A Volta do Papo



Capitulo 22 – A volta do papo




Sentei com Cadu por um longo tempo, a conversa estava boa, mas eu que não estava tão afim de prestar atenção, tudo bem que se estivesse boa assim eu estaria bem ligada, mas eu não conseguia tirar do meu pensamento as coisas que aconteceu no três vassouras, eu e o Potter não nos falávamos, e só faltava dois meses para o fim do semestre. Creio que irei acabar o ano letivo sem falar com ele, não que eu me importe, mas não vejo nenhum arrependimento de ambos os lados, o meu e o dele.


Potter estava sentado bem longe de mim, mas dava para avistá-lo, estava com Pettigrew e Black, conversando, e me parecia que o caso de Alexa já estava esquecido, como qualquer um que ele tinha, mulherengo como ele é.


- Lily, eu vou em algum banheiro que eu arranjar por ai viu? – disse Cadu rindo com essa frase estranha.


- Ta bom, só não vá se perder – disse sorrindo, e cruzei minhas pernas no banco para admirar o chão, as formigas, não sei o que eu ia olhar ali.


Eu ouvia risos se aproximando, e pequenas corridas também, deveria ser os marotos se aproximando da onde eu estava.


- Ei Evans! – gritou uma voz um pouco próxima de mim, olhei, era Black. – Você quer ver o Remo? Ele já esta melhor agora, mas esta escondido.


Por um pequeno espaço de tempo, eu não sabia porque o Remo poderia estar mal, mas foi bem rápido e eu me lembrei.


- Tudo bem, - disse me levantando – É longe daqui?


- Não, é bem ali – disse ele apontando para qualquer lugar


- Mas é que eu estou com o Cadu, e se ele chegar aqui e eu não estiver – lembrei desse detalhe, Potter estava logo do lado dele, mas falava algo com Pettigrew


- Claro, tem o Coote, então fica ai esperando ele que a gente vai lá – eles se viraram e começaram a andar, tudo bem que eu não sabia porque disso agora, eu não era muito amigas deles, e me chamando para ir ver o Remo? Muito estranho, mas pareciam de boa vontade, talvez porque eu já soubesse de toda a história e tudo mais. Não custava nada eu ir, se eu ficasse lá esperando o Cadu o que tivesse para acontecer não seria tão interessante quanto ir á algum lugar com os marotos... bem, eu deveria ir.


- Espera – gritei, eles não estavam longe, mas  meus pensamentos invadiam demais, e eu sentia que eles não iria ouvir, não foi Black que se virou, e sim Potter, ele olhou bem pra minha cara, estava sério no inicio. – Eu ainda posso ir? – perguntei pra ele, como se ele fosse dizer ‘não, fique ai agora’ eu não duvidava que isso poderia acontecer, mas se ele falasse eu ia bater muito nele, e ele aprenderia a ter educação. Mas tudo bem, isso não foi preciso, ele se virou pra mim, me olhou e sorriu, afirmando com a cabeça que sim.


Naquele momento que queria me jogar no chão, o que eu estava sentido estava além de tudo que eu havia sentido antes, algo estava acontecendo dentro de mim, e eu não sabia o que era, ou não queria saber. Talvez aquele olhar de desculpas no três vassouras não fosse pelo sangue-ruim, e sim porque ele estava irritado demais comigo.


Seguimos andando, eu fui do lado de Potter, mas nós não conversávamos, só quem conversava ali era Black e Pettigrew, algo sobre jogos e finais.


- Vai passar as férias aonde rabicho? – perguntou Black para Pettigrew.


- Na casa da minha avó, infelizmente, a única que posso ficar satisfeito é que ela faz comidas gostosas – disse sonhador.


- Eu vou pra casa do Tiago – disse sorridente, abraçando o amigo – ficar naquela minha casa seria impossível, Londres é linda – disse rindo, eu nem posso imaginar por que.


Potter ria com as coisas que Black dizia, Black era muito cheio de piadinhas, Potter também, mas ás vezes ele ficava muito calado, como o tal momento. Ás vezes eu pensava que era a minha presença que deixava ele calado, poderia ser egoísmo da minha parte, mas quando eu não tava perto dele, ele ria e fazia piadinhas junto com Black, mas depois, um dia eu entro na cabeça dele (N/Y: Não. Um dia eu escrevo na visão dele, :b).


- Poxa Pontas, você não fala não? – agora tava mais pra Black lendo meus pensamentos, a gente continuava andando em direção á algum lugar vazio.


- Own almofadinhas, estou pensativo, em minha vida social, depois dessa da Fargesi – disse ele abraçando o amigo.


- Em que lugar você foi se meter meu querido – dizia Black o abraçando também – em vez de ficar com a ruiva ai – fiquei vermelha nesse momento, Black queria me deixar constrangida


- Pois é, as pessoas comentem erros nessa vida – cadê o buraco para que eu possa entrar Merlin? – mas, tudo ao seu tempo, quem sabe em breve não é lírio? – de novo esse papo? Olhe, quando ele falo que Potter tem, uma, duas ou três personalidades não minto. Eu queria me matar nesse momento, será possível a pessoa se matar com um avada kedabra?(N/Y: Alguém me diz? Porque se eu encontrasse com JK essa seria uma pergunta).


Ele me olhou e sorriu, seria nesse momento que eu cairia morta ali, e pronto. Não precisaria ficar toda vermelha, a baixar o rosto e evitar um sorriso que insistia em sair. Poxa Potter, porque você me deixa assim? Vou pesquisar no dicionário, ‘Sentimentos que você não consegue entender’.


- Sim, onde é esse lugar afinal? – mudei logo de assunto, e os três deram risinhos.


 - Na casa dos gritos meu bem – impressão minha ou aquele senso de humor de Potter havia voltado? Uau, a força do pensamento é tudo.


Eu não queria ir pra lá, o que Remo estaria fazendo lá? Não. Não. Cadu iria se irritar comigo, melhor não. Acho que demonstrei no meu rosto.


- O que foi Evans? – perguntou Pettigrew


- Eu acho, bem, eu não ir – disse parando devagar. Potter me olhou.


- Está com medo é? – continuou Pettigrew.


- Não. Bem, não sei. Se é medo. A não importa, o Remo entende? Digo, eu posso ver ele todo mês quando ele estiver mal... – Potter me interrompeu.


- Tudo bem Lily, não precisa ir se você não esta se sentindo bem, vão indo vocês, eu vou levar ela, ela não sabe o caminho – eu poderia ter dito ‘ eu sei o caminho Potter, só seguimos em linha reta’, mas, meu ser interior não quis que eu dissesse isso.


- Não se perde Pontas – disse Black, e continuou andando. Eu achei que foi uma piadinha.


Ta tudo bem, digamos que a gente já havia andando uns 10minutos e a volta estava parecendo ser  mais longo e demorado, talvez porque eu e Potter não dávamos uma palavra durante 3minutos, é pouco? Não quando você caminha com alguém com personalidades novas a cada dia.


- AI! – gritei quando pisei em algo como um graveto e me arranhou


- O que foi? – disse ele tomando um pequeno susto quando eu gritei.


- Esse merda – disse olhando, estava sangrando um pouco.  – Zorra ¬¬


- Calma Lily – disse ele rindo e me fazendo para pra olhar bem pra cara dele


- Calma? Eu acabei de me cortar, e ta ardendo, essa merda – disse olhando para o pé que ainda sangrava


- Deixa que eu vejo – ele se abaixou, tudo bem. Normal seria se nós fôssemos amiguinhos, mas Potter era louco! Todo mundo naquele colégio estava meio louco sabe .-.


- Ta tudo bem Lily – o que ele quer me chamando de Lily por favor? Ele passou ate um pouco do pedaço da blusa no sangue! OLHE, POTTER É DOENTE.


- Pode deixar Potter, deixa ai. – disse tirando o pé levemente, ele levantou.


- Me chama de Tiago – voltamos a andar, e ele botava as mãos nos bolsos das calças, estava tão sexie. Chega desses pensamentos sobre Potter. Fora isso.


- Prefiro Potter, assim mantém... – parei. Mantém o que? A distancia. Acho que seria isso.


- A distancia? Porque eu sinto que quando você me chama de Potter é porque não quer ter intimidade. – como ele acertou meu deus.


- Não é bem isso, na verdade é isso – eu ri – nós não somos íntimos Potter


- Nós já nos beijamos se você não lembra – ele sorriu marotamente e olhou para mim, queria me esconder.


Queria correr. Ai Potter me deixa em cada uma. Ai que tensão eu fiquei, e cadê o banco que eu estava que nunca chegava.


- Sabe Lilian – começou ele, não podia acreditar – Quando eu vi você assim, tão bonita que nem as outra meninas de Hogwarts, mas tão diferente ao mesmo tempo, eu gostei tanto de você, e você me tratava mal. Ou trata ainda, não sei, não sei qual o relacionamento que nós temos.


Não consegui agüentar, eu ri alto. Qual relacionamentos nós tínhamos? Não era amizade e não chegava á um ódio.


- E aconteceram mal entendidos, e briguinhas bestas, e eu parei de me comunicar com você, e sabe eu não consigo não falar com você sabe – ele falava normalmente, e eu queria me jogar de um penhasco ali mesmo. – E as férias estão chegando, e eu não queria que a gente entrasse de férias brigados – ele olhou pra mim, meu coração parou por 5segundos. Recorde.


- Bom. – foi a única coisa que saiu, não sei o que acontece comigo quando eu estou perto dele, minha voz foge, meu coração bate tão depressa que eu já não posso senti-lo batendo, é algo estranho, algo que nunca senti antes.


Alô? Alguém me sacode? Depois do meu coração para fiquei notando os braços fortes de Potter. Uau, jogar dá mesmo massa muscular, fiquei  lá viajando naqueles braços fortes.


- Lilian? – ele me chamou, e eu estava muito concentrada nele, olhei para aqueles olhos castanho esverdeados por trás do óculos fino. E eu acho que o eu não queria que acontecesse comigo, estaria prestes á acontecer. Parecia que eu estava gostando do Potter. Eu não queria que isso acontecesse com o meu coração. Tenho que parar de ver ele por um tempo, pra poder esquecer esses olhos, dessa voz, desse sorriso, desses braços... – Pronto, acho que o Coote está ali te esperando. – ele apontou com a cabeça para Cadu, e eu queria ficar lá mais um pouco, mas minha consciência disse alto. ‘Não. O Potter não.’ E eu não ia desobedecer minha consciência... talvez só um pouquinho... depois.

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