Diferenças à parte
Capitulo 7 – Diferenças à parte.
Sirius ficou satisfeito com a conversa que tivera com o afilhado. Ficava feliz sabendo que Elizabeth não estava do lado das trevas. Acabara por adquirir, no pouco tempo em que se conheciam, um carinho pela menina. Se era por ela ser uma Black ele não tinha cem por cento de certeza. Certamente poderia ser pelo fogo preso nela, uma labareda controlada pela razão, mas que pedia para ser libertada pelo coração.
Sorrindo, ele desceu da carruagem que o levava de volta ao castelo para logo fechar a cara ao avistar o cabelo negro e oleoso de Snape.
- Ao que devo a honra Severus? - perguntou Black com a voz passiva.
Snape pareceu relutante em falar, então Sirius arqueou uma sobrancelha, achando engraçado o comportamento do professor mais temido de Hogwarts frente a ele. Foi aí que a língua de Severus voltou a funcionar.
- Acho que você precisa mesmo fazer uma visita ao professor Dumbledore, é uma questão de vida ou morte que exige a participação de todos os professores e de seu voto contra.- disse ele.
- Contra o que? - Perguntou Sirius franzindo o cenho.
- É melhor que veja por si mesmo. É uma bomba, um ultraje e acredito que Dumbledore andou se embebedando demais para aceitar tal situação.
- Severus! - Exclamou Sirius desgostoso - O que está acontecendo de tão louco assim?
- Venha comigo - Bufando o Professor de DCAT seguiu Snape em direção a sala do diretor.
Ao chegar em frente a sala de Dumbledore, Sirius achou estranho o bate-boca que ali ocorria, até que Severus abriu a porta bruscamente e mostrou o porquê de tamanha bagunça.
De trás de uma pilastra saiu uma mulher de cabelos pretos, olhos azuis, corpo e rosto magros. Sirius teve de engolir várias vezes até encontrar sua voz, e mesmo assim, está saiu debilitada pela surpresa e o terror.
- Bellatrix... - ele murmurrou com os olhos arregalados.
Ela se voltou pra ele abruptamente e depois de fazer o reconhecimento, seus olhos adquiriram o usual sarcasmo:
- Ora priminho, é assim que trata uma pessoa da família depois de tempos sem se ver? - A morena perguntou com um sorriso pomposo. - Estou decepcionada, ainda tinha esperança de que pelo menos educação tia Walburga havia conseguido lhe dar. Me enganei.
Recuperando um pouco de sua compostura Sirius avaliou cada rosto na sala, para checar se não teria mais alguma surpresa que o fizesse infartar, e finalmente pousou seus olhos em Dumbledore.
- O que ela está fazendo aqui? - perguntou ríspido apontando para Bellatrix.
- Sirius você já esperava que isso ocorresse, até mesmo me disse que a Sra.Lestrange talvez já estivesse planejando isso faz um tempo, afinal não o matou no ministério não é mesmo? - Dumbledore perguntou cruzando os dedos.
- Sim, eu esperava... Mas seria bacana que vocês tivessem me avisado com antecedência a visita da minha prima, louca e comensal hã?
- Eu não podia correr o risco de Voldemort descobrir minha visita à Hogwarts, então pedi a Dumbledore para não dizer uma palavra aos demais professores. Satisfeito?
Olhando de relance para a prima, Sirius sentou-se devagar na cadeira mais próxima:
- Já que ela tá aqui, significa que vai nos ajudar, mas o que é precisamente o que se passa pela cabeça maléfica de Bellatrix Lestrange nesse momento? - perguntou aos outros professores.
- Eu estou aqui, pode falar diretamente comigo. - disse Bella levantando o braço - Sei que suas desavenças comigo vão além do imaginável Sirius, mas eu realmente posso ajudar e conto com a sua cooperação em me deixar fazer isso.
- Bella, por mais que eu aprecie essa sua inteligência e o fato de que é uma das peças chaves para fazer nosso grupo completo, isso não significa que aprecie sua companhia. Então faça o favor de calar a boca e deixe que os outros me expliquem a situação.
A história que contara a Harry a respeito de Bellatrix era a pura verdade. Ela fora induzida a ser que era e isso doía em Sirius mais que qualquer um pudesse pensar.
Bella chegou a ser alguém muito importante para ele quando criança e também na adolescência. Foi um dos pontos cruciais para que fugisse de casa. A menina que ele um dia conhecera havia se perdido no tempo e isso era muito difícil de se recuperar. O respeito havia desaparecido, as brigas cresceram e o que a amizade conquistou o ódio separou e foi assim que Sirius deixou sua casa aos dezesseis anos, sabendo que havia perdido uma das pessoas que sempre pensou que podia contar.
Então, apesar de saber de onde tinha vindo essa natureza de Bellatrix, ele não mentia ao dizer que não gostava nem um pouco dela. Se um dia a antiga Bella voltasse, quem sabe as coisas não poderiam trilhar no caminho da paz entre os dois. Infelizmente, no momento, Sirius podia se contentar com a sua ajuda, que era muito importante, mas jamais com a sua pessoa.
- Que fique claro que não gosto nem um pouco de ter de voltar a conviver com você, parece que NUNCA evoluiu do garoto mimado que achava ser rebelde! - E esse era o problema, desde que a índole de Bellatrix mudara da flor delicada para um espinho traiçoeiro, as "conversas" que ocorriam entre os dois ou pelo menos no mesmo ambiente em que os dois tivessem, iam sempre começar com calma e depois avançar para um estado de gritaria nada bom para o resto dos ouvintes.
Sabendo o que ia acontecer, Dumbledore interviu:
- Se acalmem. Sirius eu vou contar tudo o que precisa saber e Bellatrix você vai ficar quietinha ali no canto.
- Antes de tudo Alvos - pediu Sirius voltando-se para a prima - Você me salvou planejando isso certo?
- É claro! - Exclamou ela com uma boa cara surpresa - Porque mais?
- Ótimo. Problema esclarecido. Agora, o que essa doida vai trazer de bom para nós afinal?
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O alarme acordou Elizabeth de um pulo. Ela sentou na cama e esfregou os olhos com uma cara de poucos amigos, para então levantar-se e arrastar os pés até o banheiro.
A porta estava trancada.
- Ei vocês estão fazendo orgia no banheiro é? - Perguntou ela.
Uma menina destrancou a porta e meteu a cara para olhar Elizabeth de cima a baixo. Era Pansy Parkison.
- O que foi? - perguntou ela ríspida.
- Hã, são sete horas de uma segunda-feira. Se você não foi informada, temos aula daqui a uma hora. - respondeu Elizabeth pondo as mãos na cintura - O banheiro não é privativo e eu tenho uma certa urgência para tomar café. Satisfeita?
- Não - Pansy bateu a porta na cara de Elizabeth, que olhou incrédula.
- Ok! É assim que as coisas vão funcionar aqui é? Perfeito! - Porque o humor da morena não estava dos melhores e tinha medo de acabar sendo suspensa, ela pegou sua toalha, roupa, pôs sob os ombros a capa para que ninguém visse seu pijama e saiu do quarto.
O salão comunal ainda estava vazio, como ela sabia que estaria. Os alunos ainda estavam em seus quartos se arrumando para tomarem café. Bufando, por ser a única a precisar encontrar outro banheiro, ela saiu do salão e subiu as escadas para o primeiro andar do castelo.
Tudo estava em um completo silêncio, tanto que as paredes e o chão pareciam mais gelados sem aquele amontoado de gente.
Alguns dos quadros reclamaram por ela estar passeando pelo colégio naquela hora, mas ela ignorou completamente e subiu para o quinto andar. Draco uma vez comentara com ela que havia um banheiro dos monitores por ali.
Infelizmente, antes mesmo que começasse sua procura, ela se arrependeu. Ouviu um barulho atrás dela e voltou-se para ver o que era. Um par de olhos verdes a encarou risonho e ela sentiu a raiva subindo pelo seu corpo.
- Potter - resmungou. - Agora está me seguindo?
- Não Milady, isso iria alimentar demais seu ego. Vim apenas tomar banho. - respondeu ele rindo e mostrando a toalha pendurada no ombro - Acho que veio fazer o mesmo hã?
- Não tem banheiro no seu dormitório? - Ela perguntou sarcástica.
- Tem Milady, infelizmente o mesmo está ocupado, e nada como começar a semana tomando banho no melhor banheiro de Hogwarts. - Então ele parou, analisou a capa por cima de seu pijama e voltou para os seus olhos - Seu banheiro também está ocupado Lize?
Oh Merlim, seu rosto estava esquentando. Isso NUNCA acontecera com ela!
-Tenha o mínimo de compaixão pelo meu estado Potter e dê meia volta para procurar outro banheiro.
- Ok, princesa de gelo, vou deixar você em paz assim que combinar com você o dia e a hora de nossa nova tarefa. Soube que essa semana Sirius não vai poder vigiar a gente? Parece que somos só eu, você e nossas varinhas, tenho que admitir estou ficando com medo.
- Porque Sirius não irá? – A curiosidade marcou os traços bonitos da pequena Lestrange.
- Disse apenas que tinha um assunto importante para tratar com Snape e mais alguém, sabe-se lá quem, e seria complicado ministrar as aulas. Ia ver apenas se dava um jeito de botar alguém em seu lugar para cuidar das pessoas mais propicias a cometerem desastres e alunos como você, eu, Hermione, Malfoy e etc ele ia deixar por conta própria, afinal ele já viu uma aula minha e sua e sabe como podemos controlar bem a parte técnica. Então? Como vai ser?
- Hum – Lize ainda tentava digerir a informação. Sozinha com o Potter, de novo.
- Eu tava pensando em hoje. Meia- noite. – Ela cruzou os braços com uma expressão engraçada no rosto.
- E onde espera praticar DCAT no meio da noite Potter? Na torre da Grifinória?
- Eu conheço um lugar. – Ele sorriu maroto. – Quando der meia-noite me encontre na torre da Grifinória ok? Vou deixá-la tomar seu banho milady, já que pelo jeito dividir o banheiro está fora de cogitação, ou não está?
- Claro que está! Vaza Potter, vá ver se já liberam o banheiro no seu quarto. Encontramo-nos meia-noite.
Ela se virou para continuar percorrendo o corredor a procura do banheiro. Harry deu de ombros e voltou para o seu salão comunal.
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Hermione nunca acordara com tanta dor de cabeça. Pesava e latejava como se dissesse que deveria permanecer na cama por bem ou por mal. Mas a teimosia da castanha testava limites inimagináveis, foi arrastando o corpo dolorido pela cama até conseguir se sentar, então bem devagar, em passos de bebê, se pôs de pé com um sorriso triunfante no rosto, que fez com que doesse cada pedacinho do mesmo.
- Eu definitivamente não estou bem - murmurou para si mesma.
Depois de um torturante banho e uma lenta muda de roupa, ela tomou uma porção suficientemente forte para acabar com toda aquela baboseira de doença, mas a mesma só eliminou um pouco a dor.
- Melhor do que nada.
Ao descer não encontrou Harry e Ron e gemeu ao notar que teria de carregar a mochila e os livros sozinha.
- Pare de baboseira Hermione, você faz isso todos os dias! - Recriminou a si mesma. - A única variável é que não costuma estar com uma dor de matar em tudo quanto é parte.
A primeira aula era com Sirius, mas antes ela precisava comer. Isso significava que ela teria de descer do sétimo para o térreo e depois subir novamente para o primeiro andar. Respirando fundo e erguendo a cabeça se preparou para a missão.
Chegou ao corredor do primeiro andar sem grandes problemas e notou que o mesmo estava vazio, afinal todo ser humano descente estava tomando café. O que não faria por uma alma penada para ajudá-la com os malditos livros. Descera seis andares, mais um menos um...
- Sabe Granger, pedir ajuda pode parecer terrível para alguém como você, mas na verdade é bem humano. - Provavelmente as almas penadas que ela tanto pedira resolveram mandar o mensageiro da morte para tratar de enlouquecê-la.
- Não preciso de ajuda Malfoy, estou uma maravilha. - O loiro saiu de trás de uma pilastra e olhou atentamente para ela.
- Huhum, e eu pedi para o meu pai fazer uma cicatriz igual a do Potter em mim. Você não é uma aluna, é um caco deprimente. - disse ele - Vamos, me dê sua mochila e os livros. Eu levo.
Hermione, que já tinha decidido dar-lhe as costas e descer fingindo que aquele loiro era uma alucinação por causa da febre, abriu a boca de forma quase cômica.
- Onde tá a câmera? Isso é uma piada, certo? - Perguntou ela olhando ao redor.
- Não sei o que é uma câmera, mas não é nenhuma piada. Eu preciso conversar com você a respeito do trabalho. Acredito que posso unir isso e ajudar você com o que quer que esteja sentindo. E... Um lance de escadas não vai nos matar, vai?
- A mim, um degrau ao teu lado já é suficiente para parada cardíaca. Mas como notei que deixar alguém em paz não é sua especialidade, então... - deu de ombros e estendeu sua mochila e livros a ele.
Com o mais perfeito controle, ele pegou suas coisas. Isso fez Hermione ranger os dentes, como ele conseguia ser tão calmo ao lado de alguém que ele detestava e que não fazia muito tempo chamava de sangue ruim?
- Bem Granger, eu estava pensando em marcar perto da cabana de Hagrid, assim se acontecer algum imprevisto o guarda-chaves de Hogwarts pode intervir.
- Se botamos fogo na casa dele também não tem problema não é mesmo? - disse ela sarcasticamente, recebendo um olhar frio como resposta. - Hogsmead é a melhor opção, deveríamos ter marcado um horário com o Sirius para depois da aula de Harry e Lize.
- Sirius comentou com Snape, que comentou comigo, que não poderá ministrar algumas dessas aulas e por isso vai deixar os alunos sem capacidade de raciocínio para o final, quando terá tempo de olhar o desempenho, o resto fica por conta própria e só comunica seus avanços ou não-avanços diariamente para ele. Significa que teremos de estudar sozinhos, Granger. Eu e você temos mais cérebro do que você pode imaginar.
Ela virou a cabeça abruptamente fazendo com que os cabelos castanhos batessem em seu rosto e os pés desequilibrassem um pouco por causa da tontura. Draco rapidamente a segurou pelo braço, para firmar.
- Opa, vai com calma Granger, se algum acidente ocorrer com você e eu estiver do lado, podem pensar que foi tentativa de assassinato. - Ele tentou não transparecer a preocupação na hora de falar, ainda bem que seu treino de passividade era eficaz.
- Eu... Só foi uma tontura. E nós já chegamos ao térreo Malfoy.
- Não, faltam cinco degraus. - Ela apertou os olhos castanhos.
- Não acredito que Sirius fará isso. Fogomaldito não é algo que se possa fazer sem supervisão da primeira vez.
- Lize e Potter fizeram sem problemas, minha prima até mesmo disse que Sirius pediu que passassem a estudar duelos.
- É, mas Sirius estava do lado deles na primeira aula. Além do mais, somos as duas duplas que não se dão bem e é bem capaz de acabarmos lançando uma imperdoável um no outro. Vamos fazer o seguinte, se ele der o comunicado na aula, assim que a mesma acabar você me procura e a gente resolve o local e a hora ok? - Ele concordou com a cabeça e estendeu os livros e a mochila a ela.
- Tem certeza de que não precisa de ajuda até lá dentro? - Perguntou apontando para o salão principal.
- Tenho. Além do mais, seria estranho nós dois entrando juntos, sua namorada poderia não gostar. Falamo-nos depois Malfoy - ela andou até a porta do salão e entrou. Draco a acompanhou com os olhos e só pode pensar que estava louco, pois uma centelha de ansiedade, para falar novamente com a Granger, brotou em seu interior.
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- Então, o que você acha? - Lize jogou suas coisas na cadeira ao lado de Hermione na sala de DCAT.
- Acho o que Lize? - A voz da castanha estava rouca e ela tinha a cabeça pousada nos braços.
- Ora, essa idéia de que o Sirius não vai poder coordenar nossas aulas "particulares" e teremos que ficar sozinhas no mesmo ambiente com as pessoas que a gente odeia. Eu com o Potter e você com o meu primo aguado. - Hermione virou a cabeça para Lize quando a mesma sentou-se.
- É verdade mesmo? O Sirius não vai poder ministrar as aulas? Pensei que o Malfoy tava tentando me levar para um lugar afastado e me matar. - Lize revirou os olhos e então prestou atenção na nova amiga.
- Você está péssima.
- Ótima em constatar o óbvio, Lize.
- O que aconteceu? Foi o idiota do Draco que te deixou assim? – Hermione balançou a cabeça.
- Acho que é apenas um resfriado, vai passar.
- Se você dormisse no meu dormitório, diria que a Parkison botou veneno em alguma bebida sua. Mas Grifinórias são certinhas demais para desejarem mal umas às outras. Hipótese descartada. Nem nevando tá Granger. É verão!
- Lize, é só um resfriado. – Hermione rangeu os dentes.
- Ok, parei. – Nesse momento Sirius entrou na sala, um pouco mais sério que o normal e um pouco mais rígido.
- Hei, o que tá rolando com o Sirius? – Lize virou e viu que Harry e Ron estavam sentados na mesa atrás da dela e de Hermione – Ah, olá Milady – ele sorriu ao notar que ela fechava os punhos. – Não sabia que tinha apreciado tanto assim a companhia da nossa cara Hermione para ficar sentada com ela na aula.
- Cala a boca Potter! – Ela olhou para frente com o rosto queimando de raiva – Menino metido e prepotente – resmungou baixinho.
- Alguém sabe o que tá acontecendo com o meu padrinho ou tá difícil de responder? – Lize abriu a boca para responder grosseiramente, mas Harry foi mais rápido – Não se dê ao trabalho se não for ajudar, Milady.
- Ui, demorei mais cheguei – Draco viu onde a prima estava sentada e quase teve um ataque. Felizmente para Elizabeth, nesse momento Sirius resolveu começar a dar a aula. O loiro também suspirou aliviado ao notar que fora impedido de fazer um escândalo, logo ele, um Malfoy, famoso por não ter emoções. Tá certo que Lize sempre conseguia tirar risos e fazer com que coisas idiotas saíssem de sua boca, mas sua personalidade amistosa era guardada apenas para prima e aí de quem contestasse seu caráter Sonserino.
- Senhor Malfoy, o que faz de pé? – Perguntou Sirius com o cenho franzido.
- Eu apenas estava tentando entender o que deu na minha prima para ela me trocar pela Granger, professor. Nada que seja de grande importância, a não ser meu sentimento de humilhação. – Bufando, Malfoy sentou-se à mesa ao lado da prima, junto a uma garota de cabelos coloridos e delineador preto nos olhos, que sorriu para ele com os dentes um pouco quebrados – Você me paga – ele murmurou para a prima entre dentes.
- Bem, já que o Senhor Malfoy se acomodou e também já expressou seu desagrado por a prima ter preferido uma pessoa sensata como a Srta. Granger à um albino que se acha o dono do mundo, podemos começar. E sim, Draco, eu ouvi o “Você me paga”, espero não encontrar o corpo da Srta. Lestrange no lago negro no final da aula, ok? – disse Sirius. – Já tenho problemas demais com que lidar hoje.
Sirius começou a falar de feitiços não-verbais com a maior calma, mas seu afilhado sabia que ele não estava bem, pois não havia feitos nenhuma de suas piadas e se limitada a dar o conteúdo escrito e não a praticar.
- Vou perguntar mais uma vez – disse Harry metendo a cabeça entre Hermione e Lize aproveitando que Sirius copiava a matéria no quadro – O que diabos está acontecendo com o meu padrinho?
- Não sei Potter, mas não acredito que seja nada bom – quem respondeu foi Lize (N/A: Quem mais)
- O que vocês tanto cochicham aí? – Ron pôs a cabeça ao lado de Hermione e lançou um olhar acusador para Harry.
- O Sirius que está estranho, a gente não sabe o motivo e estamos preocupados.
Ron deu de ombros:
- Perguntem para ele, é melhor do que ficar batendo cabeça o resto da aula, se não quando chegar a hora da aula Snape vocês vão estar com o humor pior do que o da múmia do Malfoy.
- Não tenho uma múmia – Draco disse rápido e gélido ao escutar o comentário do ruivo.
- Eu sei que não idiota, eu tava me referindo a você. Com essa pele pálida parece mais uma múmia que um ser vivo.
Elizabeth começou a rir baixinho, tentando se controlar para não chamar atenção para o grupo:
- O Weasley sabe fazer piada, que bom! Pensei que você era medroso e não falava.
- Sou medroso – O ruivo disse corando – Só não em certos aspectos, como xingar o Malfoy, isso é diversão até para alunos do primeiro ano, isto é, se antes os capangas do loiro albino não jogarem eles no lago negro.
Elizabeth fez uma cara surpresa antes de voltar-se para o primo:
- Você devia aprender a se portar que nem o garoto, Draco. Você é um constante mico pra mim.
- O grupo de ouro está se divertindo na minha aula? – Sirius perguntou com cara de poucos amigos.
Os cinco voltaram para seus lugares rapidamente, três com culpa no olhar, só sobrando para Lize e Draco a impaciência.
- Nos falamos quando a aula terminar. – O professor estava com um olhar zangado e isso levou o grupo a estremecer.
Quando a aula estava por terminar Sirius anunciou que não poderia dar as aulas separadas por um tempo e aqueles alunos que ele sabia terem mais dificuldade iria encaminhar para outro professor. Disse apenas que o motivo de sua ausência era pessoal antes de dispensar a classe e chamar os cinco alunos afobados para conversar.
Draco mantinha o usual olhar frio e penetrante, Harry estava um pouco resoluto em se aproximar (mesmo assim o fez) Lize foi a primeira a dar um passo à frente, Rony tremia e Hermione deu um tapa na cabeça do amigo para ele se controlar.
Com essa cena tão diversificada, nem mesmo o humor que Sirius estava naquele dia o impediu de rir.
- Vocês parecem porcos indo para o abate e mesmo assim não perdem suas características e posturas. É o grupo mais fascinante que eu já vi e acredite na minha época de Hogwarts eu via cada um, inclusive o meu grupo.
- Sirius, aconteceu alguma coisa? – Harry perguntou e conseguiu captar a atenção do padrinho quase que imediatamente – Digo, entre os professores, há algum problema relacionado a Voldemort?
- Harry isso não é um assunto que se possa conversar desse jeito e mesmo eles sendo seus amigos – Apontou para Rony, Hermione, Draco e Elizabeth – não sei se seria do agrado de Dumbledore que eles soubessem do que está ocorrendo agora.
- Então está acontecendo alguma coisa e tem haver com o cara de cobra – disse Elizabeth ao lado de Harry. – Eu sei que ainda não dei prova de confiança a vocês, mas saiba que Voldemort é a última pessoa de quem quero me aproximar, ele consegue ficar por cima do meu desprezo ao Potter.
- Não é uma questão de confiança cara “sobrinha”, é apenas não ser de bom tom para segurança de vocês, até mesmo com Harry eu fico em dúvida. Então não me levem a mal por eu estar chateado, eu tenho motivos que vocês nem podem imaginar. – Sirius suspirou – Então era isso que vocês tanto maquinavam na minha aula? Um motivo pelo qual o sempre maroto professor estaria de uma hora para outra com um humor dos infernos? Sinto muito, eu sou um túmulo quando se trata de segredos.
- Mas... – Começou uma Hermione desolada.
- Mas nada Srta. Granger, vocês têm aula agora, vão logo. – Quatro dos cinco saíram chateados da sala. Draco era o único que exibia o semblante Sonserino, isto é, nada de emoções, até que parou todos no corredor e disse:
- Qual é, vocês realmente achavam que Sirius falaria alguma coisa? Vocês podem dizer qualquer coisa, trio de ouro, mas nosso querido professor é um Black, um sangue-puro, pertencente a uma das famílias bruxas mais nobres, ele tendo ido para Grifinória ou não, sabe como guardar um segredo. Nossas famílias são cheias deles, mas do que podem imaginar. Algo que envolve o Lorde das trevas não sairá da boca dele com facilidade, precisam saber onde procurar.
Lize arqueou uma sobrancelha e virou para Harry, Ron e Hermione:
- Sabem, meu primo pode parecer um retardado às vezes, mas ele é realmente inteligente e quanto algo está relacionado à sangue-puro, bruxos das trevas, famílias nobres e segredos, ele – apontou para Draco – é a melhor opção. Eu não sei vocês, mas todo esse mistério me deixou sedenta por saber o que estão nos escondendo, com ou sem vocês eu vou tentar desvendar.
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N/A: Eu sei que faz muitooo tempo, eu sei o quanto alguns quiseram me matar por parar de escrever e eu vou confessar a vocês que por bastante tempo eu tava mesmo desanimada e sem tempo pra escrever, postar e etc. Vim postar esse capítulo sem esperar grandes comentários e etc, mas bem me deu vontade de escrever de novo. Desculpa ter abandonado vocês gente, de verdade.
Beijos.
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