Luzes Mecânicas



-Pronto! Seu cabelo já está pronto. Agora é só soltá-lo!

-Ah, sim.

Hermione acompanhou o colorido Pierre ao balcão de trabalho. Ela recebia muitos e muitos olhares, alguns de admiração e muitos de inveja das outras mulheres do salão. Do lado de fora, alguns homens paravam na porta do salão para admirá-la.
Pierre soltou o cabelo de Hermione que, como sempre, estava liso, com a “faixa” de franja jogada de lado ondulada e uma onda do lado direito.

-Magnífica! Está magnífica! – disse Pierre ajeitando a franja de Hermione. – Só que você podia deixar essa franja reta e curta, né?

-Ah não! Essa ondinha aí que é a franja e a onda do lado direito é que são o meu charme.

-Bom, você é quem sabe. E colocar um loiro aí?

-Tá doido, é? Eu coloquei no contrato. Eu uso o que quiserem, mas tingir de loiro nem pensar!

-Hermione, você está ótima, mas temos compromisso agora!- disse Gina chegando perto da cadeira e olhando no relógio.

-Bye honey!

-Até Mais, querido.- disse Gina

-Até Pierre. – falou Hermione já saindo do salão.

-Essa menina! Tão famosa, tão poderosa, mas meio grossa. Acho que ela está em crise de existência. – disse Pierre pra si mesmo.- E então? Quem é o próximo?

-Hermione! Hermione! Tira uma foto comigo? – perguntou um rapaz a morena quando ela e Gina saíram do salão. Ela abriu a boca pra falar, mas Gina impediu.

-Claro que tira!

-Ô, obrigado, viu?

Hermione pousou para a foto com o rapaz, mas queria matar Gina.

-Muito obrigada, agora a nossa estrela tem que vir. Vem Hermione.

-Você é chata, Gina. Eu detesto tirar foto no dia-a-dia. Só gosto de pousar.

-Mas hoje você está trabalhando! A Lauren me mata se algum fã sai falando mal de você por aí. Se bem, que aquele lá tinha mais cara de admirador das suas pernas do que fã.

-A Lauren, A Lauren! É sempre a Lauren!

-Ela é sua empresária e também é sua assessora.

-Gina, você é minha assessora!

-Hermione, você sabe que eu sou mais a sua dama de companhia, né? E principalmente, sua amiga. Eu na verdade, sou auror.

-Olha lá! Vamos. – Hermione apontava pra um “quiosque” de sorvetes no shopping.

-Ah não. Sorvete não.

-Deixa de ser boba! Quem disse que eu quero sorvete? Eu quero é milkshake. Por falar em auror, Há quantos séculos eu não faço um feitiço? Não preparo uma poção? Eu praticamente esqueci que a magia existe.

-Ah Mione, agora você não precisa.

-Mas então pra que eu fiquei sete anos em Hogwarts? Dois milkshakesde chocolate, or favor.

-Ih! Que baixo astral! Hermione, você anda estranha. Você nunca reclamou tanto da sua vida quanto nessas últimas semanas. E pra mim você dá um sorvete de chocolate. Cancela um milk.

-Talvez seja o casamento. Obrigada, moço. – agradeceu entregando o sorvete de Gina e mexendo o canudinho dentro do copo de seu milkshake.

Gina engasgou com o sorvete.

-Cof cof. Talvez seja o quê?

-É, eu estou meio insegura, sabe?

-Não. Hermione, você está namorando o Krum há três anos e está noiva há um e meio.

-Eu sei, mas é algo muito sério. Ah,é normal. Você nunca viu uma noiva nervosa?

-Não Hermione Granger.

-Gina, você está se referindo a aquela Hermione, a Hermione que você conheceu, não a Hermione que você conhece.


-Onde você está indo? A loja de sapatos é pra cá.

-Saco! Achei que a gente conversando e andando você não ia mais lembrar.

-Eu sempre lembro.

-Gina, já não basta esse scarpin preto? Eu tenho várias botas.

-Esse scarpin é lindo, você tem várias botas, mas essa é necessária.

-Por falar nisso, eu tenho uma reivindicação a fazer. Eu sei muito bem que não é você que escolhe as roupas, você fala com a Lauren e ela diz o que eu ponho pra sair. Eu sei muito bem disso, e tenho uma reivindicação! Esse jeans é muito reto, custava a boca ser mais larga?

-A calça é reta, normal. Pra dar destaque ao scarpin.

-E essa blusa? Eu me sinto um pirulito. Ô blusinha justa, preta, decotada, e ainda tem umas partes na barriga que é esse tecido de preto-transparente, Que dá pra ver tudo. Eu estou sempre maquiada, arrumadíssima e sempre fazendo o tipo ‘mulherão’.

-Hermione, as suas roupas são lindas e agora pára de reclamar e entra nessa loja. Você deve estar de TPM, não é possível!

***

-Oiii meu amoooor. Demorou hein? – Karine, a nova namorada de Ron, jogou-se nos braços do ruivo dramaticamente e lhe deu um selinho.

-Oi Karine. É o trânsito.

-Sei. Olá Potter.

-Oi Karine.

-Vamos logo, amor? A minha bota está me esperando.

-A Gina marcou comigo nessa tal loja também.

-Ela deve estar querendo comprar uma bota igual a minha também – disse Karine e depois soltou uma gargalhada, uma gargalhada extremamente aguda, alta e escandalosa, algo entre um relincho de cavalo e um som de hiena. – Amorzinho, eu tenho um jantar hoje à noite. Você vem comigo, né?

-Ah Karine...

-Me pega ás oito.

Eles chegaram na loja. Karine deu uma bitoca em Rony e foi atrás da tal bota. Rony e Harry ficaram sentados em umas cadeiras esperando por suas respectivas namoradas.

***

-Mione, eu vou dar uma volta lá do outro lado da loja. Vou ver se o Harry já chegou.

-Tá, eu vou continuar dando uma olhada nos sapatos aqui.

-Mas não se esquece de quando achar a bota fazer cara de feliz e comprá-la!

-Se eu achar, achei, se eu não achar eu também não vou procurar!


***

Já havia se passado quase quinze minutos que Harry e Rony estavam ali, e não havia sinal nem de Gina nem de Karine. Harry, então, levantou-se entediado e começou a andar de um lado pro outro.

-Calma aí, Harry! Mulher é tudo assim mesmo...demora.

***

-Ah! Lá está ele. Andando de um lado pro outro.- Gina parou com as mãos na cintura, e depois caminhou até Harry – Como é impaciente esse meu namorado!

Harry abraçou e beijou a namorada.

-Meu amorzinho! Você não sabe o que aconteceu. Tinha uma idiotinha querendo roubar a minha bota. Foi meio difícil pra encontrar porque era a última! Mas aquela garotinha... eu ia quebrar a cara dela – Gina pôde ouvir Karine chegar e começar a tagarelar irritada-manhosa, enquanto beijava Harry.

Harry e Gina soltaram-se. Karine continuava reclamando com sua voz de taquara rachada.

-Oi, Harry - disse Gina agarrada ao pescoço de Harry - Oi Karine, Oi Rony! – cumprimentou naturalmente - Rony?!- exclamou dando-se conta de quem havia cumprimentado. Largou o pescoço de Harry e olhou para os lados à procura de Hermione – Essa não!

-Oi, Gina. Mas o que foi, irmãzinha?

-Rony, você não quer ir embora?

Rony agora estava de pé ao lado de Karine. Nenhum dos três entendeu nada.

-Não. Ainda temos que pagar a bota.

-Gina! Você não vai acreditar... – Hermione chegou atrás de Gina. Hermione ria, mas parecia que tinha estado irritada. – Sabe a tal bota? Tinha uma perua louca lá... A maior fresca querendo que...- Hermione parou de falar e sorrir, Seus olhos caíram sobre Rony e Karine.

-Não. – disse Gina, com uma cara de “era o que eu temia, só um pouco pior”

***

-Ai, ai. A Gina está doida se ela acha que eu vou andar atrás dessa bota. Eu que não vou procurar. Só se eu tiver muita “sorte” é que nessa loja enorme eu vou achar uma bota que eu quero sem nem procurar. – dizia Hermione examinando alguns sapatos. Hermione avistou a tal bota. – Eee boca! – a garota caminhou até a bota e apegou, mas no mesmo instante que ela, uma outra mão pegou a bota.


-Essa bota é minha! – disse a moça

-Me desculpe, mas pegamos...

-Eu não quero saber! É minha e pronto acabou!

-Mas...

-Ah, peraí. você não é aquela modelo famosa?

Hermione sorriu.

-É. Eu...

-Bem que eu vi essa sua cara de sonsa. Só podia ser a metida da Granger!

-Escuta aqui, garota! Não venha me ofender, ok? Eu ia dizer que pegamos juntas, e por educação, ia deixar você ficar com essa e ia pegar outra, mas pelas ofensas eu fico com essa! – disse Hermione puxando a bota.

-Não senhora! A bota é minha!

-Só nessa sua mente oxigenada!

-Oxigenada? Eu?

-Claro, olha só essa sua raiz.

-A raiz do meu cabelo é escura por opção! E você não está vendo que eu decidi que ele ia ser mesclado?

-Eu sei, mas não deixa de ser loira oxigenada.

-Ah... Sua magrela! – Karine partiu pra cima de Hermione, mas as duas não puderam brigar. Uma vendedora da loja apareceu e separou a briga.

-Srtas. Acalmem-se! – disse a moça.

-Essazinha quer roubar a minha bota.- disse Karine apontando pra Hermione

-Eu vi primeiro! E nós pegamos juntas!

-Srtas. Eu pego outra bota! – a vendedora se aproximou da pilha de caixas em que a bota estava em exibição.- oh... sinto muito. Só há essa.- disse a moça pegando a caixa da bota que Karine e Hermione seguravam - As de baixo são outra marca e modelo.

-Então essa é minha! – disse Karine

-Ah vai pensando!

-Ah é! Olha aqui! – Karine pegou a caixa da bota, cuja estava o outro pé.- Quero ver se você leva sem a outra!

-Ah... sua...!

-Srta. Granger! – interrompeu a vendedora - Venha cá um instante. – srta. Granger, seja superior que essa moça mimada! Se acalma, nós...

-Uhu! Vendedora panaca!- peguei a bota fácil , fácil, da sua mão! Agora, com licença, que meu amorzinho me espera. Bye, honey!- disse Karine indo embora.

-Sua... – disse Hermione avançando em Karine, mas sendo detida pela vendedora.

-Ela levou a bota! E a culpa é sua!

-Calma srta.! Nós sabíamos que com a senhorita fazendo o marketing dessa bota ela venderia mais e mais rápido. Então, reservamos a que a srta. Viria comprar hoje.

-Ah é?

-É. A srta. éespecial. Pode vir comigo pegar a bota.

Hermione ajeitou-se e acompanhou a moça.

***


-Você de novo sua topzinha de meia tigela! – disse Karine, mas Hermione nem ligou. Na verdade, os olhos dela haviam se encontrado com os de Rony. Os dois SE olhavam, nem se preocupavam com a “bandeira” que estavam dando nem com mais nada.

-Rony?

-É claro que é o Rony. Acha que é quem? Ora, faça-me o favor! É o Rony meu namorado. Peraí! Vocês se conhecem?

-Ahh Gênio! – disse Gina

-Esse é seu namorado? – perguntou Hermione meio “borocoxô”

-Óbvio!

-É. Bem se vê, vocês formam um casal ótimo. Ela é a sua cara, Rony.- disse Hermione tristemente

Hermione saiu da loja depressa.

-Hermione! – Rony ia atrás. Gina não deixou.

-Pára, Não chega perto! Harry, melou. Ela vai fazer besteira, tenho que ir.

-Tudo bem. Vai lá, rápido!

Gina foi atrás de Hermione, que corria feito louca pelo shopping, seguiu chamando o nome da morena até o estacionamento, mas Hermione não respondeu, ela entrou no carro e deu partida, Gina entrou na frente do carro.

-Gina! Sai da frente!

-Não! Espera!

-Eu Vou acelerar!

-Eu Não Vou Sair!

-Então Saio eu! – Hermione acelerou e Gina foi obrigada a sair da frente.

-Sua Louca!

Hermione corria com o carro, como nunca jamais havia corrido. Ela acelerava para o nada, não sabia aonde ir. Muitas lágrimas rolavam em seu rosto. O reencontro com Rony não podia ter sido pior, de sopetão, do nada, e após uma briga com sua namorada.

Hermione dirigiu pra bem longe dali. Todo o seu passado, o qual ela lutava fortemente pra esquecer, havia sido relembrado. Ao vivo e a cores. Hermione estava muito triste e nervosa. O celular tocou. Era Gina.

-Alô?

-Onde você está, Hermione? Você tem uma sessão de fotos às cinco. Por favor, Hermione! Eu entendo tudo o que você está passando. Mas...olha, se você quiser eu cancelo todos os seus compromissos de amanhã!

“TU-TU-TU-TU...”

Hermione não respondeu apenas desligou o celular. Ela já estava em um lugar meio distante e havia um parque ali. Aquele era um raro dia de sol em Londres e por isso as praças e parques estavam lotados. Havia pouco sol, mesmo em plena primavera, no país, então todos saíam para aproveitar o sol que brilhava excepcionalmente.

Hermione estacionou o carro e adentrou o parque. As àrvores dali davam uma espécie de alívio a ela, pôs-se a andar. Atraía muitos olhares, uns por sua beleza, outros por ser uma famosa modelo andando ali, triste, solitária, chorando...

A moça encontrou um gramado entre duas ávores e resolveu sentar-se ali mesmo. Tinha dor de cabeça, mas não era a cabeça que doía, mas sim os pensamentos. Aquela garota nojenta, as coisas que Rony fizera, tudo, tudo vinha a sua mente.

Então decidiu ler. Ler era algo que a tranqüilizava e consolava, mas o único material de leitura que ela possuía no momento era o diário terceirizado.
Hermione hesitou, continuar a ler aquele diário era continuar a lembrar de seu passado, mas preferia. Era a visão de uma outra pessoa.

-Quem teria escrito esse diário, Meu Deus? Quem? – perguntou pra si mesma



*Diário*

Os dias se passaram e logo a sexta-feira chegou. Todos da Grifinória estavam excitadíssimos com o jogo, exceto Hermione, porque ela ainda estava ainda chateada. Sentia que Rony não estava dando-a o valor que merecia, mas ainda assim ela queria dar outra chance ao rapaz, afinal, amava-o.

-Mione! Mione! É hoje! É hoje!

-Sim, Rony. Você vai triunfar, eu sei.

-Vamos lá, Mione! Uhu!

-Acho que o Rony que devia ser capitão do time. Ele está se dando tão bem.... – comentou Harry

-Nem diga isso! Nem de brincadeira, Harry. Eu já tenho problemas demais com ele, tá?

Pois é, o Rony venceu o jogo. Foi muito emocionante, ah como eu gosto de Quadribol! Mas agora que a Grifinória está na final é que ele só pensa em Quadribol. A final vai ser contra a Sonserina, com a morte de Cedrico, a Lufa-Lufa ficou muito perdida. Eles terão de suar as vestes se quiserem ter alguma chance ano que vem!

-É isso aí! O Ano terminou. Cada um pra sua casa, mas ano que vem tem mais! Tem muito mais! Hogwarts que me aguarde...

-Rony!

-Fala.

-Pra você! – disse ela entregando-lhe um celular

-Pra que que é isso?

-É um celular pra podermos nos comunicar além das corujas. Pedi que papai trocasse o meu, então eu estou te dando o antigo pra podermos nos falar.


-Tudo bem.

-Pede pro Harry te explicar como usa, acho que na Toca deve pegar. Senão nós vemos depois...

-Ah, esse ano nós vamos viajar. Papai quer conhecer uma cidade Trouxa na Itália.

-Que ótimo! Esse celular pega em toda a Europa. É perfeito!

-Então, até mais Ron.

-Até. - Os dois se despediram com um longo beijo.




Caro Rony,

Já estamos de férias há três semanas e você não me enviou nenhuma carta até agora, está tudo bem?
E o seu celular? Eu andei checando, e vi que ele pega muito bem em Roma. Eu já te telefonei várias vezes e você não atende e não responde meus recados. Acho que o Harry te disse que você tem que recarregá-lo, não?
Bem, eu estou ótima, mas quero notícias de você.
Me responda com urgência!
Com todo o amor,
Hermione


A quarta carta que Hermione enviava sem obter resposta alguma. Ela passava os dias na poltrona de seu quarto lendo, sempre virada a janela, esperando ansiosamente ver uma coruja cruzar o céu trazendo notícias do ruivo. Seu celular permanecia sempre carregado e na mesinha, o telefone sempre sendo checado, mas Rony não dava sequer uma notícia.




-Quanto eu sofri!

*Diário*

Já estavam a apenas duas semanas da volta às aulas quando os Grangers se sentaram à mesa novamente.


-E o seu namorado, querida? – perguntou o sr. Granger

Hermione ficou envergonhada.

-Não tenho falado com ele.

-E as corujas que você enviou? – perguntou a mãe de Hermione

-Er... Não tive resposta. Ele deve estar muito ocupado.

“Bum”

-O barulho! Vem do meu quarto. Deve ser a resposta da última carta que mandei. Com licença papai, mamãe. – disse Hermione esperançosa, lançando-se desesperdamente escadas acima.

Chegando ao quarto, realmente havia uma coruja lá. Uma linda coruja branca, mas não era de Rony. Era Edwiges, o que significava que a carta vinha de Harry.
Após Hermione ler e responder a carta de Harry, ela resolveu tentar falar com Rony novamente.

**
A escrivaninha do quarto do ruivo continha vinte e duas cartas, todas fechadas e vindas de uma garota: Hermione Granger. Rony se arrumava em frente ao espelho naquele momento, iria sair com uns amigos que fizera pela cidade,

“Tilinguilinguininim, tungunlun, tongoingononom”

-Esse celular de novo! – Rony apanhou o aparelho – É a Hermione outra vez. Desculpe querida, mas eu falo com você na escola.

E saiu. Sr. e Sr. Weasley já estavam no quarto. Gina estava na casa de uma colega de Hogwarts. Então, Rony estava livre, leve e solto! Conhecera um garoto no hotel e fizera amizade com ele. Esta noite iam sair pra beber e farrear.

-E aí, cara?

-Oi.

-Pronto pra diversão?

-Mais do que pronto!

-Então vamos, que a noite é nossa! E aquela minha amiga que te falei acabou de me ligar. Ela e uma amiga vão estar lá, todas gostosinhas pra gente.

***

Algumas Horas Depois


-Aconteceu alguma coisa com ele! Só pode ter acontecido! – Ela encontrava-se chorando na cama, mortalmente preocupada, com certeza havia acontecido algo com seu amor - Por que ele não responde? Por que não atende? Eu não posso! Vou tentar de novo!

Hermione saltou da cama e pegou seu celular, discou os números e escutou apreensiva, era a sexta vez que ligava para ele aquele dia.

***
“Tilinguilinguininim, tungunlun, tongoingononom”

-Seu celular. – disse uma linda menina que conversava intimamente com Rony na pizzaria.

-Só um instante, gata. – Rony pegou o celular e o abriu.

Mione Chamando


-Ah, ninguém importante, linda. – disse Rony dobrando o celular e guardando-o. – Onde nós estávamos mesmo?

-Você eu não sei, mas eu ia te beijar naquele instante.

-Então pode apertar o replay.

O sem-vergonha do Rony beijou aquela galinha da Giovana. Que nojo, não sei como que ele não pegou sapinho!

***

-Estranho. Caiu no quarto toque, e nem foi pra caixa postal...




-Chega! Por hoje chega!

Hermione levantou-se, enxugou as lágrimas e voltou a andar pelo parque.

-Mamãe, mamãe! É a Hermione! – disse um garotinho de uns cinco anos puxando a manga da blusa da mãe.

-Não é, não, Filhinho.

-É, é sim! – o garotinho correu até Hermione e bateu nela.

-Opa! Opa rapazinho, vai com calma, senão você pode cair e se machucar!

-Eu te amo, Hermione.

-Ah, que lindo!- agachou-se pra falar melhor com o menino – Como você se chama?

-Éric.

- Que lindo nome. Você quer um autógrafo, Éric?

-Eu prefiro um beijo na bochecha.

-Humm, é pra já! Saindo um beijo estralado pro Éric!

-Éric! Deixa a moça em paz! – disse a mãe aproximando-se.

-Não. Não tem nada, não.

Hermione abraçou o garotinho.

-É que esse aí é seu fã srta. Granger. Ele tem pôsteres, vê todas as reportagens sobre você, quer os seus produtos. Enfim... te adora.

-É mesmo, Éric?

-ahã.

-Então que tal tomar um sorvete comigo?

-Oba! – comemorou o garotinho

-Não. Não precisa, não queremos encomodar – disse a mãe do menino.

-Magina! É criança, não dá trabalho nenhum. Alem disso, é o único fã masculino inocente, que não gosta de mim só por causa das minhas pernas. É um fã sincero.

-Então, tudo bem.

-Vamos?

Hermione, a mãe do garoto e o menininho foram para a lanchonete mais próxima e começaram a tomar o tal sorvete.

-Hermione?

-Ãh?

-Eu já falei tudo da minha vida. Agora fala da sua.

-Falar do que? Você já sabe de tudo, sabe mais do que eu até! - brincou ela

-Mas por exemplo, você está feliz? Eu achei você triste no parque. Você ama o tal Krum?

Hermione ficou sem ação, como uma criança podia saber, sacar e entender tudo daquela forma?

-Bem, eu...

“Arã...Nuninonunei, nunino nono nen anen neite nunei no nen nol nen naite nings”

-Alô? Gina?

-Hermione! Graças a Deus! Onde você está? Você tem duas horas pra aparecer no estúdio. Você vai, não vai?

-Eu... – disse Hermione. Ela ia dizer pra Gina que não iria a lugar algum hoje, mas hesitou, Éric sorriu.





-Estou muito atrasada?

-Graças à Deus! – comemorou e louvou Gina. -Pensei que você não vinha.

-Eu também. – dois rapazes cercaram Hermione, um começou a “bagunçar” seu cabelo e o outro a maquiá-la. – Mas eu vi uma coisa que me fez mudar de idéia.

-Humm... o quê? – disse Gina mexendo na arara escolhendo a roupa de Hermione. – Algo que fez a Senhorita-Sabe-Tudo mudar de idéia.

-Eu vi que às vezes há coisas mais importantes na vida do que os nossos desejos.

-O quê?

-O sorriso de uma criança, por exemplo.


Muitas Clicadas Depois

-A Foto ficou perfeita pra campanha!

-É, ficou boa mesmo.

-As outras vão também, mas essa vai ser o centro das propagandas, e ela é que vai para os outdoors.


“Arã...Nunino nuneni, nunino nono nen anen neite nunei no nen nol nen naite nings”

-Alô? Krum? Fala. Eu estou te ouvindo. Jantar? Ah claro... eu estou morrendo de fome mesmo. Não comi nada hoje, além de um milkshake e um sorvete. Ah...mas no restaurante...

-Vai sim gata manhosa! É o restaurante que você tem que comparecer hoje. – sussurrou Gina

-Eu não estou muito afim... Mas tudo bem. Ah, tá. Pode levar uma amiga sim. Eu não me importo. Até às oito então. Beijo.

-Jantarzinho à três?

-Não, né. Provavelmente a amiga dele vai levar um amigo. Eu não estou com muito saco, mas vai ser bom espairecer.

-Divirta-se. Eu vou pra casa. Tenho programa pra hoje à noite. Filminho de terror, pipoquinha e Harry!

-Ô coisa boa. Queria eu estar no seu lugar.

-Ah... peguei no flagra a atração que você tem pelo meu namorado, hein!

-Claro que não piadista, era só trocar a parte do Harry pelo... Ah esquece, Gina! Você brinca com tudo mesmo...


***

-Oi, Amor!

-Oi Viktor! Que bom que você já está pronto. Eu vou tomar um banho de cinco minutinhos e já volto, tá?

-Se Quisesse podia ir assim mesmo. Está ótima.

-É por isso que eu te adoro –Hermione beijou Krum e foi para o banho.

Hermione estava enrolada em uma toalha de banho, e uma na cabeça também, quando adentrou seu quarto e avistou seu maquiador.

-Neon? O que você está fazendo aqui?

-Querida, seu trabalho de hoje ainda não terminou. A maquiagem é por minha conta ainda!

-Céus!

Hermione colocou um lindo vestido frente única preto, Muito justo até o fim da barriga e depois mais folgadinho. O decote da frente também era avantajado.

-Seus olhos ficam muito bem maquiados de preto. – disse Néon terminando de maquiar Hermione

-Prefiro maquiagem mais leve.

-Você é do contra. Agora o cabelo, eu vou fazer um rabo-de-cavalo meio de lado, de altura média, e vou cachear da metade do rabo ás pontas, tudo bem?

-Cacheado? Tudo ótimo!

-Até que enfim você gostou de alguma coisa, heim menina!

***
-Herm-On-Nie, você estar linda!

-Obrigada. Vamos?

-Falta algo.

-O quê? – Krum pegou uma caixinha azul e entregou a Hermione.

-Um decote desse tamanho não pode ficarr sem um belo colar.

Hermione abriu a caixa, havia um lindo colar e uma linda pulseira de brilhantes, que combinavam perfeitamente com seus brincos.

-Krum...é lindo.

-Você merece. – Krum colocou o colar e a pulseira em Hermione.

-Perfeito! Humm, seu bofe tem bom gosto hein, menina! Mas agora, você tem que trocar o sapato e a bolsa.

-Ah...Nem pensar! O jantar está marcado pras nove e eu não quero deixar os convidados esperando!

-Mas Hermione...- interviu Neon

-Vamos Viktor! – Hermione puxou o noivo.

***

-Anda Karine! Vamos chegar atrasados - berrava Rony da escada.

-Já estou quase pronta.

-Anda logo.

-E então? Não valeu a pena? – Karine vestia um lindo vestido vermelho, todo colado no corpo, salto 18, decote enorme, maquiagem forte e tudo o mais.

-Está maravilhosa, mas agora vamos.

Karine realmente estava muito bonita, mas com certeza Hermione estava mais. Hermione estava chique, linda e sensual e Karine estava chique, sensual e levemente vulgar, pois a combinação de hábitos vulgares(o que não faltava à ela), maquiagem forte, vestido decotado, colado e curto, salto altíssimo e jeito extremamente vulgar, em um simples jantar deixa qualquer mulher linda, mas vulgar.


Entrada do Restaurante

-Eu adoro sair con você, mas fico com ciúmes, é linda demais. – Hermione e Krum entravam no restaurante e sorriam para dois fotógrafos que estavam na porta.

-Por quê? Acha que estou vulgar? – disse Hermione preocupada

-Non, mas é um sensual-chique. – Krum puxou a cadeira para sua noiva.

-Seus convidados estão atrasados.

-Não, nós é que estamos seis minutos adiantados.

***

-Ainda bem! Ainda faltam dois minutos. Vamos entrar logo – disse Rony

-Não. Espera eu retocar a maquiagem – disse Karine passando gloss através do espelho do carro.

-Anda, Karine.

Rony e Karine finalmente entraram no restaurante.

-Onde vocês marcaram?

-Na área de espera, logicamente.

***

Krum tomava um drinque, Hermione observava o barman fazendo suas “manobras” no bar.

-Ah, lá estão meus convidados, Herm-on-e – disse Krum levantando-se e puxando a cadeira para Hermione, que se levantou e procurou de quem Krum estava falando.

-Onde?

-Ali, Herm-i-ne.

Hermione avistou uma moça de vermelho vindo saltitante em direção a eles, acompanhada de um ruivo que olhava para os lados, observando as variadas áreas do restaurante.

-Vitinhooo!! – Karine chegou a mesa. Krum beijou a mão da moça.

-Que bom que chegaram. Her-Mion-ni, essa é a srta. Fence, minha amiga Karine, e esse é seu acompanhante.

-Hermione? Ah, eu não acredito. Krum! Você trouxe ela...eu devia ter imaginado. Oi de novo, querida. Vitinho, esse é Ronald, meu namorado.

-Espera, eu já te conheço. – comentou Krum

Rony e Hermione não podiam acreditar, quase sete anos sem ser ver, e de repente, dois encontros no mesmo dia. Hermione havia aprendido obrigatoriamente a atuar, então ela abriu um belo sorriso, que mesmo com a atuação parecia nervoso, e disse:

-Olá Karine, prazer. Sim, querido. Esse é Rony, amigo do Harry, lembra?

-Ah....É mesmo. – com Rony namorando uma garota bonita como Karine, e Hermione não se mostrando abalada Krum até gostou da presença de Rony. Sentia-se orgulhoso, agora estava com Hermione.– Então é você o namorado de minha amiga?

Rony encarava Hermione, surpreso.

-Er...sim. sou eu. – Rony apertou a mão de Krum.

-Bom, então vamos jantar, sim? – sugeriu Krum

-Ah claro! – mais uma risada escandalosa de Karine. Os quatro seguiram para a área de restaurante mesmo.

-Krum&Granger, por favor. – disse Krum ao garçom ao portal das áreas do restaurante.

-Oh sim, claro – disse o garçom fazendo uma leve reverência. – Por aqui, por favor.

O garçom puxou as quatro cadeiras, e Karine sentou-se ao lado de Rony, de frente à Krum e Hermione ao lado de seu noivo, de frente a Rony.

-Bem, Poderia nos trazer seus dois melhores vinhos para provarmos?

-Claro, senhor.

-E então? Vão se casar daqui duas semanas, mesmo? – perguntou Karine

-Claro – disse Hermione. – O Garçom chegou com duas garrafas de vinho e serviu um pouquinho á cada um, exceto Krum.

-Confio em minha noiva – disse ele

-E suponho que Krum mandou lhe enviar um convite. – disse Hermione provando o primeiro vinho.

-Ah, mas é claro.

-Por falar nisso, querida, Karine, além de ser uma amiga que eu gostaria que conhecesse, é também a madrinha de quem eu lhe falei.

Hermione engasgou com o vinho.

-Ela é o quê? – perguntou Hermione limpando a boca com o guardanapo.

-A Minha madrinha.

-Vitinho querido...

-Viktor, você...- Hermione olhou para Karine e depois de volta a Krum – Não me avisou nada...

-Era uma surpresa

-Você disse que estava pensado em uma amiga, Mas depois não tinha resolvido que a sua madrinha seria a Germânia?

-Sim, e ainda é a Germânia, Mas acho que dois casais é melhor.


-Mas Krum, não tínhamos decidido que não teríamos muita frescura na cerimônia?

-Her- mion- ni, é o nosso casamento. É bom que seja grande e sofisticado.

-Mas eu também precisaria de um novo casal de padrinhos.

-Por que não chama a sua amiga, Gina?

-Krum, a Gina JÁ é minha madrinha. Ela e o Harry, lembra?

-Me confundi com os nomes. A outra, a Lauren.

-E Ela ia entrar com quem? Sozinha?

-O seu maquiador.

-O Néon. É, podia ser. Mas o problema é que pelo jeito você incrementou a cerimônia do nosso casamento.

-Naun, eo só sofistiquei um pouco.

-Krum! Você tinha que ter me falado.

-Era uma surpresa. Eu sei que todas as mulheres, na verdade, querem um casamento dos sonhos.

Hermione olhou para Karine (Que deu um sorrisinho para provocar Hermione) e depois disse baixinho pra si mesma.

-Ou dos pesadelos.

-E então? Qual vinho desejam? – perguntou o garçom.

-O que acham? – perguntou Krum

-Por mim o primeiro. –disse Hermione

-O segundo é o melhor da casa - discordou Karine

-O que acha, Ronald? – perguntou Krum

-Por mim... tanto faz. E me chame de Rony, por favor.

-Traga-me o primeiro, por favor. – disse Krum – Então estamos resolvidos, querida?

-Sim. Tudo bem vai. Mas quem será seu outro padrinho? – perguntou Hermione.

-Erhn... eu não tinha pensado nisso. – disse Krum

-Ah que pena.... Tenho que ir à igreja e ao cartório amanhã. Se não tem padrinho, ficamos como antes. – disse Hermione dando na cara que estava satisfeita

-Não. Poderia ser... o sr. Weasley, não?

Hermione e Rony gelaram.

-Isso! Ah que maravilha. Ótima Idéia, Vitinho! – disse Karine

-Não... eu não posso. Tenho, uma... uma viagem. é, é isso. Tenho uma viagem na próxima semana.

-Viagem? – perguntou Karine

-Serei representante do time em uma reunião em Lisboa.

-Vai trocar o casamento da sua melhor amiga, Hermione, por quadribol, Ronald Weasley? – disse Karine

Hermione e Rony se encararam por um segundo e então ela se levantou apressada.

-Aonde vai, Herm- on...

-Ao toalete. – interrompeu Hermione e saiu apressada.

Hermione foi correndo ao banheiro, Não podia acreditar naquilo que estava acontecendo.
Estava de frente a aquele que fora o amor de sua vida e a namorada dele, estava prestes a se casar com um homem que não amava de verdade, tinha uma garota vulgar sendo madrinha de seu casamento, Krum queria Rony para padrinho, e este ia trocar, mais uma vez, algo de Hermione pelo maldito quadribol.


***

-Rony! Eu detesto esse tal quadribol, ele tem muitas fãs por causa dele. – dizia Karine

-Isso é normal – falou Krum -Nos meus tempos de auge, eu também tinha muitas admiradoras.

-Eu só não sei como vocês não caem de lá. – disse Karine - Eu não entendo essa coisa de voar e tudo o mais. Sabe que eu tenho um primo que foi para essa tal Hogwarts, mas eu mesma não entendo nada dessas coisas. Uma vez meu primo me contou que lá...


Karine ia começar com mais uma de suas chatas histórias imensas, sua voz de taquara rachada contando uma historia comprida e chata, e o pior, recheada de suas risadas escandalosas. Rony só conseguia pensar em Hermione, e em todas as vezes que a trocara pelo quadribol ou por outra besteira qualquer.

***

Hermione chorava em frente ao espelho, por sorte, não havia ninguém no banheiro. Queria conversar com uma amiga, mas com quem? Com a Égua-Karine-Hiena?

***

-Ahhhh!!! Xô! Sai! Sai!

-Não adianta, Daiane! Nós vamos morrer!

-Não! Socorro! Socorro, alguém nos ajude! Por favor, nós vamos morrer!


Gina e Harry trocavam quentes beijos apaixonados no sofá. O apartamento estava escuro e havia algumas latinhas amassadas no chão e pipoca para todos os lados. Gina e Harry estavam no maior amasso, sem prestar atenção alguma no filme que ainda não havia chegado nem na metade.

“ Tuststátuststá Tuststátuststá Tuststátuststá”

Harry e Gina pararam.

-Por favor! Alguém abra aqui!

-Deixa pra lá. – pediu Harry

-Melhor ver quem é – falou Gina antes de dar um selinho em Harry e levantar-se.

-Ô...Estraga prazer – resmungou Harry sentando-se

-Alô?

***

-Gina?

***

-Hermione? – perguntou Gina - Abaixa aí Harry – disse ela a Harry fazendo sinal para ele abaixar a tv. – Está tudo bem com você?

***

-Não. Eu estou péssima!

***
-O que foi? O que aconteceu? – Gina sentou-se novamente no sofá.

Harry agora prestava atenção na conversa, preocupado com a amiga.

***

-Os convidados do Krum são a Karine e o Rony - disse Hermione voltando a chorar.

***

-Oh Meu Deus! Hermione, calma!

-O quê? O que que foi? – perguntou Harry baixo

-O Krum convidou o Rony e a Karégua pra jantar

***

-O Harry está aí com você? – disse Hermione

***

-Está.

***

-Então põe no viva-voz que ele cansa menos pra escutar a conversa.

***
-Tá. Espera aí. – Gina virou-se a Harry, bateu nele e disse – Viu o que você fez?

-Ai! Aiiii! Eu?

-É. Pronto, Mione.

***

-Olá, Harry.

***

-Er... oi. – disse Harry sem jeito.

***

-O pior é que ele quer que a Karine e o Rony sejam padrinhos.

***

-Mas os padrinhos não são Germânia e...?

***

-São, Mas ele quer que haja dois casais.

***

-Mas o Rony não pode! Ele é nosso representante na reunião!

***

-Aiii...Buá – Hermione desabou a chorar, mais desesperada do que já estava.

***

Gina jogou todas as almofadas que estavam ao seu alcance em Harry.

-Ai! O que foi que eu fiz?

-Cala a boca, Harry. Hermione, Hermione escuta. Não tem problema, pelo que eu sei, dá tempo do Rony voltar a tempo.

***

-Mas eu não quero o Rony como meu padrinho de casamento.

***
-Então eu dou um jeito de deixar ele por lá por um tempo. – disse Harry

***

-E ele vai trocar alguma coisa minha por Quadribol de novo. – Hermione chorava beeeem menos agora, estava quase parando, apenas lágrimas silenciosas caíam de seus olhos.

***

-Se resolve, né! Assim não dá. – falou Harry – Ah.... na verdade, você queria ele como noivo...

Hermione desabou a chorar desesperadamente de novo. Gina deu mais alguns tapas em Harry.

-Ai! Pára, Ai, Gina!

-Hermione, me ouve. Você já esqueceu o Rony?

***

-Eu...Já, claro. Mas reviver o passado não é fácil, muito menos gostoso.

***
-Hermione, o tempo te fortaleceu, agora você pode encarar uma lembrança. Você já superou isso, certo?

***
-Ah...Ahã.

***

-Então! Não tem nada demais! Se o Rony for ficar pra ser padrinho, ótimo, se não for ficar, melhor ainda! Agora mostre aquela Hermione forte que tem dentro de você! Você está no banheiro, certo?

***
-Certo.

***

-Pois então enxugue essas lágrimas, retoque o batom, puxe o decote, dê um belo sorriso e volte para o seu jantar.

***
-Você tem razão, Gina. Eu estou ótima, tenho um noivo lindo que me ama, uma carreira ótima e não tenho por que ficar chorando no banheiro. Obrigada, Gin!

***

-Não tem de quê.

-Pronto. Resolvido, a Hermione às vezes mostra um lado tão estranho! Um lado muito diferente daquela Hermione que eu conheci.

-Harry, tem coisa que mexe com qualquer um, que machuca qualquer um, e o tipo de namoro o qual a Hermione viveu, é um namoro que deixa marcas para a vida toda.

Gina abraçou Harry. Os dois voltaram a namorar, mais carinhosamente, agora. Menos paixão, mais amor.

***

-Demorou, Hermione! Estava difícil de andar com o seu salto? – disse Karine maliciosamente

-Não, não Karine. Ele é mais bonito que o seu, mas por incrível que pareça é mais baixo. E Eu não preciso de saltos muito altos para ficar bonita.- alfinetou Hermione

-Mas um bom salto deixa a mulher sensual. – debochou Karine ainda com o sorriso maldoso

-Nem para ficar sensual, mas esse é o MEU caso, né? – Sorriu Hermione

-Eo pedir o mesmo para você e para mim, Her- men- oni.

-Tudo bem, Viktor.

-Krum, Krum, está para se casar e ainda não aprendeu o nome da noiva – disse Karine para provocar Hermione – Acho que ao menos decorar o nome dela é essencial – Disse sorrindo maliciosamente, agora com a voz mais grave do que de costume, Estava tentando ser sedutora, na opinião de Hermione. Krum abriu a boca para responder, mas Hermione foi mais rápida.

-É o seu charme.

-Como disse? – falou Krum

-É, é o maior charme do Viktor esse jeito de dizer o meu nome. Ele sempre muda, mas sempre fica na volta de Herm-On-Ni-Ni, como nos tempos de colégio. E eu adoro. – sorriu Hermione acariciando o ombro de Krum

Karine sorriu e arqueou as sobrancelhas, sempre sorria maliciosamente, fazia comentários maldosos e maliciosos e nunca mostrava se “perdia um diálogo”

-E o vestido? Como será?

-Ah, aí eu já não posso revelar. O noivo está presente.

-Mas poderia me mostrar esse fim-de-semana.

-Sinto muito, só pessoas muito importantes têm acesso ao meu vestido.

-Mas a Gina disse que vai com você às provas do vestido.

-Pois então, pessoas importantes.

-Bom, então eu também sou importante. Sou a madrinha do noivo.

-Então vá ver o terno dele. – disse Hermione deixando Karine furiosa e fazendo Rony se segurar para não cair na risada.

-Srta. Granger! Pode pousar para uma foto? – um fotógrafo aproximou-se da mesa.

-Meu senhor, não vê que está incomodando? Ela está jantando.

-Tudo bem, Viktor.- disse Hermione - Pode tirar, afinal essa é uma noite tão importante. – Hermione encostou-se a Krum e pousou para a foto.

-Por que é uma noite importante? – perguntou a repórter

-Porque é, provavelmente, meu último jantar com meus padrinhos solteira.

-Esses são seus padrinhos?

-Sim.

-Mas não eram, Gina Weasley & Harry Potter e Germânia Quinn & Troy Spear?

-Continuam sendo, mas agora temos mais dois casais. – disse Krum

-Lauren Toughs & Néon Ventura e Karine alguma coisa & Ronald Weasley.

-Fence, querida, Fence – reclamou Karine

-Sr. Weasley! – disse a repórter – Não sabia que o senhor era amigo do sr. Krum e da srta. Granger. Há quanto tempo conhece o casal? O que o fez se aproximar deles?

-Por favor srta.... Grew – disse Rony lendo o crachá da repórter

-Apenas uma declaração à revista.

-Er...

-Vai amorequinho. – disse Karine. Hermione rezava para que Rony não falasse nada, e se falasse, falasse a coisa certa.

-Bem, eu conheço Hermione desde os onze anos de idade e... éramos amigos de escola, somente depois vim a conhecer Krum.

-Nossa! Então são amigos de infância! Mas sendo os dois famosos e tão amigos por que nunca foram vistos juntos?

-Eu não sou tão famoso, e agora com licença, por favor.

-Mas e...?

-Você já tem a sua declaração, já tem a sua foto dos noivos, agora, por favor, nos dê licença. – disse Hermione.

-Como desejarem. – disse a repórter retirando-se com seu fotógrafo.

-Eu não concordo com isso. Os jogadores de Quadribol deviam se revelar ao mundo, assim teriam a mídia que os jogadores de futebol têm. São muito pouco famosos.

-Está louca, Karine? O mundo da magia estaria revelado se fizéssemos isso.

-Ora Rony, qual é o problema?

-Qual é o problema? Não acredito que esteja me perguntando isso. Eu quase fui expulso da escola no meu segundo ano porque só sete trouxas viram o carro do meu pai voando!

-Eu me lembro disso. Vocês foram muito irresponsáveis, mas foi a maior comédia...O Harry teve até que ajudar o professor Lockhart com as cartas das fãs.

-É verdade, foi até que depois a gente descobriu que ele não passava de uma fraude. – riu Rony

-É verdade, e nós babando por ele...Não acredito nisso... – riu Hermione – Er... o jantar estava bom?

-O meu estava ótimo – disse Krum – Qualquer coisa em sua companhia é bom...

-Acho que já podemos pedir a sobremesa, sim? – falou Karine

-Ah claro. – disse Krum

-Eu não tenho dúvidas, sorvete!

“Arã...Nunino nuneni, nunino nono nen anen neite nunei no nen nol nen naite nings”

-Ah, me desculpem. Eu esqueci de desligar o celular. Perdão.

-Não tem problema, querida. vê-se que boas maneiras à mesa não é seu forte. – disse Karine maliciosamente mais uma vez.

-É claro, eu fiz o mesmo curso de boas maneiras que você. Com licença. – Hermione saiu da mesa e foi atender o celular.

***
Uma mulher de uns trinta anos, loira, olhos castanhos, cabelo no ombro, liso, franja reta e curta, estava num quarto muito bonito e refinado, os móveis todos brancos.

-Hermione Granger! – disse ela. Ela olhava para alguma coisa no notebook em cima do balcão branco. –Você não pode aparecer muito na mídia, senão as pessoas acabam enjoando de você, mas tem que pousar pra foto sim, ser simpática com a imprensa, dar declarações e tudo mais que eu já te falei. Especialmente em dias como hoje, que você foi paga para estar em alguns locais.

***

-Lauren?

***

-Como você adivinhou? Hermione, dois sorvetes num dia só!

***
-Um era milkshake! E tem mais, eu não vou comer um tomate e duas folhas de alface só porque você quer.

***

-Tudo bem. Depois a gente desconta na malhação, e você não tem muita facilidade em engordar, mas e as espinhas? Sabe quantos quilos de chocolate você engoliu nesses dois sorvetes.

***

-Lauren... dá um tempo. E como você ficou sabendo disso?

***

-Há fotógrafos onde você menos imagina. Mas o bom foi você ter tomado aquele sorvete com o garotinho, esperta você! Foi um golpe ótimo.

***

-Que golpe? Está louca? Eu fui porque eu quis.

***

-Tá, tá. Na verdade eu liguei pra mandar você parar com o sorvete e pra te dizer que eu ainda estou negociando alguns contratos, mas as Havaianas na Lua-De-Mel já está acertada.

***
-Eu não vou trabalhar na minha Lua-De-Mel.

***

-É só você colocar as Havaianas quando for a algum lugar movimentado, ok? Bem, er... o que mais? Ah sim, ótima a declaração que você deu á revista, mas por causa do seu padri-inho aquilo foi para o site. É bom você não aprontar nenhuma, hein! Senão vão inventar um caso seu com ele.

***

-Tá bom Lauren, mas agora deixa eu voltar pro jantar. Tchau.

***

-Última recomendação: “So...

***
-“...rria sempre” . Tchau.

-Era a Lauren?

-Era.

-Pela sua cara dá pra ver. O seu sorvete chegou.

-Obrigada.

-O que o cadarço falou pro tênis?

-O que, Karine? – respondeu Krum á 5a. piada da loira.

-Estou amarradão em você!

Krum e Karine caíram na risada pela quinta vez em termos de piada. Hermione imaginava como alguém podia ser tão idiota e contar piadas tão chatas. Rony não agüentava mais ouvir Karine tagarelar também.

-Aqui está a conta, senhor. – o garçom entregou a conta a Krum.

-Pode deixar. – disse Rony

-Non, vocês são meus convidados. – falou Krum

-Não. Eu jantei também.

-Mas que é isso? Meus convidados non pagam

-Eu Faço questão. Ao menos minha parte e de Karine.

-Er...Tudo bem então.

-Que indelicado, Rony! – disse Hermione.

-Não há problema. – disse Krum –Já sei, podemos oferecer um jantar a Rony e Karine quando voltarmos de Lua-De-Mel.

-Ah, não precisa. – recusou Rony

-Eu faço questão. – falou Krum

-Que bom, Vi! Aí a gente conhece a sua casa.

-Bom, então vamos, né Karine? – disse Rony

-Vocês non querem dar uma passada lá em casa? – convidou Krum

-Ah não, Krum. Nós agradecemos, mas já está tarde.

-Que é isso! Ainda são 22:30.- falou Karine

-Mas amanhã é dia de trabalho normal, Karine.- disse Rony

-Só pra você. Eu não faço nada amanhã, e eles também não, né?

-Eu faço. Eu tenho uma carreira, Graças à Deus, muito boa, tenho muito trabalho não dá pra fazer só durante a semana.

-Está vendo? A Hermione quer dormir.

-Imagina! É realmente cedo, mas se vocês fazem questão de ir...

-Non, non vão. Estão vendo? Hermione não quer dormir, agora. Vamos lá, vocês conhecem a nossa “casa”, lá embaixo há uma boa área de visitas. Vamos!

-Acho que...

-Claro que vamos, não é Rony?

-Bem, nós vamos na frente e vocês vão atrás pra verem o caminho. – disse Krum

-Er... ok. – concordou Rony.

***

-Filme interessante, não? – disse Gina

-É. Muito legal.

-A melhor parte é quando o...o...o principal pega lá a serra elétrica e corta a grama e...

-Gina, Não era a grama que ele cortava, e também não era o protagonista que fazia isso, e esse é o filme que vimos anteontem.

-É mesmo.

-A melhor parte, na minha opinião, é quando a.... a loira, quando ela diz lá pro rapaz que ama ele e que eles vão ser felizes para sempre, e que...

-Harry! O filme não era uma comédia-romântica!

-Não?

-Era um filme de terror. – disse Gina olhando pra capa do DVD que estava jogada no chão.

Os dois namorados caíram na risada.

-Na verdade, a gente não prestou a menor atenção no filme. Eu não sei nem o nome. – disse Gina

-Mas também... com você aqui, quem é que ia prestar atenção no filme? – disse Harry - Nunca saia do meu lado.

-Nunca. Eu prometo. Mas então vai mais pra lá, porque eu tô deitada praticamente em cima de você.

-Engraçadinha.

-Por que é que todo mundo me chama disso?

***

-Bom, esse é o meu humilde lar.

-Puxa! Bem legal – disse Karine – Só que você podia tirar uma dessas fotos da Hermione

-Esse é o maior charme do flat – disse Krum

-Qual a extensão?

-Essa sala, aquela outra ali, a sala de objetos, quarto, banheiro, closet e cozinha. - disse Hermione

Depois de Karine visitar cada pedaço do flat e fazer um comentário maldoso sobre as coisas de Hermione em cada um deles, eles desceram para um enorme salão de visitas, cujo estava vazio.


-Conta mais algumas piadas, Karine! – pediu Krum quando os três sentaram-se no sofá. Rony ficou perambulando aos arredores do salão.

Karine tagarelava como louca, não parava um segundo. Krum se divertia e entretinha com as piadas e fofocas maldosas da moça. Hermione não agüentava mais aquele nível de Q.I. tão baixo quando, para sua imensa felicidade, o celular tocou.

-Eu vou atender lá fora, é a Lauren de novo. Preciso ouvi-la com atenção – disse Hermione.

A jovem deu um beijo na bochecha de Krum e saiu, o rapaz estava gostando tanto das piadas que não estava vendo a hora passar, então Hermione decidiu que depois de atender o celular, iria subir e dormir. Depois inventaria que se sentiu mal e precisou subir depois de um imenso discurso de Lauren.

-Alô?

***

Gina estava sentada no sofá com Harry, este estava ocupado beijando e mordendo o pescoço e ombro de Gina.

-Oi Mione. Tudo... – “Pára Harry, espera” fez Gina silenciosamente para o namorado. Tudo bem?

***

-Exceto pelo alto nível de Q.I. da namoradinha do seu irmão, está tudo ótimo. Mas valeu. Você me salvou. – respondeu Hermione. A garota andava pelo grande jardim em volta do prédio - Agora que eu consegui deixar aqueles dois sozinhos no salão, eu vou sair a Francesa. Serei grata eternamente. Foi por isso que eu passei a mensagem pra você me ligar. Mas é só isso. Valeu e tchau.

***

-Tchau. Beijão.

***

-Outro. – Hermione desligou o celular e continuou a andar pelo jardim. – Que noite bonita. Há tempos não vejo uma noite assim. – disse a garota observando o céu - Vou é dormir antes que o Viktor venha me procurar.

Hermione subiu ao apartamento. Chegando lá notou que as chaves haviam ficado com Krum e suas próprias chaves estavam no porta-luvas do carro. Por sorte, Hermione estava com a chave do carro, então ela desceu e foi até o mesmo.

-Rony?- Rony estava encostado no carro de Krum, fumando.O carro de Krum era lindo, verde escuro com todos os vidro pretos. Nada se via de fora para dentro.

-Hermione... Desculpe. Eu vim fumar aqui fora, er...

-Agora você deu pra fumar além de tudo?

-Eu...

-Não importa. A vida é sua, eu não tenho nada a ver com isso. – disse Hermione normal por fora e por dentro.

Hermione passou por Rony, abriu o carro e entrou.

-Droga! Essa porcaria está enguiçada de novo. Quantas vezes eu disse ao Krum: Viktor, troca a fechadura desse porta-luva.? Mas não, ele tem que teimar! – Hermione forçava o porta-luvas, mas este teimava em não abrir.

-Precisa de ajuda aí? – Rony abrira a outra porta do carro, a do motorista.

-Er... o porta-luva está enguiçado, mas eu não preciso, não. Obrigada.

-Tudo bem. – disse Rony. Hermione forçou e forçou a fechadura, mas nada aconteceu. Rony entrou no carro, e fechou a porta, logicamente.

-O que quer aqui? Eu não preciso de ajuda, obrigada. – disse Hermione ainda forçando o porta-luvas.

-Eu sei. Mas vou esperar você. – Hermione tentou abrir o porta-luvas mil vezes e de nada adiantou. A jovem, então, suspirou e disse:

-Er... será que você podia...?

-Ué, a Senhorita-Sabe-Tudo quer minha ajuda? – disse Rony olhando para o nada à sua frente.

-Não! Eu não quero a sua ajuda, eu só estou precisando da sua ajuda.

-Ah... Agora você precisa da minha ajuda?

-Ai! – Hermione bufou de raiva – Não precisa! – ela voltou a forçar o porta-luva.

-Deixa, eu arrumo isso pra você. – disse Rony. O rapaz pegou a chave do carro, o ligou e fez as portas se travarem.

-Ué, pra que você travou as portas?

-Chega mais pra lá. – disse Rony espremendo Hermione á porta do carro e mexendo por baixo, como se houvesse um buraco no porta-luvas. - Se você prefere correr o risco de ser jogada pra fora do carro.

-Ah... tudo bem. Mas ihh Rony, você não vai conseguir. Está fazendo o quê?

-Essa porcaria está presa aqui embaixo, não vamos conseguir forçando-a.

-Aaaiii! Eu nunca ouvi tanta besteira! – Hermione foi tirar a mão de Rony dali do porta-luvas, mas quando sua mão encostou ao pulso dele, seus corações aceleraram. Rony levantou a cabeça a ela, encarando seus olhos escuros, seus lindos olhos castanhos contornados de pretos, destacando-se a pele alva.

Rony segurou a mão de Hermione fortemente e depois beijou a jovem com todo amor, paixão e vontade do mundo, que estavam sendo segurados por quase sete anos.
O beijo durou uns dez segundos, pois Hermione o interrompeu. Hermione nada disse, apenas virou um tapa na cara de Rony.

-Pensa que eu sou o quê? – esbravejou a garota encarando Rony nos olhos, que continuava segurando sua mão fortemente.

Rony nada disse, nem se moveu, apenas (depois de dois segundos encarando os olhos de Hermione) beijou-a novamente. Esse foi um beijo completamente entregue, da parte dos dois. Hermione ficou cada vez mais prensada na porta do carro. Esse foi um beijo longo e acabou por tempo, não porque tenham interrompido, nenhum dos dois.

Quando o beijou acabou os dois estavam ofegantes, mas nenhum deles estava nervoso, nem nenhum disse nada. Apenas se sentiram, um o gosto da boca do outro e se olharam, se olharam, apenas se olharam...

-Hermione... Eu... – levantou os olhos a Rony – Me perdoa – Rony segurou forte a mão de Hermione. – Eu te amo. Eu não queria ter machucado você, e...

-Mas machucou!

Rony baixou a cabeça e disse:

-Eu sei, mas eu mudei. Você me fez mudar, e...

Hermione levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos do ruivo.


-Você me disse isso há setes anos. E eu não acreditei, por que acreditaria agora?
Rony voltou a posição normal, voltou a olhar para Hermione.

-Porque eu não sou mais o idiota que eu era! Eu não queria, mas fiz você chorar, eu sei. Só que depois que eu te perdi eu vi que só você me importa.

-ESSE É O SEU PROBLEMA!- disse Hermione alto. - Você só dá valor ao que tem quando perde.- disse ela voltando a seu tom de voz normal.

-Eu estou mudado. Você me fez mudar, eu só quero você agora. Só você.

-Eu já ouvi isso. Você não percebe? Está me dizendo quase tudo o que disse há sete anos! – Duas lágrimas escorreram dos olhos de Hermione – Estamos tendo praticamente a mesma conversa.

-Eu não sou mais o mesmo!

-Ótimo! Eu acho isso ótimo, mas vá aproveitar isso com a Karine ou sei lá com quem! Não comigo! Eu não caio mais nas suas desculpas.

-MAS EU TE AMO!

-O que você espera que eu diga? O que você quer que eu faça? Que eu termine com o Krum, desmanche um namoro de três anos e volte a ser sua?

-Um namoro sem amor!

-Um namoro ótimo! Você não vê? Se lembra quando eu te disse há anos que eu tinha muito pra dar? Era a mais pura verdade, eu tinha, tenho e sempre vou ter muito pra dar! Só que você não!

Rony apertou a mão de Hermione ainda mais forte.

-É tão difícil acreditar em mim? Eu te amo!

-Não é difícil, é impossível! Olha o que você está fazendo. Você segura minha mão, diz que está mudado...Exatamente como antes. Antes era só um jogo pra você, e continua sendo! – Hermione continuava chorando

-Hermione, larga o Krum, desiste do casamento, desiste de tudo. Eu largo a Karine, a gente se casa é feliz! Vem comigo, por favor!

-Você sai do time? – perguntou Hermione. Silêncio. – Essa conquista, esse jogo, você não vai ganhar. E eu perguntei, mas sabia o que você ia dizer, o de sempre. – falou a garota

-Hermione, eu tenho um contrato. Mas eu nunca mais te trocaria por Quadribol! Nem pelas Gemialidades! Você me basta! Eu continuo com o Quadribol, mas você sempre virá em primeiro plano. Sem você eu morro, eu nunca desperdiçaria essa chance! Nunca te magoaria outra vez!

-Você sabe o que dizer, você diz todas as coisas certas! Mas você não consegue mais me enganar! Porque pra você é só um jogo, no qual eu não quero mais ser um troféu! – Hermione destravou a porta do carro e tentou sair, mas Rony a deteve.

-Eu já e disse que te amo! É tão difícil entender? Quero você pra sempre! Confia em mim! Me dá uma chance de provar!

-Você não me engana, o tempo me fortaleceu e agora eu posso continuar. Sua chance já veio e agora ela já foi.

****

Leitores queridos, Muito obrigada!

Eu ia por esse capitulo só amanhã, mas como eu já disse: Eu sou o pai e a mãe da ansiedade!
Mil beijos e obrigada! Continuem acompanhando a fic. Re, eu não preciso nem falar nada, né?
Poliana, Thank You! E estou postando esse e daqui mais ou menos meia hora eu posto o outro. É só o tempo de revisar!
Ana, Obrigada! E eu tabém espero que o Ron e a Mione se acertem logo, mas não vai acontecer tão cedo, senão não tem graça, né?

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