Traição



Capitulo 27 – Traição




- Nunca pensei que você iria nos trair Severo! Nunca – dizia Malfoy agora que já parava de lançar feitiços em Severo – Logo a nós? Você se arrependerá no futuro, por não obedecer á aquele que terá todo o poder! – do que Malfoy está falando?


- Não vou tornar um de vocês contra minha vontade, Protego – ele dizia, ao mesmo tempo que se protegia de feitiços que Malfoy lançava, todos ali, não estavam entendendo mais do que eu.


- Você vai se arrepender Severo, muito – dizia ele calmamente – e quando o Lord estiver no poder você voltará pedindo perdão, e nós não o ouviremos – Concluiu Malfoy, e sorrindo ironicamente depois, todos ali estavam perplexos olhando, foi ai que Malfoy levantou a varinha, e Snape repetiu o mesmo gesto.


Mas o som de um estampio não veio de nenhuma das varinhas deles, vinha bem de longe e quando eu olhei junto com mais umas trinta pessoas havia um raio apontando pro céu, todos correram para lá, menos eu, Malfoy, Severo, Tiago e os marotos. Ficamos todos parados ali.


Olhei para Malfoy.


- O que foi sangue-ruim? – disse ele com um sorriso no rosto – esta com pena do seu amiguinho de infância? Ele é fraco e covarde – agora ele olhou para Severo – Você me decepciona Severo.


Eu estava com tanta raiva de Malfoy, pelo jeito que ele tratava Severo, pelo jeito que ele tratava todos, principalmente nascidos trouxas como eu. Mas eu não queria me meter nessa briga, não hoje, não agora.


Malfoy foi saindo, e quando Severo teve a certeza de que ele não iria voltar saiu também, indo pro lado oposto, completamente vermelho de raiva.


- Lilian? Você esta bem? – perguntou Potter, ele deve ter percebido que eu estava em um estado de choque


- Estou. – disse calmamente, sem me mexer.


- Certeza? – agora ele se aproximava mais de mim.


- Estou Potter, que mania de se preocupar de modo exagerado comigo – disse empurrando levemente o braço dele


- Porque você é preciosa pra mim Lily


Sirius e Remo deram risinhos.


- AHAM, sei. Eu e mais quinhentas, olhe deixa eu ir procurar a Mari – olhei mais uma vez naqueles olhos castanho-esverdeados e sai.


E bem, ele também deu olha boa olhada em mim, se é assim que eu posso definir como ele me observou.




- Lily – me chamou Mari, parei e deixei ela se aproximar de mim – você não sabe os comentários ruins que estão saindo por ai sobre você... – disse ela calmamente analisando minha reação


- Sobre mim? Ninguém me conhece Mari, como podem falar de mim?


- Mas estão falando, eu estava passando na frente do Olivaras e ouvi comentários – disse ela abrindo a lista de materiais escolares, para ver o que faltava comprar, as aulas começariam em 1° de Setembro.


- Que tipo de comentários? – eu comecei a ficar intrigada agora, comentando sobre mim? Se fosse dentro de Hogwarts eu poderia ate entender, mas no Beco Diagonal?


- Bem, parece que alguém andou falando sobre sua relação com Potter, acrescentando coisas demais, sobre quando nós fomos a sua casa, bem, a pessoa não disse que havia mais alguém com ele – ela ainda analisava o meu rosto


- O que você quer insinuar com isso? – parei e olhei pra ela, parece que a reação que ela esperava finalmente chegou.


- Eu não estou insinuando nada, sei o que você fez e não é nada disso que dizem por ai, afinal, você sabe como essas pessoas são elas dizem coisas demais e...


- O que é que estão falando Maria? Me diga logo – olhei bem pra ela, e notei que algumas pessoas olhavam para mim


- Estão dizendo por ai, não se preocupe, porque é apenas o pessoal do colégio... que bem, Potter esteve em sua casa de noite, e só saiu na tarde do dia seguinte, e bem, dizem por ai, que além de você ter um affair com Potter, mantém um caso com o Cadu... – ela parou, esperando que eu gritasse ou explodisse.


- Dizem isso por ai é? – olhei pra uma menina que me encarava, e ela desviou o olhar – e quem é que espalhou essa noticia por ai?


- Essa parte é a que eu não consigo entender, porque, ela é sua amiga, ou era, ou parecia ser – lá ia Mari divagando de novo da historia.


- por favor Mari, me conte tudo, estabiliza, e me conte – agora eu havia sentando, e ela estava na minha frente


- Então estão dizendo, me informaram na verdade, de quem teria começado com toda essa história tinha sido a Mell, mas eu não...


- A MELINDA? – gritei assustada, como ela pôde?


- É, ela, mas eu não acredi...


- COMO ELA PODE FAZER ISSO? ONDE ESTA ELA


- Presta atenção Lily, eu não tenho certeza, muito menos você, e eu estava dizendo as pessoas que era bobagem porque eu estava com vocês, e eles disseram que ela disse que eu iria dizer isso – ela fez uma cara de confusa – e ainda contou que todos nós iríamos mentir, porque estávamos todos juntos nessa, e para completar – senti uma raiva na voz de Maria – ela ainda disse, ela ou sei lá quem seja que esteja espalhando isso por ai, que nosso grupo, ou seja, eu, você e os marotos, temos uma relação além de muito intima, muito livre – ela se sentou do meu lado, vermelha de tanta raiva – eu não sei se realmente foi ela, mas se foi, ela pode ir contando os dias livres que ainda restam da vida dela, porque eu vou transformá-la em pedacinhos bem pequeninhos.




Melina Bobbin inventar histórias de mim? Com os marotos, logo ela que eu sempre contei as coisas que Potter fazia, e como as coisas me deixavam irritada. Logo ela, que pertencia a minha casa, que dormia do meu lado, a pessoa que eu conversava, a pessoa que eu confiava além de Mari, como é que logo ela poderia inventar as coisas de mim? O que ela estava pretendendo fazer com isso?


Eu e Maria estávamos dando algumas voltas pelo beco diagonal, já tínhamos comprado nossos materiais e apenas olhávamos coisas fúteis para esquecer esse problema, além de inventar maneiras que poderíamos matar Melinda.


- Lilian – gritou-me Potter, mas ele estava sério – Preciso conversar com você – ele estava só, olhei pra cara dele


- sobre? – estendi as sobrancelhas, ele bagunçou os cabelos


- sobre coisas que estão comentando por ai – disse ele serio, olhando pros lados


- essas coisas? Não se preocupe, eu já sei – disse com um sorrisinho amarelo


- queria que essas coisas não fossem espalhadas, sabe, porque a pessoa que informou as pessoas, estava contando ali pra uma menina do 7° ano quando passei, e bem..


- já sei quem é Potter, não se preocupe – senti que ele estava realmente preocupado com a minha reação – eu só queria saber o que ela vai ganhar com isso.


- essa parte eu sei – disse ele arrumando os óculos no rosto e olhando pra mim – de acordo com o que Sirius ouviu quando estava se disfarçando – ele dizia calmamente como se eu não fosse perceber que falava da forma animaga de Sirius – ela quer, bem... ela me quer. – disse ele, fazendo uma coisa estranha com a voz, e com o rosto.


- isso não seria bom pra você? Mais uma pra grande coleção – disse sorrindo.


- claro que não Lilian! Quando vai entender que o que eu realmente quero é você? – disse ele sério, senti uma dor no estomago – mas voltando ao assunto, se ela me quer mesmo, como ela acha que vai conseguir depois dessa mentira toda? Ou ela acha que eu já não sei que é ela, porque as más línguas já estão dizendo ai, que é você que estava contando...


- EU?! – gritei, e umas crianças olharam – eu vou acertar a cara dela agora – eu buscava Melinda com os olhos – quando eu pegar ela – Maria estava saindo da Dedos de Mel e ficou assustada quando me viu, eu iria me assustar também, eu estava estralando os dedos sem parar, e bagunçava os cabelos, numa tentativa sem nenhuma melhora de tentar me acalmar.


- Calma Lily – disse Potter pra mim – eu estou com tanta raiva dela quanto você, mas a única coisa que podemos fazer é esperar as aulas começarem, e lá poderemos acabar de vez com ela, afinal, aqui fora não podemos usar magias – ele deu um grande sorriso maroto pra mim, eu outros momentos, eu iria odiar aquilo, mas naquele momento, era o que eu mais precisava, sorri de volta.




Tiago Potter (estou curtindo fazer isso, perceberam?)


 


- Você acha que a Lilian esta irritada o suficiente pra matar a Melinda? – me perguntava Sirius enquanto nós íamos para o Gringotes, para eu poder tirar uns galeões a mais. – Porque sabe, eu não ia querer que a Melinda morresse, desperdício iria ser


- Se ela morrer foi porque mereceu, ou você acha isso que ela ta fazendo bonito? – dobramos a esquina, e eu já avistava o banco de longe.


- Eu sei que o que ela esta fazendo não é nada legal com você e com a Lilian, mas se isso fosse verdade, bem que você iria gostar em bonitão? – ele me deu um soco no ombro, e eu não consegui me prender, e soltei uma risada. Já estávamos entrando no banco


- Se você verdade – disse com ênfase – iria ser realmente bom não acha? – deu uma risadinha e me aproximei do balcão onde havia um duende sentado lendo um monte de papeis.




Lilian Evans


 


- Então Lily, a gente devia voltar sabe, já ta quase na hora de almoçar e a gente esta por aqui, dando voltas no Beco Diagonal, não há mais nada de interessante, eu já decorei todas as placas de promoções e lançamentos de coisas daqui – dizia Maria enquanto caminhávamos sem rumo algum.


- Pra onde você quer ir? Eu só saio daqui quando achar aquela menina – eu ainda buscava algum sinal de Melinda pelas ruas, mas ela tinha evaporado, junto com algumas pessoas.


- sabe, eu estou sentindo que por aqui ela não vaie esta, olha como tem pouca gente  dizia Maria olhando assustada para alguns estranhos que passavam por ali


- vai ver ela esta na Travessa do Tranco – eu disse olhando para uma esquina


- Não vai dizer que você quer ir lá? – ela me perguntou olhando meu interesse pela ruazinha vazia


- Não, não estou obcecada pra perguntas coisinhas pra ela, acho melhor é a gente dá o fora daqui do Beco, estou com fome, melhor a gente ir pra algum restaurante trouxa mesmo.


Demos a meia volta e partimos pra onde nós tínhamos saído, e agora começava a vim mais pessoas. Maria se sentia mais confortável, ela deveria está com medo do ser estranho que deveria habitar a travessa do tranco. Ri comigo mesma.


- Se a gente achar a Melinda aqui, o que você vai fazer? – perguntou Mari pra mim


- Acho que não vou fazer nada – dei uma pausa e olhei pra ela – não agora – sorri maliciosamente e ela deu um sorriso fraco.


- você esta aprendendo isso com o Potter não é? Passear por ai sem destino, querer azarar as pessoas, dando sorrisos alheios em momentos graves – ela ia dizendo balançando as mãos enquanto a gente se aproximava do caldeirão furado, onde iríamos atravessar e voltar pra rua dos trouxas.


- e você está aprendendo isso com quem? Com o Black? – ela ficou toda vermelha, e parou de fazer graça – não vai me dizer que você tem uma queda pelo Black? – arregalei os olhos pra ela, que tentava se esconder enquanto mexia nos cabelos.


- quando você me dizer que tem uma queda enorme pelo Potter – ela deu um sorriso vitorioso pra mim


- melhor acabar com esse papo não acha? – eu ri, e ela concordou. Estávamos há uns dez passos do Caldeirão Furado quando a pessoa que eu menos queria ver hoje passou na minha frente, e ela me olhou, como se nada estivesse acontecendo, e sorriu. Sorriu como se eu não soubesse de nada, cínica. Isso que ela era, cínica e dissimulada. Eu queria mesmo, muito mesmo ir pra cima dela e arrancar os cabelos, mas eu não sou violenta. Olhei pra ela, assim como ela me olhou, e fazendo o mesmo joguinho falso que ela estava fazendo, sorri. Mas ela percebeu que o meu olhar não demonstrava nada do que ela esperava, ela queria que eu não imaginasse nada do que estava acontecendo, e de repente o olhar dela mudou, e ela parou ainda na minha frente mas a metros de distancia, e de um olhar vitorioso surgiu um medo, e eu senti um prazer enorme em ver que ela estava com medo da minha reação, senti que estava prestes a dá uns passos pra mais perto dela, mas senti alguém me puxar para dentro do Caldeirão Furado.
- Vamos Lily, depois você resolve isso, e eu vou te ajudar – me tranqüilizou uma voz muito familiar, e protetora. Era Potter.






 






 

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