogo recomeçou.


Depois de seis gols da Allison, quatro meus, e doze da Sonserina, James finalmente pegou o pomo.


Final do jogo: Denner lança um último balaço em direção ao James, que tenta desviar, mas acaba caindo de costas de uma altura de oito no chão e quebrando seis costelas, quebrando coisas nas duas pernas e deslocando o braço direito. O balaço erra James, mas acerta Scorpius, que atravessa uma torre e quebra o braço direito, o esterno e sofrendo uma concussão.


Eu quase morri.


Enfim, agora estamos na ala hospitalar: os dois times, Melanie, Anne, Claire, Jenthro e umas meninas da Sonserina.


Madame Blurry se irritou com tantas pessoas ali, então mandou quase todos embora de um jeito que só eu e Jason ficássemos ali.


"Cara. O James deve gostar mesmo dela." Eu olhei para ele. "Ele se ferrou todo! Não ouviu o que a madame Blurry disse? As costelas dele estão tão quebradas e destroçadas que alguns pedaços de osso atravessaram o pulmão e vai levar umas seis semanas para ele se curar completamente." Eu ia falar, mas ele interrompeu. "Ele poderia ter se ralado menos se não tivesse quebrado duas costelas antes."


Eu arregalei os olhos. "Hã?"


"É. Dava para ver pelo jeito que ele voava. Eu até perguntei o que tinha de errado e ele disse que achava que tinha quebrado umas três costelas. Justamente aquelas que já estavam quebradas foram as que entraram no pulmão dele."


Eu olhei para o James. Holy shit.


"Ei, para de falar de mim como se eu não estivesse aqui." James grunhiu. Ele abriu os olhos e se sentou com dificuldade. "Cara," ele ofegava. "essa garota ainda me mata." Eu ri. "Como vai o Scorpius?"


Eu olhei o loiro. "Ele este dormindo agora." Ele assentiu. "Já acordou, já se encheu de analgésicos e já voltou para o país das maravilhas." Ele riu, mas agarrou o tronco.


"Ai." Ele olhou para os lados. "Epa, cadê a Ivonne?"


"Aqui." Todos nos viramos para a porta e vimos a Iva parada no batente.


Por alguns momentos tensos nós nos olhamos e em seguida eu me levantei e fui até a cama do Scorpius, no outro lado da enfermaria, e fiz questão de levar o Jason comigo.


Madame Blurry achou que um podia tentar matar o outro, por causa da rivalidade entre as casas.


Ivonne se aproximou da cama do James e sentou-se bem perto dele.


Eu e Jazz estávamos longe, mas o eco ainda chegava até nós.


"Eu..." ela começou. "Me contaram o que você fez." Ela fitou-o, provavelmente esperando uma explicação.


"No verão passado?" os dois riram, mas James com dificuldade e muita dor por conta das costelas quebradas e do pulmão perfurado.


Ela ficou séria e encarou as mãos. "Não, na quadra." Eles se encararam. "Você tirou o balaço de cima de mim e me levou até o chão. Eles não iam deixar eu cair, porque você se deu o trabalho de tentar me salvar?"


Ele pensou por um segundo. "Eles me deixaram cair." Ela levantou as sobrancelhas. "E não só hoje. Várias vezes eles já se distraíram e deixaram os jogadores caírem das vassouras. Muitos desistiram de jogar. Muitos nem iam às aulas de voo. Mas eu sabia o que eu queria. Sabia que quadribol era o que eu nasci para fazer. E se no meu primeiro jogo, no primeiro ano, alguém tivesse se dado o trabalho de ao menos tentar me ajudar a não lascar quase todo o meu crânio, eu provavelmente não teria dor de cabeça nos dias de chuva."


Ivonne riu e ele continuou. "O que eu quero dizer é que eu não quero que pense do quadribol o que uns seres equivocados pensam."


Ela sorriu e deixou umas lágrimas escaparem. "Não consigo pensar em ninguém que teria feito o mesmo." Ela fungou e o abraçou. Por uns dois segundos, James quase gritou de dor, mas depois abraçou-a de volta. "Obrigado." Ela sorriu.


"Não há de quê." James olhou as mãos dela, que estavam segurando a dele. "Cadê a sua aliança?"


Ela retirou os braços de perto dele. "Jenthro e eu terminamos." QUALÉ!!!!!!!! "Pra falar a verdade, ele terminou comigo." Ela fungou.


"Idiota." James ficou vermelho. "Onde ele está, eu vou lá quebrar a cara dele."


Ela riu, chorosa. "Não, tudo bem." Ela suspirou. "Ele ficou com ciúme de você." Ela olhou-o nos olhos. "Ele não confia em mim, então nós terminamos."


"Pra valer?" ele perguntou, com o maxilar trincado.


"Pra valer." Ela baixou a cabeça, comeu a chorar e voltou a abraçar ele, de novo, tentando disfarçar a dor.


"Quer saber?" ele soltou-a. "Ele é que está perdendo." Ela inclinou a cabeça. "Você não precisa daquele traste, e se ele não consegue te valorizar pelo que você é, então ele não é o cara certo para você."


Ela sorriu, sem graça. "O que 'sou eu'?"


Ele deu o sorriso torto dele e começou a listar. "Ah, sei lá... Inteligente, engraçada, divertida... bo... ótima jogadora.." ele ia falar bonita. Tenho certeza, mas ele parou por aí antes de falar demais.


Ela ficou sem graça de verdade. "Nossa." Ela se levantou. "Eu tenho que ir." Ela se abaixou, beijou-o no rosto e saiu, deixando James, eu e Jason boquiabertos.


"Essa" James se virou para nós. "é a primeira vez que fico feliz em estar aqui!" ele exclamou feliz.


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Mais uns dias se passaram e o tempo ia ficando cada vez mais frio. As aulas de Herbologia não eram mais tão abafadas. Eram até confortáveis, nos dias que tinha sol.


As aulas de poções sim. Estavam tão frias, que tivemos que nos transferir temporariamente para uma sala vaga no corredor do sexto andar. As masmorras estavam tão absurdamente frias que as poções não cozinhavam, e depois de quatro aulas somente de teoria, o professor Dimitri deu o braço a torcer e pediu para a Rachel, professora de Defesa Contra Arte das Trevas, Diretora da Grifinória e vice-diretora da escola para arranjar-nos uma sala vaga.


Mas eu não me importava. Sério. Quando eu ficava com frio, o Scorp me dava o casaco dele, ou me abraçava, então não tinha como ficar ruim.


A não ser, talvez, ter que ir até a cabana do Hagrid logo depois da aula de poções. Mas pensemos nisso depois, porque agora o Scorpius está vindo para cá.


"Rose." Ele corria, parecia importante. "Rosie!" eu me levantei do banco. Eu estava começando a ficar preocupada.


"Scorpius o quê--" não deu para terminar a frase porque ele me abraçou pela cintura e começou a me girar. "Ah!" ele me pegou de surpresa. E não posso dizer que foi a coisa mais discreta a fazer.


"Minha mãe!" ele parecia feliz. Muito feliz. "Mi-minha mãe! E-ela está bem, está curada!" meu queixo caiu.


"Ma-mas faz uns dez dias que ela saiu."


"Eu sei, eu sei, ma-mas eu recebi uma carta do-do meu pai. Ele disse que ela está voltando, que está bem e que..." ele parou e já não tão feliz. "E que eles querem que eu fique em casa um tempo."


Eu sorri, dando-o o apoio que ele precisava, queria e precisava.


"Isso é ótimo!" ele sorriu. "Claro. Vá. Pode ir. Fique o tempo que precisar." O sorriso dele se alargou. "Só não se esqueça de escrever."


Ele sorriu mais ainda, se possível, e me segurou pelo rosto e me beijou rapidamente. "Meu pai já está aí."


Eu me surpreendi, ainda sem tirar o sorriso do rosto. "Uau, isso é... inesperado." Massageei o meu pescoço, tensa. "Bom, até... er..." ele assentiu.


Eu o beijei, ele se despediu dos outros e saiu do Salão Principal. Quando ele saiu do meu campo de visão, eu desmanchei o sorriso e desabei no banco, apoiando meu cotovelo no joelho e coçando os olhos.


Melanie passou a mão pelo alto das minhas costas. "Ele vai voltar logo." Ela tentou me animar, mas não funcionou.


"Quer saber, esqueça." Eu me levantei e saí para caminhar.


Comecei a andar pelos corredores de pedra gélidos. No inverno, pessoas se cansam mais facilmente porque o corpo tem mais trabalho esquentando o ar, e como o meu pulmão é minúsculo, eu me canso mais rápido ainda.


Por fim, sentei-me em frente a uma tapeçaria azul com um desenho de uma árvore sem folhas e estrelas prateadas. Contei as estrelas (56), contei quantos ladrilhos tinhas mo soalho do corredor (102 e meio) aí eu comecei a ficar com dor se cabeça de contar as coisas, então cruzei as pernas na altura da cabeça e descansei-a nos joelhos.


Então eu ouvi passos pesados e abafados cada vez mais perto ao longo do corredor. Me levantei vagarosamente e vi que ao longe aparecia uma figura envolta em cabelos pretos cobertos de grisalhos carregando caixas grandes.


"Hagrid!" gritei para ele, aparentemente distraído, pois pulou quando me ouviu.


"Ah, pequena Weasley!" ele me abraçou. "Uau, você cresceu. E tem alguma coisa de diferente em você..." ele me analisou dos pés à cabeça.


Ele soltou uma exclamação ao perceber a 'coisa diferente'.


"Eu sei. Meu pai pirou quando me viu, mas depois de uns minutos ele até aprovou." Eu sorri e ele riu, balançando o tronco corpulento.


"Isso parece muito com o Rony." Meu pai não deixava ninguém (só o tio Harry) chamar ele assim.


"Por que não tem dado as aulas? Por que a Prof. Lott tem que dar as suas aulas também? Já não basta eu ter que olhar para a cara feia dela em sua própria aula!" Eu estava brincando, claro. A Srta. Lott era muito bonita, na verdade. Ela era a professora mais jovem da escola, à beira de seus vinte e seis anos. Ela tinha os cabelos muito negros e olhos verde-acinzentados. (N/A: Eu pensei na Jennifer Connelly enquanto eu descrevia ela. Link: http://www.sweetandtalented.com/images/connelly/connelly48.jpg )


 Muitos sextanistas inscreviam-se nos NIEMs de Transfiguração só para poder ter um tempo sozinhos com ela nas aulas 'particulares', achando que teriam chance de talvez sair com ela um dia desses. Mas quem acha que pode com ela está enganado.


É tão possível um aluno (ou qualquer outro ser) fazer ela se apaixonar por ele quanto é ensinar problemas de lógica para um trasgo.


O James tentou isso com ela uma vez, no passado, por isso ela me odeia tanto. Não só eu como a família toda.


Sempre soube que aquele garoto seria problema.


Hagrid riu. "Preshea nem gosta de Trato tanto assim, mas aceitou me substituir. Deus a abençoe. Um coração tão bom, mas tão conturbado." Ele balançou a cabeça e suas feições eram brutas. "Bom... Eu estive viajando. O diretor me mandou em uma tarefa especial -- e confidencial..." ele interrompeu minha frase ainda não formada quando eu abri a boca para perguntar o que era. "Aqui está o fruto do meu trabalho." Ele apontou a caixa, agora depositada no chão. "Não pode ver ainda, vai ver na próxima aula... Mas porque está aqui sozinha? Por que não está no Salão Principal tomando café?"


"A mãe do Scorpius estava doente, então ele foi visitá-la." Eu tinha razão. Parecia incrivelmente egoísta posto assim. Hagrid pareceu não entender, então eu me lembrei que ele não sabia que ele e eu namorávamos. "Ah, claro. Eu me esqueci de mencionar. Er... a gente meio que está..." ele levantou as sobrancelhas. "namorando."


Outra exclamação. "Seu pai sabe?" eu assenti. "Ele está zangado?" eu fiz que não. "Ah. Parabéns, nesse caso."


"Obrigada." Eu sorri. "Minha próxima aula é em vinte minutos, quer companhia?" perguntei enquanto ele tirava um lenço de linho e enxugava a testa, aprontando-se para levantar a caixa novamente.


"Sim, obrigada." Ele sorriu e nos dirigimos para a sala dos professores. Estávamos conversando e pondo as coisas em dia até que entramos na sala dos professores e demos de cara com Preshea Lott (sim, é o nome dela) sentava sozinha tomando uma xícara de chocolate quente lendo a sua cópia do Profeta Diário.


Ela tirou os olhos do jornal, me examinou e por um instante não mexeu um músculo.


Então, do nada, ela sorriu. "Hagrid, querido, vi que trouxe Rosalie junto." Ela largou a xícara e o jornal e recepcionou Hagrid na porta com um beijo no rosto. Por debaixo da barba densa, pude vê-lo corar.


"Er, professora." Ele cumprimentou-a, e depois tossiu sem jeito. "Aqui está o pacote." Ela olhou de relance para mim. "Não se preocupe, eu não a deixei olhar." Ele disse, tranqüilizando-a.


"Muito bem então." Ela pôs a caixa no chão e empurrou-a até a parede com a varinha. "Agora... Rosalie?


Eu respirei fundo. "Sim, professora?"


"Agora que não estamos em aula..." ela chegou mais perto. "gostei do que fez com o cabelo." Eu sorri e ela pseudo-retribuiu.


"Obrigada." Eu disse, passando a mão pelo liso escorrido. "Minha mãe fez, na verdade."


"Hm..." ouvi ela dizer. "Quem é sua mãe?" ela perguntou distraidamente enquanto pegava as folhas preparatórias da aula.


"Hermione Granger." Ela derrubou a xícara em cima do jornal que estava lendo há alguns minutos.


Ela se virou para mim. "E seu pai é Ronald Weasley, não é?" eu assenti. "Mas é claro, como não percebi antes?"


Eu não sabia se era para responder, mas o silêncio seria contrangedor demais. "É que tem muitos Weasleys em Hogwarts. Tem a Roxanne, o James, a Lily, o Alvo, o Freddy, o Hugo..." eu contei nos dedos e ela riu.


Uau. Eu deveria ser engraçada sem saber. Ninguém nunca a fez rir. Eu poderia concorrer ao Emmy com o Ryan Seacrest.


"Não é isso, é que você é a cara da sua mãe." Eu gostava quando alguém me dizia isso. Fazia com que eu me sentisse bonita.


"Vocês se conhecem?" perguntei.


"Quem me dera." Ela suspirou, dando um pequeno toque de varinha no jornal e o chocolate sumiu. "Sempre fui uma grande fã deles. E do seu tio também." Ela deu outra batidinha na xícara e a encheu novamente. "Eu tinha apenas três anos quando a guerra se iniciou, mas tenho lembranças vívidas de Comensais da Morte ateando fogo nas casas vizinhas, entrando na minha, e de Voldemort torturando e matando meus pais enquanto eu brincava de tesouro com a minha irmã debaixo da casa." Ela disse isso como se estivesse contando que brincava de tesouro enquanto os seus pais tomavam chá alegremente cantarolando musiquinhas sobre coelhinhos com os vizinhos dançando ao redor de baldes de ouro.


"A senhora é órfã?" perguntei curiosa. "E porque você não tem medo do nome dele? Se ele matou seus pais, amigos e vizinhos, você deveria temê-lo, certo?"


Ela tomou um gole do chocolate. "Sim, sou órfã. Por isso me identificava tanto com seu tio." Ela tomou outro gole. "Nunca tive medo do nome dele. Por que teria? 'O medo de um nome somente aumenta o medo da coisa em si', não é?" ela tomou mais um gole. "Errado." Ela disse, simplesmente.


"Senhora?"


"Você disse que já ele matou meus pais, amigos e vizinhos, eu deveria temê-lo, certo? Bom, na verdade era isso que eu admirava no Sr. Potter. Ele era corajoso. Irrevogavelmente corajoso. Eu já ouvi todas as histórias e aventuras dele. Provavelmente sou sua maior fã. E seus pais então? Não era o fardo deles, mas eles nem só o suportaram como ajudaram a carregá-lo."


"É verdade!" disse Hagrid, que achávamos ter ido embora. "É claro que você já ouviu a história de como os pais dela realmente ficaram juntos, não é?"


Na hora, o alarme soou oito horas. "Você não vai querer se atrasar, Rosalie."


"Sim, senhora. Quero dizer, não senhora, não quero me atrasar." E eu tive que ir para a aula de Poções naquela sala desgraçadamente gelada.


Melanie, Claire e Anne de repente pularam em cima de mim.


"Rose, onde você esteve?" Annie me perguntava calmamente enquanto as outras lutavam por um pouco de ar. Elas estão realmente fora de forma.


"Sala dos professores com a Srta. Lott." Anne arregalou os olhos. "Aparentemente ela só é uma megera em aula." Anne sorriu.


"Ai meu Deus." Claire suspirou. "Não corro tanto assim desde que persegui aquela mulher que tentou pegar meus sapatos da Mont Blanc no shopping." Ela arfou e nós rimos.


A aula de poções estava cheia. As janelas trancadas e as portas fechadas para preservar o calor.


"Muito bem classe, alguém pode me dizer o que é isso?" o Sr. Dimitri levantou uma ampola com um líquido verde. "Srta. Bacciarini?"


Ivonne (que já devia estar aqui quando chegamos) tinha levantado a mão. Parecia anormalmente pálida. "É a Poção Wiggenweld, senhor."


"Precisamente. E... esta aqui?" ele mostrou um frasco com um líquido dourado perolado.


Ela sorriu. "Felix Felicis."


"Exato. Agora você pode me dizer o que é isso?" ele levantou um frasco com uma pedra (que, só para constar, não parecia uma ´pedra) irregular dentro.


"É um bezoar, professor." Ela respondeu prontamente.


"E onde ele pode ser encontrado?" o professor queria deixar-nos intrigado com todo o questionamento.


"No estômago de uma cabra." Ivonne respondeu, começando a ficar entediada.


"Perfeito. A nossa colega aqui que acabou de nomear os exemplos certamente sabe suas propriedades." Ela assentiu. "Muito bem. Importa-se?"


Ela olhou para os lados. "Claro que não. Er..."


Ela ia começar quando a porta se abriu e James entrou correndo. "Desculpe professor." Ele arfava pesadamente. "Foi difícil convencer a Sra. Finnigan de que eu tinha, mesmo, sido chamado aqui."


"Tudo bem James. Sente-se." Ele se sentou na última cadeira vaga, ao lado da Iva. "Continue."


"Poção Wiggenweld é usada para restaurar o estado de saúde original de uma pessoa ferida, desacordada ou simplesmente cansada. A Felix Felicis é uma poção da sorte. Muito poderosa e difícil de fazer, causa sorte para a pessoa que a bebe, porém se for bebida com muita freqüência, pode causar efeitos colaterais. O bezoar, achado no estômago de uma cabra, anula quase todos os venenos e, se mal administrado, pode causar acentuação das propriedades do veneno." Iva terminou a explicação e James parecia o único que não estava surpreso. Ele sorria, na verdade.


O professor ficou encantado com a Iva. Aplaudiu, sorriu e concedeu pontos. Trinta, na verdade.


"Pois então," ele apanhou o livro de poções. "Podem abrir na página sessenta e dois dos seus livros e começarem a preparar o tônico Dama-da-Noite. A dupla que preparar a melhor poção, será premiada..." Ele pegou a poção dourada. "com isto." Ele mostrou-a para a turma. "Vocês têm cinquenta e seis minutos. Vão!" Houve um alvoroço e todos correram para os lados tentando fazer par com alguém rapidamente. Eu fiquei com Alvo, Melanie com Jason e Claire com Anne.


Olhei para Ivonne e vi que ela encostava a testa na mesa.


"Sr. Potter? Acompanhe esta senhorita, sim?" o professor gritou em meio à algazarra de alunos que gritavam e tentavam começar a preparas as poções.


"Sim senhor." James gritou de volta. Alvo e eu ficamos na mesma mesa do James e da Ivonne, então eu pude ouvir cada palavra que eles disseram. O que não era muito difícil já que eles não tentavam falar baixo e Alvo não me deixava ajudar com a poção, então tive que fazer a minha. "Seu par?"


"Como assim?"


"Fala sério, Harland não me chama para ajudar na aula dele desde o quinto ano, qual seria o problema se não houvesse alguém faltando?"


"Como você consegue?" Ivonne disse, olhando para o livro e acrescentando os ingredientes no caldeirão.


"Pare." Ele segurou a mão dela enquanto ela colocava as folhas de astoleto. "São seis folhas. Não oito."


"Mas no livro diz que--"


"Eu decorei quase todas as poções do livro, vai querer mesmo discutir comigo?" ele olhou-a incrédulo, então ela retirou a mão de cima do caldeirão.


"Você não respondeu à pergunta." Ivonne observou.


James a olhava muito tenso enquanto ela cortava as vagens de ciscória. "Como eu consigo o quê?" ele fez uma careta quando ela cortou um pedaço grande demais.


"Ser desse jeito." Ela esmagava o restante das vagens com a adaga. "Ser o maior idiota nas aulas, aprontar horrores e ainda ser o queridinho dos professores." Ela buscou o olhar de aprovação dele antes de jogar a mistura de folhas e vagens no caldeirão.


Eu ri da acusação dela. Ser um idiota nas aulas. Ele devia ser mesmo.


"Eu tenho um jeito com essas coisas." Ele sorriu galanteador.


Ela levantou a sobrancelha, ainda não tirando os olhos da poção, que agora estava quase preta quando na verdade deveria estar púrpura ou escarlate.


A minha estava rosa bebê. O que significava que faltava mais ou menos um dedal de escamas da crista de cavalo-marinho. Eu acrescentei-o e ele tornou-se roxo-vivo, aí tornei a me concentrar na conversa dos dois.


James a corrigiu várias vezes. Não, não, corte o fruto na vertical ou Mexa para o outro lado ou Você tem certeza que é boa em poções? eram exclamações freqüentes do James.


Iva estava visivelmente perturbada, mas não deixou James terminar a poção.


Ao terminar o cozimento da minha peguei o caldeirão e fui até a mesa do professor pegar a pena de Dodô, que ele fazia questão de guardar na própria gaveta, coloquei-a na minha poção que obteu o perfeito tom azul-celeste que indicava que deveria ter quando pronto.


Ao que parecia, eu tinha escapado de uma bomba. Literalmente. No momento que eu levantei meu caldeirão para levá-lo de volta à mesa, ele explodiu, jogando pedaços de estanho no chão e derrubando James e Ivonne.


"...mexa tão rápido." James disse, como que completando uma frase que há havia sido iniciada. Ele se sentou, apertando as costelas com força. "Mas que droga..." houveram gritinhos das meninas e algumas pessoas se jogaram na minha frente para ver melhor.


A mão que James usava para apertar as costelas agora estava sangrenta. "Mas que merda!" ele rapidamente pegou a varinha. "Episkey!" ordenou, com a voz falhando, e logo seu tronco, antes achatado de um lado, endireitou-se.


Com um grunhido de dor, ele se levantou, tirou a capa, levantou as camadas de blusões que cobriam-lhe o tórax (algumas meninas suspiraram e uma atrevida até chegou a assobiar. Digamos, elas tinham razão, não que eu ache ele bonito, ele é meu primo (!) , mas por causa do quadribol, ele tinha o chamado 'tanquinho') e pressionou o local do furo com a mão esquerda enquanto usava a mão direita para preparar uma poção em um caldeirão sem uso.


O professor nem falou nada. Queria ver o que ele fazia sem referência de um livro ou assistência da outra mão.


A maioria das pessoas haviam ido socorrer Iva, que estava curiosa com o que ele estaria fazendo. Depois de uns minutos, reconheci a poção. Era uma coloração azul-escura. Ele estava fazendo uma poção de cicatrização. Era bem acima do nível dele, mas como ele é o melhor em poções, fiquei quieta e contemplei-o fazer sua mágica.


Ele finalmente adicionou um pó que eu não pude reconhecer e bebeu tudo em um gole só. Sua cara antes inespressiva, agora carregava uma expressão de nojo.


"Argh." Exclamou. "Tem gosto de esgoto." Alguns riram. Ele fez um aceno com a varinha e limpou o caldeirão e em seguida apanhou suas coisas com o braço direito, tirou a mão do lugar em seu tronco onde antes havia um buraco e pegou sua mochila. "Foi bom voltar às aulas em dupla, senhor." Ele disse, curvando a cabeça levemente para o prof. Dimitri.


"James." Iva sussurrou suavemente, mas suficientemente alto para ele ouvir. Ele simplesmente lançou-a um olhar severo antes de sair da sala a passos largos.


"Ele vai se sentir tonto dentro de uns minutos. Srta. Finnigan, acompanhe-o até a enfermaria." A garota loira assentiu uma vez e saiu. Jeanne Finnigan, filha de Rachel Finnigan era, talvez, a única sonserina descente. (N/A: Irônico, né? Simas Finnigan foi da grifinória, Rachel também e agora a filha deles é sonserina -- oh-oh. Eu sinto crise de família. http://www.sweetandtalented.com/images/nichols/nichols01.jpg )


Os cabelos louros ondulados e olhos azuis davam a ela um ar tímido e romântico.


O que mantinha a maior parte dos garotos longe.


"Ah!" o meu caldeirão chamara a atenção do professor e a exclamação impressionada dele tirou-me de meus devaneios. "Alguém fez tudo certo." Ele bebericou a concha que eu usei para mexer a pena com o resto dos ingredientes. Ele ficou de pé bem antes de perder o equilíbrio e ter que se apoiar em um grupo de amigos ao redor de uma mesa. "Rosalie... esta poção está perfeita. E digo mais," ele largou a concha dentro do caldeirão. "acho que uma dose daquilo derrubaria um búfalo!" era definitivamente a poção falando.


"E querem saber? Setenta pontos para a Grifinória! Palmas para ela, pessoal." Ele tirou o líquido dourado do bolso e entregou-me. "Você mereceu, Rosalie. É uma das minhas melhores alunas." Ele gritou, meio à tantos urros pelos setenta pontos que eu tinha acabado de ganhar para a Grifinória.


"Obrigado." Eu disse, logo que o balburdio cessou.


"Argh, que raiva eu tenho de você!" Claire desabafava, quando estávamos rumando para a enfermaria para checar o James antes de ir para a aula de Trato. "Eu, lutando para conseguir diferenciar folha de enfédema de folha de astoleto e você terminando a poção." Ela reclamou enquanto descíamos as escadas até a ala hospitalar.


"O que eu acho realmente injusto," Alvo começou. "é que eu seja a dupla da Rose e ela não queira dividir a poção comigo." Ele estava me atazanando com aquilo desde que saímos da sala.


"Você não me deixou ajudar, lembra? Além do mais, sua poção estava verde, você não estava nem perto de acertar." Retruquei.


"Mas nada se compara com a da Ivonne." Melanie fez uma boa observação.


"É." Concordei. "Estava quase cobre de tanto fósforo. Não é à toa que explodiu."


Ivonne estava tão envergonhada que nem se deu o trabalho de tentar se defender. "Eu sei. Fiz burrada." Ela disse desanimada.


"O que o James ficava dizendo que te deixou tão irritada?" Anne perguntou.


"Depois que a Rose saiu, eu disse que tínhamos que apressar, então aumentei o fogo. Ele reclamou. Então pus mais vagem e ele reclamou. E então eu mexia tudo muito rápido, o que ele reclamou também, mas depois de o meu caldeirão explodir." Ela disse de uma vez.


"É..." Claire hesitou por uns momentos. "Viram só que corpo? Wohoo, natal mais cedo para a Claire na aula de poções." OMG! O comentário mais bizarro da face da terra. "Rose, como você não sucumbe àquilo?"


Eu ri muito, antes de responder. "Ele é meu primo. Seria incesto." Justifiquei.


Ela não pareceu se conformar muito. "Você explica pro Papa depois, amiga. Aquilo ali é um achado." Ela apontou o moreno debatendo-se contra Madame Blurry pela fresta na porta.


"Pode pegar. Eu já tenho o meu." Esnobei, antes de abrir a porta. "Olá, queridos amiguinhos." O que eu não contava é que a garota ainda estivesse lá. "Er..." eu ia explicar, mas ela sorriu.


"Oi. Lembra de mim?" eu apertei os olhos. "Natal de 2014. Minha casa."


"Ah claro. O baile de patinação!" como eu poderia me esquecer? A maior e mais divertida série de micos que eu paguei em toda a minha vida. Voltei minha atenção para James. "Er... eu só queria ver se estava bem."


Mas ele parecia irritado. "Aquela garota tem mais orgulho do que respeito pela vida." Ele agitou as cobertas.


Nos despedimos e fomos embora. O resto da manhã, assim como a tarde, foi tranqüila e à noite, eu, que simplesmente não me aguentava mais de pé, me joguei na cama e adormeci antes de chegar ao colchão.

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