Prólogo
Prólogo
“Finalmente de volta!”, Hermione pensou assim que conseguiu avistar as luzes de Londres pela janelinha do avião. Ela havia passado todo seu 5º ano em Beauxbatons – por imposição de seus pais, que acharam muito perigoso para ela continuar a freqüentar Hogwarts depois do retorno do Lorde das Trevas; ainda mais ela sendo uma nascida-trouxa, e não era uma qualquer... era a nascida-trouxa melhor amiga do Menino-Que-Sobreviveu. Hermione esperneou e lutou o quanto pôde contra essa “super-proteção descabida” - em suas próprias palavras – dos pais, mas estes não a deixaram muitas opções: ou ela ia para Beauxbatons ou eles a tiravam definitivamente do mundo mágico. E a segunda opção não estava nem em cogitação.
Ela, desesperada e sem ver escapatória, mandou cartas a Rony e Harry. Mas a resposta dos dois não foi de ajuda nenhuma, diga-se de passagem: ambos concordaram com o Sr. e a Sra. Granger – “é realmente muito mais seguro e sensato que você se afaste da Grã-Bretanha por uns tempos Mione, para a sua segurança...” A resposta deles foi basicamente a mesma, como se ela fosse uma menininha mal comportada que não sabe o que é melhor para si mesma.
Mas seus pais estavam irredutíveis, e ela não teve como negar-se a ir para a França. E, embora não admitisse isso para ninguém além de si mesma, uma frase surpreendente que Rony lhe escreveu - na mesma carta que disse a ela que ela deveria ir para Beauxbatons - a reconfortou. “Não sei o que vai ser de mim sem você por perto.” Ele até tentou disfarçar depois, completando com um “para me ajudar nos deveres, quero dizer, e...” Mas, vindo do Rony, isso era quase como um “Eu te amo”. Quem sabe sentir um pouco de saudade não fizesse bem a ele... aos dois.
A França não foi tão terrível como Hermione pensou que seria, apesar da falta imensurável que sentira dos amigos; eles trocaram cartas todo o tempo e nos feriados ela sempre os visitava. Em Beauxbatons, a garota conseguiu fazer algumas boas amigas e a escola só de meninas a ajudou muito no quesito feminilidade. A primeira coisa que suas novas amigas francesas mudaram nela fora seu cabelo. De um emaranhado volumoso e desleixado, elas o esticaram com um Feitiço Alongador (feitiço o qual, por incrível que pareça, Hermione nem sabia existir) e a ensinaram uma poção que reduzia o volume e o frizz; o que por si só já contribuiu muito para a mudança em seu visual. Não que Hermione estivesse “outra pessoa”, longe disso... só deixou aflorar em si seu lado feminino que estava inibido, provavelmente por andar apenas na companhia de meninos. Durante o ano, elas a ensinaram como vestir-se com mais estilo, o milagre que um pó compacto e um rímel podem fazer, poções para alisar o cabelo ou definir os cachos, e até mesmo conseguiram faze-la parar de roer as unhas.
Quando Hermione foi para Londres no feriado do Natal, seus pais disseram-lhe que queriam que ela continuasse sua educação mágica na França. Ela ficou totalmente revoltada com os pais e fugiu para a sede da Ordem; se recusou até mesmo a voltar a Beauxbatons para completar o 5º ano. Só concordou em retornar para terminar o ano quando seus pais concordaram em deixá-la retornar a Hogwarts no 6º ano.
“Mione realmente aprendeu a impor sua opinião”, Hermione ouviu seu pai comentar enquanto descia as escadas do nº. 12 do Largo Grimmauld com sua mala pronta para voltar a Beauxbatons. “Foram vocês que me obrigaram a encontrar essa outra Hermione dentro de mim, mon amour. É isso que os ares franceses fazem com as pessoas” ela retrucou com um sorriso satisfeito e uma piscadela marota - digna de Sirius e Thiago em seus tempos de Hogwarts.
E agora ela voltava definitivamente. Jamais imaginaria, mas sentiria falta de algumas coisas da França: as amigas, os bailes, a sensação de paz que pairava lá e que ela sabia que não encontraria na Inglaterra – não agora. Mas mesmo assim, estava eufórica por poder enfim voltar ao Castelo que ela tinha como um segundo lar, voltar para perto de sua família e seus amigos, voltar ao seu mundo que – agora mais do que nunca – precisava de pessoas com coragem para lutar no lado certo dessa guerra... Ela ansiava por isso! Sentir que não estava abandonando a luta, que ela pode ajudar em algo e que está resistindo. Ansiava em poder ajudar a Ordem, ajudar Harry no que quer que ele precisasse – como sempre ela e Rony haviam feito. Ansiava por voltar a embarcar no Expresso da estação 9¾, ver o rosto bondoso de Dumbledore sorrindo-lhe da mesa dos professores, de visitar Hogsmeade... de tudo!
Mas ela não sabia como seria depois desse ano conturbado... a morte de Sirius, a aceitação do Ministério sobre o retorno de Voldemort, a Profecia enfim desvendada... Quem pode saber o que aguarda o “trio-maravilha”? Logo Hermione vai descobrir que, entre voltar e recomeçar há uma grande diferença; que em um ano, muita coisa pode mudar: sentimentos, personalidades, afinidades... muita coisa passou por profundas transformações enquanto outras permanecem exatamente as mesmas.
N.A..: Oi! Então, minha primeira fic! Sempre lí varias fics e sempre tive vontade de escrever uma... mas nunca a coragem, hahaha! Mas hoje surgiu a idéia dessa história e resolvi passar pro papel e ver no que que dava. E tá aí um resuminho do que eu pretendo escrever... Bom, quem ler por favor deixa um comentário falandos se tá bom, ou se a idéia é chata, ou sei la! Qualquer coisa, só quero saber a opnião de vocês! :))
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