I've just seen a face
Cap 3 – I’ve just seen a face
Pois é, Harry, aquela era a sua mãe.
Estranhamente, naquele momento me veio uma música dos Beatles na cabeça. Ela começava assim:
“I've just seen a face,
I can't forget the time or place
Where we just meet.
She's just the girl for me
And want all the world to see
We've met...”
E eu percebi que cabia naquele momento perfeitamente.
- Sirius, olha aquela garota – falei.
- Qual?
- A ruiva sozinha.
- Por que você gosta tanto das ruivas, hein?
Eu ri e saí andando em direção à ruiva. Sirius resmungou alguma coisa sobre ser obsessão minha, mas não dei atenção.
- Deslocada? – perguntei, sorrindo.
Ela sorriu pra mim.
- Um pouco. Fui abandonada pela minha amiga – falou.
Se eu já havia ficado impressionado com o sorriso dela, com a voz eu me apaixonei. Ela tinha um sotaque delicioso, levemente familiar. Mas pelo jeito de falar, eu pude perceber que aquela ruiva tinha personalidade, a despeito do tamanho e da aparente fragilidade que emanava de sua aparência.
- Ah, acontece. Desculpa, mas eu nunca te vi antes aqui – disse.
“Claro, se eu a tivesse visto antes, com certeza lembraria”, pensei.
- Ah, mas é porque eu sou nova aqui – ela sorriu – Acabei de me mudar pra Londres.
- Que legal. Você veio de onde?
- Irlanda.
Ah, por isso o sotaque familiar! A Emme também tinha família na Irlanda, e quando voltava das férias o sotaque sempre estava um pouco acentuado. Então eu me lembrei...
“- Não dá, meus amores, combinamos de encontrar uma amiga...”
Será que ela conhecia a Emmeline? Era um tiro completamente no escuro, mas era válido.
- Escuta, você conhece a Emmeline?
- Ah, a Emme? – ela riu – É, foi ela que me abandonou. Você também a conhece?
- Anram. Aliás, não me apresentei, James Potter. – estendi a mão.
- Lily Evans – falou, apertando a minha mão.
Lily. Era um nome bonito. Me fez imaginá-la num correndo num campo cheio de lírios na Irlanda ensolarada, os cabelos ruivos ao vento, corada do esforço...
- Então, você faz que curso aqui? – ela perguntou, me despertando.
- Direito, 7º período.
- Que coincidência! Eu também!
- Você vai estudar conosco então? – perguntei, espantado.
- Parece que sim – disse Lily, sorrindo.
- Então, Prongs, você não vai mesmo me apresentar a sua nova amiga? – perguntou Sirius, chegando do nada.
Ah, eu juro que tive vontade de bater nele. Mas me controlei a tempo.
- Ah, Lily, este é o meu amigo...
- Sirius Black. Prazer em conhecê-la – falou ele, dando um beijinho em cada bochecha da garota, todo galante. Segurei meu impulso de bater nele mais uma vez.
- Igualmente – disse ela, rindo.
- Pois é, o Sirius estuda aqui também, mas faz educação física, não é, Pads? – falei.
- É.
- Pads, que nome engraçado – ela falou, sorrindo.
- É. Apelidos internos, sabe como é – o cachorro disse.
Nessa hora, Emme chegou, parecendo satisfeita e um tanto afobada.
- Emmeline Vance, como você ousa abandonar a sua amiga desse jeito? – falei, me fingindo de bravo.
- Ah, é...
- Onde você tava, Emme? – perguntou Sirius.
- Fui dar uma volta – disse ela, parecendo embaraçada. Lily riu – Você não perde tempo, não é James? Já conheceu a Lily!
- É.
- Então, vamos? – perguntou Emme.
- Cadê a Dorcas? - indagou Lily.
- Ficou com as amigas de jornalismo.
- Você conhece a Dorcas também? – admirei-me.
- Conheci hoje.
- Ah.
- Vamos, Lils.
- Ei, e vocês acham que a gente vai deixar vocês andarem até lá sozinhas? – perguntei.
- James... – começou Emme.
- Não, sem mais. Nós levamos vocês.
- Cara, são só uns 3 quart... – começou Sirius, mas eu pisei no pé dele.
Então, nós dois seguimos até o meu carro com as garotas.
- A Lene não vai com vocês não? – ele perguntou.
- Acho que não, o Fábio vai dar carona a ela – disse Emme.
- Hum.
Eu ri. Comecei a dirigir não muito atentamente, a imagem de Lily me distraia no retrovisor.
- Então, Lily, o que fez você mudar pra cá pra Londres? – perguntei.
- Bom, eu sempre quis morar aqui. E o curso daqui de Hogwarts é melhor.
- Huum.
Não pude deixar de perceber que ela reprimiu alguma informação, mas não insisti, e continuei meu caminho devaneando.
- James, você vai passar a nossa casa?
Quando olhei em volta, me dei conta de que já estava na república das garotas. Parei o carro com um freio brusco.
- Todos vivos? – perguntei, animadamente,
- Prongs, você ta doido? – perguntou Sirius.
Eu balancei a cabeça. Lily riu. Emme me olhou com um olhar feio.
- Tchau, garotos – falou ela.
- Tchau – disse Lily.
Elas saíram do carro e entraram em casa.
- Você ta louco, cara?
- Nunca estive mais são em toda a minha vida – sorri.
- Sei não... Ela parece ser certinha, daquele tipo que é pra casar.
- Pois eu vou me casar com ela – falei.
Sirius balançou a cabeça.
- Pra mim, a noite ta acabada. Nada de bom acontece depois das 2h da manhã, como diz a Sra. Potter. – recitou ele,
- Tem certeza, Sirius?
***
Era manhã de segunda-feira. Nem precisei acordar com o despertador, como sempre. Levantei, comi uma maçã, bebi um suco de laranja na geladeira, tomei um banho e fui para a minha caminhada matinal no campus.
Passei por pouca gente no caminho, incluindo uma das garotas que me chamara pra sair no dia anterior. Sentindo-me muito mais vivo, voltei pra casa, onde encontrei os outros garotos já acordados.
- James, você chegou bem na hora – falou Sirius – O Reminho aqui estava pra nos contar como foi o encontro com a Julie Wings agora mesmo.
- Algo nesse seu tom lembra muito inveja, você sabe, não é Pads? – comentei.
- Claro! É a Julie...
- ...Wings – completou Remus, com a voz cansada - Você já disse isso umas 15 vezes, Sirius.
- Então, Moony? – perguntei.
- Foi ótimo.
- Só isso? – perguntou Sirius, chocado – Qual é, Remus?
- Foi bom, e, não, Sirius, eu não dormi com ela, embora você só seja capaz de pensar nisso.
- Moony, meu amigo, você é muito atrasado...
- ...e se eu não te conhecesse há tanto tempo, eu diria que você está perdendo o jeito. Obrigada, Pads – ele sorriu - Eu só não sou como você e o James.
- Ei, não tenho nada a ver com a história!
Remus sorriu.
- Você ficou com quantas ontem, Pads? – perguntou Peter, num dos raros momentos em que deixava de se concentrar na comida.
- 4.
- Ele ficou ressentido, depois que viu a Lene e o Prewett – falei.
- Hey! Eu não tenho nada a ver com a Lene! - protestou.
- Claro que não – disse Remus - Quem insinuou que tinha?
Sirius abriu a boca pra revidar, mas não conseguiu achar nada pra responder.
- E você, James?
- Apenas uma.
- É, o resto da noite o Prongs ficou obcecado pela Liiiiily – falou o Sirius, cantarolando o nome da garota.
- Pads, cala a boca - falei.
- Mas não é verdade?
- Eu fiquei com duas – disse Peter, se gabando.
- E quem se importa? – falou Sirius.
Nós rimos. Tomei mais um banho, comi mais alguma coisa e saí rumo ao departamento de direito.
***
Quando cheguei lá, peguei logo o meu usual lugar no fundo, ao lado de Frank. Lily não havia chegado ainda, notei.
“Acho que ela vem com a Alice”, pensei. Afinal, as duas garotas moravam no mesmo lugar agora.
Comecei a conversar com Frank sobre o estágio que ele havia conseguido numa firma pequena. Estava me sentindo bastante entediado. Então, a porta da sala se abriu e Alice entrou, mas não estava acompanhada.
- Alice, achei que você vinha com a Lily – comentei.
- Bom, dia pra você também, James. E eu fui no banheiro, estranho ela não ter chegado antes de mim. Aliás, como você sabe da Lily?
- Encontrei ela ontem.
Alice pareceu curiosa, mas não dei muita atenção. Estava intrigado. Lily poderia ter se perdido, era nova na universidade. Falei isso para ela.
- Calma, James, ela vai chegar. Aliás, por que todo esse interesse?
- Nada, nada.
Dei mais alguns minutos, e nem ela nem o professor haviam chegado.
- E aí, James, como foi o fim de semana? – perguntou Vivian, uma das garotas da turma que vivia dando em cima de mim, e que estava há algumas carteiras de distância.
- Bom, Vivian, e o seu?
- Ótimo – ela sorriu, convidativamente – Não vi você na festa ontem.
- Talvez você não tenha olhado com atenção.
- Ah, acredite, eu olhei – ela disse – Uma pena, mas talvez nós possamos compensar depois.
- Claro, claro – falei, distraído. Lily entrara na sala naquele momento.
Ela parecia mais deslocada naquele ambiente que na festa. Estava corada, provavelmente porque todos a olhavam, cochichando sobre quem seria. Me deu uma vontade inexplicável de abraçá-la. Em vez disso, acenei, sorrindo.
Lily veio em minha direção, tímida.
- Olá, James, Alice – falou baixinho - E...
- Ah, perdão. Lily, esse é o Frank, meu noivo.
- Prazer em conhecê-lo - ela sorriu, apertando a mão de Frank.
- O que aconteceu? Se perdeu, foi? – Alice sorriu.
- É, pode-se dizer que sim.
O professor entrou na sala.
- Nossa primeira aula é de...? – perguntou.
- Ética.
E ela ficou calada, prestando atenção à aula inteira. E na outra aula foi do mesmo jeito. E, logo, na manhã inteira. Eu não conseguia entender como ela fazia isso, apenas ficava fascinado, observando.
“Ela é até pior do que o Snape!”, pensei, e até o procurei com os olhos pela sala, mas ele não estava lá. “Bom, uma hora ele vai estar, e não vai gostar nada disso.”
Na hora do almoço, Sirius, Remus e Peter vieram me procurar. Apresentei os dois últimos a Lily, e fomos todos almoçar juntos, sentando no refeitório junto a Emme e Marlene. Dei um jeito pra ficar ao lado de Lily, claro.
- Então, você e o Prewett, não é dona Marlene? – comentou Sirius, assim que chegamos a mesa.
- Claro Sirius. Algum problema? – ela ergueu as sobrancelhas.
- Não. Óbvio que não. Ah, olá, garotas – ele falou, galante, para duas garotas que passavam.
- Oi Sirius, James – elas sorriram, convidativamente.
Eu sorri, e passei a mão pelos cabelos.
- Diga, Lily, está gostando do primeiro dia de aula? – perguntei.
- Ah, claro. Tivemos aulas muito interessantes hoje.
Eu discordava dela, mas ela não precisava saber disso, precisava?
- Sim, sim, claro.
- Sério, James? – falou Alice – Não me parecia que você estava muito interessado na aula.
- Óbvio que estava! – lancei um olhar significativo a ela.
- Então, me diga, o que você aprendeu hoje, hein James? – perguntou Emme, entrando no jogo. Diabos, por que mulheres eram tão rápidas em entender as coisas?
- Err...
- Ah, olá, garotas – disse Sirius de novo.
- Olá, Sirius, James – elas sorriram.
- Sirius, por que essa necessidade patológica de falar com todas as garotas que passam por essa mesa? – perguntou Marlene.
- Ora, não é patológica. E deixe de ser chata, Lene. Elas me amam! Não ta vendo como todas sabem meu nome? – ele sorriu, convencidamente.
- E você por acaso sabe o nome de alguma?
- Claro que não. Mas elas não precisam saber disso – ele sorriu de novo.
- Você não presta, Sirius – disse Emme.
Lily sorriu.
- Bom, acho que você devia experimentar falar com essas agora – disse Lene, apontando para duas garotas louras idênticas que estavam passando naquele momento.
- Por que não? Olá garotas – Sirius usou o seu melhor sorriso. As garotas se olharam, confusas e passaram direto.
Todos nós rimos. Menos Sirius.
- Elas são alemãs, Sirius, fazem parte do programa de intercâmbio. Chegaram agora e não conhecem ninguém. – explicou Emme.
Sirius ficou emburrado um tempo. Depois, levantou-se bruscamente da mesa.
- Onde você vai? – perguntei.
- Atrás delas, oras. Bom, quem melhor do que o popular Sirius Black para introduzir as novas colegas à universidade de Hogwarts? – ele falou, galante, e saiu correndo.
- Esse Sirius realmente não presta – falou Alice.
- Mas ele é legal, Lily, não se assuste – disse Frank.
Ela sorriu. Conversa vai, conversa vem, Sirius não havia voltado. Então, eu me levantei.
- Bom, gente, o papo está muito bom, mas eu preciso trabalhar.
Para minha surpresa, Lily também se levantou.
- E eu vou aproveitar a deixa e vou sair para procurar uma biblioteca.
- Lily – começou Emme – Você não quer que nenhum de nós te...
- Eu mostro a ela onde fica – falei.
- Não, James, não precisa – a ruiva me olhou – Você tem que ir trabalhar.
- Ah, não, eu insisto. Não me atrasarei, se isso te deixa feliz.
Todos olharam, espantados.
- Então, vamos? – ofereci o braço a ela.
Ela sorriu, aceitando.
Começamos a caminhar, mas ainda assim eu ouvi Lene comentando:
- E quem melhor que o galante James Potter para acompanhar donzelas indefesas?
***
Nos dias que se seguiram, eu fui mais vezes à biblioteca que em 3 anos de curso. Apenas para sentar ao lado dela e fingir que estava estudando, quando na verdade estava observando-a.
- Prongs, você ta ficando louco – disse Sirius, quando eu estava indo à biblioteca pela quarta noite naquela semana - Hoje é sexta-feira! Dia sagrado de pegação.
- Sirius, quando não é dia de pegação pra você, hein?
Ele sorriu.
- Mesmo assim! O Prongs que eu conhecia nunca mataria um dia de pegação pra ficar numa biblioteca estudando. Se amassando atrás das estantes talvez, mas estudando não!
- Eu não vou, Sirius – falei – Aproveite o dia de pegação, eu vou pra biblioteca com a Lily.
- Prongs! Isso é traição, sabia? – ele reclamou.
- Desde quando eu tenho algum compromisso com você?
- Oras, desde sempre! Você é o meu melhor amigo, e me trocou por uma garota!
- Eu nunca reclamei quando você me deixa por alguma garota.
- Sim, mas é diferente! Eu nunca te deixei pra ficar contemplando uma garota. Pra ficar apaixonadinho por uma garota. Isso não é normal, Prongs.
- Claro que eu não to apaixonado pela Lily. Eu só gosto dela. E da companhia dela.
Sirius balançou a cabeça.
- Então por que não chama ela pra sair?
Claro que isso já havia passado muito pela minha cabeça. Mas eu sentia que com Lily as coisas eram diferentes. Ela era diferente de todas as garotas que eu já havia conhecido. Por isso eu estava tentando ir com calma.
- Eu vou chamar. Mas não vou com você hoje – respondi.
Então saí. Andei os quarteirões que separavam a nossa república da biblioteca, pensando. Era fato que eu tinha mudado muito em apenas uma semana, mas eu não estava apaixonado. Talvez um pouco obcecado, mas não apaixonado, como Sirius insinuara.
- Então chame ela pra sair hoje – disse a minha consciência – Acabe logo com isso, então você pode provar ao Sirius que não está apaixonado e pode voltar a ser o Prongs de antes.
Isso me agradava. Pensei que iria fazer isso. Uma semana contemplando Lily era demais para um cara que nunca ficava mais de duas semanas com uma garota só.
Cheguei à biblioteca no horário de sempre. Mas qual não foi a minha surpresa ao ver que ela não estava lá.
- Madame Pince, uma garota ruiva veio aqui hoje? – perguntei à bibliotecária, desesperado.
- Ora, eu tenho mais coisas pra fazer, menino. Como catalogar esses livros, por exemplo. Chispe daqui.
- Por favor, Madame Pince. Eu prometo que nunca mais faço venho fazer nada aqui além de estudar.
Ela olhou pra mim severamente, pesando a decisão. Por fim, disse:
- Veio sim, mas uma morena veio aqui fazendo muita algazarra e levou ela.
“Droga! Marlene chegou primeiro! E agora, pra onde eu vou?”
Comecei a sair da biblioteca.
- Potter! Nem pense em não cumprir a sua promessa, ouviu? – ela gritou.
Eu sorri.
- Pode deixar! – gritei de volta.
Andei apressadamente. Para onde Marlene e as garotas teriam ido?
“MacLaren’s, óbvio!”
O MacLaren’s era um pub antigo, mas bastante popular entre os estudantes de Hogwarts devido à proximidade da universidade. Quando eu cheguei lá, estava cheio, como sempre, mas deu pra avistar Sirius. Que, também como sempre, estava cercado por garotas.
- James! Meu amigo! Achei que você estivesse na biblioteca – ele disse – Que alegria que você veio se juntar a nós.
- Pois é – sorri e passei a mão pelos cabelos – Olá garotas. Vocês podem me emprestar o Sirius alguns minutinhos?
Elas sorriram pra mim.
- Ótimo. Você viu a Lene e as garotas por aí? – perguntei, quando estávamos afastados do grupinho.
- Vi sim, por que?
- Ah ótimo. Onde elas estão?
- Não sei. A Lene veio aqui comprar algumas bebidas, mas depois foi embora.
- Ah não!
- E você, o que está fazendo aqui? Achei que estava com a preciosa Lily na biblioteca.
- A “preciosa Lily” não está na biblioteca – respondi.
- Ih, mal jeito Prongs. Talvez com essa sua lerdeza pra convidá-la pra sair, algum outro tenha chamado.
- A não ser que as garotas estejam planejando alguma “saída” homossexual.
- Hum, interessante – ele sorriu maliciosamente – Imagina a Lene E a Lily.
- Não, Pads. Bem difícil de acontecer, a Lily é certinha.
- Mas a Lene não. Quem sabe pode não pode ter levado a Lily pro mau caminho?
- Sirius, a Lene ta com o Prewett agora – lembrei – Por menos que você goste disso.
- Hey, você sabe que eu não tenho nada pela Lene! E já que você não encontra a Lily, por que não se junta a nós?
- Não obrigado. Vou continuar procurando.
- Hunf. Primeiro o Remus com a Wings, o Peter com a comida, e agora você, seu ingrato!
- É impressão minha ou você ta com ciúmes de mim? – eu sorri, maliciosamente - Você sabe, é só dizer que eu sou todo seu – falei, me aproximando.
- ECA, Prongs. Vai procurar a Lily, vai.
Eu sorri.
- Boa sorte, Pads.
- E quem precisa de sorte quando há bebidas e mulheres a serem embebedadas, meu caro? – ele riu.
Eu teria rido também, mas nem dei atenção. Se Lene foi comprar bebidas e depois saiu do bar, provavelmente ela devia estar na república. Não havia lugar mais seguro para mulheres se embebedarem sem serem importunadas por homens.
- Que burrice a minha! To te devendo uma, Pads – falei e saí correndo.
“A república!”, pensei, xingando a mim mesmo. “Bom, ao menos se a Lily estiver bêbada, ela não vai recusar nada”, sorri.
Em poucos minutos, estava lá. Ofegante e suado, mas apertando a campainha.
- Já vou! – respondeu Alice.
Ouvi risadas lá dentro.
- Vai Lily, um gole, deixa de ser ca... Ah, olá, James. – ela falou.
- Oi, Alice. A Lily ta aí?
- Claro, claro. Deixe-me chamá-la – ela falou, olhando para mim curiosamente.
Alguns risinhos mais tarde, chegou a ruiva.
- Oi Lily – sorri.
- Olá James. O que está fazendo aqui?
- Passei na biblioteca mas você não estava, então decidi vir aqui.
“Nossa, Prongs, que estúpido! O que está acontecendo com você? Ta perdendo o jeito como o Sirius disse?”
- Ah, é – ela sorriu – As garotas chegaram lá, me tiraram dos estudos e me trouxeram pra cá.
- Imaginei.
- Então, o que você veio fazer aqui?
Pensei por um minuto. Não tinha nada a perder. Então soltei tudo.
- Lily, você quer sair comigo amanhã?
Ela pareceu espantada por um segundo. Mas sorriu.
- Claro. Por que não?
- Ótimo. Posso passar aqui e pegar você às 7h?
- Por mim tudo bem.
- Ótimo – sorri – Então, boa noite, Lily.
- Boa noite, James – ela sorriu também.
Lily estava fechando a porta quando eu gritei:
- Aliás, belos pijamas!
Ela se virou e corou, então fechou a porta.
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N/A: Poxa, nenhuma comentário. Ta tão ruim assim?
Mila.
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