Maneira de terminar um ano
Capitulo 49 – Ótima maneira de terminar um ano
Soltei um risinho e com cuidado fui passando por cima dele, para não pisar nele na verdade. Quando pus meu pé direito entre as pernas abertas, ele fechou-as e deu um salto. Eu me desequilibrei e acabei caindo de cara no chão, o livro voou longe e acertou uma estatua. Fazendo um enorme barulho.
- Que susto – ele disse, passando a Mao nos cabelos todos bagunçados, ele estava com uma calça moletom vermelho escuro, e uma blusa em gola vê bem folgadinha.
- Desculpe. Eu não quis... hã... te acordar – levantei constrangida e fui atrás do livro, que parecia querer se esconder.
- Eu que te derrubei, eu que peço desculpas... – ele falou com uma Mao na cabeça e outra na cintura, me olhando dos pés a cabeça. Ele ficava tão diferente de óculos, e ultimamente ele só os estavam usando nas aulas.
- Tudo bem, hã... acontece. – peguei o livro e me virei. Ele ainda estava parado naquela mesma posição, me fitando. – Eu... vou subir... tchau – dei as costas e fui em direção as escadas.
- Eu preciso falar com uma coisa séria com você... – ele me disse, gelei e parei no lugar ainda sem me virar.
- Sim? – perguntei ainda de costas, aquilo me dava arrepios.
- Não houve nada entre a gente. – ele disse, frio. Me virei devagar, para que aquele choque não fosse muito grande.
- O que?
- Não houve nada entre a gente no Natal, eu apenas quis brincar com você, e você foi levando a sério, a sério e hoje estamos aqui. – ele abriu os braços e se jogou no sofá – Desculpe por isso também. Sei que não foi uma coisa muito legal.
- Muito legal? Foi péssima. – eu disse balançando minha cabeça, claro que ele deveria estar mentido, e eu que acreditei.
- Pois é, desculpe. Eu estava vivendo com essa culpa – ele refletiu um pouco e notou que o pomo estava na mão. Imediatamente o guardou no bolso.
- Certo.
- Certo? – ele me olhou assustado – Eu acabo de dizer que eu fui um hipócrita idiota e mentiroso e você diz apenas, certo?
Eu sorri.
- Estou cansada de discussões – eu disse, e ele arregalou mais os olhos – por este ano... – eu ri, e ele também – e além do mais, você já disse tudo que eu poderia ter falado pra você
- Isso me conforta – ele fez uma careta muito engraçadinha.
- Não seja assim – sentei no sofá e olhei a janela. O céu estava claro, ensolarado, parecia que o verão havia mesmo começado.
- Próximo vai ser bom não é? Ultimo ano... – nós olhávamos a janela – talvez eu apareça na sua casa novamente
- Não! Está louco? Minha irmã vai voar em cima de você, ela é anti bruxos, mas acho que com você ela transforma em uma exceção – eu olhei pra ele balançando a cabeça freneticamente e negativamente. Ele riu.
- Ta com medo de me perder pra ela? – ele perguntou naturalmente, rindo. E depois fez uma cara de “sem noção”. Um pequeno silencio reinou ali.
- Acho que vou subir, antes que Maria acordei e cause um alvoroço pensando que Melinda conseguiu me matar e esconder os pedaços do meu corpo – me levantei e ele me olhou. – O que foi?
- Você ta ficando com o Walsh? – ele perguntou sério. Olhei nos olhos dele e eu queria responder “AINDA não” mas seria muito atirada...
- Você ta ficando com a Vernon?
- Como você sabe? Não me responda com outra pergunta – ele deu um risinho
- Não me responda com outra pergunta também. Apesar que foi mais pra uma afirmação – eu sorri e dei um passo em direção as escadas.
- Então, você ta? – ele insistiu. Pensei que tinha ganhado essa.
- Não. E você? – eu não iria perder essa deixa, para uma afirmação dada por ele mesmo.
- Meio que sim. – ele levantou as sobrancelhas e olhou para o bolso. – mas não é nada importante...
- Acho que não precisa ser dito isso não é mesmo?
- Acho que não. – ele me olhou, significamente. Como se ainda restasse uma parte dele que me queria ali, enquanto a outra queria mesmo que eu sofresse.
- Então, eu vou subir, a gente se vê por ai – disse subindo os três primeiros degraus.
- Boas Férias... caso a gente não se fale mais – ele também se levantou e foi para a janela, abrindo-a e ficou ali parado olhando pra paisagem. Ele deveria sofrer de algum problema psicológico. Não respondi, e não olhei para trás. Subi, com a determinação apenas de me arrumar e descer para tomar café, ver a cerimônia da entrega da Taça a Grifinória e depois ir embora. Apenas isso, pensar sobre toda essa conversa depois de tanto tempo, não estava cogitada em minha programação.
- Então vocês tiveram um papo? – ia me perguntando Maria, quando nós íamos para o salão principal.
- Foi estranho, mas também foi bom, ele deixou umas coisas claras – disse refletindo sobre o acontecimento do Natal, eu estava me sentindo mais leve.
- Então ele ta ficando mesmo com ela?
- Creio que sim, ou quase isso, ele respondeu “meio que sim” – entramos pela porta, e o salão estava barulhento e cheio de alunos.
- E então ele ta com ciuminhos do Brandon, que delicia – disse ela sorrindo, e eu a olhei também sorrindo
- Não sei se isso chega a ser bom – pensei, e depois sorri – Claro que é bom
- Então podemos continuar com o nosso planinho de ultimo ano?
- Absolutamente sim – nós batemos as mãos e fomos se ajeitar em algum lugar a mesa.
- Que faz aqui? – perguntou uma voz que estava ao meu lado, quando olhei era Melinda. Acho que é só notar que ela existe, que ela começa a aparecer em todos os lugares.
- Esta é a minha casa. – respondi friamente
- Não quero você do meu lado
- Eu também não quero, mas só me RESTA aqui, então vou ter que suportar
- Mais do que você imagina
- Cala a boca vocês – disse Alice em pé atrás de nós – principalmente você sua falsa. Depois quero falar com você Lily, depois do discurso e da entrega dos troféus, não suma. – ai ela saiu a caminho da mesa de sua Casa.
- Estou curiosa – falou Maria procurando algum sinal de Dumbledore. – Quero ir embora logo.
- Eu também, não vejo a hora, nunca tive tanta vontade de ir – soltei um risinho
- Ta com remorso? – Melinda perguntou de novo para mim.
- Acho que eu não te devo satisfações, e eu não quero conversa com você, então se vire e esqueça que eu existo, porque eu já faço isso com você – olhei bem nos olhos dela e ela sorriu, vingativamente.
- Você vai ter uma surpresinha Lilian Evans, você vai ver – disse ela baixinho, mas ignorei. Chega de exaltações em minha vida... apenas por enquanto.
Dumbledore terminou o discurso, e mais uma vez alertando todos nós para algum mal lá fora. Levantei na mesa junto com Maria, e a mesa da Grifinória estava comemorando o ganho da Taça das Casas.
- Menos um ano, - comentou Alice atrás de nós – vou indo logo para a carruagem, vou com minhas colegas – ela sorriu e deu um abraço na gente e saiu correndo.
- Olha lá, Brandon Walsh – Maria me cutucou, e eu olhei bem rápido, ele estava conversando com os amigos, estavam parados esperando as carruagens, ele olhou para o lado e sorriu, demorou um tempo para eu entender que era comigo. – Já teve até sorriso agora? Ta de brincadeira! – Maria ficou perplexa e nós voltamos a andar, dei mais uma espiadinha em Brandon e ele ainda tava com um olho em mim, junto com os amigos dele. Constrangedor.
Chegamos a carruagem, nós estávamos dividindo com outras duas meninas, mais novas, elas olharam para nós e deram um sorrisinho tímido. Ainda havia espaço para três pessoas.
- Vamos jovens! Ou vocês querem passar o verão inteiro aqui? Acho que é isso que vocês estão pretendendo com essa lerdeza toda – gritava o professor Flitwick, quase invisível no meio de tantos alunos.
- Não mesmo professor! – gritou Sirius ao fundo.
Vi Flitwick fazer uma cara emburrada e puxar dois garotos que estavam parados na frente, e os jogou na nossa carruagem.
- Ainda falta um – gritou novamente o professor. – Pra onde vocês vão? Pode passar um de vocês pra cá, eu estava observando o professor ficando cada vez mais vermelho. Vi os marotos aparecerem para reclamar, e depois o olhar Tiago na minha carruagem, mas não em mim, em outra coisa... segui o olhar dele, e ali estava Brandon Walsh sentado do lado das duas menininhas e um de seus amigos sentado na janela, ele mantinha alguma conversa não muito importante com as meninhas sobre figurinhas. Me assustei e balancei Maria, que estava folheando o Profeta, ela olhou também e soltou um pequeno gritinho, o que fez ele e seu amigo nos olhar. Ele sorriu novamente, era lindo. Realmente lindo, ele era meio dourado... digo, os cabelos eram meio dourados, e os olhos não eram exatamente claros, eram de uma cor diferente... ele não parecia ser desse mundo, e acho que ele sabia disso... porque ele insistia em ficar me olhando nos olhos e sorrindo.
- Olá garotas – ele falou, a voz era um pouco rouca... natural ou não, era bonita – Sou Brandon Walsh, da Lufa-lufa – ele sorriu um pouco mais.
- Lilian Evans, Grifinória – dei um sorrisinho – Maria MacDonald – Maria deu um pequeno aceno e voltou para o jornal, era muita tensão, queria que ela me ajudasse nisso.
- E esse é Dean Carmichael, e bem, eu sei quem você é – me assustei, e cumprimentei Dean.
- Aqui Sr. Potter, pelo menos há alguém um pouco mais sensato naquele grupo – disse Flitwick, e Tiago entrou. Meu coração gritou, aquilo não podia está acontecendo. Maria olhou desesperada pra mim, quase pondo nós duas para fora.
- Olá galera – disse Tiago simpático e sentou bem na minha frente, do lado da outra janela. Ainda bem que isso só seria na carruagem. Então começamos a ir.
Brandon ainda me olhava, pra continuar aquela conversa, mas eu preferia que não, não com Tiago ali. Imagine o que ele poderia dizer? Que estava afim de mim há um tempo, que já havia me notado? Com que cara eu iria ficar ali... essa era uma experiência que eu não queria provar naquele momento... e nem em qualquer outro.
- Walsh não é? – perguntou Tiago depois de um tempinho, Maria fechou o jornal rápido, e Dean soltou um risinho.
- Sim, Potter? – ele perguntou. Brandon estava quase a um braço de distancia, e se Tiago quisesse dá um murro nele? Todos nós morreriam, inclusive as duas menininhas que não estariam entendendo nada.
- Exatamente. Era só pra ter certeza. – ele se virou e Brandon pareceu não entender mais deixou pra lá, Tiago me olhou e sorriu. Eu estava com muito medo daquilo, o que seria afinal? Um aviso? “Só pra ter certeza de que será você que eu vou matar” poderia estar passando na mente dele, mas acho que Brandon tem mais motivos pra matar Tiago não? Tiago esta com a namorada dele agora... e se os boatos são verdadeiros, esse foi um dos motivos. Eu estava vendo uma guerra se formar ali, e não era com artes das trevas, nem bruxos maus. Isso seria pior, guerra entre garotos sobre garotas, roubei o jornal de Maria e coloquei na cara. Tiago deu uma breve risada. Ele poderia esta muito bem me entendendo, ele sempre me entende... na maioria das vezes...
Não teria jeito melhor de que terminar meu ano assim não é mesmo? O meu ex e o meu futuro juntos. Tendo breves conversas sobre quadribol. Eu não poderia esta mais louca e dessesperada por dentro como eu estava agora. Brandon não poderia saber que intenções eu tinha com ele, mas Tiago sabia. E ele faria de tudo pra impedir, eu sentia isso.
Fim da segunda fase! Vou dá uma pequena pausa, quero muitos leitores para começar a terceira e ultima fase da fic! Arranjem alguns e tb qero que vcs comentem! Se não eu vou demorar mais... ameaça. hahahahaha.
Espero que estejam gostado dessa temporada, e também do final... deixie bem aberto para a ultima nao foi?
Minhas ideias estão muito legais pra proxima, entao colabore!! Brincadeirinha... hihi
Beijos ;*
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