Brigas



N/ex-A: Oi, Gente! Sinto muitíssimo dizer que... eu vou ter que abandonar a fic. É, esse é meu último post, porque de agora em diante é a Kay,
minha beta, que segue com a fic. Mas se acalmem, não fiquem todos tipo "nãovaiseramesmacoisa" porque sem que vocês saibam ela me ajuda na
 maior parte da fic, então ela é tão boa quanto eu! Tenho que ir amors. Beijostristes^>.
N/A²: Oi. Obrigado, Adie. Tá, eu vou apresentar a minha querida e aclamada BFF e publicadora da minha fic no orkut (http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=90942764): Natália Yuk!! YeeY! (h5)
N/B: Oi gente, sou a nova beta, meu nome é Natália. Bom.. o cap 9 dá vontade de arrancar os cabelos! meio trágico, meio comédia, enfim.. muito bom :) Boa leitura!


OBS: as legendas das palavras coloridas estão lá no fim do capítulo. Beijinhos.
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    "Com licença." falei, sorrindo toda falsa.
    "Oi, querida." Scorpius falou se soltando da sebosa calmamente e me beijando. "Desculpem-nos, temos que ir." ele me pegou pela mão e me puxou para longe. "Nossa, obrigado, você salvou a minha vid -" ele parou de falar quando viu que eu não sorria, só encarava ele.
     Ele respirou fundo. "Eu explico."
    "Por favor." falei, de voz trêmula. Ele respirou pesado e exalou forte.
    "Tá bem. Eu estava saindo da minha sala comunal, quando uns amigos da Jacklyn me raptaram e me trouxeram pra cá onde 'coincidentemente'" ele desenhou as aspas no ar. "encontramos ela. Eu tentei ir te buscar, mas aquela mulher é mais forte do que parece." eu continuei olhando pra ele. Parecia plausível, afinal é bem Jacklynesco: raptar o Scorp, tentar fazer com que a gente termine e me fazer passar pela megera ciumenta e ela, a amiga consoladora. Típico. Ainda mais, se ele realmente estivesse com ela, ele não teria reagido tão bem à minha chegada na conversa. Mas que raiva daquela coisa prateada!
    Pra quem não entendeu, a Jacklyn é a coisa prateada.
    Eu balancei a cabeça e sorri, mas de verdade. "Então tá." ele sorriu e me beijou.
    "Sabia que você é a melhor namorada do mundo?" eu sorri e beijei ele. De novo.
    "Eu tento." meus lábios se curvaram. Então eu me lembrei "Como é aquela de você ter um irmão, que você contou pra Jacklyn?" ele riu.
    "Eu sei que é meio estranho, mas mesmo ela sendo amiga de família, ela nunca foi à minha casa, realmente. Então... para ela parar de me atazanar, eu dei o endereço da casa de um amigo, e pedi pra ele dizer pra ela que ele era o meu irmão mais novo." eu ri. Nossa, como ela era idiota! "O pai dele é búlgaro, então ele vai à Durmstrang, mas como ela nunca mostrou interesse por ele, eu não precisei inventar uma desculpa." eu ri. Nossa, como ela era burra. Ele riu comigo, depois me olhou e me abraçou. "Desculpe se eu fiz parecer que era outra coisa. A última coisa que eu quero é te machucar." eu abracei ele também. Fechei os olhos e inspirei o Aqua de Gió que o pai dele deu de Natal. Era tão facil relaxar abraçada nele. "Querida." eu olhei pra ele e vi que ele estava olhando para a Claire e o Hector na pista de dança. Eles pareciam estar se divertindo.
    "É... aparentemente ele gosta da Claire." ele me olhou com a sombrancelha levantada. Eu dei de ombros. Ele olhou para a pista de dança e vimos vários conhecidos, inclusive Melanie e Jason, Hugo e Anne, Lily e um cara e Oliver e a garota que ia competir contra o Hugo no cargo de batedor. Nossa. O baile ia gerar vários pombinhos.
    Pelo menos é o que parece.
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    O resto do baile não foi nada demais. Eu descobri que tenho resistência ao álcool, a Claire só tomou uma garrafa de o-que-quer-que-seja, e eu confirmei o que todos sabiam: eu não tenho coordenação alguma.
    Agora eu estava sentada, depois de Scorp ter feito eu dançar e, literalmente, cair na mesa de bebidas. Eu me cortei feio e aquela v*gabunda riu de mim até morrer.
    Quem me dera se isso não fosse figuradamente.
    Scorpius tinha ido pegar alguma coisa para parar a minha dor, tipo whisky ou vodka. Então eu vi Jazz com dois copos vazios vindo na minha direção, provavelmente direcionado do bar.
    "Rose, que tipo de bebida a Mel gosta?" eu ri do desespero dele.
    "Eu não sei Jazze, a Mel não bebe." eu tive que rir.
    Ele olhou para as mãos. "Eu não sei o que fazer, Rosa! Sério, não sei mesmo. Eu... eu acho que eu realmente gosto da Mel, e.. eu fico nervoso. Já bebi o drinque dela duas vezes" - isso realmente explica os copos vazios - "e eu sempre tenho que ir pegar mais. Ele largou os copos na mesa e sentou do meu lado. "Me ajuda. O que eu faço?"
    Eu sorri. Que amor! Me apoiei na minha mão e sorri para ele. "Beija ela." ele arregalou os olhos.
    "FICOU..Louca?" ele aumentou e baixou o tom de voz. Eu balancei a cabeça e reafirmei o que eu tinha dito.
    "Vai lá e beija ela, ela vai gostar." ele franziu o cenho, mas depois de um tempo, pegou os copos e se levantou.
    "Pode deixar os copos, não vai precisar deles." Eu zombei. Ele fez uma cara debochada e explicou o que o meu QI relativamente baixo não foi capaz de deduzir.
    "Preciso de mais uns." ele levantou os copos, depois se virou e foi até o bar. Olhei pra Mel e vi que ela estava olhando os casais dançarem Just Dance da Lady Gaga. Mas aí começou a tocar Your Guardian Angel do The Red Jumpsuit Apparatus.
     Era uma banda trouxa, mas muito boa. Os casais começaram a se juntar, e Mel fez uma careta.  
         When I see your smile
         Tears run down my face I can't replace
         And now that I'm stronger I've figured out
         How this world turns cold and breaks through my soul
         And I know I'll find deep inside me I can be the one

    Ela gritou alguma coisa, mas aí o Jazz atravessou a pista de dança, jogou ela nos braços dele, tipo Izzie e Alex de Grey's Anatomy antes de começarem a namorar, ou a Fran e o Max nessa foto aí (http://www.cosmo.com.br/multimidia/imagens/2009%5C04%5C08%5C25774192618G.jpg). Eu abri um bocão de surpresa, mas depois dei um sorriso bem grande. Ficou tipo assim:  O:D
         I will never let you fall
         I'll stand up with you forever
         I'll be there for you through it all
         Even if saving you sends me to heaven

    A música estava acabando quando eles terminaram de se beijar, e ele pôs ela de pé, depois de uns segundos de frente para ela, ele se virou e foi em direção ao bar. PERAÍ, volta lá, cara! Deus, não acredito que ele vai deixar ela sozinha.
         Cause you're my, you're my, my true love, my whole heart
         Please don't throw that away

    Ela parou e me olhou. Eu segurei o riso. O estado dela não era nada bonito de se ver: o cabelo bagunçado, olhos arregalados, a boca toda borrada com o batom rosa Daphne dela - que EU SEI que escondia um sorriso - e a cara que ela fazia não ajudava muito. Ela caminhou apressada até onde eu estava. "O que ele quis dizer com 'a Rose disse que funcionaria'?"
    Eu pus a mão na frente da boca. "Antes.." eu peguei um guardanapo de cima da mesa. "limpa essa boca. Tá parecendo um palhaço." Ela semi-cerrou os olhos, mas pegou o guardanapo e limpou o batom da cara. Depois que a ameaça cor-de-rosa saiu totalmente da cara dela, ela continuou.
    "O que ele quis dizer com isso?" eu ri.
    "Eu mandei ele ir lá e te beijar." ela pareceu zangada. "Ah, claro, e sem minha ajuda vocês iam progredir muito essa noite!" exclamei.
    Ela sorriu e me abraçou. "Você me ouviu reclamar?" sussurrou enquanto me abraçava. Eu sorri e retribuí o abraço.
    "Gente, o que é isso?" Scorpius ia chegando com as bebidas. "Sessão anos sesenta?" eu ri enquanto ele deixava as bebidas na mesa e se virava para a Melanie. "Que amasso, hein, Mel? Que foi, tinha acabado o lugar atrás da moita?" ela bateu no braço dele.
    "Vou tentar achar o Jazz -" Ela corou e caminhou apressada.
    "É melhor tentar a moita primeiro." Scorpius disse, rapidamente.
    "Ha ha. Tchau gente." Ela disse, saindo. Eu peguei o copo que ele estendeu para mim e engoli tudo de uma vez. Não aguentava mais ficar ali, eu sentia os cacos de vidro cortarem as minhas veias.
    "Scorp?" perguntei meio receosa. Não queia estragar o baile dele, mas eu já tinha o feito quando caí na mesa das bebidas, então o que eu tinha a perder?
    "Que foi, linda?" eu não pude deixar de sorrir. Ele era tão fofo. Ao me ver baixar a cabeça e corar um pouquinho, ele continuou. "Quer ir embora, não quer?" eu corei um pouco mais, mas acenei um 'sim' com a cabeça. Ele sorriu e se levantou.
     "Pode ir, vou devolver os copos." ele mostrou as taças vazias.
    Eu levantei e concordei. Fui andando pelo Salão até que ema voz aguda, fina e irritante feito o capeta me parou.
    "Há, olha quem se acovardou e resolveu ir embora." Eu mal consegia mexer os músculos do meu corpo, mas eu tive que me virar pra mandar aquela piranha pro..
    "Não tem nenhum desesperado para agarrar, sua piranha?" falei mesmo! Tá pensando o quê?! Quem me chama de covarde, quatro-olhos e/ou classe C da tabela social leva chumbo.
    Ela desmanchou o sorriso fútil e cheio de Botox e fez cara de nojo. "O que vem de baixo não me atinge, Mestiça-classe-C." Ah, não.
     Senti cada pedaço de vidro infiltrando-se mais e mais nos meus músculos enquanto eu caminhava até aquela vaca, ela parecia confiante de que eu não ia fazer nada, mas depois de uns segundos ela ficou assustada e começou a recuar.
    "Aaaaaaaaaahhhhhh!" ela gritou, e depois começou a chorar.
    Várias pessoas se aglomeravam à nossa volta, inclusive Lily, Scorpius, Anne e um cara do sétimo ano, que foram os únicos a desafiar minha raiva. "E NUNCA MAIS ME CHAME DE MESTIÇA, SUA IMUNDA!" eu gritava descontrolada, ainda me debatendo.
    "ROSE? ROSE, PARA COM ISSO!" Scorp gritava ainda mais alto que eu. Eu parei de me relutar olhei para ele.
     "FICOU DOIDA? POR QUE BATER NAS PESSOAS ASSIM?" há, sério, ele não poderia estar se referindo à Jacklyn como uma pessoa!
    "PESSOA?" ele me encarou e depois foi levantar a bovina do chão. "FOI ELA QUEM COMEÇOU, EU ESTAVA INDO EMBORA E ELA COMEÇOU A -"
    "Sgorpiuz, ezza descondrolada be chabou de biranha." ela disse entre os soluços, segurando o nariz que jorrava sangue feito uma
    cachoeira. Se eu não estivesse com tanta raiva, eu até riria da cara dela.
    Scorp se virou para mim indignado. Eu baixei os olhos, aquilo ia dar em briga. "Rose, como assim? Essa não é você!" ele disse me fitando. "Rose, eu não acredito que você faria isso com alguém, por que você faria isso à Jacklyn? O quê ela fez para você?"
    Eu não queria brigar. Senti uma lágrima escorrer no meu rosto. Eu ia lutar comigo mesma até o fim para não brigar com ele. Eu nunca queria brigar com ele, mas a razão não mandava mais no meu cérebro. Era a raiva.
    Eu tentei não falar alto demais. "Eu não quero brigar, Scorpius." falei entre os dentes, tentando conter o tom de vez.
    "Acho que você não é tão boa nisso, não é?" ele disse, apontando para a retardada chorando. Eu respirei pesado e falei mais alto ainda.
    "Foi ela quem começou!" Ele me olhou indignado.
    "Como assim, Rose, eu não estou te vendo machucada ou mancando, como ela pode ter te batido?"
    "Ela não me bateu." eu ainda conseguia me conter.
    "Então como foi que ela começou, Rose? A Jacklyn nunca bateria em ninguém, ela pode ser mandona, metida e sem graça, mas ela nunca
     faria isso com ninguém, Rosalie!" Não, não e não. Eu já ia perder a cabeça!
    Ele estava realmente defendendo aquela... aquela... víbora?!
    Eu respirei pesado. Estava borbulhando de raiva por causa da 'queridinha de Hogwarts', e ele ainda insistia em defender ela E me chamar de Rosalie?!
    "Scorpius, por que você defende ela?" praticamente gritei.
    "Porque do jeito que você atacou ela eu acho que ela precisa de alguém que faça isso!"
    "Mas que droga, foi ela quem começou!" gritei de novo. Depois dessa não ia mais conseguir baixar o tom de voz. Já começavam a
    descer lágrimas pelos meus olhos. "Você notou que não me defendeu uma vez? Nunca! Sempre fica à favor de quem o resto gosta mais!"
    Ele me olhou, confuso.
    "Como assim?"
    "COMO ASSIM, SCORPIUS?! POR CINCO ANOS OS SEUS AMIGUINHOS ZOAVAM COMIGO E ME DEIXAVAM DE CARA NO CHÃO E VOCÊ SÓ OLHAVA,
     SEM FAZER NADA! AGORA, ESSAZINHA ME CHAMA DE MESTIÇA E VOCÊ DEFENDE ELA, SÓ PORQUE O RESTO DA ESCOLA ME ODEIA E ADORA ELA!
    POIS ENTÃO QUER SABER?! FICA COM ELA!" eu arranquei o anel que ele me deu e atirei com toda a minha força no chão.
    Me virei e saí, tremendo de raiva e de dor, chorando. Me dirigi diretamente para a ala hospitalar, e esperei, deitada numa cama.
     Eu queria tirar aqueles cacos de mim.
    "O que está fazendo aqui, querida?" madame Blurry, a nova enfermeira, me notou, saindo da saleta amarrando o roupão.
    Minha voz já estava melhor controlada, e eu já tinha parado de chorar. "Eu caí na mesa de bebidas." ela fez uma careta.
    "Eu sinto os cacos nos braços, nas pernas e nas costas."
    "Muito bem, então eu vou te dar uma poção para derreter os cacos e talvez..."
    "Eu quero tirar eles." ela me olhou, confusa. "Eu não quero tomar poção, eu quero que você me abra e tire eles de dentro de mim."
    "Querida, vai doer muito mais assim. Com a poção é indolor."
    "Eu sei." ela franziu o cenho. "Exatamente por isso." ela me olhou preocupada, mas eu sorri. Depois de um tempo ela somente assentiu.
    "Tudo bem, então." ela conjufou um bisturi e me deu uma anestesiazinha local, mas mesmo assimeu senti quando ela cortou meu braço e
    arrancou os pedaços de vidro de dentro dele. Doeu muito. Mas a dor dentro do meu peito era extremamente maior e pior.
    Depois que ela retirou cada mini pedacinho de vidro do meu corpo, ela me deu um anestésico forte pra que eu dormisse. "Já é quase meia-noite,
     querida, é melhor dormir."
    Tá bem né, já que insiste...
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    Eu acordei completamente tonta, e morrendo de dor de cabeça e encontrei Melanie, Jazz, Iva e Jamie nas cadeiras perto da minha cama.
    Pisquei forte para ver melhor e vi a Mel sentada no colo do Jason e os outros dois sentados um de cada lado da minha cama,
    encarando o casalzinho rindo.
    "Gente?" perguntei, me sentando. Todos olharam pra mim, todos sérios. "Que foi?"
    "Você está bem?" Mel me olhou, preocupada, e sentou-se em outra cadeira.
    "Aham" eu disse, parecendo indiferente.
    "O baile não foi uma droga só para você..." Iva falou, sentando no lado esquerdo da minha cama, meio entristecida. Ela, que era tão alegre, não tinha sorrido desde que eu disse que ela e o Jen pareciam um casal de filme, pouco antes de eu ser arrastada para a pista de dança pelo..
    Esquece.
    "É." foi o Jamie que falou dessa vez. "Minha namorada," ele apontou para o próprio peito. "ou melhor, ex-namorada, se juntou com o namorado dela.." ele apontou para a Iva.
    "Ele não era meu namorado." ela cortou-o. Ele revirou os olhos.
    "Tanto faz. Enfim, eles se juntaram ontem à noite e estão juntos desde então." eu olhei para ele, indignada. Eles dois assentiram
    e a Iva baixou a cabeça.
    "Foi logo depois que ele disse que gostava de mim." Ela me olhou e eu vi a ironia nos olhos dela. Eu não sabia o que dizer.
    Ficamos em silêncio por um tempo até que Mel veio nos animar.
    "Mas..." ela chegou mais perto da minha cama, com o Jazz ao lado dela. "Olha, eu e Jazz.. estamos namorando.." ela sorrio, animada, mas sem-graça. Provavelmente por eu ter terminado com... ele... nesse mesmo dia. Eu sorri e ele abraçou ela por trás, beijando sua bochecha. Muito fofo.
    "Pelo menos vocês." Iva se sentou na cadeira de novo.
    Eu estava confusa, afinal, Jenthro nunca faria nada do tipo. "Como isso aconteceu?"  perguntei. Iva fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. Não deveria ter sido de um jeito muito agradável.

######################FLASHBACK NARRADO POR IVONNE#####################
    Nossa! Seria possível que eu não achava aquele garoto? Cristo, ajude-me. Mande um sinal!
    Deveriam fazer uma meia hora desde que ele saiu para pegar bebidas e não voltou até agora. Deve ter bebido o bar. Ave.
    "Jenthro? Jenthro!" eu
chamava. "Com licença." eu chamei o barman. "O senhor voi um garoto loiro de gravata azul passar por aqui?" ele apertou os olhos, tentando lembrar.
    "Ah, sim. Ele saiu com uma garota de vestido cobre para lá." ele apontou o Salão de Entrada. Droga.
    Per favore, è la Rose, per favore!*
    "Graz.. er, obrigada." agradeço, finalmente, e saio em direção do S.E com o coração na garganta. Abri as portas de carvalho lentamente e fechei os olhos. Respirei fundo, e no segundo que eu entrei na sala, paralisei. Junto às escadas, estavam Jenthro e a garota de vestido cobre fazendo coisas que eu não me atreveria a descrever. Mas não é pra tanto.
    "Jenthro!" exclamei. Ele virou a cara na hora.
    "Fala, gata!" ele sorriu. A garota corou muito e começou a dar risadinhas quando viu que eles tinham sido descobertos.
    Não que eles estivessem muito escondidos...
    Aposto que até dava para ouvir o barulho de algo quebrando. Não, não era o meu coração, porque ele não passa de uma maldita máquina que bombeia o sangue para o meu corpo. Era a minha cara, mesmo. Eu estava com tanta raiva que ele deveria dar graças por que não ter trazido a varinha. Ou um facão. Ma che bastardo, figlio di un mare! Non credo, lui mi ha lasciato che per slut?*
    Scusami*
, saudade de casa. "Como...," eu parei. Ele olhava para mim e ria, como se tudo fosse uma grande piada.
    "Por que o sorriso?" Minha voz estava estranhamente controlada.
    Ele riu uma última vez. "Desculpa, Ivonne, se eu te decepcionei, é que eu fui pegar as bebidas e encontrei a Meg." Eles se olharam.
     "Foi amor à primeira vista." Meu queixo caiu. Uomo de legno, disgraziato!* Senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. ÓDIO! Eu passei rápido por ele e fui direto na cachorra que ainda estava sentada nas escadas. Dei um joelhaço na cara dela tão forte que eu ouvi meu joelho estalar.
     Não foi legal. "Ups, desculpinha, quem mandou ficar na escada?" falei, toda cínica, e subi para o dormitório.
    A porta do feminino estava trancada (devem imaginar porque) então eu entrei na primeira porta aberta, seguida por uma Claire muito preocupada.
    "Ivonne? Iva, tudo bem, o que houve?" Ela perguntava enquanto eu entrava no banheiro e ligava o chuveiro. Fechei os olhos e simplesmente deixei as lágrimas escorrerem. Eu não estava chorando, só estava me desidratando de uma forma mais eficiente. Como eu estava com maquiagem à prova d'água, o fato de estar de cara pro chuveiro não me deixou menos arrumada, mas detonou meu cabelo e meu vestido. Depois de um tempo,decidi me sentar, não aguentava mais ficar de pé.
    Ouvi passos no chão de mogno, mas não quis abrir os olhos. Poderia ser alguém com quem eu não gostaria de falar...
    "Qual é o lance?" ...no momento. Droga. Abri os olhos e vi James, o primo pé-no-saco da Rose me olhando sério.
    Levantei uma sombrancelha. "Não vai gozar de mim por estar chorando embaixo de um chuveiro escaldante enquanto noventa e nove vírgula nove da escola está lá embaixo se divertindo?" ele sorriu fraco.
    "Você está aqui porque a sua noite foi simplesmente um fracasso e ficar embaixo de um chuveiro escaldante, que por acaso pode te dar uma queimadura de primeiro grau, é o ponto alto da sua noite, e que esse boxe é destinado apenas aos perdedores?" eu assenti.
    Ele sorriu um pouco mais forte. "Então chega pra lá!" eu fui pro lado e bati no lugar ao meu lado, fazendo sinal para ele sentar.
    "E então, o que aconteceu com você?" Eu perguntei, depois de um tempo.
    "Minha namorada é uma vagabunda." Eu olhei pra ele, e ele pareceu disposto a explicar mais. "Eu encontrei ela na escada se agarrando com um desesperado qualquer." Não tinha um pingo de tristeza, raiva ou sei-lá-o-quê na voz dele. Ele estava incrivelmente calmo. "Mas eu não culpo ele, afinal, é difícil dizer não pra Meg." Peraí, Meg?!
    Eu olhei pra ele, desoconfiada. "Megan?" ele assentiu devagar. "O cara era loiro e estava de gravata azul?" perguntei.
    "Aham, por quê?" ele encostou a cabeça na parede e girou-a para me olhar.
    Ele tem olhos verdes. Bonito. Não sei quanto tempo fiquei encarando ele, mas na verdade, só fui notar que estava encarando quando ele estalou os dedos a dois milímetros dos meus olhos, me fazendo dar um pulo e bater de cabeça no puxador da porta do boxe. "Você dizia?"
    Eu tentei lembrar da minha linha de raciocínio. "Ah, hmm.. eu acho que o cara que você viu agarrando a sua namorada era o cara com quem eu estava."
    Ele franziu o senho, riu de leve e virou o rosto para frente. "Legal, agora somos nós dois segurando vela."
    "Dos nossos próprios pares..." completei. Ele ergueu punho para que eu batesse, então eu bati.
    Ele não era tão chato quanto eu imaginava que fosse. Ele era até legal, tirando as partes chatas.
    Sabem, esqueçam que eu disse isso.
    "Pode me dar umas aulas de italiano?" eu ri.
    "Como assim?" perguntei, rindo.
    "O que significa aquilo que me disse no campo de quadribol?" Ele perguntou, sentando de frente para mim.
    "Vai al diavolo?" ele deu de ombros.
    "Deve ser, eu não entendo italiano!"
    "Vai pro inferno." falei, bem franca e direta. Ao invés de ficar bravo - que era o que eu esperava - ele riu, jogando a cabeça pra trás.
    "Faz sentido" ele disse, depois de um tempo. "Tá bem, como se diz..." ele parou para pensar. "sei lá.. 'eu te odeio'?"
    "Ti odio."
    "Hm..." ele fez cara de quem está pensando. "Será que se eu terminar com ela em italiano, vai ser menos constrangedor?" comecei a rir.
     Ele olhou minha expressão. "Então tá, como se diz 'eu gosto muito de você, mas não vai dar certo, desculpe.'?"
    Eu tive que pensar por um segundo. "Io vi amo, ma non gonna lavoro, mi spiace." ele ficou com uma cara confusa.
    "Tá, vai devagar." ele se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.
    Eu fiz o mesmo e repeti devagar. "Io vi amo..."
    "Io vi amo..." ele repetiu, concentrado.
    "Ma non gonna lavoro..."
    "Ma non gonna lavoro..." ele estava ficando bom nisso.
    "Mi spiace."
    "Mi espace." ou quase.
    "Quase." eu sorri. "Spiace." eu repeti mais alto.
    "Spiace." ele falou. Eu balancei a cabeça e me afastei. Ele sorriu também. "Valeu."
    Na mesma hora Mel entra correndo no banheiro, mal respirando. "Gente...a Ro..se brigou...com o Sco...rpius." ela falou entre arfadas. Depois olhou para nós. "Gente, que sauna aqui!" ela respirou um pouquinho.
    "Tá bem, o quê?" eu perguntei. Ela revirou os olhos, ainda respirando pesado.
    "A Rose brigou com o Scorpius." eu respirei fundo e me levantei. Desliguei o chuveiro e saí do boxe. Claro que eu caí, senão não seria eu. Caí de costas porque o chão estava úmido por causa do vapor.
    "Meu Deus, tudo bem?" James veio me ajudar enquanto Melanie ria desesperadamente de mim. Traitore.*
    "Vai alla inverno, mucca.*" James riu e Melanie me olhou desconfiada. Senti uma coisa na minha mão e notei que o James ainda não tinha a soltado.
     Depois de alguns segundos, vendo que ele não tinha se tocado, complementei. "Er.. Pode soltar a minha mão, agora." ele corou e soltou a minha mão.
     Melanie pegou a varinha dela e fez uma coisa, nos secou e arrumou o banheiro, para eu não cair de novo. Como não podíamos ir para o nosso dormitório, nos sentamos na camas vagas.
    "Agora, se me derem licença, eu vou trocar de roupa, a água quente deve ter encolhido a gravata, está me sufocando." Ele afroxou o nó.
    Eu me levantei para ir embora, mas a Melanie não me deixou.
    "Não dá pra trocar mais tarde? Não quero ficar na sala comunal." Ele levantou as sombrancelhas.
    "Não." ele falou, simplesmente.
    "Pois pode se trocar, nós não vamos a lugar nenhum." Ah, mio Dio..* Essa bêbada me mata, um dia.
    "Tá." ele respondeu.
    Depois de alguns segundos, ele começou a desabotoar o terno. Ele tirou o terno. "Olha, Mel, eu acho que não é blefe."
    Mas ela não me ouviu. Ele tirou a camiseta de dentro da calças a começou a desabotoar os pulsos. Ai, Cristo. "Mel -"
    "Calma, ele não tem coragem" ela me garantiu. Espero que seja verdade, afinal tem um cara do sétimo ano praticamente fazendo striptease para nós, só falta a música!
    Ele começou a desabotoar a camiseta desde cima, ainda sério. Ele hesitou um pouco nos últimos botões. Ufa, ele não tem coragem mesmo.
    Ainda bem só faltava ele - AH, CARALHO, ELE TEM SIM! SCHIFEZZA, SCHIFEZZA, SCHIFEZZA.* Merlin, me tire daqui!
     Ah meu Deus, ele tirou a camiseta e agora está desafivelando o cinto: eu que não ia ficar ali pra ver.
    No segundo que ele tocou o cinto, eu me levantei. "Ok, eu não preciso ver isso!" e levei a Melanie comigo. Caramba, ela é muito tarada.
#########################PAUSA NO FLASHBACK##########################

    "Podia ter deixado essa parte de lado, né amiga!" Mel gritou para a Ivonne. Eu ri.
    "Fazer o quê?! Vocês dois são uns tarados." Ela apontou para o Jamie e para a Mel. Jazz ficou morrendo de ciúme, coitado. "Agora deixa eu teminar!"

#########################PLAY NO FLASHBACK###########################
    Eu, Melanie e um Jason Muito Ciumento estavamos na sala comunal quando la coppia di chifradores entram se agarrando.
    Eu olhei para eles e atirei naquela vaca a primeira coisa que vi que não era letal. Depois de ver trezentas páginas voando pela sala e uma criatura caída no chão, deduzi que era um livro.
    "O que você fez, sua louca?!" Ele gritou para mim. Eu peguei a varinha da Mel e gritei 'besvimelse'. Um raio de luz azul saiu da mnha varinha e ele caiu no chão com um baque surdo.
    Melanie deu um berro. Afe. "Ivonne, você matou ele!" ela se encolheu do colo do Jason.
    "Calma, ele só desmaiou, vai estar novo em folha em algumas horas." é claro que não me faltavam motivos para trocar a cor do raio de azul para verde...
    "Olha, eu sei que não é da minha conta, e eu mal te conheço, mas 'bemivimese'?" Jason se ajeitou no sofá.
    "É dinamarquês." ele sorriu.
    "Brilhante."
    "Também anula o efeito de quase todosos feitiços e poções." ele me olhou, fascinado. "Foi criado pelo alquimista abortado Søren Peter Lauritz Sørensen, depois de uma vida de pesquisa mágica e solidão disvirtuada no final do século XIX, ele finalmente conseguiu deixar sua pequena marca no mundo bruxo, pena que só alguns países estudem a vida e conceitos de Sørensen. Ah é, ele também introduziu o conceito do pH para os trouxas. Vida produtiva, não?"
    Jason me olhava fascinado, enquanto Mel parecia um tanto assustada. Revirei os olhos e me levantei. "Vou levar os dois à enfermaria." levitei os dois e fui até a ala hospitalar onde vi uma silhueta familiar na cama perto da porta. Rose.
    "Ela acabou de adormecer, querida, não seria bom acordá-la. Ela quis que eu a cortasse para - Oh meu Deus!" a enfermeira viu os corpos inanimados
     dos atacados e levou as mãos à boca. "Ponha-os aqui." eu o fiz. Ela começou a perguntar e eu menti: disse que achei eles desmaiados na sala e decidi trazê-los aqui. Outra coisa maravilhosa sobre o feitiço, é que ele apaga os últimos três minutos e trinta e sete segundos da sua memória.
    Ponto para a Itália!
    Eu fui chamar os outros malas para ir ver a Rose, mas me arrependi, porque Jason pediu para que eu ensinasse mais coisas para ele e eu fiquei falando sobre os boticários, químicos, físicos, mestres de poção e aurores importantes, mas não-estudados na escola, noite adentro.
    Não foi o melhor programa para a Itália.
##########################FIM DO FLASHBACK###########################


Per favore, è la Rose, per favore/Por favor, seja a Rose, por favor.
Ma che bastardo, figlio di un mare! Non credo, lui mi ha lasciato che per slut?!/Mas que vagabundo, filho de uma égua! Eu não acredito que ele me deixou por essa vagabunda?!
Vai alla inverno, mucca/Vai pro inferno, vaca
mio Dio/meu Deus
SCHIFEZZA, SCHIFEZZA, SCHIFEZZA/MERDA, MERDA, MERDA
Scusami/Desculpem-me
Traitore/Traidora
Uomo de legno, disgraziato/Cara de pau, desgraçado



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