As Pessoas Mudam

As Pessoas Mudam

As vezes pensamos que o ciúme é um sentimento para fracos, mas na verdade, ele é que mostra quando um novo sentimento começa a aflorar. Você se pergunta o porque de estar se sentindo assim, e não entende o que esta acontecendo com a sua cabeça.

Era exatamente assim que Harry estava se sentindo, confuso e incerto. Eles estavam em Hogwarts a uma semana, e toda vez que Harry via Rony com Hermione, sentia algo estranho em seu íntimo. Ele estava começando a se sentir incomodado com a presença de Gina e não dava a mínima quando ela se insinuava para os outros garotos. Para ele era normal.Ele desistiu de pensar, se levantou da cama e foi para a sala comunal da grifinória, para sua surpresa ela não estava vazia.

- Hermione? O que faz acordada a essa hora? É sábado...

-Bem, eu estou sem sono...e você?

-Idem.- ele sorriu- Bem...quer dar uma volta?

-Hum...não, vou esperar o Rony acordar e...

-Ok -  ele a interrompeu – Vou subir então.

-Harry, espera, posso te fazer uma pergunta?

-Claro...

-Porque toda vez que eu falo no Rony você fica irritado? Não entendo você.

-È...é só impressão sua...não tenho nada contra você e Rony.

-Tem certeza? Não parece, sabe a Gina anda fazendo tudo para chamar sua atenção, e você não liga.

-Chamar minha atenção?Bem, ela tem a minha atenção.

-È, se você diz...pode ir agora.

-Sim senhora,-Ele brincou, e girou nos calcanhares e subiu as escadas.

Droga, droga, droga! Mil vezes Droga! Se Merlin estava a fim de tirar onda com ele estava conseguindo. Por que ele não conseguia parar de pensar em Hermione? Algo estava errado. Harry tomou um longo banho e quando terminou viu que ainda eram sete e meia da manhã. Ninguém havia acordado ainda. Então ele olhou para sua velha firebolt que estava pedindo para ser usada montou e saiu pela janela em direção ao campo de quadribol. Voou como nunca em sua vida. Tudo ali era tão diferente, Hogwarts sem Dumbledore, sem Snape, sem Fred...mas também sem aquele clima pesado de guerra.

Uma hora se passou e ele voltou ao castelo o movimento já era maior e ele achou que o café já devia estar servido. Rumou para o salão principal e  em meio aos seus pensamentos esbarrou em alguém.

-Ah, me desculpe – ele disse, e olhou para ver quem era e deu de cara com os cabelos loiros e brilhantes de Judy McNeil.

-Que isso Harry! Por nada, vai tomar café?

-Vou sim...Quer me acompanhar?

Judy pareceu maravilhada com o convite, fez que sim com a cabeça e abriu um imenso sorriso. Eles entraram no salão e foram até a mesa da Grifinória Harry estava na metado do seu café junto com uma tagarela Judy, quando Gina apareceu ela lançou um olhar mortal a Judy e tascou um enorme beijo em Harry. Judy se levantou e disse:

-Obrigada pelo convite Harry, adorei a sua companhia. – e girou nos calcanhares e saiu.

Gina largou Harry e olhou feio para ele.

-Você convidou aquela oxigenada para tomar café com você?

-É, porque?

-Como assim porque? Você é meu namorado! Droga Harry o que esta havendo com você? No verão você me amava e agora é indiferente? Sinceramente? Acho que eu quero terminar com você.

-Sério? Então faça-me este favor!

Gina ficou com os olhos lacrimejados, levantou-se e saiu. Hermione que estava vindo ao encontro deles ficou perplexa.

-Harry, o que houve com a Gina?

-Ah, ela é escandalosa...só por que eu estava tomando café com Judy ela chegou aqui fez um show e terminou comigo.

-Você tomou café com aquela gostosa? -  Rony levou um tapa vindo de Hermione que olhou feio para Harry.

-E você fez o que? –Perguntou Hermione séria.

-Disse que era um favor que ela me faria.

-Como você foi capaz? Qual é o seu problema?

-Ah, agora o problema é comigo...então quando ela fica dando o maior mole para a metade de Hogwarts, não tem problema. Mas se eu sento ao lado te uma garota estou errado? Sinto muito Mione, mas eu não sou idiota.

O domingo chegou com uma velocidade incrível e com ele o jantar.

-Nossa! Esse foi o menor fim de semana que já tivemos...- Dizia Rony a mesa do jantar- Parece que  nem pude aproveitar a minha morena superinteligente. – Ele disse beijando-a

 - Ah eu realmente não mereço isso! Disse Harry sorrindo.

Der repente, ouviu-se um som e todos se viraram. Harry não acreditou no que estava Vendo, a porta do salão principal estava Draco Malfoy.

- O que será que ele esta fazendo aqui? – Perguntou Rony – Pelo o que sei, ele terminou ano passado.

Pansy se levantou a mesa da Grifinória e foi correndo até Draco dando gritinhos.

-Sinceramente Pansy? Você não precisava fazer tanto escândalo, acho que toda Hogwarts já viu que eu voltei.- Disse Draco indiferente empurrando a garota.

Em outra parte do Salão Harry, Rony e Hermione estavam perplexos.

- É tão estranho vê-lo sozinho não é? – Disse Hermione, e Harry e Rony concordaram com as cabeças.

-É, muito... – Disse Harry – Mas vai entender? Tudo muda quando se perde pessoas queridas...

-É, mas eu continuo achando que devíamos ter deixado ele lá... – Disse Rony, levando um belo tapa na cabeça dado por Hermione.

 - Bem na verdade, eu agradeço a Merlin por ter tirado ele de lá...ele acabou sendo útil né? – Disse Harry

- Vamos mudar de assunto? Não gosto de lembrar de coisas  ruins... – Hermione estava com um semblante assustado.

 

 No dia seguinte, Hermione estava andando distraída a caminho da biblioteca quando esbarrou em alguém.

-Ai, me desculpe... – Ela foi dizendo.

-Sem problemas Granger... – Quando ela viu quem era ficou surpresa com as desculpas, quando ela ia falar alguma coisa Draco saiu andando como se quisesse fugir dela. Hermione estava perdida em pensamentos quando ouviu alguém chamando por ela. Virou-se e viu que era Stuart Bovill, um Corvinal do sexto ano, moreno e com pinta de nerd.

-Olá Stuart! Como vai?

-Bem...e Você? Vi o Malfoy aqui...ele estava te importunando?

-Não, eu só esbarrei nele...aliás ele não me importuna...

-Bem, nunca fui com a cara do Malfoy, acho que ele esconde bem mais do que parece...

-Sabe Bovill, é muito errado julgar as pessoas pelo que se “Acha”... você não tem o direito de falar isso dele. – Hermione saiu deixando Stuart ali parado sem entender nada. O que ela não viu, foi,  que bem ali perto, em uma sala fechada, um certo loiro ouvia o que ela falava e estranhava muito o fato de ver a Srta Granger defendendo –o.  

 

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