Verdade, com desafio
Capitulo 40 – Verdade, com desafio
Remo Lupin
- REMO! – alguém estava do meu lado da cama gritando desesperadamente. Deveria ser Sirius querendo conversar sobre seus problemas, grandes! Problemas ele tinha. – REMO ACORDA! REMO! TIAGO E SIRIUS SUMIRAM!!
- O QUE? – dei um pulo da cama, me batendo com Pedro – como assim sumiram? Ta louco, eles estavam lá em baixo!
- É eu sei, eu cochilei e eles não estão mais, e a capa de Tiago ainda esta aqui, e ele nunca sai sem a capa
- Vamos ver se Lilian ta no dormitório – eu disse, me trocando rapidamente e descendo as escadas, enquanto Pedro me seguia.
- Lilian! Lilian – eu gritei na frente do dormitório das meninas – Lilian! – continuei, e nada. – Lilian!
A porta se abriu, mas quem saiu de lá não tinha cabelos ruivos e muito menos olhos verdes.
- Ela não esta aqui Lupin – Melinda me respondeu aparecendo na porta – Quer que eu vá ver no quarto de McDonald?
- Faça isso, rápido – ela saiu, sem entender nada no corredor que não dava pra eu ver mais nada
- Onde será que eles estão?
- Eles não podem ter saído do castelo, não tem como – disse pensativo – você já olhou no mapa?
- Já, varias vezes, por isso que eu te acordei, eles não estão aqui em Hogwarts, eu juro que não vi
- Mas como eles podem ter saído – comecei a pensar em formas, enquanto olhava ao redor da sala
- O que foi Remo? Lilian não esta comigo – ouvi a voz dela atrás de mim, e algo estranho me invadiu.
- Você não viu ela por aqui? – perguntei ainda olhando pela sala.
- Não, o que houve? Ela sumiu?
- Ela, Tiago e Sirius, não estão em lugar nenhum em todo o castelo – respondeu Pedro
- Como vocês poderiam saber, o castelo é enorme – disse Melinda, que parecia esta bem interessada
- Acho que sei pra onde e como eles foram – disse indo em direção a estatua – Nunca mais fomos lá – disse sorrindo, bons tempos, ou não tão bons, nas minhas ultimas transformações eu estava indo sozinho para lá.
- Para onde? – me perguntou Maria, se aproximando da estatua, eu podia sentir a respiração dela no meu ombro.
- Pegue sua varinha Pedro, nós vamos a Casa dos Gritos.
- Que? – exclamou Melinda, enquanto eu começa a empurrar a estatua pro lado – Você esta louco? Isso é fora de Hogwarts e lá é assombrado!
- Você não precisa vim mesmo – respondeu Maria, fechando o casaco e sorrindo pra mim.
- Passa Rabicho, estou logo atrás de você, você vem? – perguntei á Maria
- É claro – disse ela ficando um pouco vermelha – afinal, minha amiga deve esta lá não é mesmo?
- Eu vou também, perdi o sono – disse Melinda passando na minha frente e entrando no buraco.
- Alguém aqui chamou ela? – perguntou Maria
- A culpa é toda minha, fiquei gritando na frente do dormitório o nome de Lilian e ela apareceu – disse fechando a estatua quando passei.
- Não, ela que é intrometida mesmo, que frio faz aqui – disse Maria, acendi a varinha, e ela estava linda sentindo todo aquele frio.
- Se quiser meu casaco, estou aqui – disse rindo.
- Remo! – Pedro me chamou – Ouve um barulho lá no fundo
- Um barulho? – perguntei tentando enxergar Pedro lá na frente enquanto andávamos.
- É, pareceu uma explosão – disse Melinda. Como assim uma explosão? Não vai dizer que o caminho desabou também né.
- Isso não pode esta acontecendo, estou ficando louca – disse Maria, eu ri.
- Vamos logo, e ver se eles estão realmente lá – disse apresando o passo do pessoal, começamos a andar bem rápido, e eu estava adorando ficar ali num espaço apertado, frio, com Maria McDonald.
Lilian Evans
- O que você quer saber Tiago? – perguntei encarando ele, agora parecíamos muito mais felizes. O whisky de fogo estava fazendo muito efeito,e eu estava bem ali. Estava descontraída, e não estava nem um pouco desconfortável por ser a única garota ali, praticamente a sós com seu ex-namorado.
Ouve um barulho vindo do corredor.
- Você fechou bem a estatua não fechou Tiago? – perguntou Sirius meio assustado
- Claro que fechei – disse Tiago, pegando a varinha, tudo aquilo demorou pra entrar na minha mente
Permanecemos sentados. Em silencio, ouvindo o que vinha do corredor.
- Cala a boca menino – disse uma voz fina – que bagunça é essa aqui?
- Deve ter sido isso que escutamos – disse outra voz, agora masculina
Outro barulho, e pernas foram saindo do buraco.
- Mas o que é isso? – perguntou Tiago em pé agora
- Sou eu – disse Remo, limpando toda aquela sujeira da roupa – Ou nós?! – disse quando seguidos por ele, aparecia, Maria, Pedro e Melinda? Como assim Melinda?!
- O que ela faz aqui? – perguntei meio tonta, mas bem conscientes dos meus atos.
- Ela nos seguiu, eu não queria ela aqui também – disse Maria chegando perto de mim, e fazendo uma careta – Ta bebendo o que ai?
- Whisky de Fogo – disse sorrindo e dando um pulo pra ficar em pé – vão se juntar a nós no nosso jogo?
- Estão jogando o que? – perguntou Pedro sentando-se no sofá
- Jogo da Verdade – respondeu Sirius, trazendo uns copos para o pessoal. Isso vai ser bom.
- Prefiro com desafio – disse Melinda sentando do lado de Pedro
- Alguém te perguntou o que você prefere? – perguntei olhando pra ela
- Não, mas eu falo o que eu quero, não sou eu que estou afogando minhas magoas na bebida – ela estava pedindo um soco na cara, fui em direção a ela, para dá o que ela estava pedindo afinal.
- Calma garotas – disse Sirius me puxando – A gente pode fazer Jogo da Verdade e Desafio, assim todos ficam felizes
- Mas isso que ela quer! – exclamei
- Calma Lily, vamos todos curtir o momento de diversão – disse Remo rindo, vamos começar tudo de novo. Sirius mandou eu sentar e sentou do meu lado, no intuito de me segurar se eu me rebelasse outra vez.
- Isso costuma a ser uma brincadeira trouxa – disse Maria sentando entre Tiago e Pedro
- Então eles sabem criar uma boa brincadeira que combina com bebida – disse Sirius – isso é muito melhor do que snaps explosivos ou algo do tipo
- Se envolve álcool, tudo é bom pra você Sirius – disse Remo rindo, e sentando entre eu e Melinda.
- Então, quem começa a girar? – perguntou Pedro feliz.
- Eu – disse Melinda, pondo a mão na garrafa
- Intrometida, em todos os sentidos – disse sorrindo e tomando mais um gole do meu copo. Todos ali começaram a beber, e Maria estava rindo da minha cara desafiadora.
- Tenha medo de Lilian com um copo na mão – disse Maria, tomando um gole do dela. Tudo isso parecia muito com seriados trouxas.
Melinda girou a garrafa, parando para Sirius desafiar Tiago.
- Uhm, que delicia – disse Sirius rindo, e Tiago também. – O que você prefere Tiago?
- Sem escolhas pessoal, vamos ser, uma rodada de desafio e outra de verdade, assim tudo mundo ganha – disse Melinda, querendo dominar o jogo.
- Isso não vai ser bom – disse Tiago rindo e olhando pra Sirius
- Não mesmo, então... deixa eu pensar – Sirius refletiu um pouco, e me olhou.
- O que é? – perguntei assustada com aquele olhar que ele me dava.
- Beije-a. – afirmou Sirius.
- O que? – perguntou Tiago
- Não! Não inventa Sirius, ta vendo que isso não é certo! – disse rapidamente
- Aqui não tem nada certo mesmo, vai logo
- Não vou fazer isso – disse olhando pra cara de Sirius, que tomou um susto e me olhou, seguido de Tiago – Não faz nem 24hrs que bem, ahm... nós... sabe né? Então, isso é contra a lei!
- Contra a sua lei, não a nossa – disse Sirius rindo, e se afastando – andem logo, prometo não olhar.
Então seria assim? Ter uma recaída mesmo antes de se recuperar? Eu queria mesmo era chorar agora.
- Tudo bem – disse me aproximando de Tiago, seria fácil.
- Desculpe por ele ser assim – disse Tiago dando um sorrisinho de lado, e se aproximando de mim
- Normal – sussurrei. E como se onda de sensações conhecidas, mas isoladas estivessem sendo abertas novamente, me invadiu, e eu senti a respiração dele cada vez mais perto de mim, eu estava mais nervosa do que muito antes eu poderia estar da primeira vez que eu o beijei. Eu estava ali parada, sentada na frente de Tiago Potter, suando frio, sentindo seus lábios muito próximos dos meus, eu não poderia que precisava daquilo, mas eu queria. E ele sentia, que se ele continuasse com tudo aquilo, iria ser muito mais doloroso ter que se separar novamente. O beijo que eu recebi dele foi meigo, e carinhoso, no canto da boca. Um beijo que um amigo daria em uma amiga se estivessem naquele jogo maldito.
- Ei! Isso não valeu – disse Sirius com raiva e voltando pro lugar
- Você não especificou onde seria – disse Tiago sorrindo da cara de dor de Sirius
- Ele tem razão, pense mais da próxima vez – disse Remo rindo também. Eu sorri. Aquilo foi ótimo.
- Vocês são ridículos, vou girar logo isso pra adiantar o meu lado – Sirius girou, e eu não parava de sorrir feito uma boba. Então caiu de Melinda para Remo.
- Muito bom, tenho a pergunta na minha mente – disse ela olhando pra Remo, que sustentou o olhar – A pessoa que você sente algo a mais está nessa sala agora?
Paramos por um minuto. E todos nós nos olhamos, e depois olhamos para Remo, que parecia congelado.
- Sim – disse ele com uma dificuldade.
- Porque você não conta essas coisas para nós Remo? – perguntou Tiago indignado
- É, somos seus amigos! – disse Pedro de boca aberta.
Sirius ficou me olhando e depois sussurrou um “não” e depois olhou para Melinda e balançou a cabeça negattivamente, segui o raciocínio dele. Remo não iria querer nada com Melinda, eles nem conversavam, nem ao menos se conheciam. Talvez fosse... Eu e Sirius paramos olhando para Maria que mexia no cabelo.
- Remo garanhão! – exclamou Sirius, e Maria nos olhou.
- O que foi? Porque estão me olhando? – disse ela ao perceber nosso olhar estranho pra ela. E depois de alguns minutos percebendo o que seria – Oh – disse surpresa e virando os olhos devagar para Remo. Que estava com uma mão na cabeça e a balançava sem parar, depois olhou pelo canto do olho pra Maria e deu uma risadinha. – Oh – disse ela ficando totalmente vermelha. – Vou beber alguma água ali – disse se levantando e correndo pra cozinha.
Tiago olhou para Sirius, que olhou para Tiago e juntos olharam pra Remo.
- Você é um falso – disse Tiago
- Pra que, que eu ia falar? Ela não esta nem ai pra mim, ela quer o Sirius! – disse Remo se esticando
- Eu? Pare com isso Remo, você é lindo, você consegue se tentar o seu mal é esse, não tenta – disse Sirius parecendo filosófico
- Estão abertas as portas da verdade dos marotos – disse Melinda sorrindo, revirei os olhos e fui ate a cozinha ver Maria.
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